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Nashville vista da ponte de pedestres John Seigenthaler: no cantinho esquerdo, o começo da Broadway. Ao centro, o finzinho do Riverfront Park |
A capital da Country Music foi minha segunda etapa no roteiro musical pelos Estados Unidos. E que surpresa boa! Cheguei sem grandes expectativas para descobrir que tem muito o que fazer em Nashville — e que não é preciso gostar de botas de cowboy e de gente cantando pelo nariz pra curtir muito a cidade.
Alegre, movimentada e respirando música 24 horas por dia, Nashville me ganhou desde a chegada.
Mal deixei a bagagem no hostel e já estava pulando de bar em bar na Lower Broadway, me encharcando de Rock’n’Roll, Rockabilly, Southern Rock e, claro, música Country — que que pode não ser minha praia, mas apreciada no contexto adequado, pode ser bem legal.
Veja onde fiquei: Hospedagem em Nashville - hostel muito confortável e com localização imbatível
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A Ponte John Seigenthaler é o grande cartão postal de Nashville |
Pra começo de conversa, Nashville é bonita e muito bem cuidada. A orla do Rio Cumberland é pontilhada por parques agradáveis e emoldurada por paisagens bem fotogênicas.
Nashville também tem bons museus e gastronomia interessante.
Nashville também tem bons museus e gastronomia interessante.
Mas a alma dessa viagem estava muito mais pra Spotify do que pra Instagram. Meu barato era mesmo ouvir música. E isso Nashville tem de sobra.
Experimente entrar em qualquer botequinho, daqueles que mal tem letreiro na porta, e você está seriamente arriscada a assistir a um show de primeira.
Experimente entrar em qualquer botequinho, daqueles que mal tem letreiro na porta, e você está seriamente arriscada a assistir a um show de primeira.
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O Country Music Hall of Fame e uma loja de botas de cowboy na Broadway |
É que Nashville é mesmo uma espécie de “Hollywood da Country Music”, lotada de artistas de todos os cantos dos Estados Unidos — e de além fronteiras — buscando seu lugar ao sol.
Aquela pessoa dedilhando a guitarra em um palquinho mambembe pode ser o próximo Willie Nelson ou a próxima Patsy Cline.
Aquela pessoa dedilhando a guitarra em um palquinho mambembe pode ser o próximo Willie Nelson ou a próxima Patsy Cline.
Nashville entrou no meu roteiro meio por inércia – já que ia a
Nova Orleans e a Memphis, resolvi incluí-la. Tinha bastante desconfiança de sua fama de conservadora, religiosa e provinciana.
O conservadorismo, realmente, está lá. Nashville se apresenta
orgulhosamente como “a fivela do Cinturão Bíblico (Bible Belt)”, região que
compreende os estados do Sudeste até o Meio Oeste dos EUA.
Nada disso, porém, interferiu na minha
experiência como turista — muito prazerosa, diga-se.
Mesmo para quem não é tão ligada em música, como eu, Nashville pode ser uma excelente escala em um roteiro pelo Sul dos Estados Unidos.
Mesmo para quem não é tão ligada em música, como eu, Nashville pode ser uma excelente escala em um roteiro pelo Sul dos Estados Unidos.
Veja o que fazer em Nashville e aproveite a capital da
Country Music (tem mapa no final do post).
Pra entrar no clima: liga o post e aumenta o som: Trilha sonora para Nashville - playlist pra embalar seus passeios na capital do Country
Pra entrar no clima: liga o post e aumenta o som: Trilha sonora para Nashville - playlist pra embalar seus passeios na capital do Country
O que fazer em Nashville
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Honky-tonk: é só chegar e se espalhar |
Veja a lista e a localização dos honky-tonks da Lower Broadway
Se você quiser ouvir música na capital mundial do Country, a Lower Broadway, seguramente, será a sua primeira (e recorrente) parada em Nashville.
O trecho da Broadway que vai das margens do Rio Cumberland, na 1rst Avenue, até a 5th Avenue, é uma animada, barulhenta e divertida concentração de honky tonks que já estão em plena atividade no meio da manhã e vão até alta madrugada.
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A sequência de shows na Lower Broadway começa às 10 da manhã e vara a madrugada |
Os honky-tonks são bares típicos do Sul do Estados
Unidos — herdeiros dos velhos saloons. Sua principal característica é oferecer
música ao vivo.
