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O interior do Palácio Barolo, na Avenida de Mayo |
Aposto que você já sabe que tem muito o que fazer em Buenos Aires. Por isso mesmo, uma semana é a duração ideal de qualquer visita à capital argentina.
Para quem vai pela primeira vez, uma semana é o tempo de explorar com calma as diversas facetas de uma metrópole tão diversa em encantos e atrações.
Para quem está voltando a Buenos Aires — sem a urgência de bater o ponto nas atrações turísticas mais badaladas — esse é o tempo para rever o que mais gostou e descobrir novas possibilidades.
Além de dicas específicas, este post também funciona como um índice. Listei vários dos meus passeios favoritos em Buenos Aires (alguns ganharam posts exclusivos): o Teatro Colón, a apresentação do grupo teatral Fuerza Bruta, o Jardim Japonês, em Palermo, e os bairros de San Telmo, Palermo Soho e Recoleta.
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Teatro Colón de Buenos Aires: lindo por fora, deslumbrante por dentro |
Assim, você pode adaptar o itinerário à quantidade de dias que vai passar em Buenos Aires e aos seus interesses — sejam eles mais chegados ao turismo mais convencional ou a uma agenda mais alternativa. Espero que ajude você a montar um roteiro bacana nessa cidade deliciosa 😊.
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Caminhar à beira d'água em Puerto Madero é sempre um programinha gostoso em Buenos Aires |
O que fazer em Buenos Aires
Siga o mapa: todos os endereços desta viagem a Buenos Aires, com foto, links e dicas ⬇️
O que fazer na Recoleta
⭐ Cemitério da Recoleta
Calle Junín nº 1760
Diariamente, das 8h às 18h. Entrada gratuita.
⭐ Cemitério da Recoleta
Calle Junín nº 1760
Diariamente, das 8h às 18h. Entrada gratuita.
Inaugurado em 1822 para acolher os jazigos das famílias mais ricas e poderosas do país, o Cemitério da Recoleta acabou se tornando um verdadeiro compêndio da arte tumular, com capelas, mausoléus e esculturas nos diversos estilos artísticos que estiveram em voga nos últimos dois séculos.
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Por trás desta fachada neoclássica, há todos os estilos decorativos nos túmulos do Cemitério da Recoleta |
Em frente ao portal do Cemitério da Recoleta — em colunas, bem ao gosto da escola neoclássica —, você pode topar com uma pequena fila para entrar, nos dias de maior movimento. Não se assuste, que a coisa não costuma demorar.
O túmulo mais famoso e mais disputado para fotografias no Cemitério da Recoleta é o de Evita Perón. Mas lá também estão sepultados ex-presidentes da República, como Raul Alfonsin, o Prêmio Nobel de Química Federico Leloir e a escritora Victoria Ocampo.
O túmulo mais famoso e mais disputado para fotografias no Cemitério da Recoleta é o de Evita Perón. Mas lá também estão sepultados ex-presidentes da República, como Raul Alfonsin, o Prêmio Nobel de Química Federico Leloir e a escritora Victoria Ocampo.
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Sempre tem alguma coisa interessante pra ver no Centro Cultural Recoleta |
⭐ Centro Cultural Recoleta
Calle Junín nº 1930
De terça a sexta, das 13:30h às 22h. Sábados, domingos e feriados, das 11:30h às 22h.
Cinema, artes plásticas, shows musicais, oficinas para crianças, dança e teatro: tem sempre algo de interessante pra ver no Centro Cultural Recoleta.
O acesso ao espaço é livre, mas é preciso pagar ingresso para ver os espetáculos. Para conferir a programação e os preços das entradas, consulte o site oficial do Centro Cultural da Recoleta.
⭐ Fuerza Bruta
O projeto Fuerza Bruta, argentino da gema, é um sucesso mundial — já fez algumas temporadas no Brasil e está sempre excursionando pelas principais cidades do planeta.
O Fuerza Bruta foi criado em 2003 e, desde então, tem pauta cativa em longas temporadas no Centro Cultural Recoleta.
O espetáculo é uma espécie de Cirque de Soleil ligado no 220, uma mistura frenética de música, luzes, acrobacias e efeitos especiais que ocupam todo o espaço de apresentação (mais um galpão do que uma sala teatral).
