10 julho 2024

5 museus de Lisboa pra encantar sua viagem

Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
O Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, tem um acervo lindo

Aproveitei minha visitinha relâmpago do último abril pra saldar uma dívida com alguns dos melhores museus de Lisboa — pra uma traça museológica (😁) como euzinha, meu repertório na capital portuguesa era bem pobrinho.

Mas, finalmente, visitei o lindo Museu Nacional de Arte Antiga, a Fundação Calouste Gubenkian e o indispensável Museu do Aljube - Resistência e Liberdade. Também fui conhecer o Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, inaugurado após minha última visita à cidade, em 2016.

Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de LIsboa
Adorei as linhas ousadas do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, às margens do Tejo, no bairro de Belém

O cardápio é variado. Tem um panorama encantador da arte entre os séculos 12 e 19 na importantíssima coleção do Museu Nacional de Arte Antiga, passando pelos quadros, esculturas, vestuário e artes decorativas de diversas épocas e do mundo inteiro na Fundação Calouste Gulbenkian e chegando às linhas fascinantes do edifício do Maat, com seu acervo de arte contemporânea.

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube: a luta pela democracia não acaba nunca — como a história recente vem nos mostrando. A memória é parte fundamental dessa luta, mesmo que doa

E tem a visita inquietante, muitas vezes dolorosa, às memórias dos horrores da ditadura Salazar, que infelicitou Portugal por 48 anos, no Museu do Aljube. Ainda que lembrar seja penoso, essa é uma história com final feliz: há 50 anos, a Revolução dos Cravos trouxe Portugal à democracia. 

Neste post, eu conto tudinho sobre esses quatro museus de Lisboa, além de reforçar a recomendação ao comovente Museu Arqueológico do Carmo, um dos meus grande xodós na capital portuguesa.

Veja as dicas:

⭐Museu Nacional de Arte Antiga
Rua das Janelas Verdes nº 1249, Estrela

Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
A antiga residência da Imperatriz Maria Amélia deu lugar um dos melhores museus que vi em Lisboa 

O Palácio das Janelas Verdes, do Século 17, foi a residência da viúva de D. Pedro I do Brasil, Amélia de Leuchtenberg, que lá viveu por cerca de 20 anos, até sua morte, em 1873. 

Com uma bela vista para o Rio Tejo, a construção abriga, desde 1884, o Museu Nacional de Arte Antiga, considerada a coleção mais importante da produção artística portuguesa entre os século 12 e 19.

Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Os jardins do Palácio das Janelas Verdes são muito agradáveis. Aproveite e faça uma pausa no café que funciona lá

Depois de passar uma manhã percorrendo seus belíssimos salões e curtindo seus jardins, fiquei me perguntando por que demorei tanto pra ir ver essa lindeza de museu de Lisboa.

O acervo do Museu Nacional de Arte Antiga é vasto e caprichado. Tem pintura, joias, cerâmicas, mobiliário e artes decorativas. Mas o grande destaque, mesmo, são as esculturas sacras de artistas como Diogo Pires-o-Velho (Século 16) e Gil Eanes (Século 15, homônimo do navegador), por quem eu já tinha me apaixonado no Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra.

Museu Nacional de Arte Antiga de LIsboa

Bodhisattva Maitreya em meditação, peça possivelmente japonesa ou coreana na coleção de arte oriental do museu

Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Um anexo moderno abriga a maioria das coleções do Museu Nacional de Arte Antiga

Parte significativa das maravilhas expostas no Museu Nacional de Arte Antiga é produção das colônias portuguesas além-mar, na Ásia e na África. Na pinacoteca, estão obras de mestres europeus como Albrecht Dürer, Lucas Cranach, o Velho, Hieronymus Bosch, Piero della Francesca, Rafael, Luca Giordano e Tiepolo

Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
A coleção de pinturas do Museu Nacional de Arte Antiga tem cerca de 2.200 obras de mestres europeus. Acima, Êxtase de São Francisco (Século 17), de Luca Giordano
Santo André no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa
Virgem com o Menino no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa
No alto, Santo André, de Diogo Pires-o-Velho. Acima, Virgem com o Menino, do ateliê de Gil Eanes

Entre as obras de pintores portugueses, preste atenção ao Painel de São Vicente de Fora (século 15), atribuído a Nuno Gonçalves, o famoso Retrato do Rei D. Sebastião (1574), de Cristóvão de Morais.

