Exposição de fotografias de grafites feitos durante as
mobilizações sociais no Chile (2019-2021) no Centro Gabriela Mistral |
Minhas duas primeiras visitas à capital chilena tiveram uma lacuna imperdoável: aproveitei muito pouco os museus e centros culturais de Santiago. Falha que tratei de corrigir na viagem mais recente, agora em setembro de 2022.
Tive agora a chance de conhecer lugares "clássicos" sensacionais, como o Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana e La Chascona, a casa museu de Pablo Neruda e Matilde Urrutia.
Museu da Memória e dos Direitos Humanos: quanto mais eu envelheço, mais gratidão eu sinto pelos jovens latino-americanos que lutaram contra ditaduras e não viveram para chegar à minha idade |
O Chile é muito mais conhecido por seus poetas e escritores — como Neruda e Gabriela Mistral, dois ganhadores do Prêmio Nobel de Literatura, Roberto Bolaño e Isabel Allende. Talvez por isso eu não tenha tido, nas viagens anteriores, a curiosidade de percorrer museus e centros culturais de Santiago dedicados às artes visuais.
Mas agora eu recomendo fortemente um roteiro por lugares como o Museu Nacional de Belas Artes, com seu acervo mais acadêmico, ou pelos ventos contemporâneos que sopram no Centro Gabriela Mistral e no Centro Cultural La Moneda.
O Centro Cultural La Moneda é bonito até dizer chega e tem sempre atrações interessantes |
8 museus e centros culturais de Santiago
Cartazes registram a solidariedade de gente do mundo inteiro ao Chile ensanguentado pela ditadura de Pinochet |
⭐Museu da Memória e dos Direitos Humanos
Matucana nº 501, Metrô Quinta Normal (Linha 5)
🕒 De terça a domingo, das 10h às 18h.
💲 Entrada gratuita
Site> Museo Nacional de la Memória y de los Derechos Humanos
O mapa homenageia o trabalho de comissões de memória que
investigaram e denunciaram violações de direitos humanos em diversos países do
mundo |
Há museus que a gente visita para se divertir. A outros, a gente vai para mimar o olhar com belezas únicas. E há os museus que a gente visita para refletir e fortalecer compromissos.
O Museu da Memória e dos Direitos Humanos de Santiago do Chile não oferece uma visita lúdica, ainda que seu edifício e exposições se pautem por indiscutível qualidade estética.
Mas seu tema é a infâmia e a a capacidade de uma sociedade de vencer a infâmia. Ao final, há uma espécie de catarse na constatação de
que o horror foi afastado e não ficou impune.
As tabuletas lembram as centenas de antros de tortura e
execuções espalhados pelo Chile |
No edifício moderno, com grandes vidraças, estão expostos documentos, vídeos, jornais, fotografias e objetos que lembram não apenas as práticas sanguinárias do terrorismo de estado da ditadura Pinochet. Mas o mais importante é que o museu dá rosto e identidade às mais de 35 mil pessoas vitimadas pela violência política.
(Uma canção de Pablo Milanés me acompanhou nesta visita:Yo pisaré las calles nuevamente)
A ditadura instaurada no Chile a partir do golpe de estado
de 11 de setembro de 1973 foi marcada pela mais feroz e sanguinária repressão a
qualquer um que parecesse dissonante ao regime.
Imagine que vergonha figurar na lista de veículos de
comunicação autorizados pela ditadura... |
Cerca de 70 criminosos da ditadura chilena ainda cumprem
condenações |
Maria Edith Vasquez é uma das 1.248 desaparecidas políticas
no Chile. Não pode ser esquecida |
O terrorismo de estado empreendido pela ditatura chilena torturou ao menos 28 mil pessoas, matou 2.279 e produziu 1.248 desaparecidos — além de provocar o êxodo de 200 mil exilados.
O roteiro expositivo do Museu da Memória e dos Direitos Humanos é muito bem contextualizado. Você vai conhecer um pouco mais sobre o governo de Unidade Popular de Salvador Allende — uma proposta generosa, de cunho socialista, que pretendeu enfrentar a desigualdade.
