A Catedral de Santiago, do Século 18, é uma das principais atrações do Centro Histórico da cidade |
Quando o assunto é o que fazer em Santiago, lembro imediatamente que a capital chilena tem um horizonte espetacular — privilégio de quem é uma “ilha” cercada de Andes por todos os lados — e uma gastronomia de fazer a gente lamber os beiços.
Então, na hora de montar seu roteiro em Santiago,
é perfeitamente justo que você privilegie programas que te deixem de cara para
as montanhas (como a visita ao mirante Sky Costanera e os passeios pelo Cerro
San Cristóbal e Cerro
Santa Lucia) e espaço na agenda para almoços e jantares sem pressa.
O horizonte de Santiago visto do Sky Costanera e (abaixo) do Cerro San Cristóbal |
Santiago, porém, tem uma dinâmica urbana tremendamente bem resolvida para uma metrópole sul-americana com quase 6 milhões de habitantes. É uma cidade bastante segura e o transporte público funciona bem.
Isso, portanto, é garantia de que você irá muito além da
dobradinha horizontes + comilanças. Afinal, tem muito mais o que fazer em Santiago.
Guarde um tempo para caminhar por Santiago sem seguir o mapa. Acima, calçadão da Avenida Apoquindo, no elegante bairro El Golf. Abaixo, a Avenida Libertador Bernardo O'Higgins, o "A Alameda" |
O tempo dedicado à descoberta capital chilena parece render mais, permitindo que a gente encaixe sem dificuldades, em três ou quatro dias, visitas a excelentes museus (como o indispensável Museu da Memória e dos Direitos Humanos e a La Chascona, a casa-museu de Pablo Neruda e Matilde Urrutia) e a exploração de vizinhanças charmosíssimas, como o Bairro Lastarria e o Bairro Itália.
A Calle Bandera é citada como atração turística de Santiago por conta das pinturas coloridas no seu calçamento e algumas fachadas. À direita, detalhe de uma fachada do Centro Histórico |
Sem esquecer, claro, do Centro Histórico de Santiago, com atenção especial à Catedral, ao Museu Histórico Nacional e ao Palácio de La Moneda — e uma esticadinha aos mariscos deliciosos do Mercado Central, que ninguém é de ferro.
O que fazer em Santiago
⭐Sky CostaneraAvenida Andrés Bello nº 2425, Providencia, Metrô Tobalaba.
🕒 Horário: diariamente, das 10h às 22h (a bilheteria funciona
até as 21 horas, que é o horário da última subida dos elevadores).
💲 Ingressos: de segunda a quinta, $12.000 pesos (R$ 79).
Crianças de 4 a 12 anos pagam $5.000 pesos (R$ 33). Menores de 4 anos não pagam
entrada. De sexta a domingo e nos feriados o bilhete custa $16.000 pesos (R$ 105) e
os menores de 12 anos têm acesso gratuito.
O Cerro San Cristóbal visto do Sky Costanera |
Dos terraços do observaão do Sky Costanera dá pra contemplar 360 graus de Santiago |
A 260 metros de altura, o terraço de observação Sky Costanera costuma ocupar o topo da lista de o que fazer em Santiago.
Localizado em Providencia, a menos de 400 metros da Estação Tobalaba do metrô (Linhas 1 e 4), o terraço fica no topo de uma torre — a construção mais alta da América do Sul — do Shopping Costanera.
Na minha visita anterior a Santiago, em 2012, a torre do Sky Costanera ainda estava em obras. Hoje é a construção mais alta da América do Sul |
As plataformas de observação ficam no 61º e 62º pavimentos da torre e oferecem vista de 360 graus para a cidade de Santiago. O acesso é por elevadores muito rápidos — nem dá tempo de sentir claustrofobia.
Confesso que prefiro mirantes mais perto do chão. Acho mais legal contemplar cidades e paisagens me sentido dentro delas do que pairando à distância — daí porque sou muito mais fã de ver Paris do alto do Arco do Triunfo, a 50 metros de altura, do que do terraço mais alto da Torre Eiffel, a 276 metros do chão.
Se eu disser que não dá frio na barriga, estarei mentindo. Abaixo, a torre e seu terraço "open sky" |
Mas gostei de ter ticado o Sky Costanera da minha lista de o que fazer em Santiago. Contemplar as montanhas em torno da cidade lá do alto faz um bem enorme para a alma.
Totalmente envidraçados, os dois terraços permitem ver praticamente toda a cidade de Santiago, a metrópole de 5,6 milhões de habitantes, aos nossos pés.