Originalmente, eram o local de entretenimento dos trabalhadores
brancos pobres e não primavam por um ambiente muito família.
Em Nashville, o honky-tonk é uma instituição fundamental,
emendando um show no outro, que, nos horários de maior movimento, o público
acompanha de pé, meio dançando, meio se esbarrando, enquanto entorna litros de
cerveja. Uma farra divertidíssima.
Saiba mais: Onde ouvir música em Nashville - por dentro dos honky tonks
Saiba mais: Onde ouvir música em Nashville - por dentro dos honky tonks
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Bright lights, big city e uma farra que vai longe |
A entrada nos honky-tonks de Nashville é grátis. Prepare-se para apresentar um documento com foto na porta ou na hora que pedir seu drinque, pois a lei estadual do Tenesssi exige que o cliente comprove ser maior de 21 anos para consumir álcool.
A Lower é Broadway é muito policiada e movimentadíssima. Não tive qualquer preocupação com segurança andando por lá e me esbaldando na micareta cowboy que extrapola dos bares, se esparrama pelas calçadas e prossegue até no asfalto, na zoeira das pedal taverns.
Gosta de música e viagens? Siga o link para mais dicas 😉.
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Pedal tavern (ou party bike, como queira) na Lower Broadway: a zoeira não para - em todos os sentidos |
São movimentados pelas pedaladas dos farristas, que rodam pela cidade abastecendo seus copos nas torneiras de chope e cantando a plenos pulmões a música que rola nas caixas de som.
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O histórico palco do Ryman Auditorium, uma catedral do Country |
116 5th Avenue North
Calendário de shows e compra de ingressos
Visitas: diariamente, das 9h às 16:30. Tours a partir de US$ 21.95
Cafe Lula - aberto diariamente, das 9h às 17h. Quando há shows, funciona até a hora do espetáculo.
Meu plano original era assistir a um show no Ryman Auditorium. Queria ver vivo e pulsante o histórico palco de onde se transmite o legendário programa de radio Grand Ole Opry – e onde tantos grandes do Rock, Blues, Soul, Ópera, Country e mais uma miríade de gêneros musicais já se apresentaram.
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O Ryman é uma belíssima casa de espetáculos, com acústica elogiadíssima |
Os ingressos para ver o Opry, porém, estavam custando um rim nos dias que passei em Nashville.
Minha opção para ver o legendário auditório foi o tour autoguiado, a modalidade mais barata para quem quer visitar o Ryman.
Minha opção para ver o legendário auditório foi o tour autoguiado, a modalidade mais barata para quem quer visitar o Ryman.
Recomendo essa alternativa. O audioguia é bastante detalhado e a narração é um mergulho não apenas na trajetória do Ryman Auditorium e da Música Country, mas na história de Nashville.
O Ryman Auditorium está para a Música Country como o Cavern Club está para os Beatles.
A diferença é que esse palco de Nashville lançou não uma banda ao estrelato (a melhor de todos os tempos, é verdade), mas apresentou centenas de artistas ao público americano e mundial.
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Guitarras de BB King (à direita) e de seu discípulo, Joe Bonamassa, doadas à galeria de memórias do Rymann |
A diferença é que esse palco de Nashville lançou não uma banda ao estrelato (a melhor de todos os tempos, é verdade), mas apresentou centenas de artistas ao público americano e mundial.
A história do Ryman não poderia ser mais Bible Belt: o auditório, originalmente, era um tabernáculo, local de oração, inaugurado em 1892.
Graças ao trabalho de Lula, que arrendou permanentemente o auditório em 1920, o palco do Ryman recebeu estrelas de cinema como Charlie Chaplin, Mae West e Doris Day, o mágico Harry Houdini e o legendário tenor italiano Enrico Caruso.
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Uma guitarra do bluesman Keb' Mo', que vive em Nashville |
Para pagar as dívidas da construção, o auditório era eventualmente alugado para apresentações “profanas”. Até que, nos primeiros anos do Século 20, a viúva Lula Nash passou a agenciar espetáculos artísticos no Ryman.
Graças ao trabalho de Lula, que arrendou permanentemente o auditório em 1920, o palco do Ryman recebeu estrelas de cinema como Charlie Chaplin, Mae West e Doris Day, o mágico Harry Houdini e o legendário tenor italiano Enrico Caruso.
