Bethesda Terrace, um dos cartões postais mais famosos do
Central Park |
Amado pelo cinema, pelos românticos, pelos esportistas, pelas crianças e por seres humanos em geral, o Central Park é um dos maiores sucessos de Nova York.
Os patinhos de The Pond são muito fotogênicos |
Academia pra quê? quem mora em Manhattan pode se exercitar
no Central Park |
Seja qual for a estação do ano, sempre se encontra um bom motivo para passear no Central Parque e ver como Nova York é gostosa ao ar livre.
Neste post, listei alguns dos meus recantos favoritos no Central Park e as dicas práticas pra você aproveitar esse jardim/quintal dos novaiorquinos. Bora?
A arquitetura de Nova York é a moldura do Central Park |
O Central Park fica bem no coração da Ilha de Manhattan. Seu imenso retângulo com (repito) 3,4 km² está delimitado, a Leste, pela 5ª Avenida, e a Oeste, pela 8ª Avenida (que nas margens do parque se chama Central Park West).
Eu adoro caminhar em Nova York e geralmente é desse jeito que eu chego ao Central Park. Mas ele também é muito bem servido pelo transporte público, com várias linhas de ônibus margeando seus limites.
Monumento a Simon Bolívar, na Central Park South |
Metrô para o Central Park
Estação 59th St - Columbus Circle (linhas 1, 2, A, B, C e D)
5th Avenue Station (Linhas N, R e W)
110 St-Cathedral Pkwy Station (linhas A, B e C)
110 Street Station - Central Park North (linhas 2 e 3)
A estação de metrô da Rua 72, no Lado Oeste do Central Park, é a mais cômoda para quem vai a Strawberry Fields, o memorial de John Lennon |
➡️ Central Park West
103 St Station (linhas A, B e C)
72 Street Station (A, B e C)
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Clique no mapa acima para localizar as atrações do Central Park citadas aqui
🌳 The Pond (“A Lagoa”)
O Central Park tem nada menos do que sete espaços aquáticos. The Pond é o mais fácil de chegar, porque fica na pontinha Sudoeste do parque.
Patos e tartarugas fazem a festa na lagoa do Central Park |
Acesso ao Wollman Rink |
O Wollman Rink funciona de meados de outubro a março (nesta visita eu cheguei logo depois dele entrar em recesso) e faz muito sucesso como atração de inverno na cidade.
Veja mais cenários de filmes na cidade: Nova York no cinema - e o cinema em Nova York
O rinque de patinação foi inaugurado em 1950, construído sobre um trecho aterrado de The Pond.
Entre outubro e março, o Wollman Rink é uma das grandes atrações de Nova York (Foto: Tomás Fano/ Wikimedia Commons) |
Atualmente, o Wollman Rink é administrado pelo conglomerado de empresas de Donald Trump (toc, toc, toc).
Essa afloração de rocha nua no canto Sudoeste do Central Park também é um cenário bem conhecido do parque.
A Umpire Rock pode não ser um grande desafio atlético, mas
faz um contraste interessante com a arquitetura ao redor |
Cherry Hill e sua mui instagramável fonte |
Tão pertinho da Bethesda Fountain, esse pedacinho super romântico do parque acaba ofuscado pela vizinha mais famosa. Mas a elevação suave de Cherry Hill e sua fonte de inspiração vitoriana um dos conjuntos mais bonitos do Central Park.
Inaugurada na segunda metade do Século 19, a fonte de Cherry Hill originalmente era um bebedouro para os cavalos que puxavam as carruagens da época. A estrutura da fonte é de uma rara delicadeza, com seus lampiões e bicas d'água em desenho floral.
Bow Bridge, a campeã em romantismo |
A ponte de ferro sobre o Lago do Central Park é responsável pelos 26 metros mais suspirantes que você vai atravessar por lá — e quando o dia está bonito, vai ser difícil driblar os casais fazendo fotos para a eternidade debruçados em sua balaustrada.
O resultado é que é quase impossível a ponte deixar de ser escalada no elenco de qualquer filme romântico rodado em Nova York, embora minha cena favorita com ela seja a de Highlander (1986, direção de Russell Mulcahy), quando os dois imortais que correm o risco de daí a pouco ter que tentar decapitar um ao outro conversam fraternalmente, tendo a Bow Bridge como palco.
O lago do Central Park, cenário que me lembra um dos meus
livros favoritos |
A cada década, mais ou menos, eu releio O Apanhador e ainda me encanto com as aventuras e, principalmente, as reflexões juvenis de Holden Caulfield. Expulso de um colégio interno chique da Pensilvânia, o adolescente foge pra Nova York e perambula pela cidade, bêbado e à toa.
O livro fez um imenso sucesso e virou meio ícone de uma rebeldia juvenil ainda sem causa — aquele estranhamento com o mundo adulto que todo mundo já sentiu um dia, mas infelizmente muita gente deixa passar.