Acesso ao Shopping Costanera |
É verdade que “céu limpo” em Santiago é um conceito bem relativo. Cercada pelas montanhas, a cidade tem sempre alguma bruma sobre ela, resultante da poluição que não se dissipa muito facilmente.
A bilheteria do Sky Costanera fecha 1 hora antes do encerramento da atração |
Os visitantes fazem fila para tirar fotos com a logomarca do Sky Costanera |
Como já contei aqui, dizem que setembro é a melhor época para ver a paisagem em Santiago, exatamente porque os ventos constantes ajudam a dissipar o fog santiaguino.
Bellavista tem uma impressionante concentração de bares e restaurantes e ainda conserva uma arquitetura antiguinha e charmosa |
A outrora aristocrática Bellavista é apontada, já há algumas décadas, como o bairro mais boêmio de Santiago.
Bellavista tem sempre muito movimento, seja por conta dos muitos turistas, seja pelo burburinho estudantil — a Faculdade de Direito da Universidade do Chile e um campus da Universidade San Sebastián estão instalados no bairro.
Outro point famoso do bairro é o Patio Bellavista, um shopping com entradas pelas ruas Pio Nono e Constitución e que atrai muita gente para sua praça de alimentação. Eu acho o pátio meio sem graça. Prefiro explorar a imensa oferta de restaurantes da Calle Constitución.
Para chegar a Bellavista, a melhor estação é Baquedano, servida pelas linhas 1 e 5 do Metrô de Santiago.
Até dá para subir o Cerro San Cristóbal a pé. Mas eu prefiro o funicular |
⭐Cerro San Cristóbal
O Cerro San Cristóbal é um dos pontos mais altos de Santiago, alcançando 280 metros de altura em relação à cidade e 880 metros de altitude em relação ao nível do mar.
O morro e a área em seu entorno, com mais de 7 km², estão protegidos como um parque metropolitano. O acesso ao alto do Cerro San Cristóbal pode ser feito por trilha, funicular ou teleférico (siga o link pra saber mais).
Caminhando entre Providencia e Lastarria, pode apostar que eu vou fazer uma pausa no Parque Florestal |
Acompanhando a margem Sul do Rio Mapocho, a partir da Plaza
Baquedano, o Parque Florestal se estende por mais de 1,5 km em direção ao
Centro de Santiago —já bem mais “ralinho” e estreito, ele chega até à porta do Mercado
Central, lar dos famosos mariscos.
Fronteira Norte do Bairro Lastarria, o Parque Florestal
abriga o Museu Nacional de Belas Artes e muitos banquinhos e recantos gostosos para quem
quer uma pausa na bateção de pernas entre os bairros de Bellavista, Lastarria e
Bellas Artes.
Pequenininho e animado, o Bairro Lastarria é um dos meus pedaços favoritos de Santiago |
Adoro os ecos Belle Époque na arquitetura de Lastarria |
As estações de metrô que servem ao Bairro Lastarria são Bellas Artes (Linha 5) e Universidad Católica (Linha 1). Saiba mais > Bairro Lastarria, Santiago Belle Époque.
O que ver no Centro Histórico de Santiago
Tô pra ver melhor lugar para comer mariscos do que o Mercado Central de Santiago |
⭐Mercado Central de Santiago
San Pablo 967, Centro. Metrô Puente Cal y Canto
🕒Horários: De domingo a quinta, das 6h às 17h. Sextas, das 6h às 20.
Sábados, das 6h às 18.
Sou daquelas que visita feiras e mercados com a mesma reverência que dedico aos museus. Claro que eu gosto de ver a minha refeição chegar embrulhada para presente à mesa do restaurante, mas amo mais ainda ver os “bastidores” da culinária dos lugares que visito. E o Mercado Central de Santiago é sensacional para essa gulosa investigação antropológica.
Muito menos gourmetizado do que vários dos seus homólogos
mundo afora — tem gente que reclama do jeitão totalmente sem maquiagem dele — o
Mercado Central de Santiago é o melhor lugar para descobrir a imensa variedade
de bichos do mar que tornam a gastronomia chilena tão irresistível.
É melhor do que museu — no museu a gente só vê com os olhos e lambe com a testa 😁 |
Depois de circular entre as bancas, inspecionando machas,
picorocos, locos, jaibas e centollas, é um imenso prazer escolher um
restaurante para se deleitar com os sabores dessa fauna deliciosa.
O segredo de comer muito bem no Mercado Central de Santiago
e não pagar os preços inflacionados das casas pega-turistas é fugir da praça
central, onde estão os baluartes desse tipo de restaurante, e explorar os
corredores meio obscuros e tumultuados do mercado.
