17 de março de 2019

Dicas de Memphis - informações práticas organizar a viagem


Atrações de Memphis, a cidade do Blues e do Rock
Quem gosta de música se esbalda em Memphis. Na imagem, a Beale Street (esq), berço do Blues, a Guitarra de Muddy Waterns no Hall da Fama do Blues, a homenagem a BB King na Calçada da Fama do Orpheum Theater e o café do Sun Studio, onde foram gravados clássicos do Rock'n'Roll

Memphis tem atrações até dizer chega, mas o que eu mais gostei na cidade foi o astral — uma cidade que se orgulha de ser o lar do Blues e de Elvis Presley não poderia mesmo ter a cintura dura, né?

Organizei neste post as dicas de Memphis que estavam faltando pra ajudar no seu planejamento de viagem — as informações sobre como chegar e circular e sobre as melhores épocas para visitar Memphis e aproveitar seu vasto calendário de eventos estão nos posts anteriores.

Aqui você vai saber sobre a segurança em Memphis, o clima mês a mês, as melhores regiões para se hospedar e os preços — adianto que o lar do Blues é mais em conta que as demais cidades do meu roteiro.

Aposto que você vai se apaixonar por essa cidade musical e muito fácil de explorar. Aproveite as dicas de Memphis e prepare-se para cair no Blues e no Rock’n’Roll 🎸🎸.



Dicas de Memphis, a cidade do Blues

Green Beetle, um pub no Centro de Memphis
O pub Green Beetle, em Downtown, foi um dos lugares simpáticos que encontrei pela cidade - e nenhuma das minhas refeições em Memphis custou mais do que US$ 15

Preços em Memphis
Das três cidades que visitei no meu roteiro musical pelos Estados Unidos, Memphis, sem dúvida, tem preços bem mais em conta.

Do transporte público à hotelaria, achei tudo mais barato em Memphis do que em Nashville (a mais cara do roteiro) e Nova Orleans.

Pra vocês terem uma ideia: em Memphis, me hospedei em um hotel super confortável e muito bem localizado pagando US$ 150 a diária, exatamente o mesmo preço que paguei no hostel onde fiquei em Nashville, em um apartamento individual com banheiro compartilhado.

(Bora combinar que US$ 150 continua sendo uma paulada, mas os hotéis dos EUA andam com a macaca nos preços...)

Parada de bonde em Main Street, Memphis
Parada de bonde em Main Street: até no transporte público Memphis é mais barata que as outras cidades do meu roteiro musical

A passagem no transporte público de Memphis custa US$ 1, enquanto em Nashville custa US$ 1,70 e em Nova Orleans, US$ 1,25.

Os ingressos para as atrações de Memphis também são bem mais em conta do que em Nashville. Ver o excelente museu do Hall da Fama do Blues custa apenas US$ 10, mesmo preço do ótimo Rock’n’Soul Museum — metade do que cobram em Nashville o Johnny Cash Museum e o Patsy Cline Museum.

A visita ao legendário Sun Studio sai por US$ 14 e ingresso básico para ver Graceland, a mansão-museu de Elvis Presley, custa US$ 41.

No quesito alimentação, Memphis também me pareceu mais barata do que Nashville.

É verdade que não fui a restaurantes badalados. Minhas refeições em Memphis foram em diners e nas casas de blues, assistindo shows, e não lembro de ter pagado mais do que US$ 15 por nenhuma delas.

Clima em Memphis: neve em novembro
Os floquinhos de outono: na primeira quinzena de novembro, peguei um dia inteiro de neve em Memphis

O clima em Memphis
À beira do Rio Mississípi, Memphis tem verões — de junho a setembro — úmidos e muito quentes, com temperaturas que ultrapassam os 30 graus.

Os invernos são muito frios, com temperaturas abaixo de zero, e é comum nevar em janeiro (o mês mais frio) e fevereiro.

O clima em Memphis, mês a mês
O quadro  mostra as médias das temperaturas máximas e mínimas em Memphis, mês a mês
A primavera e o outono são os períodos mais agradáveis em Memphis, com temperaturas médias na casa dos 20°C e noites fresquinhas (mínimas entre 12°C e 17°C).

A primavera (final de março a começo de junho) é a estação mais chuvosa, com maio ganhando o campeonato do toró. Agosto é o mês o mais seco, apesar do calorão.

Neve em Memphis
A neve caiu quando eu estava em Graceland (esq). Quando voltei para o Centro, os toldos e telhados de Downtown estavam todos branquinhos

Esses são, ao menos, os cenários climáticos frequentes. Mas em tempos de planeta enlouquecido, é bom se prevenir na hora de fazer a mala.


Eu estive em Memphis na primeira quinzena de novembro, quando as temperaturas, tradicionalmente, oscilam entre os 7°C e os 17°.

Durante minha estadia, porém, quando esses tais desses sete graus (que deveriam ser a temperatura mínima) finalmente deram as caras, foi como se o verão tivesse vindo fazer uma visita.

