27 julho 2022

Bares e cafés em Montevidéu

Café Brasileiro, Montevidéu
Café Brasileiro, na Cidade Velha de Montevidéu: o lugar é lindo, a comida é boa e o pedigree boêmio é notável

Não bastassem todos os outros encantos, a capital uruguaia tem um atrativo irresistível pra mim: os bares e cafés de Montevidéu sabem ter charme, aconchego e atmosfera como é raro a gente ver por aí.

Moderníssimos ou históricos, descolados ou tradicionais, a capital uruguaia tem um elenco generoso de lugares gostosos para um drinque, uma refeição ou para simplesmente sentar, ver a vida passar e observar as pessoas. 

A partir do meio da tarde, explorar os bares e cafés de Montevidéu é se jogar em duas grandes e gostosas tradições da cidade.

Bar na Cidade Velha de Montevidéu
A Cidade Velha de Montevidéu tem tantos bares e cafés lindinhos que dá vontade de passar a viagem toda visitando cada um

Café Bar Tabaré, Montevidéu
Adoro o charme do Bar Café Tabaré, um veterano em Punta Carretas

Uma é a boemia — geralmente temperada com longos papos sobre política e literatura, herança das velhas tertúlias ibéricas.

Outra é la merienda, aquele café da tarde meio primo do chá das cinco britânico, cercado de docinhos, biscoitos e outros pequenos requintes — uma refeição leve que ajuda a manter a tradição uruguaia de jantar mais tarde do que nós, brasileiros.

Café Oro del Rhin, Montevidéu
Aproveitei muito a hora da merenda no tradicional Café Oro del Rhin, que tem uma filial em Punta Carretas

A boemia entra pela madrugada. La merienda é mais comportada, curtida entre as 17h e as 20h, mais ou menos. O que elas têm em comum — e de mais delicioso — é a reunião de amigos, a cumplicidade e a conversa animada.

Os bares e cafés de Montevidéu não têm contraindicação. Veja algumas dicas de cantinhos deliciosos na cidade para merendar, bebericar, farrear ou simplesmente curtir uma refeição:

Bares e Cafés em Montevidéu

Hora da boemia


Café Bar Tabaré, Montevidéu
Tabaré: um grande bar, desde 1919

Café Bar Tabaré
Zorrilla de San Martin 152, Punta Carretas

Aberto em 1919 em uma ruazinha — até hoje, muito sossegada — de Punta Carretas, o Café Bar Tabaré é irresistível. A casa centenária, a decoração retrô destacando velhas memórias, o balcão original do bar e o clima boêmio constroem uma atmosfera deliciosa para quem quer apenas bebericar ou mesmo cair na farra.

Como o site do Tabaré faz questão de destacar, a casa começou como um misto de armazém e bar de pescadores, quando Punta Carretas ainda era uma localidade remota, uma vila pesqueira com construções esparsas.

O Café Bar Tabaré se orgulha de ter sido frequentado por Carlos Gardel e o legendário capitão da Seleção Uruguaia de 1950, Obdulio Varela — “O Chefe Negro” que comandou seu time na vitória sobre o Brasil, em pleno Maracanã, feito que pode até ter sido ofuscado pelos 7x1 de 2014, mas que tem uma carga épica muitíssimo maior.

Café Bar Tabaré, Montevidéu
Esse Tabaré Spritz aí da foto, com suco de pomelo, estava muitíssimo gostoso

Café Bar Tabaré, Montevidéu
O mezanino do bar também serve de palco para atrações musicais

Eleito em 2009 entre os 100 melhores bares do mundo, Tabaré é uma casa para boêmios legítimos. O porão e o mezanino do bar são palco para apresentações de música ao vivo muito concorridas, mas vale a passada por lá a qualquer hora. Dizem que a comida lá é ótima, mas eu estava muito entretida com a parte líquida do cardápio para experimentar 😁.

Os drinques custam na casa do 400 pesos (R$ 50), mas, se você gosta de cerveja (não é o meu caso, vai gastar bem menos por lá.

Bar El Mingus, Montevidéu
El Mingus: amor ao jazz e à boemia
El Mingus
San Salvador 1952, Palermo
Horário: diariamente, do meio-dia à 1h da manhã

De todos os bares e cafés por onde passei em Montevidéu, foi em El Mingus que encontrei o espírito boêmio mais pulsante. Que lugar legal!