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Dear old Richie também deixou sua marca no Ryman Auditorium |
A partir de 1943, o Ryman virou a casa do popularíssimo programa de rádio Grand Ole Opry, uma transmissão semanal iniciada em 1925 e que já havia passado por diversos palcos de Nashville.
Na década de 70, cansado de guerra, maltratado e com instalações decadentes e equipamentos ultrapassados, o Ryman esteve à beira da demolição para virar um estacionamento.
O Grand Ole Opry encontrou uma nova sede em 1974, a Grand Ole Opry House, casa de espetáculos afastada do Centro de Nashville (veja o mapa).
O Grand Ole Opry encontrou uma nova sede em 1974, a Grand Ole Opry House, casa de espetáculos afastada do Centro de Nashville (veja o mapa).
O que salvou o Ryman foi a carinhosa ideia da cantora Emmylou Harris. No começo dos anos 90, ela resolveu gravar um disco ao vivo no velho auditório.
Subitamente, graças a Emmylou, o mundo da música se lembrou da importância daquele palco, o dinheiro apareceu, o Ryman Auditorium ganhou uma super restauração e um banho de loja de equipamentos de última geração.
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Foi no palco do Ryman que nasceu o Bluegrass, estilo inaugurado pelo músico Bill Monroe |
O auditório é belíssimo, com seu famoso balcão, bancos de madeira como de uma igreja e decoração discreta.
O palco do Ryman continua recebendo a fina flor de todos os gêneros musicais que passam por Nashville e sua acústica é elogiadíssima.
O palco do Ryman continua recebendo a fina flor de todos os gêneros musicais que passam por Nashville e sua acústica é elogiadíssima.
Para um artista Country, se apresentar no palco do Ryman é uma honra e um rito de passagem.
Desde 1999, o Grand Ole Opry voltou a ser transmitido ao vivo do palco do Ryman nos três meses de inverno .
Veja outros teatros lindões que estrelaram posts da Fragata
Preste atenção às vitrines que exibem lembranças das grandes estrelas que passaram pelo palco do Ryman Auditorium — como o Coldplay, Ringo Starr, BB King, Elvis Presley, Kris Kristofferson, The Band, The Who, Willie Nelson — e ajudaram a construir sua história.
⭐ Johnny Cash Museum
119 3rd Avenue South
Pra início de conversa, vamos lembrar que Johnny Cash é um dos ídolos de Bob Dylan.
Segundo: Cash foi gênio. Terceiro: seu acervo de memórias, fonogramas, gravações de shows e programa de TV está organizado em um dos melhores museus do mundo dedicados à música.
Acho que não preciso citar mais motivos pra justificar minha enfática recomendação da visita ao Johnny Cash Museum, né?
Além disso, há uma sessão dedicada às memórias de Johnny Cash no exército, uma coleção de roupas usada pelo “Homem de Preto” nos palcos, instrumentos musicais e objetos que vieram diretamente da casa onde ele viveu com June Carter.
O museu também abriga um café que serve café da manhã, sanduíches – além do chili preparado de acordo com a receita de Johnny Cash — e outras comidinhas a preços razoáveis (para padrões de Nashville).
A loja do museu é tentadora, cheia de lembrancinhas maneiras pra roqueiros.
São mais de 30 mil metros quadrados de espaço expositivo, arquivos, sala de concertos, lojas, cafeteria e áreas para cursos e oficinas.
A organização do acervo do museu do Country Music Hall of Fame — super interativo, com muitos vídeos, fotos, fonogramas e painéis explicativos bastante didáticos — permite um mergulho que vai muito além da viagem sonora.
O museu oferece uma aula sobre o contexto histórico, social e político que ajudou a forjar o Country, essa música típica da realidade rural do Sul dos Estados Unidos.
Uma música que originalmente expressava o universo simples e provinciano de camponeses pobres acossados pelas dificuldades decorrentes da Grande Depressão.
A Country Music Association, que administra o Museu e Hall da Fama, está para esse estilo musical como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está para o cinema de Hollywood — a CMA até distribui um prêmio anual que é o Oscar da Música Country.
No processo de nomeação para a galeria da fama, um comitê aponta um grupo de candidatos e todos os membros da associação votam para definir os homenageados.
