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A Fontana di Trevi, uma das imagens mais marcantes de Roma |
Música deste post: La Dolce Vita, Nino Rota
“Roma. Definitivamente, Roma”. É assim que a princesa vivida por Audrey Hepburn declara seu amor à cidade, na cena final de Roman Holiday (“A princesa e o plebeu”, de William Wyler, 1953), quebrando o protocolo que exigia dela, em visita de Estado a várias capitais da Europa, uma resposta anódina e diplomática.
Pois eu nem precisei andar de lambreta com Gregory Peck, como Audrey no filme, para cair de paixão por Roma. Menos de meia hora depois de tê-la visto pela primeira vez, em 2003, já tinha decidido era a cidade mais bonita do planeta — e olha que eu estava chegando de Paris.
Roma é um mundo de atrações. Das clássicas — Fontana di Trevi, Fórum, Coliseu — às menos badaladas, a cidade é quase inesgotável.
“Roma. Definitivamente, Roma”. É assim que a princesa vivida por Audrey Hepburn declara seu amor à cidade, na cena final de Roman Holiday (“A princesa e o plebeu”, de William Wyler, 1953), quebrando o protocolo que exigia dela, em visita de Estado a várias capitais da Europa, uma resposta anódina e diplomática.
Pois eu nem precisei andar de lambreta com Gregory Peck, como Audrey no filme, para cair de paixão por Roma. Menos de meia hora depois de tê-la visto pela primeira vez, em 2003, já tinha decidido era a cidade mais bonita do planeta — e olha que eu estava chegando de Paris.
Roma é um mundo de atrações. Das clássicas — Fontana di Trevi, Fórum, Coliseu — às menos badaladas, a cidade é quase inesgotável.
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As sugestões de passeios deste post passam pela Antiguidade,
no Pórtico de Otávia (acima, à esquerda), pelo Renascimento da Fontana di
Trevi, pelo Barroco da Fonte dos Quatro Rios, na Piazza Navona (abaixo, à
esquerda) e tem a luz dourada de Roma no final da tarde, no Monte Palatino
(abaixo, à direita) |
Neste post eu listei cinco passeios em Roma que adoro e já repeti algumas vezes em minhas passagens pela cidade.
Além da Fontana di Trevi, imortalizada por Fellini (no filme A Doce Vida, de 1960), tem o pouco visitado e espetacular Museu Nacional Etrusco, do ladinho da Villa Borghese, os encantos pouco óbvios da região do Ghetto e o charme (com guloseimas) do Campo dei Fiori e da Piazza Navona.
Por fim, o mitológico Monte Palatino, onde a lenda diz que a cidade nasceu e onde nasceram e viveram imperadores.
⭐Fontana di Trevi
Piazza di Trevi (Metrô Barberini ou Spagna)
Na primeira vez que pisei em Roma, mal arriei a bagagem no hotel e já tratei de rumar para a fonte mais famosa do planeta.
Estava quase anoitecendo quando cheguei à Fontana di Trevi e me deparar com ela — linda, banhada pelo sol da tardinha — contribuiu decisivamente no meu amor à primeira vista por Roma.
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Programe sua visita à Fontana di Trevi para de manhã cedo ou
no finzinho do dia, se não quiser encontrar essa muvuca |
A plateia, extasiada, é composta de centenas de pares de olhos dos turistas que diariamente sitiam o monumento, inaugurado em 1762 e é a mais esplendorosa das fontes barrocas de Roma.
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| A Fontana di Trevi é linda, sim, mas não deixe de prestar atenção aos detalhes dos edifícios próximos |
A mística da fonte, porém, deve muito mais ao celuloide que aos cinzéis de seus escultores.
Desde que Anita Ekberg decidiu se refrescar em suas águas, elegantíssima em seu vestido de noite e na luxuosa companhia de Marcello Mastroiani, em A Doce Vida, a Fontana di Trevi é uma das imagens mais reconhecíveis da Itália e assídua frequentadora da imaginação ocidental.
Desde que Anita Ekberg decidiu se refrescar em suas águas, elegantíssima em seu vestido de noite e na luxuosa companhia de Marcello Mastroiani, em A Doce Vida, a Fontana di Trevi é uma das imagens mais reconhecíveis da Itália e assídua frequentadora da imaginação ocidental.