A plateia não assiste ao Fuerza Bruta: ela faz parte do show e participa como se estivesse em uma rave, de pé, meio dançando e se deslocando para lá e para cá para dar espaço às estruturas que entram e saem de cena. O resultado é empolgante.
A festa do Fuerza Bruta começa ainda no foyer da sala de espetáculo, onde um grande bar convida o público a comprar sua bebida, admitida dentro da sala de apresentação, e a música muito alta já vai esquentando o clima.
As temporadas anuais do Fuerza Bruta em Buenos Aires, no Centro Cultural Recoleta, costumam durar vários meses. Depois, o grupo sai em excursão pelo mundo.
Se seus planos de viagem coincidirem com as apresentações do Fuerza Bruta, essa é uma atração para colocar no topo do topo da lista.
Descubra se sua estadia em Buenos Aires vai coincidir com as apresentações do grupo consultando a agenda do Fuerza Bruta.
O acesso ao espaço é livre, mas é preciso pagar ingresso para ver os espetáculos. Para conferir a programação e os preços das entradas, consulte o site oficial do Centro Cultural da Recoleta.
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Fuerza Bruta: prepare-se para se mexer |
⭐ Fuerza Bruta
O projeto Fuerza Bruta, argentino da gema, é um sucesso mundial — já fez algumas temporadas no Brasil e está sempre excursionando pelas principais cidades do planeta.
O Fuerza Bruta foi criado em 2003 e, desde então, tem pauta cativa em longas temporadas no Centro Cultural Recoleta.
O espetáculo é uma espécie de Cirque de Soleil ligado no 220, uma mistura frenética de música, luzes, acrobacias e efeitos especiais que ocupam todo o espaço de apresentação (mais um galpão do que uma sala teatral).
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Antes do espetáculo do Fuerza Bruta, tem "esquenta" no bar |
A plateia não assiste ao Fuerza Bruta: ela faz parte do show e participa como se estivesse em uma rave, de pé, meio dançando e se deslocando para lá e para cá para dar espaço às estruturas que entram e saem de cena. O resultado é empolgante.
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Vá ver Fuerza Bruta. Aposto que você vai gostar |
As temporadas anuais do Fuerza Bruta em Buenos Aires, no Centro Cultural Recoleta, costumam durar vários meses. Depois, o grupo sai em excursão pelo mundo.
Se seus planos de viagem coincidirem com as apresentações do Fuerza Bruta, essa é uma atração para colocar no topo do topo da lista.
Descubra se sua estadia em Buenos Aires vai coincidir com as apresentações do grupo consultando a agenda do Fuerza Bruta.
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A igrejinha do Século 18 está na origem da Recoleta |
⭐ Basílica de Nossa Senhora do Pilar
Calle Junín nº 1904
Diariamente, das 8h às 22h, com entrada gratuita. Os claustros podem ser vistos de segunda a sábado, das 10:30h às 18:10h, e aos domingos, das 14:30h às 18:10h
A Basílica do Pilar e o antigo convento dos Recoletos (hoje convertido no Centro Cultural Recoleta) são o núcleo original da povoação do bairro e seu entorno mantém um certo ar de vila do interior.
Construída no início do Século 18, a igrejinha do Pilar da Recoleta conserva belíssimos altares barrocos, contrastando com a simplicidade de sua fachada.
Preste atenção ao altar-mor, que incorpora elementos da estética dos povos andinos, como era costume na América Espanhola de então.
Não deixe de ver os Claustros Históricos da Igreja do Pilar, que conservam as feições originais do Século 18 e abrigam um pequeno museu de arte sacra.
O acervo desse museu abarca os séculos 16 a 19 e é composto de peças em prata, telas, esculturas e mobiliário que pertenceram a igrejas e conventos argentinos desde o início da colonização espanhola. Das galerias do claustro se tem uma bela vista para o Cemitério da Recoleta.
➡️ Mais atrações na Recoleta
(Siga os links para mais detalhes)
⭐ Livraria El Ateneo Grand Splendid
Instalada em um antigo teatro, a Livraria El Ateneo Grand Splendid entra em todas as listas de mais bonitas do mundo. Uma das atrações mais visitadas de Buenos Aires.