Esse chupe de mariscos do Restaurante Clarita estava de uivar para a lua. E o almoço custou R$ 35 |
É aí, entre a infinidade de bodeguinhas simples, com toalhas de plástico forrando as mesas e muitos trabalhadores dos próprio Mercado Central entre os clientes, que você vai escolher onde almoçar, consultando o cardápio do dia anotado nas lousas e bisbilhotando a cara dos pratos que chegam fumegantes das cozinhas. Ô, programinha gostoso.
Saiba mais >
Comer em Santiago: os irresistíveis mariscos do Mercado Central
Onde comer em Santiago do Chile
O altar-mor da Igreja de São Francisco é bonito demais! |
Igreja de São Francisco
Avenida Libertador Bernardo O’Higgins nº 834. Metrô Santa Lucia (Linha 1) ou
Universidad de Chile (linhas 1 e 3)
🕒Horários: terça a sábado das 10h às 13:30h e das 15h às 18h.
Domingos e feriados, das 10h às 14h
💲 Ingresso do museu: $ 2 mil pesos (R$ 13)
A Igreja de São Francisco é uma das raríssimas construções
do Século 17 que ainda estão de pé em Santiago — lembra o que eu falei sobre os
terremotos? É apontada como o edifício mais antigo da capital chilena ainda de
pé.
A igreja está a menos de 800 metros da Plaza de Armas e a cerca de 600 metros do palácio de La Moneda, de cara para o Barrio Paris-Londres (esquina das ruas Paris e Londres, famosa por seus casarões do Século 19 em estilo europeu).
A Igreja de São Francisco é o edifício mais antigo ainda de pé em Santiago |
Taí uma visita que vale a pena em um roteiro pelo Centro Histórico de Santiago. O altar dourado da igreja é lindo e o claustro do Convento de São Francisco é encantador. Para ver esse último, é preciso pagar o ingresso do Museu Colonial de São Francisco, e eu recomendo.
O acervo de peças de arte sacra tem como destaque o conjunto de pinturas sobre a vida de São Francisco de Assis de autoria do pintor Basílio Santa Cruz, um expoente da Escola Cusqueña — a tradução do Barroco em terras andinas, incorporando elementos do imaginário dos povos tradicionais.
⭐Praça de Armas
Segundo historiadores, a Plaza de Armas de Santiago seria bem mais antiga do que a cidade colonial espanhola fundada por Pedro de Valdívia em 1541.
A antiga kancha (do quéchua “praça” ou “pátio”) teria sido o espaço
cerimonial de uma cidade inca — assim como os espanhóis, os incas costumavam
concentrar as sedes dos poderes político e religioso em torno de uma grande
praça, como a gente aprende visitando a Huacaypata/Praça
de Armas de Cusco, por exemplo.
Na minha última passagem pela Praça de Armas, parei para assistir as esses músicos tocando canções tradicionais do Chile aos pés do Monumento aos Povos Originários |
Ainda que essa teoria esteja amparada em estudos arqueológicos, você não vai ver vestígios dessa cidade inca na Plaza de Armas de Santiago. Na verdade, nem mesmo das origens da cidade colonial espanhola.
Os edifícios mais antigos que hoje cercam a praça têm a cara do começo do Século 19, como a Catedral, o edifício do Correio Central e o antigo Palácio dos Governadores, hoje Museu Histórico Nacional. Essas duas últimas construções ocupam o terreno onde Valdívia construiu sua casa e sede do governo colonial espanhol (tem mais detalhes dessas atrações logo adiante).
Recomendo vivamente que você estique seu roteiro pela Plaza de Armas até o muy belo e interessante Museu Chileno de Arte Pré-Colombiana. Ele fica a pouco mais de 200 metros da praça, no nº 361 da Calle Bandera, a "rua colorida" do Centro de Santiago, famosa pelas intervenções artísticas nas fachadas pavimento.
A estação Plaza de Armas do Metrô (linhas 3 e 5) deixa você de cara para o gol do Centro Histórico de Santiago |
Coração do Centro Histórico de Santiago, a Plaza de Armas é o marco zero da cidade. Sombreada por palmeiras e algumas árvores, a praça costuma atrair trabalhadores das redondezas na hora do almoço e turistas que aproveitam o pequeno oásis no cercado pelo burburinho do centro da cidade para relaxar e assistir apresentações de artistas de rua.
🕒 Horário de abertura: de segunda a sexta, das 10h às 19h.