Bar El Mingus, Montevidéu
El Mingus é aconchegante e tem ótima trilha sonora

Bar El Mingus, Montevidéu

O plano original era bater o ponto lá na terça-feira, quando a casa realiza uma jam sesssion muito concorrida e elogiada. Mas nesse dia eu estava morta com farofa dos passeios diurnos e o Jazz dançou. A boa notícia, porém, é que El Mingus também é muito bacana sem música ao vivo.

Cheguei cedo para a happy hour e a esquina da San Salvador com Joaquín Requena, onde está El Mingus, já estava animadíssima — as mesinhas da calçada lotaram rapidinho.

Bar El Mingus, Montevidéu
Os croquetes acompanharam lindamente o meu uisquinho

O público de El Mingus é majoritariamente jovem, a conversa é animada, os preços são moderados e o atendimento é de primeira. No interior do bar, a decoração aposta no visual clássico/rústico, super aconchegante, com iluminação discreta, e trilha sonora excelente.

Os croquetes de arroz com cogumelos (280 pesos/R$ 35) acompanharam muito bem o velho Johnny Walker (210 pesos/R$ 26 a dose).

Bar La Vanguardia 1934, Montevidéu

La Vanguardia 1934
21 de Setiembre 3000
Horário: diariamente, do meio-dia à 1h da manhã

Desde meu primeiro dia em Montevidéu, elegi La Vanguardia 1934 como “o meu bar da esquina” — ainda que, a rigor, ele ficasse a quatro esquinas do meu hotel. É que este bar/pub na confluência da movimentada Rua 21 de Setiembre com Rua Roque Graseras tem uma baita cara simpática, com mesas na calçada, salão escurinho e trilha sonora roqueira muito legal.

Mas a casa é bem mais que um boteco acolhedor. O ambiente é despretensioso, mas muito bem cuidado. A carta de drinques é inventiva — o dry martini é ótimo, sem modernagens — e o menu de tapas é bem interessante.

Bar La Vanguardia 1934, Montevidéu
Esses croquetes de presunto cru estavam excelentes

Bar La Vanguardia 1934, Montevidéu

Fiz planos de passar por lá para experimentar um dos elogiados pratos do chef Juan Manuel Berro, mas acabei me concentrando – e sendo muito feliz — na porção bar de La Vaguardia 1934.

Experimente as croquetitas de jamón crudo con aioli (croquetes de presunto cru com molho aioli, 410 pesos/R$ 52), deliciosas. Os drinques ficam na faixa dos 300 pesos (R$ 38) e os pratos variam entre 650 pesos (R$ 83) e 890 (R$ 113). Para gastar menos, experimente os sanduíches e as pizzas.

Café Brasilero, Montevidéu
Café Brasilero: o clássico mais clássico da Cidade Velha

Café Brasilero
Ituzaingó 1447, Ciudad Vieja
Horários: de segunda a sábado, das 10h às 19h.  

Quando você vai ao Café Brasilero, pode escolher entre tomar um café, uma taça de vinho, um vermute ou uma cerveja. Pode se deliciar com as delicadas medialunas da casa no desjejum ou com um dos elogiados pratos do menu de almoço. Opções não faltam, mas só há uma certeza: você vai tomar uma dose de história na veia.

Fundado em 1877, como orgulhosamente anuncia a inscrição em sua vitrine, o Café Brasilero vem sustentando seu século e quase meio de sucesso com um segredo exposto às claras, na cara do freguês: acompanhar o tempo sem perder a essência.

Café Brasilero, Montevidéu

Café Brasilero, Montevidéu
História na veia para acompanhar o café
 
Café Brasilero, Montevidéu

Essa mágica está expressa na decoração linda — com o sotaque art nouveau que sapateia no meu coração — no atendimento cordialíssimo e na atmosfera acolhedora, que convida à leitura esquecida do relógio — suspeito que é possível até ler os dois volumes de Guerra e Paz em uma daquelas mesas, sem ser perturbada por um garçom tentando empurrar mais um pedido ou brandindo a conta.

É delicioso mergulhar na beleza sossegada do Café Brasileiro, aconchegada entre os painéis de madeira nobre que revestem suas paredes, ouvindo o eco das conversas animadas que Mario Benedetti e Eduardo Galeano tiveram em rodas de amigos.

Café Brasilero, Montevidéu

Café Brasilero, Montevidéu

Grande lugar para almoçar, para um drinque ao cair da tarde ou para começar o dia de passeio pela Cidade Velha de Montevidéu, como eu fiz: além de suspirar com as medialunas sublimes (65 pesos/R$ 8), o famoso pingado (130 pesos/ R$ 13) estava tão gostoso que eu até repeti — logo eu, que acho café com leite uma abominação.