⭐ Café La Biela
O Café La Biela era o favorito do grande campeão de automobilismo Juan Manoel Fangio e do escritor Jorge Luis Borges.
É o café mais antigo de Buenos Aires (fundado em 1850) e fica de cara para o miolo turístico da Recoleta. Nos dias mais quentes, escolha uma mesa ao ar livre, à sombra de árvores centenárias.
⭐ Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
A dois passos do centrinho da Recoleta, o Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires tem uma das coleções de arte mais importantes do nosso continente.
O MNBA reúne desde peças pré-colombianas até a arte contemporânea. Dos grandes mestres da pintura europeia aos expoentes latino-americanos, o acervo do MNBA traça um painel consistente e sempre interessante em telas, esculturas, fotografias e objetos decorativos. A entrada é gratuita.
Diariamente, das 8h às 22h, com entrada gratuita. Os claustros podem ser vistos de segunda a sábado, das 10:30h às 18:10h, e aos domingos, das 14:30h às 18:10h
A Basílica do Pilar e o antigo convento dos Recoletos (hoje convertido no Centro Cultural Recoleta) são o núcleo original da povoação do bairro e seu entorno mantém um certo ar de vila do interior.
Construída no início do Século 18, a igrejinha do Pilar da Recoleta conserva belíssimos altares barrocos, contrastando com a simplicidade de sua fachada.
Preste atenção ao altar-mor, que incorpora elementos da estética dos povos andinos, como era costume na América Espanhola de então.
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Os altares barrocos da Igreja do Pilar valem a visita |
O acervo desse museu abarca os séculos 16 a 19 e é composto de peças em prata, telas, esculturas e mobiliário que pertenceram a igrejas e conventos argentinos desde o início da colonização espanhola. Das galerias do claustro se tem uma bela vista para o Cemitério da Recoleta.
➡️ Mais atrações na Recoleta
(Siga os links para mais detalhes)
Instalada em um antigo teatro, a Livraria El Ateneo Grand Splendid entra em todas as listas de mais bonitas do mundo. Uma das atrações mais visitadas de Buenos Aires.
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El Ateneo, a livraria que virou atração turística |
O Café La Biela era o favorito do grande campeão de automobilismo Juan Manoel Fangio e do escritor Jorge Luis Borges.
É o café mais antigo de Buenos Aires (fundado em 1850) e fica de cara para o miolo turístico da Recoleta. Nos dias mais quentes, escolha uma mesa ao ar livre, à sombra de árvores centenárias.
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Café La Biela, fundado em 1850 (esq), e uma tela de Van Gogh no MNBA |
⭐ Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
A dois passos do centrinho da Recoleta, o Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires tem uma das coleções de arte mais importantes do nosso continente.
O MNBA reúne desde peças pré-colombianas até a arte contemporânea. Dos grandes mestres da pintura europeia aos expoentes latino-americanos, o acervo do MNBA traça um painel consistente e sempre interessante em telas, esculturas, fotografias e objetos decorativos. A entrada é gratuita.
➡️ Hospedagem na Recoleta - minhas dicas e impressões
O que fazer em Palermo
⭐ Bosques de Palermo
Rosedal – de terça a domingo, das 8h às 20h. Entrada gratuita
Jardim Botânico – diariamente, das 8h às 18h. Entrada gratuita
Qualquer estação do ano é boa para um passeio pelos Bosques de Palermo, a área verde mais famosa de Buenos Aires e onde você vai encontrar os portenhos se divertindo ao ar livre, nos finais de semana.
O pedacinho do parque que os turistas mais curtem é o Rosedal (“roseiral”), cercado por um lago (onde você pode alugar um barquinho a remo), adornado por um bonito pátio andaluz e lar de 12 mil rosas de diversas espécies, inaugurado em 1914.
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Grafites em Palermo Soho |
⭐ Bosques de Palermo
Rosedal – de terça a domingo, das 8h às 20h. Entrada gratuita
Jardim Botânico – diariamente, das 8h às 18h. Entrada gratuita
Qualquer estação do ano é boa para um passeio pelos Bosques de Palermo, a área verde mais famosa de Buenos Aires e onde você vai encontrar os portenhos se divertindo ao ar livre, nos finais de semana.