Como chegar ao Museu Nacional de Arte Antiga: eu fui de ônibus, saindo do Metrô Largo do Rato. A linha 714 tem uma parada em frente a o museu. Os ônibus (autocarros, no idioma local) das linhas 728, 732 e 760 também passam por lá.

Retrato do Rei D. Sebastião no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa
Retrato de D. João I no Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa
No alto, Retrato do Rei D. Sebastião, de Cristóvão de Morais. Acima, Retrato de D. João I, pintado por um mestre anônimo do Século 15. Você já deve ter visto reproduções desses quadros em muitos livros de História


Dá pra ir de elétrico (bonde) também. A parada mais próxima do museu é a Cais Rocha, a 300 metros. Pegue a linha 15E do elétrico na Praça da Figueira, Praça do Comércio ou no Cais do Sodré. A Linha 18E parte do Cais do Sodré e também para no Cais Rocha. 

Horário: de terça a domingo, das 10h às 18h

Ingresso: € 10. Maiores de 65 anos e jovens entre 13 e 24 pagam meia-entrada. Crianças até 12 anos entram gratuitamente.

Fundação Calouste Gulbenkian
Avenida de Berna 45A

Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Quem recebe os visitantes na entrada do Museu Calouste Gulbenkian é essa maravilha art déco, a escultura A Primavera: Homenagem a Jean Goujon, de Alfred-Auguste Janniot, da década de 20 do século passado


O Museu Calouste Gulbenkian era outra visita que eu vinha me devendo há décadas. Pois graças às comemorações dos 50 anos da Revolução dos Cravos — e a uma exposição fotográfica de morrer de maravilhosa que estava rolando lá — finalmente fui ver essa sensacional coleção de arte, dona de belezas de todos os cantos do mundo.

Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
O Museu Calouste Gulbenkian está cercado por um parque de 70 mil m²

Antes que vocês perguntem, aviso que a exposição fotográfica que me levou pelas orelhas até lá — As Mulheres de Maria Lamas, com cliques de imensa fotógrafa portuguesa falecida em 1983 — já saiu de cartaz. Mas o acervo do Museu Calouste Gulbenkian continua todo lá e bate um bolão.

Arte egípcia, maravilhas otomanas, lindezas da China, pitadinhas greco-romanas, belezas japonesas... Tem tudo isso, mais obras de grandes mestres da pintura e da escultura, artes decorativas, joalheria — as peças de Lalique são de rasgar a roupa — cerâmicas e azulejos.

Coleção Egípcia do Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa

Esta priminha da Fragata, a Barca solar de Djedhor, é uma peça egípcia do Século 4º a.C usada em procissões religiosas

Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
As coleções do Oriente Islâmico, da Armênia e do Extremo-Oriente são os grandes espetáculos do museu

A Fundação Calouste Gulbenkian é talvez mais conhecida pelo parque onde está instalada, uma área de  70 mil metros quadrados de lindos jardins, lagos e trilhas, bem no Centro de Lisboa e muito perto do Parque Eduardo VII.

E dá pra ver que muita gente em Lisboa aproveita muito esses jardins — ainda que parte deles, assim como o pavilhão do Centro de Arte Moderna Gulbenkian estivessem fechados para reformas, no último abril.

Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
As cerâmicas Iznik são deslumbrantes

Mas, depois de se refrescar do calorão lisboeta e admirar os patinhos nadando nos lagos, vá ver esculturas de Canova e Rodin, delicie-se com grandes mestres da pintura — tem uma pá de gênios pendurados naquelas paredes, como Rubens, Rembrandt e Frans Hals, pra citar alguns flamengos, Gainsborough e Turner, Natier, Fragonard e Corot. Ah, eu falei em franceses? É claro que tem impressionistas, como Manet, Degas, Monet e Renoir.

"Anunciação" no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa

Esta Anunciação, do final do Século 15, é obra de um pintor anônimo do ateliê do mestre flamengo Dirk Bouts 

Claude Monet no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Barcos (1868), de Claude Monet
Joh Singer Sargent no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
Mulher e criança dormindo em um barco (1887), de John Single Sargent

Mas vá, principalmente, morrer de encantamento com as peças de arte islâmica exibidas no Museu Calouste Gulbenkian. Foi a parte do acervo que mais me fez delirar.

Tapetes, vestuário, cerâmica (a coleção de cerâmicas Iznik, da Turquia, já paga o ingresso) vidraria, manuscritos ricamente ilustrados... Coisas lindas produzidas em lugares como a Pérsia e a Síria entre os séculos 12 e 18.

