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Jackson Square, o centro da Nova Orleans colonial |
Informações práticas, porém, nunca são demais. Por isso, organizei essas dicas de Nova Orleans pra facilitar ainda mais seu encontro com a cidade e seu planejamento de viagem.
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Uma das famosas galerias do French Quarter de Nova Orleans |
As informações sobre transporte em Nova Orleans — como chegar, como ir do aeroporto ao centro e como circular pela cidade — estão no post anterior.
Com essas dicas de Nova Orleans, aposto que sua viagem vai ser um big easy em The Big Easy. Se jogue, porque a cidade é uma maravilha!
Dicas de Nova Orleans
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Circulei sempre a pé e sozinha pelos bairros históricos de
Nova Orleans, sempre com muita tranquilidade. Na foto, uma rua do Faubourg Marigny, onde me hospedei |
Não tive qualquer problema relativo a segurança nos cinco dias que passei em Nova Orleans. Caminhei um bocado, mesmo à noite, sozinha e sem sustos.
Os bairros turísticos de Nova Orleans costumam ser bastante policiados e as principais ameaças em áreas como o French Quarter costumam ser os batedores de carteiras — realidade que se tem que enfrentar até em seguríssimas cidades europeias.
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No Faubourg Marigny, ainda são muito comuns as casas em
estilo creole, sem muros e sem grades. Abaixo, uma varanda como antigamente,
com cadeira de balanço e tudo |
Se for explorar além dos bairros mais conhecidos pelos viajantes, procure se informar no hotel sobre a segurança na área que pretende visitar.
➡️ Uma dica: ainda que sejam apontadas como seguras e bem policiadas, as ruas dos bairros históricos de NOla não primam pela iluminação. A luz meio tímida dos lampiões é bastante romântica, mas pode interferir negativamente na sensação de segurança, especialmente das pessoas mais encanadas com a questão.
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A pouca iluminação nas ruas do French Quarter e Marigny
compõe um cenário romântico, mas interfere na sensação de segurança |
➡️ Outro toque importante: é grande a quantidade de andarilhos que vive e dorme nas ruas do French Quarter e do Faubourg Marigny. São, em geral, muito jovens. Não raro, carregam um instrumento musical, além da mochila. E costumam ser de paz.
Topei com vários desses grupos, sem incidentes — o máximo que aconteceu foi alguém me pedir um cigarro.
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Fiquei com a sensação de que a grande precaução de segurança no Faubourg Marigny era estabelecer barreiras contra "stupid people" 😁 |
As duas grandes concentrações de bares e casas de música de Nova Orleans estão na Frenchmen Street e na Bourbon Street. Na primeira, o astral é bem mais cool, sem algazarras. A maioria do público parece estar lá para ouvir música mesmo.
Na Bourbon Street, prepare-se para topar com grupos barulhentos, espalhafatosos — geralmente, garotada soltando a franga em maratonas etílicas e no afã de conseguir companhia.
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O movimento noturno no French Quarter começa tarde |
Meu testemunho de viajante desacompanhada: aproveitei muito a noite de Nova Orleans, tanto na Frenchmen quanto na Bourbon Street, sempre em segurança.
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Brass Band descendo a Saint Peter Street a caminho da muvuca
na Bourbon Street |
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A comunidade do Faubourg Marigny resiste à gentrificação, às tentativas de elevar o gabarito das construções e outras amaeças à descaracterização do bairro |
Comparados aos de Nova York, os preços de Nova Orleans são bem suaves. Para você ter uma ideia: fiquei em um ótimo hotel, super bem localizado, pagando US$ 140 por diária. A refeição mais cara que fiz na cidade custou cerca de US$ 30, mas a média foi sempre na casa dos US$ 18.
O mega-blaster badalado Café du Monde cobra US$ 6 pela porção de seus imperdíveis beignets acompanhada pelo famoso café com chicória ou chocolate quente.
Se fizer a conversão, os preços são salgados. Mas, na realidade em dólar, dá pra dizer que Nova Orleans é, sim, uma cidade acessível.
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Casarão colonial convertido em hotel, no French Quarter |
Hospedagem no French Quarter
Os hotéis do French Quarter estão instalados em casarões antigos — nem todos têm elevador —, com níveis variados de conforto e serviços.
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Por todo o French Quarter você vai encontrar as
memórias da Nova Orleans espanhola (1762-1803). Essa placa lembra o nome da
Decatur Street no tempo do governo ibérico |
Na maioria das vezes, os hotéis do French Quarter são estabelecimentos independentes, embora seja possível encontrar hotéis de grandes redes no bairro, como Best Western, Hilton, Sheraton, Sonesta e Holliday Inn. Nesses casos, o preço das diárias costuma ser salgado.
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Palace Café, na Canal Street, coração do Business District |
Em Business District, o astral é mais de “vida normal”, com farta opção de comércio, restaurantes e lanchonetes. O entorno de Canal Street me pareceu bastante movimentado à noite, também.
Além disso, Canal Street, principal via do bairro, é uma espécie de hub das linhas de bonde que levam às principais áreas de interesse turístico da cidade.