O pedacinho do parque que os turistas mais curtem é o Rosedal (“roseiral”), cercado por um lago (onde você pode alugar um barquinho a remo), adornado por um bonito pátio andaluz e lar de 12 mil rosas de diversas espécies, inaugurado em 1914.
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O Rosedal de Palermo. A foto é de Daniela Almeida, do blog D&D Mundo Afora. Obrigada pelo "empréstimo", Dani! 😊 |
No romântico Jardim dos Poetas, o passeio é acompanhado por estátuas de escritores ilustres, como William Shakespeare, Alfonsina Storni, Dante Alighieri e Federico García Lorca.
Os Bosques de Palermo, porém, são muito mais que o Rosedal. O parque tem 25 hectares (250 mil metros quadrados) de jardins, áreas para piquenique, espaços para prática de esportes e equipamentos culturais.
Duas atrações bacanérrimas nos Bosques de Palermo são o Planetário Galileu Galilei e o Jardim Botânico (na Avenida Santa Fé 3951, esquina com Las Heras), com mais de 10 mil espécies de plantas.
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Jardim Japonês: um "centro cultural verde" |
⭐ Jardim Japonês
Avenida Casares 2966
Diariamente, das 10h às 18h. Entrada: 95 pesos (R$ 17) — menores de 12 anos não pagam ingresso
Outro hit entre os passeios ao ar livre em Palermo, o Jardim Japonês é uma espécie de “centro cultural verde”, onde o visitante pode descobrir diversos aspectos das tradições do Japão.
O Jardim Japonês de Buenos Aires recria a milenar arte nipônica de construir jardins como espaços de relaxamento, reflexão e busca da harmonia interior.
É lugar para caminhar sem pressa, ver as cerejeiras em flor e observar os patinhos nadando no lago atravessado por românticas pontes.
Em um canto do Jardim Japonês está a réplica de uma autêntica casa de chá. No grande pavilhão, erguido na arquitetura típica japonesa, funciona um restaurante muito bem reputado (boa pedida para o almoço) e uma loja de artesanato.
⭐ Palermo Soho
Este não é um bairro de atrações — no sentido de ponto turístico. A atração de Palermo Soho é o conjunto da obra, o astral descolado, meio nova-iorquino, quase chique, mas sempre num tom despojado.![]() |
As flores de cerejeira (sakura), encantos do Jardim Japonês |
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O torii (à direita), é um portal tradicional no xintoísmo e simboliza a passagem entre o mundo terreno e o mundo espiritual |
O Jardim Japonês de Buenos Aires recria a milenar arte nipônica de construir jardins como espaços de relaxamento, reflexão e busca da harmonia interior.
É lugar para caminhar sem pressa, ver as cerejeiras em flor e observar os patinhos nadando no lago atravessado por românticas pontes.
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Mesmo chio de visitantes, o Jardim Japonês tem uma tranquilidade contagiante. Abaixo, a Casa de Chá |
Em um canto do Jardim Japonês está a réplica de uma autêntica casa de chá. No grande pavilhão, erguido na arquitetura típica japonesa, funciona um restaurante muito bem reputado (boa pedida para o almoço) e uma loja de artesanato.
Palermo Soho é o meu pedacinho preferido do Buenos Aires exatamente por isso: basta estar lá para encontrar algo interessante, sem precisar me concentrar em horários, filas e roteiros.
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O colorido de Palermo Soho se renova: numa tarde de sábado, artistas montam um mosaico no muro de um casarão |
Os casarões antigos de Palermo Soho ganharam uma bela repaginada para abrigar o comércio moderninho, com muitas butiques interessantes, lojas de grifes internacionais e espaços coletivos onde jovens estilistas expõem suas criações.
Palermo Soho também tem bares animados e ótimos restaurantes (em todas as faixas de preço). Ao redor disso tudo, as ruas grafitadas e muita gente circulando a qualquer hora em busca de entretenimento completam o charme desse pedacinho de Buenos Aires.
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Palermo Soho tem seu Beco do Batman, a Calle Santa Rosa |
A Plazoleta Cortázar fica no cruzamento das ruas Honduras e Jorge Luis Borges (que segue para o sul como Calle Serrano) e desse epicentro fervidíssimo o movimento de espalha.
