6 de junho de 2024

Roteiro na Europa - Espanha, Portugal e Grécia

Praia na Ilha de Cefalônia na Grécia
As águas cristalinas da Ilha de Cefalônia, na Grécia, foram um dos pontos altos desse roteiro na Europa. Na imagem, a Praia de Emelisse

Meu primeiro retorno ao Velho Continente depois da pandemia foi uma viagem muito esperada e muito planejada. Fiz um roteiro na Europa em abril e maio de 2024, viagem de 38 dias (primeiras "férias" desde a  aposentadoria!!) mistura de lindos reencontros com cidades que adoro — Madri, Lisboa, Atenas Nafplio — com lugares novos que viraram novas paixões.

Esta era originalmente uma viagem apenas para a Grécia, onde passei 23 dias maravilhosos. Mas havia uma escala inegociável nesse roteiro na Europa: queria muito estar em Lisboa para as comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, no dia 25 de abril.

Marcha do 25 de Abril em Lisboa em 2024
Muralhas de Ávila na Espanha
No alto, um pequeno detalhe da imensa marcha do 25 de Abril, em Lisboa. Acima, as muralhas de Ávila. Meu roteiro na Europa teve maravilhas de todos os jeitos

O movimento que, em 1974, devolveu Portugal à democracia (depois de 48 anos de uma ditadura horrorosa, com o perdão pelo pleonasmo) é um dos momentos mais bonitos do Século 20, que eu acompanhei pelos telejornais da época — uma ventania de esperança pra quem vivia num Brasil também infelicitado por uma ditadura. 50 anos depois, eu tinha que estar lá.

A celebração do meio século do 25 de abril foi uma festa emocionante. Reuniu centenas de milhares de pessoas em Lisboa e milhões por todo o país. Um dos grandes momentos que já vivi em uma viagem.

Alcázar de Segóvia na Espanha
Ponte Romana de Salamanca na Espanha
No alto, o Alcázar de Segóvia, que virou modelo de castelos de contos de fadas. Acima a Catedral de Salamanca vista da Ponte Romana. A etapa espanhola deste roteiro na Europa foi sensacional

Já a Espanha (ô, lugarzinho que eu adoro) entrou no roteiro por uma questão logística: os voos para Madri estavam bem mais baratos do que os voos para Lisboa. Obrigada, então, Dona Logística, por ter me levado de volta à querida Madri e ter me dado a oportunidade de rever Segóvia e conhecer as lindíssimas Ávila e Salamanca.

No roteiro pela Espanha usei o transporte público para ir a Ávila, Salamanca e Segóvia, cidades muito próximas de Madri. Na Grécia, alugamos um carro para percorrer 1.400 km de paisagens acachapantes e chegar a lugares de sonho como a Península de Mani, Olímpia, Delfos e Meteora. A ilha da vez foi a deslumbrante Cefalônia, facilmente alcançável com ferry boat.

Porto de Ghyteio na Grécia
Viagem de carro na Grécia
Viajar de carro pela Grécia é um banquete infinito de paisagens lindas. No alto, o porto da cidadezinha de Ghyteio, uma das atrações da Península de Mani, no extremo Sul do país

(Alugamos, aí no alto, não é plural majestático, não. Sei que vocês estão acostumadas a minhas viagens solo, mas desta vez eu contei com a excelente companhia da minha amiga Rose Spina. E ter companhia foi exatamente o que me animou a viajar de carro, porque acho muito chato dirigir sozinha).

Cheguei de viagem moída com aquele cansaço gostoso de quem viu coisas lindas, comeu muito bem e se divertiu muito. Mas, agora, chega de preguiça e bora ver esse maravilhoso roteiro na Europa que fez tão bem pra minha alma. 

Meu roteiro na Europa em 2024

Museu Sorolla em Madri
"A Purificação do Templo" de El Greco na Igreja de San Ginés em Madri
Duas primeiras vezes de tirar o fôlego: no alto, o luminoso e encantador Museu Sorolla. Acima, A Purificação do Templo, de El Greco, na Igreja de San Ginés. Uma viagem que começa em Madri sempre começa muito bem 

Nesta postagem, vou mostrar só o geralzão deste roteiro na Europa. Cada etapa da viagem, com as dicas práticas e as atrações que encontramos pelo caminho vão ganhar post exclusivo (como você já sabe que é a regra da Fragata).