Joia de René Lalique no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa
As joias de René Lalique da coleção Gulbenkian sõ de morrer de lindas

Como chegar ao Museu Calouste Gulbenkian: a Estação de Metrô São Sebastião (linhas Azul e Vermelha) fica a 300 metros. A Estação Praça de Espanha (Linha Azul) também está a 300 metros.

Horário: de quarta a segunda, das 10h às 18h. Fechado às terças-feiras.

Ingresso: € 10 (entrada normal) ou € 11,50 (acervo permanente + exposições temporárias). Menores de 30 anos têm 25% de desconto. Para maiores de 65, o desconto é de 10%.

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Rua de Augusto Rosa nº 42, Alfama

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa

Inaugurado em 25 de abril de 2015, o Museu do Aljube - Resistência e Liberdade ocupa o edifício da tristemente célebre Cadeia do Aljube, um centro de torturas mantido pela ditadura salazarista.

O edifício do Aljube tem um carma pesado e vem de longe. Funcionou como cárcere desde o tempo da ocupação moura de Lisboa, entre os Séculos 8º e 12 — a palavra árabe aljube significa cisterna, mas também é usada para designar calabouço, “uma prisão especialmente obscura e profunda”, como explica o site do museu.

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Eu conheço esse porão: imprimir jornais em mimeógrafos ou em tipografias mambembes, driblando a repressão

Cedido à Igreja Católica, o Aljube serviu de prisão eclesiástica até o Século 19, quando passou a acolher presas comuns, até ser convertida em masmorra a serviço das polícias políticas da ditadura.

Entre os milhares que passaram pelo Aljube, muitos não saíram vivos de lá.

 Fui ao Museu do Aljube - Resistência e Liberdade esperando sentir o desconforto que um lugar com esse passado costuma provocar.  

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Milhares de pessoas passaram pela Cadeia do Aljube. Nem todos viveram para ir a julgamento
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
Museu do Aljube - Resistência e Liberdade em Lisboa
A Cadeia do Aljube era conhecido com um centro de tortura. Deixou de funcionar como prisão política em 1965, em consequência dos protestos dos vizinhos

Mas bastava olhar a à imensa fila de visitantes naquela ladeira da Alfama, no final da manhã do 25 de Abril — 50º aniversário da Revolução dos Cravos — pra ficar agradavelmente arrepiada.

Eram portugueses e portuguesas de todas as idades, aguardando sua vez de visitar o museu e homenagear a memória de quem lutou pela democracia e resistiu a tanta infâmia entre aquelas paredes e entre tantas outras paredes que a ditadura semeou em território português ou em além-mar, como no Campo de Concentração de Tarrafal (o “campo da morte lenta”), na Ilha de Santiago em Cabo Verde.

Comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Lisboa
Comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Lisboa
Segundo me explicaram, muita gente vai ao Aljube no 25 de Abril. E depois, tem festa na Avenida da Liberdade

Afinal, se daí a algumas horas eu e todos que aguardávamos na fila estaríamos descendo a Avenida da Liberdade, celebrando a Revolução, é porque antes de nós houve gente que enfrentou o horror. Os encarcerados do Aljube estavam naquela festa de mais de meio milhão de pessoas também.

Pelos cinco andares do edifício do Aljube, a exposição nos leva por esse horror. É o telefone que toca sem cessar, avisando qual preso deveria seguir para a tortura, a claustrofobia dos curros, celas onde cabiam apenas uma pessoa deitada, sem espaço pra mais nada — nem luz, nem ar...

Comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Lisboa
Comemoração dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Lisboa

Eu disse mais acima que a luta contra a o arbítrio teve um final feliz em Portugal, mas a verdade é que nem lá nem em lugar nenhum essa luta acaba e a memória é uma arma poderosa. Por isso o museu do Aljube é tão essencial.

Como chegar ao Museu do Aljube: eu fui caminhando da Praça do Comércio (Metrô Terreiro do Paço), uma distância de 550 metros (mas lembre que boa parte do percurso será uma subida).

Elétrico 28 em Lisboa
O legendário Elétrico 28 passa na porta do Museu do Aljube

Os ônibus da Linha 737 (Praça da Figueira-Castelo) passa pertinho do museu (a parada Sé está a menos de 100 metros). O Elétrico 12 (Praça de Martim Moniz-Praça Luiz de Camões) para na Sé, assim como o legendário Elétrico 28 (Martim Moniz-Campo de Ourique), considerado o melhor city tour de Lisboa.