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A feirinha da Plaza Serrano, bom lugar para começar a descobrir o bairro |
De quarta a domingo, a Feira da Praça Serrano torna tudo ainda mais animado.
➡️ Mais atrações em Palermo
(Siga os links para mais detalhes)
⭐ Malba - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires
Mmelhor coleção de arte moderna latino-americana do mundo, o Malba reúne obras-primas de grandes artistas de toda a região.
O Malba é um dos grandes motivos pra que eu sempre volte a Buenos Aires: eu me esbaldo com as obras dos mexicanos Diego Rivera e Frida Kahlo, os brasileiros Cândido Portinari e Tarsila do Amaral, o uruguaio Joaquín Torres-García, os argentinos Antonio Berni e Xul Solar...
Uma festa para os olhos. Para nós, brasileiros, a visita ao Malba é a chance de ver a obra-síntese do nosso modernismo, o Abaporu.
O que fazer no Centro de Buenos Aires
⭐ Malba - Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires
Mmelhor coleção de arte moderna latino-americana do mundo, o Malba reúne obras-primas de grandes artistas de toda a região.
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O Malba é o lar do Abaporu, obra-prima do Modernismo brasileiro pintada por Tarsila do Amaral |
O Malba é um dos grandes motivos pra que eu sempre volte a Buenos Aires: eu me esbaldo com as obras dos mexicanos Diego Rivera e Frida Kahlo, os brasileiros Cândido Portinari e Tarsila do Amaral, o uruguaio Joaquín Torres-García, os argentinos Antonio Berni e Xul Solar...
Uma festa para os olhos. Para nós, brasileiros, a visita ao Malba é a chance de ver a obra-síntese do nosso modernismo, o Abaporu.
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O estupendo Teatro Colón |
O que fazer no Centro de Buenos Aires
⭐Teatro Colón
Calle Cerrito 628
Visitas guiadas: diariamente, das 9h às 17h. Saídas a cada 15 minutos em grupos com no máximo 34 pessoas. Ingresso: 300 pesos (R$ 55).
Espetáculos: para ver a pauta e comprar ingressos antecipados, consulte a bilheteria online do Teatro Colón.
Eu sou apaixonada por teatros, especialmente pela safra de casas de ópera construídas nas grandes cidades do mundo durante a esfuziante Belle Époque — um tempo em que o hedonismo não era pecado e desfrutar da grande arte era quase um dever social.
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Detalhe dos camarotes e, à direita, a marquise do Teatro |
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O conforto, a beleza e a acústica chegam direitinho ao "poleiro" |
Inaugurado em 1908, o Teatro Colón é um ícone de uma Buenos Aires que se queria elegante, cosmopolita e arejada.
Para confirmar isso, o palco do Teatro Colón recebeu todas as grandes companhias de ópera europeias e os maiores nomes da dança, da música sinfônica e do canto lírico do planeta.
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Uma noite inesquecível, dedicada a uma grande compositora latino-americana |
Assisti ao concerto em homenagem aos 100 anos da compositora chilena Violeta Parra, uma récita especialíssima da orquestra do Teatro Colón com a participação de artistas populares. Até a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, estava na plateia.
Os preços dos espetáculos no Colón variam muito, de acordo com o tipo de montagem e o setor do teatro. Duvido que você não encontre uma atração ao seu gosto para assistir.
➡️ Se não puder bancar um lugarzinho na fila do gargarejo, na plateia baixa, pode comprar ingresso para a Tertúlia Central (galeria), láááá no alto, que eu garanto que a visão do palco é muito boa. Foi lá que assisti à homenagem a Violeta Parra (pagando um terço do preço que estava sendo cobrado para os lugares mais “nobres”).
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Forro da sala de espetáculos do Teatro Colón |
➡️ Caso coincida de não haver espetáculos em cartaz no Teatro Colón durante sua passagem por Buenos Aires, nem por isso você vai deixar de ver o bonitão por dentro.
Basta fazer a visita guiada, realizada praticamente todos os dias do ano (exceto nos feriados de 1º de maio, 24, 25, 31 de dezembro e 1° de janeiro). O percurso leva cerca de uma hora e dá direito a conhecer os bastidores, salas de ensaio e outras dependências.