1ª etapa – oito dias na Espanha (de 15 a 23 de abril)

Duas noites em Madri 

Uma viagem que começa em Madri sempre começa muito bem. Sou apaixonada pela cidade e voltar lá é sempre uma alegria. Chegamos com um voo da Latam, saindo de Guarulhos. Nos hospedamos em um hostal no bairro de Chueca, região que eu curto muito na capital espanhola.

Chueca é sempre uma ótima opção de hospedagem. Bairro animado, boêmio, adorado pela comunidade LGBT, tem ótimos bares, restaurantes e serviços e fica no Centro de Madri, muito pertinho dos principais pontos de interesse turístico na cidade.

Saiba mais aqui: Madri desencanada: Chueca e Malasaña

Minha avaliação dos hostais desta viagem: Dicas de hospedagem em Madri

Bairro de Chueca em Madri
Chueca é uma vizinhança charmosa, animada e pertinho de tudo
Edifício Metrópolis em Madri
Sou fã da arquitetura da Gran Vía e da Calle de Alcalá, no Centro de Madri. O Edifício Metrópolis, de 1911, fica no encontro dessas duas ruas e foi um dos primeiros em estilo Beaux-Arts na paisagem da capital espanhola

Com um dia e meio líquido em Madri, tive tempo de namorar muito a arquitetura sensacional da Gran Vía e da Calle de Alcalá, rever a área histórica (e linda) da Madri dos Áustrias (a Madri do Século 17) e de bater ponto no Templo egípcio de Debod.

Tem detalhes desses passeios aqui:
Roteiro em Madri da Praça de Espanha ao Palácio Real

Madri dos Áustrias - roteiro pelo Século de Ouro 

Como já visitei algumas vezes a "trinca de ouro" dos museus de Madri — o Prado, o Centro de Artes Reina Sofia e o Museu Thyssen-Bornemisza, aproveitei esta estada para ficar cara a cara com o quadro A Purificação do Templo (ou A Expulsão dos Vendilhões do Templo), uma obra-prima de El Greco (ôpa! Pleonasmo!!) na Igreja de San Ginés (Calle del Arenal nº 13). 

Plaza Mayor de Madri
Templo de Debod em Madri
Dois lugares lindos de Madri: a Plaza Mayor (no alto) e o Templo de Debod

Também visitei pela primeira vez a Real Academia de Belas-Artes de São Fernando (Calle de Alcalá nº 13). Além de ter um acervo permanente muito bacana, esta pinacoteca estava hospedando a baita exposição temporária O Despertar da Consciência, dedicada a ninguém menos do que Francisco de Goya.

E quase morri de paixão no lindíssimo Museu Sorolla (Plaza del General Martínez Campos, 37, Chamberí, metrô Noviciado). Gente, por que eu demorei tanto pra ir ver essa maravilha madrilenha???

Real Academia de Belas-Artes de São Fernando em Madri
Se você já visitou museus do Prado, Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza, experimente a Real Academia de Belas-Artes de São Fernando

Joaquín Sorolla (1863-1923) é um gênio do Impressionismo, nascido em Valência. O museu dedicado a ele, instalado na casa do pintor, é simplesmente deslumbrante e merece entrar em qualquer roteiro por Madri. 

Na hora de tapear e bebericar, recomendo muito a agradabilíssima Plaza Dos de Mayo, no charmoso bairro de Malasaña. 

Veja essas dicas: 

Bares e restaurantes em Madri
O que fazer em Madri
Dicas práticas de Madri
O que comer em Madri

Praça Dos de Mayo em Madri
Cercada de bares e restaurantes muito simpáticos, a Plaza Dos de Mayo homenageia os capitães Daoiz e Velarde, que desobedeceram ordens superiores e se juntaram ao levante do povo de Madri contra a ocupação francesa, em 1808

Roteiro por Ávila, Salamanca e Segóvia

Não satisfeita em ser um destino espetacular, Madri ainda tem a vantagem de ficar muito pertinho de cidades lindas. Eu já tinha experimentado passeios bate e volta a Toledo e Segóvia, mas desta vez decidimos explorar com mais tempo três lindezas da região de Castela e Leão (Castilla y León). 

Ávila, Salamanca e Segóvia rendem um roteiro redondíssimo (até literalmente), que dá pra fazer de transporte público (ônibus ou trem), gastando pouco tempo nos deslocamentos. Uma combinação sensacional de história, paisagens e gastronomia.