Também vai ver o processo de sabotagem desse governo, o golpe que chocou o mundo pela barbárie, a brutal repressão política e a longa luta pela retomada da democracia.
Respaldado em uma Comissão da Verdade, o Estado Chileno processou mais de 500 responsáveis pelas violações de direitos humanos no Chile e 70 deles ainda cumprem pena por seus crimes.
La Chascona, o lar de Neruda e Matilde em Santiago |
⭐La Chascona
Casa-Museu de Pablo Neruda e Matilde Urrutia
Fernando Márquez de la Plata nº 192, Bellavista (Metrô Baquedano)
Vocês já sabem que eu sou louca por uma casa-museu.
Adoro a sensação de ter um vislumbre da vida normal de gente extraordinária. Na
minha lista de museus e centros culturais de Santiago, portanto, não podia
faltar La Chascona, o lar de Pablo Neruda e Matilde Urrutia.
Chascona/Descabelada: o célebre retrato de Matilde, pintado por Diego Rivera, está exposto na casa. Repare o perfil de Neruda surgindo, emaranhado nos cabelos dela |
A história de La Chascona é bem conhecida. A casa, no sopé do Cerro San Cristóbal, começou a ser construída por Neruda no terreno íngreme e banhado por um curso d’água em 1953, para a cantora Matilde Urrutia — na época a namorada clandestina que viria a ser sua terceira mulher.
La Chascona é uma palavra herdada do idioma Quéchua e
significa algo próximo de “descabelada” — a ruiva Matilde tinha na cabeleira
revolta uma marca registrada.
Matilde se mudou para a casa primeiro e Neruda iria de
reunir a ela em 1955.
La Chascona sobe e desce enroscada no jardim plantado por
Matilde |
Apesar de ter recorrido a arquitetos para o projeto original e sucessivas ampliações — o catalão Germán Rodríguez Arias e o chileno Carlos Martner— foi o poeta mesmo o grande responsável pela concepção encantadora de la Chascona.
O resultado é uma casa que se enrosca e sobe e desce em torno de um jardim plantado por Matilde. Um caracol intimista que parece não ligar a mínima para o mundo exterior e que se diverte em traçar passagens secretas entre seus cômodos.
Não é permitido fotografar o interior da casa-museu de
Neruda e Matilde — considere o lado bom disso: você vai ter que ir lá
pessoalmente ver a decoração personalíssima de cada cantinho, onde o poeta
celebrava sua paixão pelo mar, pelos livros e pelas montanhas que cercam Santiago e escolhia
com cuidado até as cores das louças e copos que iam à mesa, sempre cercada por
amigos.
Neruda concebeu cada detalhe de La Chascona. Abaixo, o
monograma do casal na grade de uma janela |
Foram quase 20 anos de vida compartilhada pelo casal em La Chascona, até o golpe militar de Pinochet e seus asseclas. Neruda morreu 12 dias após o golpe, em 23 de setembro de 1973. Foi velado na sala de estar da casa — onde ele tinha exigido aos arquitetos que abrissem uma janela/vitrine voltada para a Cordilheira dos Andes.
Dias antes, La Chascona havia sido brutalmente vandalizada
por pinochetistas. O curso d’água que passava pelo terreno foi entulhado,
provocando uma inundação. La Chascona foi revirada, vidraças e móveis foram
quebrados, livros foram rasgados.
Só é permitido fotografar as áreas externas de La Chascona. Acima,
à esquerda, o dormitório que passou a ser usado por Matilde após a morte do
poeta |
Apesar do caos, Matilde continuou a viver na casa, que restaurou aos poucos, mas jamais conseguiu voltar a dormir no quarto que compartilhou com Neruda. Ela morreu em 1985.
Agora está mais fácil incluir La Chascona em um roteiro de
passeios em Santiago, pois não é mais necessário agendar a visita — foi meio
por causa disso que eu não fui à casa-museu de Neruda nas minhas duas passagens
anteriores pela cidade. Basta chegar, pagar e entrar.