➡️ Para as visitas guiadas ao Teatro Colón, é possível agendar e comprar ingresso online, mas não é essencial, pois os percursos são iniciados a cada 15 minutos.
Por maior que esteja a fila da visita guiada, a espera nunca será muito longa. Só fique de olho na pauta do teatro, pois quando há apresentações matutinas e vespertinas as visitas são suspensas no horário desses espetáculos.
Se você quiser saber como anda o humor político dos portenhos, basta das uma passada pela Praça de Maio, o lugar onde, desde os tempos da colônia, Buenos Aires expressa sua opiniões em grandes manifestações.Basta fazer a visita guiada, realizada praticamente todos os dias do ano (exceto nos feriados de 1º de maio, 24, 25, 31 de dezembro e 1° de janeiro). O percurso leva cerca de uma hora e dá direito a conhecer os bastidores, salas de ensaio e outras dependências.
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O Teatro Colón é a construção mais bonita da Avenida 9 de Julio |
➡️ Para as visitas guiadas ao Teatro Colón, é possível agendar e comprar ingresso online, mas não é essencial, pois os percursos são iniciados a cada 15 minutos.
Por maior que esteja a fila da visita guiada, a espera nunca será muito longa. Só fique de olho na pauta do teatro, pois quando há apresentações matutinas e vespertinas as visitas são suspensas no horário desses espetáculos.
Em torno da Praça de Maio estão os símbolos do poder religioso e secular.
Lá estão a Catedral de Buenos Aires, a Casa Rosada (palácio do governo nacional, que você pode conhecer em uma visita guiada), a antiga sede de da Prefeitura de Buenos Aires e o velho Cabildo, também aberto à visitação, onde funcionava o governo colonial e epicentro da Revolução de 1810, primeiro movimento pela independência do país.
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A Praça de Maio: a história da Argentina passa por aqui |
É também é na Praça de Maio que, ainda hoje, todas as quintas-feiras, se reúnem as mães dos desaparecidos na repressão política na Argentina e as avós das crianças sequestradas pelos militares e dadas em adoção, as Madres e as Abuelas de la Plaza de Mayo.
Essa busca incansável pelos desaparecidos e o papel que essas mulheres exerceram na denúncia da ditadura argentina continuam comovendo o mundo, 41 anos depois que as primeiras madres se encontraram junto ao obelisco da Praça de Maio, com as cabeças cobertas por lenços brancos.
Se você encontrar com elas, saiba que está diante da História, com maiúscula, mesmo.
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A visita ao Palácio Barolo é um programão |
➡️ Mais atrações no Centro de Buenos Aires
(Siga os links para mais detalhes)
⭐ Avenida de Maio e visita guiada ao Palácio Barolo
(Siga os links para mais detalhes)
⭐ Avenida de Maio e visita guiada ao Palácio Barolo
Se você gosta de história e arquitetura, não pode deixar de dar um passeio pela Avenida de Mayo, o belo bulevar por onde desfilou a Buenos Aires elegante europeizada da Belle Époque.
As fachadas dos edifícios imponentes da Avenida de Mayo são um catálogo dos estilos decorativos em voga no final do Século 19 e início do Século 20.
A memória do burburinho social e da efervescência cultural e política daqueles tempos em Buenos Aires ainda persiste em cafés históricos como o Tortoni e o Los 36 Billares.
As fachadas dos edifícios imponentes da Avenida de Mayo são um catálogo dos estilos decorativos em voga no final do Século 19 e início do Século 20.
A memória do burburinho social e da efervescência cultural e política daqueles tempos em Buenos Aires ainda persiste em cafés históricos como o Tortoni e o Los 36 Billares.
O ponto alto (sem trocadilho, tá?) do roteiro pela Avenida de Mayo é a visita guiada ao Palácio Barolo, inaugurado em 1926, com rebuscadíssima decoração e um farol/mirante a 100 metros de altura.
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Fachada art nouveau em San Telmo |
San Telmo foi o local da primeira povoação de Buenos Aires e, originalmente, a moradia de famílias abastadas, que legaram à vizinhança belos casarões — muitos deles ainda de pé.
Quando uma epidemia de febre amarela fez a elite portenha migrar de San Telmo para a Recoleta, no final do Século 19, foi substituída, em grande parte, pelas famílias dos trabalhadores do antigo porto de Buenos Aires, artistas e intelectuais.