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Uma coisa bem legal de Nova Orleans são as placas
explicativas distribuídas por todo o percurso histórico da cidade, funcionando
como mini-guias turísticos |
Hospedagem no Garden District
Ainda que seja servido pelo bondinho (streetcar), o bairro é meio contramão para ficar indo e voltando.
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Washington Square, uma das principais áreas verdes do Faubourg Marigny |
Minha hospedagem em Nova Orleans foi no Faubourg Marigny e achei uma grande decisão. O bairro é tão lindo e tão histórico quanto seu vizinho, o French Quarter, mas muito mais sossegado e com preços mais em conta.
Fiquei no Lamothe House Hotel, na belíssima Esplanade Avenue, e adorei. Veja como foi a experiência:
Hospedagem em Nova Orleans - French Quarter e Faubourg Marigny
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A Esplanade Avenue é só charme, com a beleza das árvores
centenárias e dos casarões coloniais |
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Minha hospedagem na Esplanade Avenue era assim: à noite, caminhava meio quarteirão para voltar da Frenchmen Street para o hotel. De manhã, um passeio à sombra, antes do café da manhã |
Se você viajar entre março e outubro, dificilmente vai sentir frio em Nova Orleans. O clima da cidade é geralmente quente e úmido, com temperaturas chegando à casa dos 30°C.
Essa mistura de calor e umidade, você sabe, costuma ser muito propícia a pancadas de chuva.
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Novembro com verão amazônico fora de hora em Nova Orleans: calorão e chuvaradas que "apagavam" a paisagem da cidade |
Não há uma estação à prova de chuva em NOla. Os verões na cidade são muito quentes e muito chuvosos.
O inverno costuma ser camarada em Nova Orleans, com temperaturas mínimas na casa dos 10°C e máximas chegando quase a 20°C, tempo mais seco e céu azul. É quando chove menos na cidade.
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Este pé d'água foi tão poderoso que deixou o Steamboat Natchez parecendo um navio fantasma |
Estive em Nova Orleans em novembro, quando deveria ter encontrado temperaturas amenas e tempo seco.
Pois saibam que o outono de NOla estava mais quente o quase-verão de Salvador, onde estive 10 dias antes.
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Depois do toró, olha o ceuzão azul de volta e o Rio Mississipi (abaixo) ensaiando até umas discretas manchinhas azuis em suas águas turvas |

Em pleno novembro, encontrei um verão amazônico e totalmente inesperado em Nova Orleans, com temperaturas sempre acima dos 30°C — lembrei da sensação de cozinhar no vapor que eu tinha em Belém e Manaus, com umidade similar.
E enfrentei pelo menos dois aguaceiros respeitáveis e com algumas horas de duração. Os orlenianos estavam tão surpresos com o clima quanto eu, diga-se.
Melhor época para visitar Nova Orleans
As épocas mais recomendadas pelos locais são abril/maio e outubro/novembro, quando as temperaturas médias ficam na casa dos vinte e poucos graus.
O Mardi Gras (Carnaval de Nova Orleans) é celebrado nas mesmas datas que o nosso, mas atente que a farra começa duas semanas antes da Terça-Feira de Carnaval.
No período do Mardi Gras, a cidade lota e os preços sobem. Faça reservas com bastante antecedência. Eu estou louca par conferir a folia jazística do Carnaval de Nova Orleans — pelo que vi da farra fora do período carnavalesco, tenho certeza de que vou me acabar de dançar.
Em Nova Orleans, evite o verão (de junho a setembro), para escapar do calorão e das chuvaradas.
Uma capa de chuva, daquelas que dá pra carregar na bolsa, é um item indispensável para evitar que eventuais manifestações dos humores chuvosos estraguem seus passeios em Nova Orleans.
Também valem aqueles ponchinhos de plástico, meio descartáveis, que se compra em porta de estádio.
No calor úmido, é sempre mais confortável vestir roupas leves, de fibras naturais — achei sapientíssima a minha decisão de levar vários vestidos na mala.
Um jeans muito levinho era a melhor alternativa quando a chuvarada derrubava a temperatura.
À noite, recorria a um casaquinho levíssimo (que, geralmente, ficava amarrado na alça da bolsa).
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A Jackson Square concentra artistas de rua e também videntes
e leitores da sorte. Ao fundo, um dos Pontalba Buildings, prédios históricos considerados ícones da arquitetura de Nova Orleans |
Ainda sobre sapatos: leve pelo menos dois pares de calçados confortáveis. Assim, quando um deles estiver encharcado de chuva, você terá outro sequinho pra calçar.
E escolha sapatos que não demorem uma eternidade pra secar — lembre que a cidade é muito úmida.
Levar roupa de banho é boa ideia, pois a piscina do seu hotel será um refúgio delicioso para espantar o calor.
➡️ Meu roteiro musical nos EUA
Ingressos nos Estados Unidos: como organizei meu roteiro musical
Bagagem prática: 2 semanas, 2 estações e uma mala de mão
Nova Orleans
Hospedagem em Nova Orleans - French Quarter e Faubourg Marigny
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