Café Bacacay, Montevidéu
Café Bacacay: tradição boêmia e vista para
o lindão Teatro Solís

Café Bacacay
Bacacay 1306, Ciudad Vieja
Horário: de segunda a sexta, das 10h às 20:30h. Sábados, das 11h à meia-noite e meia.

Eu adoro o Café Bacacay.  Curto seu charme boêmio, aplaudo a trilha sonora e deliro com a vista de suas generosas janelas para a beleza sóbria do Teatro Solís.

A casa é um “clássico em duas etapas”: já foi um botequim concorrido, até ganhar um banho de loja, na década de 1990, acompanhando o processo de revitalização da Cidade Velha de Montevidéu.

Café Bacacay, Montevidéu
Em sua segunda encarnação, iniciada nos anos 90, o Café Bacacay ganhou uma pegada moderninha/industrial

Em ambas encarnações, o Café Bacacay sempre fez muito sucesso entre jornalistas, escritores e militantes políticos — um de seus frequentadores fiéis era Eduardo Galeano.

Além desses atributos, o Café Bacacay também tem preços muito razoáveis e faz um dry martini de primeira (se você quiser saber se um bar é bom, peça o dry martini. Se for bem feito, pode confiar — ou abstrair todo o resto).

No quesito comida, já tive experiências felizes e uma bem desastrada por lá. Mas, definitivamente, não abro mão de ir ao Café Bacacay.

Nessa visita mais recente a Montevidéu, só deu tempo de passar por lá para uma taça de vinho, um Tannat de primeiríssima, que custou 160 pesos (R$ 20).

Opção de almoço na Cidade Velha


Café La Farmacia, Montevidéu
O Café La Farmacia é lindo e tem ótimos preços


Café La Farmacia, Montevideu

Café La Farmacia 
Cerrito 550, Ciudad Vieja
Horário: de segunda a sábado, das 9h às 20

Um bom passeio pela Cidade Velha de Montevidéu vai ficar ainda melhor se você programar uma pausa no encantador Café La Farmácia, seja para repor seu teor de cafeína, seja para recalibrar as calorias.

Instalado numa antiga farmácia de 1870, o café preservou toda a decoração do lugar, com belíssimos armários de madeira nobre e portas envidraçadas, onde as prateleiras dos remédios são hoje ocupadas por potes de compotas e geleias, bebidas, grãos de café de diversas procedências e apetrechos para preparar a rubiácea.

Café La Farmacia, Montevideu
Só o visual já vale a passadinha no Café La Farmacia

Mas essa tortilha de batatas também fez a minha cabeça

 As mesas de mármore, as amplas vitrines abertas para o cotidiano de um trecho nada turístico da Cidade Velha e o piso de ladrilho hidráulico complementam a ambientação charmosíssima e muito acolhedora do Café La Farmácia, essa perolazinha montevideana.

A carta de cafés é sofisticadíssima, com grãos de diversas procedências — o Uruguai não é um produtor de café, o que, em parte explica o preço salgado da bebida por lá. Eu, totalmente viciada em café, mas pouco entendida da versão cafeística da enochatice, gostei muito da minha pedida, embora não tenha anotado o pedigree.

Café La Farmacia, Montevideu

Café La Farmacia, Montevideu

O que anotei, mesmo, foi o meu almocinho perfeito: tortilha de batatas, acompanhada de saladinha de folhas. Com a água mineral, a refeição ficou em 300 pesos (R$ 40). 

O menu também tem docinhos, alfajores e biscoitinhos com cara de casa da avó para acompanhar o café. Tinha lido que o café vive cheio, mas cheguei cedo para almoçar e a casa estava bem tranquila.

Baar Fun Fun, Montevidéu
Desde 2019, o Baar Fun Fun está instalado no complexo do Banco de Desenvolvimento da América Latina, atrás do Teatro Solís

Um clichê turístico

Baar Fun Fun
Ciudadela 1229, Cidade Velha
Horário de abertura: de terça a sexta, às 18:30. Sábados, às 19h. Shows de quarta a sábado, às 22h. Fecha às segundas e domingos.

O Baar Fun Fun é uma atração quase incontornável em Montevidéu. Mesmo que você não se sinta muito atraída pelo que vai encontrar lá — o clichezão turístico —, vai ter um dia em que vai acabar se rendendo ao apelo consagrado em praticamente todas as listas de “o que fazer” na cidade.