O costume de jogar uma moeda na fonte para garantir o retorno a Roma também foi popularizado pelo cinema, na comédia romântica A Fonte dos Desejos (Three Coins in the Fountain, de Jean Negulescu, de 1954).
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Oratório na Via della Stamperia, na esquina da Piazza di
Trevi |
É interessante saber que, apesar de todo o charme hedonista que a dança de Anita e Marcello associa à imagem de Trevi, a origem do lugar é absolutamente funcional.
Muito antes dos adornos monumentais erguidos no Século 18, a Fontana di Trevi já fazia parte da rede de abastecimento da cidade, ponto final da água que corria pelo Acqua Vergine, um dos aquedutos mais antigos de Roma, construído no comecinho do período imperial.
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Se alguém resolver bancar o Mastroiani ou a Ekberg, é bom
lembrar que a fonte é bem policiada 😁 |
Como organizar a visita à Fontana di Trevi
A fonte é um monumento público que pode ser contemplado a qualquer hora do dia ou da noite, totalmente de graça.
O melhor jeito de chegar à Fontana di Trevi é a pé. Tome como referência a Vila del Corso, uma das mais conhecidas do Centro de Roma. Dobre em uma pequena transversal, a Via dele Muratte. A fonte está a três quadras dessa esquina.
A estação de metrô mais próxima da Fontana di Trevi é Barberini, a 600 metros. A Estação Spagna fica a 750 metros. Ambas ficam na linha vermelha.
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Barracas de souvenir (com preços pra lá de superfaturados) acompanham
todo o traçado da Piazza di Trevi |
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| Esta foto foi feita em uma manhã de inverno, no finalzinho de 2016 |
Em quatro visitas a Roma, a única vez que via a Fontana di Trevi sem o cerco demencial de turistas foi numa noite de comecinho de abril. Vá preparada, portanto, para compartilhar seu encantamento com um monte de gente.
A fonte fica de costas para o Norte. Em tese, isso significaria que, durante o dia, sempre haveria alguma luz do sol caindo sobre o imenso painel de mármore que todo mundo ama fotografar. Mas prefira ir no começo da manhã ou no final da tarde para encontrar uma luz mais bonita e menos muvuca.
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Todo mundo quer jogar uma moedinha na fonte |
⭐ Museu Nacional Etrusco (Villa Giulia)
Piazzale di Villa Giulia, 9 (Villa Borghese - zona Belle Arti).
Duas linhas de bonde têm paradas na porta do museu: a nº 3, que sai do Trastevere, e ao nº 19, que tem conexão com as estações de metrô Ottaviano (quase no Vaticano), Lepanto e Piazzale Flaminio.
De terça a domingo, das 8:30h às 18h:30h.
Entrada: 6 Euros.
A Villa Giulia era a casa de campo do Papa Julio III, um amante das artes. O palacete foi construído no Século 16, com a contribuição de arquitetos como Vasari e até uma mãozinha de Michelangelo.
O resultado é lindo, especialmente o Nymphaeum, um pátio interno da villa que tem o piso recoberto em mosaicos retratando um grupo de ninfas.
O acervo do Museu Etrusco da Villa Giulia consegue ser ainda mais arrebatador.
Peças como o Sarcófago de Marido e Mulher, as estátuas de Hércules e de Apolo e muitos detalhes, frontispícios e outras peças de construções etruscas mostram o grau de sofisticação e delicadeza artística desse povo.
Os romanos, que monopolizavam os meios de comunicação da época, fizeram os etruscos entrarem para a história como sinônimo de “toscos”, mas não acredite nisso.
O ponto alto do acervo da Villa Giulia é um lindo templo etrusco reconstruído em um dos jardins.
Duas linhas de bonde têm paradas na porta do museu: a nº 3, que sai do Trastevere, e ao nº 19, que tem conexão com as estações de metrô Ottaviano (quase no Vaticano), Lepanto e Piazzale Flaminio.
De terça a domingo, das 8:30h às 18h:30h.
Entrada: 6 Euros.
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| Reconstituição de um templo etrusco nos jardins da Villa Giulia |
O resultado é lindo, especialmente o Nymphaeum, um pátio interno da villa que tem o piso recoberto em mosaicos retratando um grupo de ninfas.