A visita é muito agradável. Como escolhi um dia de semana (e
estive em Santiago fora da alta temporada) havia apenas mais duas pessoas além
de mim percorrendo a casa.
Neruda obrigou o arquiteto Germán Rodríguez Arias a virar o
projeto da casa para Oeste, para poder contemplar as montanhas de suas janelas |
O áudio-guia, incluído no preço do ingresso, tem um roteiro bem didático, com muitas informações interessantes sobre cada ambiente, sobre a vida do casal e o contexto histórico. Tem narração disponível em português (e também em inglês, francês, alemão e espanhol).
Homenagem a Neruda e Matilde em um muro na vizinhança de La Chascona |
Terminei a visita morrendo de vontade de ter sido amiga de Neruda e Matilde para poder frequentar a casa cheia de livros, memórias e obras de arte, cantinhos acolhedores para um drinque e muito silêncio.
La Chascona é administrada pela Fundação Pablo Neruda, que também cuida das outras duas casas do poeta, La Sebastiana, em Valparaíso, e Isla Negra, cerca de 80 km ao Sul dessa cidade portuária.
Ícaro e Dédalo, unidos na glória e na morte, de Rebeca Matte, no Museu Nacional de Belas Artes |
As Cariátides, de Antonio Coll y Pi,
"presidem" o saguão onde está a galeria de esculturas |
⭐Museu Nacional de Belas Artes
José Miguel de la Barra nº 650, Parque Florestal, Metrô Bellas Artes (Linha 5)
No Banho (1929), de Marco Bontá, na pinacoteca do museu |
Sem título (1977), de Ricardo Yrarrázaval |
Desde 1910, o museu está instalado no belíssimo Palácio de Belas Artes, inspirado no Petit-Palais de Paris, com estruturas de ferro muito características da Belle Époque (o teto do saguão principal, em ferro e vidro, é um escândalo de fotogênico).
Inspirado no Petit-Palais de Paris, o Palácio de Belas Artes
é um escândalo de fotogênico |
Rebeca Matte: em primeiro plano, Horácio. No
centro, Eco, ou o Encantamento. Ao fundo, à esquerda, Ulisses e
Calipso |
Ainda Rebeca: Maternidade (esq) e a cara de
resignação de Ulisses, prisioneiro da paixão de Calipso |
Outro destaque da galeria de esculturas é O jogador de Chueca (1867), bronze do italiano Nicanor Plaza retratando um jovem mapuche praticando o jogo-ritual do palin.
A Miséria (esq) e O Jogador de Chueca |
Obras da uruguaia Petrona Viera em uma bela exposição
temporária |
Ainda que o Museu Nacional de Belas Artes não tenha um acervo tão famoso e arrebatador quanto seus colegas MNVA de Montevidéu, MNBA de Buenos Aires, Palácio Nacional de Belas Artes da Cidade do México ou nosso Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, eu recomendo muito a visita.
Gostei tanto do Museu Nacional de Belas Artes de Santiago que até cometi um autorretrato, coisa raríssima 😊 |
E não esqueça de dar um pulo atrás do museu para ver o Cavalo de Fernando Botero, no Parque Florestal |
Espaço da Memória na Estação Baquedano do Metrô, principal ponto de encontro dos manifestantes |
🕒 De terça a sexta das 16h às 20h e sábados das 12h às 20h.
A extrema violência da repressão do governo do Chile — à época sob a presidência do conservador Sebastián Piñera — às manifestações do estallido resultou em 32 mortes, mais de 12 mil feridos (347 deles atingidos nos olhos por balas de borracha) e quase 9 mil presos, com muitos registros de torturas e estupros praticados pelas forças policiais.
"Olhos para o povo". O mural no Barrio Itália lembra os mais de 300 manifestantes que perderam total ou parcialmente a visão, atingidos por balas de borracha disparadas pelos Carabineiros |
"Onde não há acesso à cultura, a violência é o espetáculo", alerta a pichação em Providencia |
A verdade é que Santiago inteira parece caber no Museu do Estallido Social, instalado a poucos passos da Estação Baquedano do Metrô, palco de um dos maiores levantes ocorridos durante as mobilizações.