Tentei entrevistar os patinhos pra descobrir onde eles
passaram o inverno, mas eles não me deram bola |
A placa no acesso a Strawberry Fields avisa que esta é
uma quiet zone (área de silêncio), mas a moçada nem sempre respeita |
Strawberry Fields, recanto do Central Parque dedicado à memória de John Lennon, foi uma doação de Yoko Ono à Cidade de Nova Yorkm, inaugurada em 1981, um ano após a morte de John.
É preciso alguma paciência com a “fila tácita” para as fotos
em Strawberry Fields. Em alguma momento, chega a sua vez. Já encontrar um banquinho
para a reflexão proposta por Yoko é bem mais fácil |
Mas eu não abro mão de dar ao menos uma passada por lá, cada vez que vou a Nova York.
O Strawberry Fields de Nova York fica em frente ao Edifício Dakota, na esquina de Central Park West com a Rua 72, residência de John e Yoko e onde ele foi assassinado, no fatídico 8 de dezembro de 1980.
Acho o Bethesda Terrace escandalosamente fotogênico |
🌳 Terraço e Fonte Bethesda
Acho que se fizerem uma eleição para apontar a imagem mais reconhecível do Central Park — será que não já fizeram? — o imponente Bethesda Terrace e sua linda Bethesda Fountain ganham de lavada.
O Terraço e a Fonte Bethesda já constavam dos projetos originais do Central Park, foram construídos durante a Guerra de Secessão Americana e concluídos em 1867.
As carruagens fazem parte da paisagem do Central Park. Esta
estava chegando ao Bethesda Terrace |
O conjunto é uma espécie de ponto culminante de The Mall, uma alameda que se estende por quase 500 metros, idealizada para que os nova-iorquinos do Século 19 pudessem desfilar e trocar cumprimentos, a pé ou de carruagem, prática social elegante e muito exercitada na Europa.
O conjunto Bethesda é escandalosamente fotogênico — e o cinema usa e abusa dele como locação.
O Bethesda Terrace tem dois níveis ligados por escadarias, decoração requintadíssima e um clima definitivamente marcado pelo romantismo do Século 19.
A Fonte Bethesda e o Anjo das Águas. Ao fundo, a Loeb
Boathouse e o Lago do Central Park |
A Bethesda Fountain, com sua estátua “Anjo das Águas”, é um cartão postal que todo mundo quer trazer pra casa, na câmera e na memória, depois de uma temporada em Nova York.
Uma curiosidade: Bethesda se refere ao Tanque de Betzada, próximo a Jerusalém. Citado no Antigo Testamento e em franco funcionamento na Antiguidade, esse tanque era famoso por suas águas às quais se atribuía poderes de cura.
Morri de pena porque o Sheep Meadow é o cenário de uma das minhas saudades mais incuráveis: a sensação de absoluta felicidade e despreocupação que era desabar naquele gramado, depois de pedalar para cima e para baixo pelo Central Parque, nas minhas temporadas juvenis em Nova York.
O gramadão do Sheep Meadow é o maior espaço aberto do Central Park e também foi concebido já no projeto original do parque. Ele já não tem os carneirinhos sugeridos em seu nome — até 1934, cerca de 200 deles pastavam por ali —, mas tem um aconchego bucólico especial.
É o point favorito para os piqueniques no Central Park e o lugar preferido por nove entre dez mocinhas de comédias românticas para esticar a canga com um livrinho.
Lago artificial Conservatory Water. Para alugar um
barquinho-modelo, vá até a Kerbs Memorial Boathouse (ao fundo) |
🌳 Conservatory Water
Aluguel de barcos (na Kerbs Memorial Boathouse): de abril a outubro. De segunda a quinta, das11h às 17h. Sextas, das 11h às 19h. Sábados, das 13h às 19h. Domingos, das 10h às 18h. Preço: US$ 11 por 30 minutos
O Conservatory Water um lago artificial calcado na Grand Bassin dos Jardins de Luxemburgo. Como em sua inspiradora parisiense, o grande barato aqui é alugar um barquinho-modelo e “navegar” remotamente.
As crianças amam — e os não tão crianças também. Além de “navegar” as plácidas águas do Conservatory Water, também é possível participar de “regatas” bem concorridas, aos sábados.
Se bater uma fominha, a Kerbs Memorial Boathouse tem um café (que agora é explorado pela rede Le Pain Quotidien).
Do Conservatory Water, vale esticar a caminhada até as famosas estátuas de Alice no País das Maravilhas (um point concorridíssimo para fotos) e do escritor Hans Christian Andersen, que ficam bem perto (veja no mapa).
A apaixonante arquitetura do Museu Guggenheim, de cara para
o Central Park |
Os 2,23 km km da 5ª Avenida, entre essas duas ruas, são a chamada Milha dos Museus (que agora tem 1,4 milha, pra respeitar a precisão jornalística), um corredor que passa por nove museus bacanérrimos de Nova York, começando pelo Metropolitan Museum (na Rua 82) e terminando no Museu de Arte Africana (na Rua 110, limite Norte do Central Park).
O salão que abriga o templo egípcio de Dendur, no
Metropolitan Museum, tem uma imensa janela (à direita) voltada para o Central
Park |
Saiba mais sobre a Milha dos Museus e alguns museus bárbaros de Nova York seguindo o link.
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