Baar Fun Fun, Montevidéu
Até que o Baar Fun Fun pode ser uma boa alternativa na happy hour

Baar Fun Fun, Montevidéu

Eu evitei o quanto pude, mas acabei sucumbindo, nesta quarta visita a Montevidéu. Tiquei da lista e bora adiante.

Tinha a esperança de encontrar ecos do tradicionalíssimo boliche (no Uruguai e na Argentina: “casa noturna”, geralmente animada por música ao vivo e funcionando até altíssimas horas) onde Gardel gostava de varar a madrugada quando estava em Montevidéu.

Ledo engano. Inaugurado em 1885, com sua primeira sede no Mercado Central, o Baar Fun Fun (diga fun fun, mesmo, e não fã fã) já foi totalmente pasteurizado de sua velha aura boêmia.

Baar Fun Fun, Montevidéu
A carta de drinques e, abaixo, minha pedida para bebericar e petiscar. Os preços do Baar Fun Fun não matam ninguém do coração
 
Baar Fun Fun, Montevidéu

A comida é decente, a bebida é honesta e os preços não matam ninguém do coração. Pedi parrilla de chorizo (linguiça na brasa, 195 pesos/ R$ 25) e uma empanada muito boa (110 pesos/R$ 14), além de meia garrafa de vinho Tannat (340 pesos/ R$ 44). A dose de uvita (mescla de vinhos grenache e do porto), bebida inventada e patenteada pela casa, custa 100 pesos (R$ 13). O Fun Fun não seria uma má pedida para uma happy hour.

Instalado no moderno complexo que abriga a sede do Banco de Desenvolvimento da América Latina, o Baar Fun Fun até que monta um cenário interessante — ainda que meio forçado —com as paredes recobertas por cartazes de shows, propagandas antigas e outros recuerdos.

Baar Fun Fun, Montevidéu
O pequeno palco do Baar Fun Fun repete a decoração da casa

O que mata, mesmo é o roteiro: a casa promete apresentações de Tango e de Candombe e, por mais que eu esperasse um espetáculo para turistas desses dois gêneros tradicionais, o que encontrei foi um show totalmente sem imaginação, reunindo sucessos musicais óbvios (MPB, Rock, baladinhas pop) destinados especialmente a fazer o público cantar e bater palminhas. O couvert artístico para botar as mãozinhas pra cima e se imaginar tirando o pé do chão custa 350 pesos (R$ 46).

Se quiser experimentar, é aconselhável fazer reservas> https://barfunfun.com/reservas/

Hora de la merienda

Café Oro del Rhin, Montevidéu
Medialuna gigante, quadrado de merengue e submarino: merendar na Oro del Rhin é uma tradição desde 1927

Oro del Rhin
21 de Setiembre 2900, Punta Carretas
Horário: de segunda a sábado, das 8h às 21h. Domingos, das 9h às 21h

Aberta em 1927, a confeitaria Oro del Rhin era um badalado ponto de encontro da Montevidéu elegante que vicejou no início do Século passado. Hoje, ainda muito viva, ela é bem mais que um recuerdo desse período.

Para comprovar, basta dar um pulo na unidade da casa na 21 de Setiembre (que eles chamam de “sucursal de Pocitos”, embora os olhos turísticos a localizem em Punta Carretas). O lugar é movimentado o dia inteiro, mas ferve na hora de la merienda, com grupos conversando animadamente até a hora da casa fechar.

Café Oro del Rhin, Montevidéu
O palmier é delicioso e a bomba de zabaione, também

Famosa por sua sessão de pâtisserie, Oro del Rhin também serve saladas, sanduíches, milanesas e outras refeições leves, perfeitas para um almocinho rápido.

Fiquei freguesa da paradinha no final da tarde para merendar na Confeitaria Oro del Rhin. Curti muito a ótima bomba de zabaione (130 pesos/R$ 17), a sensacional palmita (palmier, 110 pesos/R$ 14) e o cuadrado de merengue (155 pesos/ R$ 20), pão de ló coberto com suspiro. A medialuna da casa é enorme e pode ser servida simples (95 pesos/R$ 12) ou com recheios. O café expresso custa 105 pesos (R$ 13,80) e o submarino (chocolate derretido no leite quente) custa 155 pesos/R$ 20.

A confeitaria tem mais duas unidades em Montevidéu, no shopping Punta Carretas e a herdeira da casa original, no Centro, na esquina de Colonia com Constitución, a menos de 300 metros da Plaza Independencia.