Sábados e domingos, das 9h às 13:30h. Prefira fazer a visita turística fora dos
horários das missas. De segunda a sábado, elas são celebradas às 12:30h. Aos
domingos, às 9:45h e ao meio-dia.
💲 Ingresso: a entrada na Catedral é gratuita.
Com elementos barrocos e neoclássicos, a Catedral de Santiago é o quinto edifício destinado ao culto católico construído no mesmo local |
A Catedral que vemos hoje no lado Oeste do quadrado da Praça
de Armas de Santiago é nada menos que a quinta edificação do principal local de
culto católico na capital chilena.
Desde os primórdios da colônia até hoje, reformas e
reconstruções ditadas por terremotos, um incêndio e a moda transformaram a igreja
original no edifício imponente, com características predominantemente
neoclássicas que começou a ser talhado no final do Século 18 e só ficou
inteiramente pronto em 1830 — mas só a reforma do final do Século 19 e
concluída em 1906 é que bateu o martelo das feições atuais do templo.
A Catedral de Santiago pode não ter todos os douramentos, entalhes e volteios das igrejas coloniais mais famosas, mas ela também é muito bonita |
É possível que a Catedral de Santiago não impressione tanto a quem já visitou algumas das magníficas igrejas coloniais mais antigas, no Brasil ou na América Espanhola — São Francisco, em Salvador, La Compañia, de Quito, o conjunto de Ouro Preto, a Catedral de Cusco ou a Igreja de São Francisco, de La Paz, só pra citar algumas.
Mas é inegável que ela é extremamente bonita e merece a sua
visita. Preste atenção às pinturas e entalhes do forro, no altar-mor (obra de 1912) e nos altares laterais, com belas esculturas em mármore e em madeira. Sobre o altar-mor, a cúpula vazada por janelas e lindos vitrais garante a iluminação natural.
Altar de São Miguel Arcanjo e (à direita) o altar-mor da Catedral de Santiago |
Outro aspecto importante é que a Catedral de Santiago é um lugar muito amigável à visitação. Em diversos altares, você vai encontrar painéis explicativos com QR-code, onde se pode acessar áudios com narrações detalhadas sobre diversos aspectos decorativos, arquitetônicos e históricos da construção. A Diocese também oferece um folheto bem detalhadinho, inclusive em português, com muitas informações sobre a igreja.
Para baixar o mini-guia
da Catedral de Santiago, siga o link.
A carinha "bolo de noiva" do Edifício dos Correios é bem bonitinha, né? |
Na esquina mais próxima à Catedral, o Edifício dos Correios, construção do Século 19, tem uma bela carinha “bolo de noiva” e está muito bem preservado. É possível visitar o interior do prédio, onde funciona um Museu Postal.
O Palácio da Real Audiência abriga o Museu Histórico Nacional do Chile (edifício amarelo que você vê na imagem) |
⭐Palácio da Real Audiência/ Museu Histórico Nacional do Chile
Além da Catedral, uma visita que eu recomendo na Praça de
Armas de Santiago é ao Museu Histórico Nacional do Chile, instalado no Antigo
Palácio da Real Audiência (o mais alto tribunal da colônia).
A construção atual foi inaugurada em 1808, em estilo
neoclássico (só eu que vejo semelhanças entre ela e o Paço Municipal de
Salvador, do Século 17?).
Vale a pena visitar o Museu Histórico Nacional do Chile. Abaixo, instrumentos náuticos do acervo que a Fragata amou |
O Museu Histórico Nacional é bem interessante, pois permite
que a gente entenda um pouco mais da formação do Chile como país, sua
trajetória até a independência — na América Espanhola, o processo de
independência foi bem diferente do que vivemos no Brasil — e até os dias de
hoje.
Já contei sobre o Museu Histórico Nacional do Chile aqui
> 8
museus e centros culturais de Santiago do Chile
La Moneda é sede do Governo do Chile desde 1846 |
⭐Palácio de La Moneda
Plaza Constitución, Metrô la Moneda
Construída no Século 18, a antiga Casa da Moeda do Chile
colonial foi convertida em Palácio Presidencial em 1846, substituindo nessa
função o Edifício dos Correios.
Foi no Palácio de La Moneda que o presidente legitimamente eleito,
Salvador Allende, resistiu ao golpe de estado de 1973. A sede do governo foi
bombardeada e Allende acabaria assassinado pelos golpistas. Atualmente, uma
reconstrução do gabinete de trabalho Allende pode ser visto na visita guiada ao
interior do palácio.