Vem daí a tradição boemia que San Telmo faz questão de preservar.
➡️ San Telmo também é bairro de imigrantes, como atestam as associações culturais instaladas no bairro.
Uma delas é a Casal de Catalunya ("Casa da Catalunha") com uma fachada art nouveau de matar qualquer um de paixão e um restaurante onde jantei muito bem, há alguns anos.
Também fica em San Telmo a Associación Casa de Galicia, cujo salão costuma abrigar animadas milongas.
É sempre um prazer passear por San Telmo. Se você curte antiquários, lojinhas descoladas, restaurantes e cafés interessantes, vai amar bater perna nesse pedacinho da cidade.
Como em Palermo Soho, a graça maior de San Telmo é o todo, do astral à arquitetura. Mas atrações turísticas não faltam por lá.
⭐ Feira de Antiguidades San TelmoPlaza Dorrego, aos domingos, das 10h às 17h
Realizada todos os domingos, a clássica Feira de Antiguidades de San Telmo faz o bairro ferver — e se você perder, pode se consolar fuçando os inúmeros antiquários do bairro, que funcionam de segunda a segunda e se concentram, principalmente, na Calle Defensa.
⭐ Cafés históricos de San Telmo
Sete cafés históricos, incluídos na lista oficial de Bares Notáveis da Prefeitura de Buenos Aires, ficam em San Telmo: o Dorrego, o Británico, o Hipopótamo, o La Poesia (esquina de Chile com Bolívar), o La Coruña (no Mercado), o Bar Sur (Estados Unidos 299), o Bar El Federal (Carlos Calvo 599).
⭐ Mercado de San Telmo
Esquina de Carlos Calvo com Bolívar
O Mercado de San Telmo, inaugurado em 1897, tem a clássica estrutura de ferro e vidro típica da época (e que sempre resulta encantadora). Ele está precisando de reforma, mas resiste, altaneiro, às modinhas que transformam esses velhos pontos de abastecimento de bairro em lugares bonitinhos e assépticos.
Um café gourmet instalado no centro do Mercado de San Telmo (bem bom, por sinal) está cercado pelas barracas de frutas, carnes, peixes e hortaliças e lojas de antiguidades e quinquilharias.
⭐ Casas de Tango em San Telmo
Também estão em San Telmo algumas das casas de tango mais tradicionais de Buenos Aires, como El Viejo Almacén, e milongas (bailes de tango onde todo mundo dança) como a Maldita Milonga (Calle Perú 571) e a Nuevo Chiqué (na Associación Casa de Galicia, Avenida San José 224).
Para acompanhar a programação do tango em Buenos Aires e o calendário das milongas, dá uma passada no ótimo blog Aqui me Quedo, escrito pelo jornalista brasileira Giselle Teixeira, que vive há quase uma década em Buenos Aires e também tem dicas espertíssimas de passeios, atrações e restaurantes.
➡️ Outras atrações em San Telmo
(Clique nos links para mais detalhes)
⭐ Museu de Arte Moderna - MAMBA
⭐ Parque Lezama e Museu Histórico Nacional da Argentina
O Parque Lezama seria o local da primeira fundação de Buenos Aires, no Século 16, mas a povoação logo seria desalojada por ataques de indígenas.
O Parque Lezama não tem uma história muito bonita: um mercado de escravos funcionou lá até o Século 18. No final do Século 19, foi convertido em chácara pela Família Lezama, ricos comerciantes de gado que trouxeram um paisagista europeu para remodelar o matagal.
O Parque Lezama foi aberto ao público em 1931 e é uma das áreas verdes mais simpáticas de Buenos Aires, muito graças às suas frondosas árvores centenárias — e ao astral de San Telmo, é claro 😊.
No interior do Parque Lezama, na antiga mansão dos Ezeiza, funciona o Museu Histórico Nacional da Argentina, dedicado especialmente à Revolução de Maio (de 1810, primeira proclamação da independência) e à Guerra de Independência (1810-1816).
Quando uma epidemia de febre amarela fez a elite portenha migrar de San Telmo para a Recoleta, no final do Século 19, foi substituída, em grande parte, pelas famílias dos trabalhadores do antigo porto de Buenos Aires, artistas e intelectuais.