O acervo do Museu Etrusco da Villa Giulia consegue ser ainda mais arrebatador.
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| O Companheiro Morto, fragmento de uma tampa de caixa etrusca |
Os romanos, que monopolizavam os meios de comunicação da época, fizeram os etruscos entrarem para a história como sinônimo de “toscos”, mas não acredite nisso.
O ponto alto do acervo da Villa Giulia é um lindo templo etrusco reconstruído em um dos jardins.
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Coisas de Roma: vestígios da Antiguidade na fachada de um
despretensioso bar do Ghetto. À direita, igreja de San Gregorio della Divina
Pietà, que ficava de frente para os portões do bairro judeu |
⭐ Ghetto Romano
O Ghetto Romano é o segundo bairro judeu mais antigo da Europa. Foi no Século 16 que a Igreja Católica decidiu confinar os judeus de Roma nessa região às margens do Tibre.
Antes disso, a área era tradicionalmente ocupada por pescadores pobres, como atesta a fachada muito simples da Igreja de Sant'Angelo in Pescheria, do Século 8.
Para quem vem do Rio Tibre, a Piazza Gerusalemme marca a fronteira do antigo gueto judaico. Lá está a Igreja de San Gregorio della Divina Pietà, do Século 12.
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Pela fachada, a gente nem adivinha que Sant'Angelo in
Pescheria seja uma igreja. Mas ela está lá desde o Século 8, abrigando a
devoção dos pescadores do Tibre. A passarela que você vê na imagem da esquerda
protege escavações arqueológicas no Pórtico de Otávia |
Foi bem diante da fachada principal dessa igreja (hoje bastante modificada) que foram colocados os portões do Ghetto, onde a comunidade judaica de Roma devia ser trancada ao entardecer.
Até a segunda metade do Século 19, os moradores do Ghetto Romano eram obrigados a se reunir na porta da Igreja de comparecer à porta da Igreja de San Gregorio para ouvir um sermão cristão, bem na hora da celebração do Shabat.
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O Pórtico de Otávia, do Século 1º d.C., era um grande
complexo de lojas, escola e biblioteca |
Um pouco adiante do Pórtico de Otávia fica o Teatro de Marcello, também construído no reinado de Augusto e dedicado a mais um parente, desta vez um sobrinho.
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| Teatro de Marcello |
Quem chega ao Ghetto pela Via Arenula não pode deixar de dar uma paradinha na simpática Piazza Mattei, com sua bela Fontana delle Tartarughe (Fonte das Tartarugas), do Século 17.
A pracinha parece um oásis de silêncio no meio de toda a balbúrdia do trânsito é é um bom lugar para uma pausa.
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Fontana delle Tartarughe, na Piazza Mattei |
Chama-se Carciofo alla Giudia, alcachofra à moda judaica (ou, pelo menos, à moda judaico-romana).
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O simpático Bar Totó, onde parei para um aperitivo, exibe
vestígios de outras eras na fachada |
O prato é simples, basicamente, alcachofras fritas no azeite de oliva, douradas, crocantes, cheirosas, irresistíveis. Os carcioffi são servidos na maioria dos restaurantes da área. Eu experimentei no Da Gigetto, tradicionalíssimo, e recomendo.
➡️Da Gigetto
Via Portico d'Ottavia 21A
Acho que já louvei suficientemente o carciofo alla giudia, mas devo acrescentar que a pasta com frutos do mar também estava ótima. O almoço com entrada, prato principal, sobremesa, café e licor custou 25 Euros.
Comes&Bebes - o índice de todas as dicas gastronômicas da Fragata
➡️Da Gigetto
Via Portico d'Ottavia 21A
Acho que já louvei suficientemente o carciofo alla giudia, mas devo acrescentar que a pasta com frutos do mar também estava ótima. O almoço com entrada, prato principal, sobremesa, café e licor custou 25 Euros.
Comes&Bebes - o índice de todas as dicas gastronômicas da Fragata
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Piazza Navona, um dos mais belos conjuntos barrocos de Roma |
Cerca de 300 metros separam essas duas praças romanas, mas percorrer as ruelas que ligam a Piazza Navona ao Campo de' Fiori é como a travessia entre dois mundos.