Catedral de Ávila na Espanha
A Catedral de Ávila é simplesmente linda

Seguimos para Ávila na tarde do nosso terceiro dia de viagem. A cidade fica a cerca de 100 km de Madri (uma hora e meia de trem). Ficamos duas noites, um dia inteiro líquido para os passeios e para experimentar a excelente culinária local, como o cochinillo (leitão assado) e a yema de Ávila, um docinho de gemas celestial.

Quem pernoita em Ávila ganha de presente o espetáculo de suas muralhas douradas pelo sol poente e depois flutuando na paisagem, com a iluminação noturna. Fiquei encantada com as ruelas medievais, adorei caminhar sobre as famosas muralhas e visitei com calma a arrebatadora Catedral e a igualmente magnífica Basílica de San Vicente. 

A segunda parada no roteiro de Castela e León foi na belíssima Salamanca, que está a 100 km de Ávila (1h10 de trem) e a 215 km de Madri (1h45 de trem). Lá também ficamos duas noites (dois dias praticamente inteiros). Amei o patrimônio histórico local, mas curti ainda mais o astral boêmio da cidade, dona da quarta universidade mais antiga da Europa, fundada no Século 12.

Universidade de Salamanca na Espanha
Os edifícios históricos da Universidade de Salamanca já valem a viagem 

Salamanca tem atrações de deixar a gente tonta, como a Catedral Velha e a Catedral Nova, o Mosteiro e a Igreja de Santo Estêvão, os espetaculares edifícios da Universidade de Salamanca a Plaza Mayor (apontada, com razão, como uma das mais belas da Europa), o Museu de Art Nouveau e Art Déco, instalado na modernista e apaixonante Casa Lis, a Ponte Romana. Também recomendo enfaticamente a visita ao inquietante, mas muito necessário Arquivo Geral da Guerra Civil Espanhola.


A terceira e última parada do roteiro por Castela e León foi a deslumbrante Segóvia, que eu já conhecia de um bate e volta. Ficamos uma noite na cidade famosa pelo Aqueduto Romano e pelo Alcázar, castelo que serviu de modelo para castelos de conto de fadas como o de Cinderela, na Disney.

Casa Museu de Antonio Machado em Segóvia na Espanha
Em Segóvia cidade dos grandiosos Aqueduto e Alcázar, meu coração derreteu diante das memórias do cotidiano singelo do grande poeta Antonio Machado

O trecho entre Salamanca e Segóvia (160 km) foi feito de ônibus (cerca de 3h de viagem). Ficamos uma noite na cidade e foi maravilhoso poder ver a beleza de Segóvia com mais tempo. Pra mim, que já conhecia suas atrações mais famosas, o ponto alto dessa parada foi a visita à Casa Museu de Antonio Machado (Cuesta de los desamparados nº 5), uma singela pensão onde o grande poeta viveu por 13 anos.


Depois de cinco dias adoráveis descobrindo Ávila, Salamanca e Segóvia, retornamos a Madri e para apenas um pernoite, antes de pegar o voo para Lisboa. E ainda deu tempo de conferir o famoso bar do terraço do Círculo de Bellas Artes (Calle de Alcalá nº 42) e jantar muitíssimo bem numa taberna do Barrio de las Letras.

Miradouro de São Pedro de Alcântara em Lisboa
Lisboa é sempre encantadora. Na foto, o Miradouro de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto

2ª etapa – quatro noites em Lisboa (de 23 a 28 de abril)

Eu adoro Lisboa, mas já fazia um bom tempo que não dava um pulinho na cidade — a última vez tinha sido numa super viagem a Portugal, em 2016. Estava muito curiosa pra comprovar se realmente o boom turístico de anos recentes tinham mexido com a essência dessa cidade tão especial.

Sobre isso, tenho más e boas notícias: Lisboa está (muito) mais cara, extremamente muvucada e vários de seus recantos encantadores estão com um certo jeitão de pega-turista. Mas, ainda assim, a capital portuguesa continua encantadora.

"Virgem com o menino" no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Jardim do Príncipe Real em Lisboa
O charme sempre sossegado do Jardim do Príncipe Real. No alto, uma Virgem com o Menino do Século 15, do ateliê do mestre Gil Eanes, de Coimbra, no Museu Nacional de Arte Antiga
 
Chegamos a Lisboa com a TAP (1h20 de voo). Com apenas quatro dias pra aproveitar a cidade, claro que bati o ponto em muitos dos meus cantos favoritos — os bairros do Chiado e do Príncipe Real, as ladeiras da Alfama, a tradicionalíssima Mouraria e o Belém dos pastéis de nata e do Mosteiro dos Jerónimos — mas também fiz questão de colocar várias novidades no roteiro.