De cortar o coração: o querido Café Literário do Parque Bustamante foi vandalizado e incendiado. Agora está fechado (foto abaixo), aguardando uma reforma |
Gerido de forma coletiva e autônoma por cidadãos e organizações, o Museu do Estallido Social busca manter viva a memória dessa mobilização não apenas colecionando objetos, mas também ideias, relatos, reflexões e debates. Seu acervo físico ainda está em formação, com a recepção de doações, registro de depoimentos e catalogação de imagens e vídeos.
Negro Matapacos usando uma bandana feminista. Sua estátua costumava ser exibida em espaços públicos, mas foi vandalizada várias vezes por grupos de direita. Agora está no museu |
Eles são mansinhos, fofinhos e dorminhocos. Mas não se atreva a bater na estudantada, que eles viram bicho |
Pichação no canal do Rio Mapocho |
Cartaz no Centro de Santiago |
Bem atrás do palácio presidencial, o CCLM pode ser uma ótima escala em um roteiro pelo Centro de Santiago |
Plaza de la Ciudadania nº 26, atrás do Palácio de La Moneda, Centro, Metrô La Moneda (Linha 1)
"E se fosse você?": desenhos retratam a
discriminação a imigrantes |
"Nenhuma a menos": bordados denunciam a violência contra a mulher e lembram vítimas do feminicídio |
O Centro Cultural La Moneda já realizou exposições memoráveis, como retrospectivas dos pintores mexicanos Frida Kahlo e Diego Rivera, de Pablo Picasso, Andy Warhol e Joaquín Torres García.
Praça da Cidadania e rampa de acesso ao centro Cultural La Moneda |
Além de ser muito bonito, do ponto de vista arquitetônico, o CCLM tem uma programação super variada, espalhada por seus 72 mil m². Foi inaugurado em 2006 e desde então mantém uma extensa pauta de exposições audiovisuais, cursos, oficinas, palestras, debates e sessões de cinema — o centro cultural é a casa da Cinemateca Nacional do Chile.
Como é bonito o Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana! |
No alto, cerâmicas incas encontradas na parte central do atual território do Chile. Acima, ao fundo, figuras funerárias esculpidas em madeira pelo povo Mapuche |
Bandera nº 361, Centro, Metrô Santa Ana (linhas 2 e 5)
💲 Entrada para estrangeiros; $ 5 mil pesos (R$ 30)
Cerâmicas mapuches |
À esquerda, representações femininas encontradas do Sul do Chile, provavelmente utilizadas em rituais de fertilidade. À direita, escultura mapuche em madeira |
Sou fascinada pelos qipus, um sistema de anotação numérica usada pelos incas, que não tinham escrita. Os estudiosos ainda tentam decifrar os códigos dos nós |
Aliás, não só o acervo, mas também o edifício onde está instalado o museu — o Palácio da Real Aduana de Santiago, do comecinho do Século 19 — e a ambientação do espaço expositivo.
Uma pena é que que apenas o primeiro pavimento do museu está aberto à visitação, devido a dificuldades econômicas. Mas, mesmo assim, essa vista foi um deleite.
Os espíritos de madeira do povo Rapa Nui representam forças do bem e do mal |
Cerâmicas encontradas em Arica (Chile), Tiwanaku (Bolívia) e no Caribe |
O acervo do Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana reúne esculturas, cerâmicas, têxteis, adornos e um lindo conjunto de Qipus, chamados de “a escrita dos Incas”— que não tinham uma escrita.
A coleção de têxteis do museu é um escândalo de bonita. A maior parte das peças é inca |
O Museu Histórico, bom complemento para uma visita à Plaza de Armas |
Plaza de Armas nº 953, Centro, Metrô Plaza de Armas (linhas 3 e 5)
Caleche usada pelo último governador espanhol no Chile, Casimiro Marcó del Pont, deposto em 1817 |
Quadros históricos, mobiliário e maquetes ajudam a contar a história do Chile |
O museu está instalado em um dos edifícios mais importantes da praça, a antiga sede da Real Audiência (o tribunal máximo no tempo do domínio espanhol), construído no Século 19 no mesmo terreno onde Pedro de Valdívia (o “conquistador do Chile”) havia plantado seu palácio, quase 300 anos antes.