Lembrança dos desaparecidos políticos na Plaza Constitución, em frente ao palácio de La Moneda |
Salvador Allende é homenageado com uma estátua em frente ao palácio onde ele morreu defendendo a democracia |
Essa visita guiada gratuita (que eu ainda não fiz) não tem
acompanhamento em português, só em espanhol e inglês. Ela percorre vários
salões cerimoniais de La Moneda e seu Pátio de los Naranjos .
É necessário agendar a visita guiada com alguma
antecedência. Para isso, acesse o formulário de solicitação de visitas
ao Palácio de La Moneda e siga as instruções de preenchimento. As informações
sobre datas e horários também estão detalhadinhas lá.
Se quiser ver a troca de guarda do palácio, saiba que as
cerimônias duram 40 minutos são realizadas dia sim, dia não, às 9:50h, nos dias
da semana, e às 10:50 nos fins de semana. Em 2023, a troca de guardas será
realizada nos dias pares de fevereiro, março, junho, setembro e outubro e nos
dias ímpares de abril, maio, agosto, novembro e dezembro.
Na lateral Sul do palácio, na Plaza de la Ciudadania, fica o
ótimo Centro Cultural La Moneda, com uma agenda sempre instigante e muitas
atrações gratuitas.
É bem fácil ir à Vinícola Concha y Toro usando o metrô |
⭐Vista a vinícolas partindo de Santiago
Já que o Chile é meio que sinônimo de vinhos, uma atividade
muito popular entre os turistas que passam por Santiago é fazer pelo menos uma
visita a uma vinícola.
Não é muito o meu esporte favorito — sou mais de ver as
horas do que de dissecar o funcionamento dos relógios — mas reconheço que, pelo
menos uma vez, é bacana desvendar um pouquinho do processo de produção daquele
líquido que cai tão bem na minha taça.
As agências de turismo de Santiago vendem passeios com
roteiros bem variados pelas vinícolas do Vale do Maipo (mais próximo à capital,
ao Vale de Casablanca (a cerca de 120 km de Santiago, no caminho para
Valparaíso) e para o Vale do Colchágua, o mais distante, a cerca de 200 km (um bate e volta meio pesadão, né?).
Na minha viagem de 2012, visitei a mais popular das
vinícolas próximas a Santiago, a Concha y Toro, no Vale do Maipo, que pode ser
alcançada com transporte público (a Cousiño Macul também é acessível com o
metrô). Foi uma experiência interessante. Passeio agradável e bem fácil de
organizar.
Veja as dicas (o post está atualizado) > Como
ir à vinícola Concha y Toro de transporte público
Valparaíso é bacana demais pra ser vista em poucas horas — mas,
se você quiser, é fácil e confortável fazer o bate e volta |
⭐Bate e volta a Valparaíso
Vou citar a visita a Valparaíso como um item de o que fazer
em Santiago só por rigor jornalístico — sim, é perfeitamente possível fazer um
bate e volta confortável e sem atropelos a essa encantadora cidade, mas eu acho que passar só umas horinhas
por lá é um pecado.
Valparaíso é o meu grande xodó no Chile, um chamego que
começou uns 5 minutos depois de eu chegar na cidade pela primeira vez, foi crescendo e se
confirmou muito nesta viagem mais recente, quando finalmente me dei o presente
de uma visita mais compridinha (dois pernoites).
Duas visões do (Val) paraíso: o Porto visto do Palácio Baburizza, hoje Museu de Belas Artes, e (abaixo), a baía aos pés da cidade clicada do terraço da minha pousada |
Pendurada nos morros diante de uma baía, dona de vistas
hipnóticas e colorida até dizer chega, Valpo tem um astral que eu não sei
explicar, mas que me faz um bem danado — ela vai ganhar uma série de posts aqui
na Fragata logo, logo.
Mas se você quiser ter só um aperitivo dessa cidade
encantadora, siga o link para ver as dicas de um
bate e volta a Valparaíso (que é muito fácil de fazer).
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O Mercado Central é mesmo muito legal e bom para comer. Chegamos com uma sede danada ao local, sentamos em um dos restaurantes e pedimos duas cervejas para , então, escolher o que comer. Não pode. Pela legislação, ali é proibido beber sem pedir comida. Então, primeiro escolhemos a comida e, só depois, o garçom nos trouxe nossas cervejas. Mas a comida é mesmo muito boa.
ResponderExcluirNão sabia dessa proibição, Kenneth. A gulosa aqui já chega pedindo um monte de comida e a bebida entra como adereço 🤣. Daí que eu não tive nem como perceber. Eu me acabo naqueles mariscos
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