Vem daí a tradição boemia que San Telmo faz questão de preservar.
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O Mercado de San Telmo resiste às moda, mas já tem um café gourmet bem concorrido |
Uma delas é a Casal de Catalunya ("Casa da Catalunha") com uma fachada art nouveau de matar qualquer um de paixão e um restaurante onde jantei muito bem, há alguns anos.
Também fica em San Telmo a Associación Casa de Galicia, cujo salão costuma abrigar animadas milongas.
É sempre um prazer passear por San Telmo. Se você curte antiquários, lojinhas descoladas, restaurantes e cafés interessantes, vai amar bater perna nesse pedacinho da cidade.
Como em Palermo Soho, a graça maior de San Telmo é o todo, do astral à arquitetura. Mas atrações turísticas não faltam por lá.
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A fachada art nouveau da Casal de Catalunya e o histórico Café La Poesia |
⭐ Feira de Antiguidades San TelmoPlaza Dorrego, aos domingos, das 10h às 17h
Realizada todos os domingos, a clássica Feira de Antiguidades de San Telmo faz o bairro ferver — e se você perder, pode se consolar fuçando os inúmeros antiquários do bairro, que funcionam de segunda a segunda e se concentram, principalmente, na Calle Defensa.
⭐ Cafés históricos de San Telmo
Sete cafés históricos, incluídos na lista oficial de Bares Notáveis da Prefeitura de Buenos Aires, ficam em San Telmo: o Dorrego, o Británico, o Hipopótamo, o La Poesia (esquina de Chile com Bolívar), o La Coruña (no Mercado), o Bar Sur (Estados Unidos 299), o Bar El Federal (Carlos Calvo 599).
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A Igreja Católica de Belém, primeira do bairro e sede da Paróquia de San Telmo, e a Catedral Ortodoxa Russa da Santíssima Trindade |
Esquina de Carlos Calvo com Bolívar
O Mercado de San Telmo, inaugurado em 1897, tem a clássica estrutura de ferro e vidro típica da época (e que sempre resulta encantadora). Ele está precisando de reforma, mas resiste, altaneiro, às modinhas que transformam esses velhos pontos de abastecimento de bairro em lugares bonitinhos e assépticos.
Um café gourmet instalado no centro do Mercado de San Telmo (bem bom, por sinal) está cercado pelas barracas de frutas, carnes, peixes e hortaliças e lojas de antiguidades e quinquilharias.
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Milonga na Associación Casa de Galicia |
⭐ Casas de Tango em San Telmo
Também estão em San Telmo algumas das casas de tango mais tradicionais de Buenos Aires, como El Viejo Almacén, e milongas (bailes de tango onde todo mundo dança) como a Maldita Milonga (Calle Perú 571) e a Nuevo Chiqué (na Associación Casa de Galicia, Avenida San José 224).
Para acompanhar a programação do tango em Buenos Aires e o calendário das milongas, dá uma passada no ótimo blog Aqui me Quedo, escrito pelo jornalista brasileira Giselle Teixeira, que vive há quase uma década em Buenos Aires e também tem dicas espertíssimas de passeios, atrações e restaurantes.
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Parque Lezama |
(Clique nos links para mais detalhes)
⭐ Museu de Arte Moderna - MAMBA
Instalado em uma antiga fábrica de cigarros, o Museu de Arte Moderna de Buenos Aires é o espaço dedicado às vanguardas artísticas, bom lugar para descobrir novos olhares.
O Parque Lezama seria o local da primeira fundação de Buenos Aires, no Século 16, mas a povoação logo seria desalojada por ataques de indígenas.
O Parque Lezama não tem uma história muito bonita: um mercado de escravos funcionou lá até o Século 18. No final do Século 19, foi convertido em chácara pela Família Lezama, ricos comerciantes de gado que trouxeram um paisagista europeu para remodelar o matagal.
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O Museu Histórico Nacional da Argentina, no Parque Lezama |
No interior do Parque Lezama, na antiga mansão dos Ezeiza, funciona o Museu Histórico Nacional da Argentina, dedicado especialmente à Revolução de Maio (de 1810, primeira proclamação da independência) e à Guerra de Independência (1810-1816).
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