Foi quase como saldar algumas dívidas — acreditem, mas eu ainda não tinha visitado a Fundação Calouste Gulbenkian nem o belo Museu Nacional de Arte Antiga. Aproveitei, também para conhecer o novo (inaugurado em outubro de 2016) Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, no bairro de Belém.

Mas fiquei acachapada, mesmo, com o excelente Museu do Aljube - Resistência e Liberdade, na Mouraria. Instalado em uma antiga cadeia e centro de torturas da ditadura salazarista, o espaço hoje é dedicado à memória de quem resistiu e lutou pela democracia em Portugal.
 
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
O Maat fica em Belém, à beira do Rio Tejo. Gostei muito da arquitetura do edifício, mas não delirei muito com as exposições
Museu do Aljube de Lisboa
Manifestação nos 50 anos da Revolução dos Cravos em Lisboa
No alto, trecho de um poema de Manuel Alegre gravado nas paredes da antiga prisão do Aljube. Acima: a Praça Marquês de Pombal absolutamente apinhada de gente no início da marcha dos 50 anos da Revolução dos Cravos


Nossa hospedagem foi na fronteira do Campo de Ourique com o Príncipe Real, a 350 metros da estação Rato do metrô e a 900 metros da Praça Marquês de Pombal.

Eu tinha um motivo especial para essa escala lisboeta no meu roteiro na Europa. Como disse mais cedo, eu queria testemunhar e participar da celebração dos 50 anos da Revolução dos Cravos. E neste quesito, Lisboa encheu minha alma de uma alegria rara. 

Nem acreditei quando saí do metrô, na Praça Marquês de Pombal, ponto de concentração para a marcha. Parecia que a cidade inteira estava lá. Que coisa linda ver a Avenida da Liberdade tomada pela multidão — entre 400 mil e 500 mil pessoas, segundo estimativas — reafirmando a “Democracia sempre” e assegurando que “fascismo nunca mais”.

Acrópole de Atenas
Αθήνα αγαπητέ (Atenas querida), voltei!

3ª etapa – 23 dias na Grécia (de 28 de abril a 20 de maio)

Fazia muito muito tempo que eu queria voltar a Atenas, uma cidade-paixão da minha vida. Demorou quase uma dúzia de anos, mas o reencontro foi lindo. Voamos de Lisboa para Atenas com a Aegean Airlines (cerca de 4 horas de viagem).

Na chegada à Grécia, foram quatro noites na capital e mais duas no retorno dos nossos 16 dias de um roteiro de carro que rodou o Peloponeso, atravessou o Mar Jônico de ferry até a linda Ilha de Cefalônia (com um emocionante pulinho em Ítaca) e atravessou a Grécia Central passando por Delfos, até Meteora.

Estádio Panatenaico em Atenas

O Estádio Panatenaico data do Século 6 a.C. e foi a sede dos Jogos das Panateneias, em homenagem à deusa Atena. Sediou os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, em 1896. Quando as Olimpíadas voltaram a Atenas, em 2004, foi o ponto de chegada da maratona e sediou outras competições

Nosso roteiro em Atenas teve os clássicos imperdíveis — Acrópole, Ágora Antiga, Ágora Romana, Museu Nacional de Arqueologia, Museu da Acrópole, Jardins Nacionais, Estádio Panatenaico, Museu Benaki... —, mas também teve passeios mais contemporâneos e boemia pelos bairros de Thisio, Petralona e Psyri, ótimos momentos gastronômicos a inigualável alegria de estar na deliciosa Atenas.


Canal de Corinto na Grécia
Paradinha pra ver o Canal de Corinto, no trajeto entre Atenas e Nafplio. A obra tem 6,3 km de extensão e começou a ser planejada no Século 1º da nossa era, mas só virou realidade em 1893. Atravessa o istmo que liga o Peloponeso ao restante do território grego, poupando as embarcações de fazerem uma longa volta em torno da península para irem do Golfo de Corinto ao Mar Egeu


16 dias de carro na Grécia

Pegamos o carro alugado em Atenas no aeroporto (porque eu não quero nem pensar como seria dirigir no trânsito daquela cidade) e partimos para um roteiro de 1.400 quilômetros que deu a volta na Grécia.