O Campo de’Fiori (“campo de flores”) é popular, aconchegante e boêmio e um dos lugares preferidos dos turistas para bebericar no final da tarde.
Eu prefiro ir ao Campo de'Fiori de manhã cedo, para encontrar as barracas de seu concorrido mercado de rua a pleno vapor, como é tradição desde o Século 15.
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A Pizza Navona foi construída sobre os vestígios do Estádio
de Domiciano, local de competições esportivas na Antiguidade |
Mercado à parte, o Campo de’Fiori entrou para a história como o local onde a Inquisição queimou, em 1600, o teólogo dominicano Giordano Bruno, acusado de heresia.
Bruno é homenageado com uma estátua no meio da praça e acaba parecendo bem prosaico no meio das hortaliças, frutas e doces artesanais — e os melhores biscoitos de limão que já provei na vida.
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Fontana dei Quattro Fiumi. A obra de Bernini representa
quatro continentes e seus rios: do mundo cortados por seus principais rios: o
Nilo, na África, o Ganges, na Ásia, o Prata, na América e o Danúbio, na Europa |
Com o fim das competições no estádio, o espaço começou a ser ocupado por moradias. Antes de serem transferidos para o Campo de’Fiori, no Século 15, era na antiga arena que os mercadores ofereciam seus produtos à população da cidade.
No Século 17, o papa Inocêncio X determinou a remodelação da praça, transformando-a num dos mais belos conjuntos barrocos de Roma.
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A fonte de Bernini e a Igreja de Sant'Agnese (Santa
Inês), abaixo, à direita |
Entre esses edifícios, preste atenção à Igreja de Sant'Agnese in Agone, com projeto de Francesco Borromini (o grande rival de Bernini) e ao Palácio Pamphili, do Século 17, hoje sede da Embaixada do Brasil na Itália.
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O Fórum Romano fica ainda mais lindo ao cair da tarde |
⭐ O cair da tarde no Fórum e Monte Palatino
Eu adoro ir ao Fórum Romano ao cair da tarde, para ver os mármores milenares mudando de cor. Vale pagar ingresso para caminhar entre as ruínas ou pegar um lugarzinho no "camarote", a balaustrada do pátio do Palácio do Campidoglio, que se debruça sobre elas, onde não se paga nada para ver o espetáculo.
O Fórum Romano está sempre tomado por turistas, mas fica delicioso no final do dia. A qualquer hora, é possível se distanciar das multidões fazendo roteiros menos ortodoxos.
O fundamental é trazer um bom mapa/guia, com referências que permitam compreender o que se está vendo. Além das muitas atrações a céu aberto, não deixe de ver o Cárcere Mamertino, uma masmorra claustrofóbica, onde o líder gaulês Vercingetorix (tão presente nos quadrinhos de Asterix) passou seus últimos dias, antes de ser executado (e também São Pedro e muitos outros inimigos de Roma).
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O Templo de Saturno é uma das construções mais importantes
do Fórum Romano. À direita, ao fundo, o Monte Palatino |
O lugar teria sido a morada de Rômulo e Remo e era a área residencial das elites romanas. O Imperador Augusto nasceu lá.
Além das ruínas dos palácios, o Palatino tem jardins deliciosos, onde banquinhos convidam ao sossego e à contemplação. Não consigo imaginar lugar mais delicioso em Roma para ver o cair da tarde, entre árvores frutíferas e sob um silêncio que não é deste mundo.
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O entardecer no Monte Palatino é lindo |
Numa dessas visitas ao Fórum, resolvi fazer um caminho diferente e achei uma "passagem secreta", uma trilha que sobe do Fórum para o Campidoglio, alcançando uma rua sem movimento, por trás dos museus.
Seguindo essa ruazinha, deparei-me com a vizinhança mais fofa, um larguinho tranquilo, silencioso cercado por um belo casario.
Escolhi uma mesinha na calçada do Café San Teodoro e encerrei o dia com alguns cálices de limoncello, celebrando o prazer de estar em Roma.
Via dei Fienili, 49.
Tem uma irmã siamesa, a elegante Trattoria San Teodoro, que não experimentei. Mas o lugar é charmosíssimo, um cantinho bonito sossegado que convida a ficar horas pensando na vida.
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