Pátio central do antigo Palácio da Real Audiência, rebatizado de Palácio da Independência por Bernardo O'Higgins após a vitória definitiva sobre os espanhóis |
O museu tem uma coleção de vestuário e adereços. À direita, um pouco do cotidiano dos camponeses, com ferramentas usadas na lavoura e os instrumentos musicais para as horas de descanso |
A maquete reproduz a aparência da Plaza de Armas no tempo da colônia |
Com um roteiro muito bem explicadinho, a visita ao museu nos permite conhecer a trajetória de formação do Chile como país a partir da chegada dos europeus.
Mas esse percurso abreviado é bem legal de se ver. As salas dedicadas ao Chile mais recente, aos governos populares, ao enfrentamento da ditadura e a reconquista da democracia, compensam muito a visita.
À direita, o célebre Peixe de Vime uma recriação do artesão Júlio Rodriguéz da obra original de Alfredo Manzano (Manzanito) para decorar a conferência das Nações Unidas |
Avenida Libertador Bernardo O'Higgins nº 227, Metrô Universidad Católica (Linha 1)
Memórias do estallido social em exposição no GAM |
Já falei sobre o Centro Cultural Gabriela Mistral no post
sobre as atrações
do Bairro Lastarria, mas não custa repetir — porque o lugar é realmente muito
bacana, com uma programação fervilhante de
teatro, cinema, dança, artes visuais, cursos, oficinas e muito mais.
Pode ter certeza: você sempre vai encontrar alguma coisa
interessante rolando no Centro Gabriela Mistral—a poeta, primeira mulher a
receber o Nobel de Literatura, certamente ficaria orgulhosa de emprestar o nome
para esse centro cultural.
Só o edifício do GAM já é um show. Foi construído durante o
governo de Salvador Allende para abrigar uma importante conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, realizada em 1972, a UNCTAD III, que debateu a superação da pobreza.
Se você curte cinema (ou dança, ou teatro), fique de olho na programação do GAM |
Resgatado para a cultura com o retorno da democracia, o GAM
tem uma pulsação muito animada, de manhã à noite. Em seus 22 mil metros
quadrados, você vai encontrar salas de exposição e de apresentação, café,
restaurante, biblioteca, livraria e nada menos do que cinco espaços abertos,
verdadeiras praças, que funcionam como pontos de encontro e contribuem para a efervescência
do centro cultural.
A Estação de Metrô Universidad Católica tem uma saída de cara para uma das entradas do GAM, espaço agora chamado de "Praça de Todas" |
Na minha passagem por Santiago, fui ver uma exposição interessantíssima no Centro Gabriela Mistral, com fotos dos muitos grafites e pichações produzidos durante as mobilizações de rua (o estallido social).
Com uma estação de metrô (Universidad católica) literalmente na porta, além de dezenas de linhas de ônibus passando pela Alameda (a Avenida Libertador Bernardo O'Higgins), você vai ficar sem desculpas para ir ao GAM. Nem que seja para respirar a animação do lugar.
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Como sempre, um ótimo panorama da nossa museóloga viajante. Os relatos me fazem pensar - novamente - em 2 questões : a uma, caminharam bem os chilenos ao julgar e punir os golpistas ditadores, ao contrário de nós brasileiros, que inventamos a tal da Anistia para livrar da prisão milhares de assassinos e não punimos ninguém. A duas, na mansidão do povo brasileiro.
ResponderExcluirVarrer a História pra debaixo do tapete é sempre uma péssima escolham, né, Kenneth?
ExcluirTô louca pra voltar pra Santiago principalmente pra visitar o Museu da Memória e dos Direitos Humanos!!
ResponderExcluirÉ um museu essencial, Fer. É uma visita bem dolorosa, mas necessária
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