Horários: de terça a domingo das 10h às 18h. Fecha às segundas-feiras.

Ingressos: € 3. Jovens de 13 a 25 anos pagam meia-entrada e maiores de 65 pagam € 2,60. Crianças até 12 anos entram gratuitamente.

⭐Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia 
Avenida Brasília nº 1300-598, Belém

Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
O melhor do Maat é a arquitetura

Eu estava muito curiosa pra conhecer o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, que foi inaugurado poucos meses depois da minha última visita a Lisboa, em 2016.

Plantadinho bem na beira do Rio Tejo, no bairro de Belém, o edifício novo do museu (Chamado Maat Gallery) é realmente um espetáculo, com uma cúpula servindo de imenso terraço de cara para a paisagem.

Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
A antiga Central Elétrica do Tejo conta a história e as possibilidades da geração de energia

Disse edifício novo porque o Maat reúne dois espaços bem distintos. Além do Maat Gallery, destinado a exibições de arte contemporânea, ele incorpora também as instalações da antiga Central Elétrica do Tejo, que já funcionou como Museu da Eletricidade.

Incorporada ao projeto do Maat, a Central Tejo ampliou sua temática para apresentar a história e o futuro das Energias. É interessante, ainda que não seja muito a minha muito minha praia. Os grupos que participavam das visitas guiadas pareciam bem empolgados.

Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
O pessoal que estava na visita guiada parecia estar curtindo muito

No edifício novo do Maat, o que mais gostei foi mesmo da arquitetura, que é um desbunde. Como não tem acervo permanente — sua proposta é apresentar instalações de arte contemporânea — creio que o prazer da visita ao interior do Maat Gallery vai depender da programação que estiver rolando.

Eu gostei muito da mostra Mar Aberto, do fotógrafo francês Nicolas Floc’h, com o impressionante painel A Cor da Água – Rio Tejo, composto de 408 fotografias das águas do rio. 

Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Uma passarela sobre a avenida é o melhor jeito de chegar ao Maat para quem desce do ônibus. À direita, o edifício da antiga Central Elétrica do Tejo
Maat - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia de Lisboa
Os jardins e a cúpula do Maat são um desbunde

Como chegar ao Maat: o Elétrico 15 tem uma parada próxima ao museu (Altinho/Maat). O trem que sai do Cais do Sodré para Cascais também faz uma parada do ladinho.

Horário: de quarta a segunda, das 10h às 19h. Fecha às terças.

Ingresso: € 11. Estudantes e maiores de 65 pagam € 8. Crianças até 12 anos entram gratuitamente.

⭐Museu Arqueológico do Carmo
Largo do Carmo nº 1200

Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa
Vá ao Museu do Carmo porque ele é lindo

Recomendo a visita ao Convento do Carmo não só porque ele é uma relíquia — um dos edifícios góticos mais antigos de Portugal ainda de pé — mas, principalmente, porque ele é lindo.

O convento do Século 14 deve ter sido espetacular, até ser devastado pelo famoso terremoto de 1755, que arrasou Lisboa e provocou até um maremoto.

Hoje, em ruínas, ele é comovente na melancolia de sua igreja desprovida de abóbadas.

Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa
Museu Arqueológico do Carmo em Lisboa

Ver a Igreja do Convento é o principal motivo pra você visitar o Museu Arqueológico do Carmo. Mas não é o único. O acervo pode ser pequeno, mas é muito bonito e interessante.

É composto por objetos sacros, lápides, gárgulas, sepulcros, utensílios pré-históricos, ornamentos romanos, visigodos e mouros.

Saiba mais: Lisboa – o Convento do Carmo

Como chegar ao Museu do Carmopra chegar em grande estilo, suba o Elevador de Santa Justa até o Largo do Carmo. Mas não compre a passagem avulsa, que custa € 5,30 ida e volta. Use seu cartão do transporte público de Lisboa, e a tarifa do elevador sairá por apenas € 1,50.

Outro jeito bacana de chegar ao museu é subir a Calçada do Carmo desde a Praça dos Restauradores. A calçada é uma escadaria que vira ladeira (íngreme), margeada por lindas fachadas. Saiba mais aqui: Como aproveitar uma conexão em Lisboa

Horários: de segunda a sábado das 10h às 19 (de novembro a abril, o encerramento da visita é às 18 horas). Fecha aos domingos.

Ingresso: € 7. Estudantes, e maiores de 65 pagam € 5. Visitantes até 14 anos de idade não pagam entrada.

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