Medialunas calentitas, Montevidéu
Essa varandinha de Medialunas Calentitas virou meu point de café da manhã

Medialunas Calentitas
21 de Setiembre 2982, Punta Carretas
Horário: diariamente, das 8h às 20h

Hospedada a três quadras deste templo à versão platense dos croissants, sucumbi docemente à devoção dos uruguaios e elegi Medialunas Calentitas (literalmente: "meias-luas quentinhas") como meu point de café da manhã e eventuais merendas, sempre na simpática varandinha rente à calçada. E, bora combinar, é difícil encontrar jeito mais gostoso de começar o dia.

Instalada em uma casa da Rua 21 de Setiembre, uma das principais de Punta Carretas, Medialunas Calentitas está sempre movimentada. Os moradores da vizinhança parecem adorar o lugar, com toda razão. 

Medialunas Calentitas, Montevidéu
Submarino com medialunas: bom dia, Montevidéu!

E a gente nem percebe o vai e vem de clientes, porque o serviço é super eficiente. O maior trabalho do freguês é escolher entre as muitas opções do cardápio: tem medialuna grande, pequena, doce, salgada, sem recheio, com... E todas sempre perfeitas, quentinhas (como promete o nome da casa), saltando do forno.

Ótimo lugar, com bons preços — considerando o custo de vida em Montevidéu. O café doble (duplo) custa 170 pesos/R$ 22. A medialuna pequena com presunto e queijo custa 100 pesos/R$ 13, a grande, também com presunto e queijo, custa 190 pesos/R$ 24 e as medialunas simples, 50 pesos/R$ 6,50. Experimente também o submarino, chocolate derretido no leite quente, um clássico platense (170 pesos).

Lanchonete La Pasiva, Montevidéu
La Pasiva já foi um clássico de Montevidéu. Com endereços em diversos pontos da cidade, é uma opção na pausa para o café

La Pasiva 
Avenida 18 de Julio nº 899, Centro, e mais diversos endereços na cidade

A rede de lanchonetes La Pasiva já foi um clássico de Montevidéu, funcionando como uma espécie de catedral do chivito, o pantagruélico sanduba que é uma tradição gastronômica da cidade.

Eu adorava a unidade de La Pasiva que ficava na esquina de Ejido com a Avenida 18 de Julio, com sua decoração retrô lembrando um diner chique dos anos 50 — essa casa, infelizmente, virou um Burger King.

Lanchonete La Pasiva, Montevidéu
Prefiro meus scones sem orégano, mas a pausa para o café era sempre simpática

Lanchonete La Pasiva, Montevidéu
 
Nessa temporada em Montevidéu, fiz algumas pausas em unidades de La Pasiva e achei que a casa já não tem a qualidade de épocas passadas. Mas, como é onipresente pela cidade, ainda vale a parada para o café com scones —preferia que não levasssem orégano.

O café custa 115 pesos (R$ 15) nas agradáveis mesinhas ao ar livre da Plaza del Entrevero (Plaza Fabini, Centro) ou 95 pesos (R$ 12) nos salões de outras unidades da rede. O par de scones custa 79 pesos (R$ 10).

The Lab Coffee Roasters no Museu Nacional de Artes Visuais Montevidéu
Foi no The Lab Coffee Roasters do Museu Nacional de Artes Visuais que eu provei o melhor chocolate dessa temporada em Montevidéu

The Lab Coffee Roasters no Museu Nacional de Artes Visuais Montevidéu


The Lab Coffee Roasters
Museu Nacional de Artes Visuais, Avenida Tomás Garibaldi 2283, Parque Rodó e outros endereços
Horários: no MNAV o café funciona de terça a domingo, das 8:30h às 20h. Para ver o horário das outras casas, consulte o site.

A rede The Lab Coffee Roasters tem seis endereços em Montevidéu e eu adorei a unidade instalada nos jardins do Museu Nacional de Artes Visuais, ótima opção não só pra quem vai ver o lindo acervo do MNAV, como também para quem está passeando pelo Parque Rodó.

Monumento Cósmico: é um luxo merendar contemplando Torres García

Já teria amado esse café simpaticíssimo, imerso no verde, apenas pelo prazer de merendar contemplando o Monumento Cósmico, escultura de Joaquín Torres García exposta no jardim do museu. Mas, pra melhorar, foi lá que tomei o chocolate quente (180 pesos/ R$ 23) mais gostoso dessa temporada em Montevidéu, acompanhado de uma ótima medialuna (140 pesos/ R$18), fresquinha da hora.


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