A friaca fora de hora em Memphis estava de gritar no meio da rua.

Sun Studio, Memphis
Depois da neve, olha o ceuzão azul que fez em Memphis (na foto, o Sun Studio, o berço do Rock'n'Roll)

Os três primeiros dias em Memphis foram gelados, com o termômetro raramente se arriscando a marcar acima de zero grau. 

O resultado foi a inusitada neve que caiu durante horas, no meu terceiro dia em Memphis. Nada de parar o trânsito, mas o suficiente para deixar a cidade branquinha e me fazer celebrar muito a decisão de levar agasalhos mais “robustos” do que a previsão do tempo recomendava.

Segurança em Memphis
Para padrões americanos, Memphis exige cuidados com a segurança. As estatísticas de 2018 colocam a cidade do Blues em 4º lugar entre as cidades mais perigosas dos Estados Unidos (Nashville é a 17ª e Nova Orleans, a 19ª). 

Com mais de 650 mil habitantes e centro de uma região metropolitana ainda maior, Memphis apresenta altos índices de pobreza, desigualdade e desemprego.

Como as estatísticas tratam de médias, o 4º lugar de Memphis significa que há regiões muito barra pesada na cidade — lugares por onde dificilmente um turista vai passar — e outras perfeitamente seguras.

Beale Street, a rua do Blues em Memphis
Beale Street, a rua das casas de Blues, é movimentada, policiada e segura

➡️ Sempre que for sair para um passeio em Memphis, pergunte no hotel como é a segurança da área que pretende visitar.

Downtown, onde me hospedei e onde se concentra a maioria das atrações de Memphis, é uma área muito bem policiada. Andei por lá de dia e à noite, sozinha, na maior tranquilidade. 

Os locais recomendam, porém, que se tenha cuidado com batedores de carteira e golpistas, mesmo em Downtown.

O entorno de Beale Street, onde estão as casas de blues, é bem tranquilo, por conta do movimento e da segurança particular dos bares. Voltei sempre caminhando das noitadas em Beale Street jamais me senti em risco (eu estava hospedada a cerca de 300 metros).

O conselho que me deram no hotel foi o seguinte: Stay in the light (fique onde tem iluminação). Segundo os locais, é perfeitamente seguro explorar o Centro de Memphis a qualquer hora, desde que você não se meta em becos escuros para cortar caminho.

Também é prudente estar sempre atenta à bolsa e outros pertences. Evite fazer o gênero turista distraída, com a câmera pendurada no pescoço e alheia ao que acontece ao redor — estar atenta é uma poderosa ferramenta de segurança.

Hospedagem em Memphis

➡️ Hospedagem em Downtown Memphis
Downtown, o Centro da cidade, concentra praticamente tudo de mais interessante que há em Memphis: as casas de blues, os bons museus, teatros e a área mais movimentada da Orla do Rio Mississípi.

Atrações de Memphis: Orpheum Theater e Rock'n'Soul Museum
O Orpheum Theater, onde vi o baita show de Joe Bonamassa, e o Rock'n'Soul Museum: duas ótimas atrações de Downtown Memphis 

Quem se hospeda em Downtown pode caminhar até a maioria das atrações de Memphis, sair para jantar e para a as noitadas de blues a pé.

Ganhar tempo nos deslocamentos e ficar perto do que interessa é sempre uma boa ideia, né?

Eu fiquei hospedada no Centro de Memphis e recomendo. Já contei como foi minha experiência no Holiday Inn Downtown.

Veja aqui: Hospedagem em Memphis - ótimo hotel perto das grandes atrações da cidade do Blues

Graceland, a mansão-museu de Elvis Presley, em Memphis
Um hotel nos arredores de Graceland pode ser opção para quem está de carro

➡️ Hospedagem nos arredores de Graceland
A hospedagem no entorno de Graceland vai deixar você a 15 km do Centro de Memphis, em uma larga avenida (com cara de estrada) que achei bem contramão para chegar e sair.

Não é uma área deserta. Além da casa de Elvis (hoje um complexo que reúne a mansão, jardins e vários museus), há uma série de hotéis perfilados ao longo do Elvis Presley Boulevard e restaurantes (especialmente redes de fast food).

Sabe aqueles hotéis à beira da estrada perto da Disney — que obrigam você a pegar o carro para ir jantar ou se conformar com o rango do 7-Eleven mais próximo? Fiquei com a sensação de que a hospedagem no entorno de Graceland proporcionaria uma experiência similar.



➡️ Meu roteiro musical nos Estados Unidos
Música em Memphis - Beale Street, a passarela do Blues
Hospedagem em Memphis: ótimo hotel perto das grandes atrações
Transporte em Memphis - como chegar e como circular pela cidade do Blues
A melhor época para visitar Memphis - festivais de música e outros eventos

Todas as dicas de Nashville
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