Na primeira parada, ficamos quatro noites em Tirinto (140 km de Atenas). Nossa hospedagem, a apenas 3 km do Centro Histórico de Nafplio, tinha a localização perfeita para explorar as muitas atrações da Argólida — por exemplo, os sítios arqueológicos de Micenas e do Teatro de Epidauros, o Castelo de Larissa em Argos, além da apaixonante Nafplio, é claro.

Areópoli na Grécia
Areópoli é uma cidadezinha muito fofa

Daí, seguimos para a Península de Mani, no Extremo Sul da Grécia, pra ver a charmosa cidade costeira de Gytheio (a 150 km de Nafplio). Dormimos uma noite em um hotel adorável, na Praia de Mavrovouni. A segunda noite na península foi em Areópoli (a 26 km de Ghyteio). A cidade, pequenininha, fica em uma montanha próxima ao mar e seu conjunto de construções de pedra é encantador.

A parada seguinte era inegociável: Olímpia (a 210 km de Areópoli). Na minha primeira viagem à Grécia, lamentei muito não ter visitado a sede dos Jogos Olímpicos originais, aqueles da Antiguidade. Ficamos duas noites lá pra ver com calma o museu espetacular e o sítio arqueológico.

Nike de Peônio no Museu do Sítio Arqueológico de Olímpia
Esta deusa Nike (Vitória) esculpida por Peônio no Século V a.C. é um dos grandes tesouros do Museu do Sítio Arqueológico de Olímpia
Argostoli na Ilha de Cefalônia na Grécia
Nossa pousada em Cefalônia tinha vista privilegiada para a cidade de Argostoli

De Olímpia, seguimos para quatro noites em Cefalônia. A embarcação da Levante Ferries para essa deslumbrante ilha jônica parte do Porto de Kyllini (a 70 km de Olímpia). A chegada em Cefalônia é no Porto de Poros, a 40 km de Argostoli, capital da ilha, onde ficamos hospedadas. A travessia durou cerca de 1h20.

Em Cefalônia nós rodamos um bocado explorando as belezas da ilha e aproveitamos praias deliciosas, como a de Emelisse. As estradas podem ser meio desafiadoras, para quem é inseguro no volante, pois a ilha é montanhosa e qualquer trechinho entre as localidades costuma ser cheio de curvas e sobe e desce — não raro, à beira de um baita precipício. Mas deu tudo muito certo.

Também fizemos um passeio de barco a Ítaca, a ilha de Ulisses/Odisseu — imaginem a minha emoção de pisar na terra de um dos meus maiores heróis...

Ilha de Ítaca na Grécia
Na chegada a Ítaca, meu coração estava aos pulos
Meteora na Grécia
A beleza de Meteora e seus mosteiros suspensos é quase irreal

De volta ao continente, foram 212 km de estrada, do Porto de Kyllini até Aráchova, um concorrido destino de inverno grego. Chegamos à tarde, passeamos, pernoitamos e, no dia seguinte, visitamos o Sítio Arqueológico de Delfos, que fica a apenas 12 km. 

O antigo santuário de Apolo em Delfos foi o centro espiritual da Grécia Antiga e recebia gente de todos os cantos ouvir as previsões das pitonisas. Foi um dos lugares que me deixou maravilhada, na primeira visita à Grécia. Adorei o repeteco, ainda mais que, desta vez, tivemos tempo pra visitar o excelente museu.

Depois da visita a Delfos, seguimos para Meteora, 220 km ao Norte. Foi um grande encerramento desse roteiro de carro pela Grécia, pois as grandiosas formações rochosas e os mosteiros suspensos da região formam uma das paisagens mais lindas que já vi. 

De volta a Atenas, ficamos mais duas noites na cidade pra a despedida. E eu prometi que vou voltar.

Madri, Espanha
Despedida de Madri na Plaza del Angel, com um fofíssimo folgado querendo beliscar meu queijo

4ª Etapa: Duas noites em Madri (20 a 22 de maio)

Novamente com a Aegean Airlines, saímos de Atenas para Madri (4 horas de voo), iniciando nossa volta pra casa. Foram dois dias deliciosos de despedida, com almoços preguiçosos, bebericos e tapeios muito agradáveis. E eu ainda fui saldar uma velha dívida: finalmente conheci o Museu Naval.


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