30 de agosto de 2017

Roma - Basílica de São Paulo Extramuros

Basílica de São Paulo Extramuros em Roma
A Basílica de São Paulo Extramuros em Roma é bonita de deixar a gente sem fala

Finalmente, depois de algumas visitas a Roma, consegui visitar a Basílica de São Paulo Extramuros — uma das traduções possíveis e a mais utilizada para San Paolo Fuori le Mura, embora eu goste muito mais de “São Paulo Fora da Muralha”. 

São Paulo Extramuros é uma das quatro basílicas papais de Roma e a única que ainda faltava no meu "álbum de figurinhas".

Pórtico da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
O pórtico da basílica foi acrescentado na reforma realizada no Século 19

Já tinha visitado a Basílica de Santa Maria Maggiore (“Santa Maria Maior”), a Basílica de San Giovanni in Laterano (“São João de Latrão”) e a Basílica de São Pedro, no Vaticano, em passagens anteriores pela cidade.

É bom você saber que todas quatro são lindas, recobertas de obras de arte inestimáveis e com entrada gratuita.

A Basílica de São Paulo Extramuros é um espetáculo e me deixou matutando por que demorei tanto para ir visitá-la 😉.

Mosaico bizantino na Basílica de São Paulo Extramuros em Roma
Este mosaico de Pietro Cavallini foi bastante danificado no incêndio da Basílica e posteriormente reconstituído


Como fica mais afastada do Centro e das demais atrações, a Basílica de São Paulo Extramuros acaba sendo menos visitada. Mas ir até lá é muito mais fácil do que parece.

A igreja fica a pouco mais de uma quadra da estação de Metrô Basilica San Paolo, na mesma linha do Coliseu. Quer dizer: você não tem desculpa para deixar de ver essa lindeza romana, tá? 😊

Veja só como chegar Basílica de São Paulo Extramuros e as belezas que você vai encontrar por lá:



Roma: Basílica de São Paulo Extramuros


Basílica de São Paulo Extramuros em Roma
Basílica de São Paulo Extramuros em Roma

O mosaico de inspiração bizantina do arco da basílica foi patrocinado por Gala Placídia, irmã, esposa e filha de imperadores. Ela também bancou obras espetaculares em Ravena, última capital do Império Romano


Um pouco da História da Basílica de São Paulo Extramuros


Contam as crônicas dos primeiros cristãos que o apóstolo Paulo teria sido martirizado às margens da Via Ostiense, estrada que ligava a capital do império ao litoral e ao Porto de Óstia.

O ano era 64 d.C., logo após o incêndio de Roma, quando Nero desencadeou feroz repressão contra os seguidores da nova religião, o Cristianismo.

Baldaquino da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
A grandiosidade de um dos corredores laterais da basílica. À direita, o baldaquino do altar, esculpido por Arnolfo di Cambio no Século 13, que escapou milagrosamente do incêndio de 1823 
Colunata que acompanha a nave principal da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
A colunata que acompanha a nave da basílica é impressionante

O local da execução e sepultamento de Paulo, onde hoje está a Basílica de São Paulo Extramuros, era um cemitério em uso desde os tempos da República Romana, uma área então muito afastada de Roma.

Tão afastada que, 200 anos depois, ainda ficaria fora da Muralha Aureliana, construída entre 271 e 275 d.C.  — o que acabaria dando o nome à futura igreja.

Portas de bronze da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Detalhes das portas de bronze no adro da igreja

Portas de bronze da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma


Foi do cristão a ocupar o porto de Imperador Romano, Constantino (Século 3 d.C.), a iniciativa de homenagear o apóstolo Paulo com uma igreja no local de sua morte.

Originalmente, a igreja de São Paulo Extramuros era uma construção mais modesta que apenas substituiu os singelos marcos funerários que eram colocados no local, desde o martírio de Paulo, por peregrinos cristãos.

Afrescos na sacristia da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Afrescos na sacristia da basílica

O Imperador Teodósio, que reinou no Século 4, decidiu-se por uma obra mais monumental, já que a peregrinação ao local não parava de crescer.

E lá se foram 1.400 anos de trabalhos para construir a igreja que vemos hoje — ou quase, porque após a conclusão das obras, no Século 18, a Basílica de São Paulo Extramuros ainda sofreria um grave incêndio, 100 anos após a inauguração, que demandaria uma profunda reforma, finalmente concluída em 1840.

Estátua de São Paulo no jardim da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Estátua de São Paulo no jardim e, ao fundo, o adro da igreja


Visita à Basílica de São Paulo Extramuros
Tudo na Basílica de São Paulo Extramuros é grandioso. A começar pelo impressionante pórtico de entrada, com cerca de 150 colunas, estrutura que foi acrescentada à igreja no Século 19, nas obras de reforma após o incêndio de 1823.

Atrás do pórtico fica um jardim de ar solene onde São Paulo, esculpido em mármore de Carrara, recebe os visitantes com uma espada desembainhada, na clássica representação do apóstolo. 

No alto da fachada, um mosaico em fundo dourado também é de cair o queixo.

Mosaico da fachada da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
O mosaico da fachada da Basílica de São Paulo Extramuros

No adro da Basílica de São Paulo Extramuros, levei um bom tempo namorando os detalhes da decoração em mármores preciosos, portas de bronze e o forro de intrincados padrões.

Já estava muito impressionada, e nem tinha entrado da basílica ainda, para receber o impacto daquela vastidão totalmente recoberta de douramentos, recortes e delicadezas.

Decoração do adro da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Detalhe da decoração do adro da basílica 

A Basílica de São Paulo Extramuros tem 131 metros de comprimento, 65 metros de largura e quase 30 metros de altura.

Os números descrevem o volume, mas não conseguem fazer o inventário da profusão de colunas de mármore e alabastro, entalhes, vitrais e mármores suavemente iluminados pelo sol que atravessa pequenas aberturas sobre a galeria da nave principal da Basílica de São Paulo Extramuros.

Decoração do teto do adro da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Este é o forro do adro da basílica

Uma curiosidade sobre a Basílica de São Paulo Extramuros: mesmo estando em solo italiano, a quase 8 km da Praça de São Pedro, sua área é reconhecida como território do papado. 

Isso torna o pequeno posto do Correio instalado na lojinha da igreja uma das atrações mais concorridas, já que os visitantes se divertem enviando postais com selo e carimbo do Vaticano.

Além de visitar é igreja, é possível percorrer uma área arqueológica (que eu não vi, mas Luiza Antunes, do blog 360 Meridianos, disse que não tem muita graça). O ingresso para essa área arqueológica custa € 3.

Estação de Metrô Basilica San Paolo, acesso à Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
Estação de metrô Basilica San Paolo, a 400 metros da igreja

Como chegar à Basílica de São Paulo Extramuros
A melhor pedida é pegar o metrô até a Estação Basilica San Paolo (linha B), que fica a 400 metros de distância da igreja.

O bilhete simples de metrô em Roma custa € 1,50. Na verdade, é uma passagem integrada chamada BIT, com validade de 75 minutos e permite trocas ilimitadas entre diferentes meios de transporte — você só não pode reingressar no metrô com ela.

campanário da Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
O campanário da basílica

Parque Schuster e Basílica de São Paulo Extramuros, em Roma
O Parque Schuster e, ao fundo, a Basílica de São Paulo Extramuros

É preciso validar o tíquete nas estações de metrô ou no interior dos ônibus assim que começar a usá-lo (não esqueça desse detalhe, porque a multa é pesada, caso você seja apanhada viajando sem bilhete autenticado). 


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