A visita ao Country Music Hall of Fame é programa para muitas horas. Combinada com a visita ao Studio B, é atividade que consome, facinho, os dois turnos do dia.
⭐ Historic RCA Studio B
O ingresso para a visita ao Studio B é obrigatoriamente casado com a compra do ingresso para o Contry Music Hall of Fame (CMHF). O pacote custa US$ 40.95
Os tours ao estúdio partem de hora em hora (das 10:30h às 14:30h) do CMHF.
Pra quem gosta de Rock’n’Roll, o Estúdio B da RCA Victor em Nashville é uma catedral. Mas, quando eu digo catedral, não espere um colosso, materialmente falando.
Elvis era fã do Studio B — gravou mais 250 canções lá, muitas vezes tocando ele mesmo o piano Steinway que ainda está lá, para contemplação dos embevecidos vistantes.
Os microfones do Studio B também captaram a voz de Skeeter Davis em seu megahit The End of the World, dos Everly Brothers arrasando em All I have to do is dream e de Roy Orbison entrando para a história com Only the Lonely, entre muitos outros.
Diante de tantos milagres gestados nessa pequena catedral, nem preciso dizer que a visita ao Studio B era prioridade máxima na minha lista de visitas em Nashville, né?
Embora fique um pouco afastado do centro, é muito fácil chegar ao Studio B. Ele só pode visitado nos tours organizados pelo Country Music Hall of Fame, que já incluem o transporte e guia.
Os tours são oferecidos apenas em inglês.
Desde o embarque nos micro-ônibus, que partem de hora em hora do Country Music Hall of Fame, os visitantes já vão entrando no clima, ouvindo trechos de sucessos gravados no estúdio e um pouco da história, contada pelo guia. O tour dura cerca de 50 minutos.
Eu, claro, delirei com as histórias, com as lembranças de grandes ídolos expostas nas vitrines de um mini museu (bem mini mesmo) e, principalmente, com o prazer de estar no mesmo espaço onde foram gravadas várias das minhas canções favoritas.
O Studio B fica no coração do Music Row, área de Nashville que concentra as principais gravadoras, escritórios de agentes e estúdios responsáveis por movimentar a indústria musical que deu fama à cidade.
O grande filão, claro, é o Country, mas se produz, grava-se e escuta-se de tudo por lá, com destaque para meus amados Southern Rock e Rockabilly.
Construído em 1956 e arrendado pela RCA, o Studio B é um dos embriões do sucesso de Nashville como um centro de produção musical em larga escala, apoiado em uma estética que redefiniu a Country Music e assegurou sua sobrevivência em ambientes mais urbanos e contemporâneos.
O mago do Estúdio B era um cara chamado Chet Atkins — que não satisfeito em ser o produtor musical responsável por incontáveis sucessos de terceiros, também foi um guitarrista respeitadíssimo por grandes, como George Harrison.
O Studio B de Nashville foi o local eleito para a primeira gravação de Elvis no seu retorno do serviço militar. Apesar das dúvidas da gravadora RCA se a canção escolhida casava com o perfil do ídolo, Are You Lonesome Tonight foi um sucesso instantâneo e ainda hoje é um dos maiores standards do Rei do Rock.
919 Broadway (entre 9ª e 10ª avenidas)
De segunda a quarta, das 10h às 17:30. Quintas e sextas, das 10h às 21h. Sábados, das 10h às 17:30h. Domingos, das 13h às 17:30h.
O primeiro motivo pra você visitar o Frist Art Museum é o edifício onde ele está instalado, um primor da arquitetura e do estilo decorativo art-déco — quem ainda não sabe dessa minha paixão?
O prédio, todo revestido em mármore e decorado com grades em ferro batido, foi inaugurado em 1934, originalmente como sede central dos Correios em Nashville.
O problema é que o Schermerhorn não recebe visitas guiadas. Para vê-lo ao vivo, eu teria que assistir a um espetáculo lá — sacrifício nenhum, né?
Desde 1999, o Grand Ole Opry voltou a ser transmitido ao vivo do palco do Ryman nos três meses de inverno .
Veja outros teatros lindões que estrelaram posts da Fragata
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A fachada original do Ryman Auditorium |
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Lembranças de grandes estrelas que passaram pelo palco do Ryman |
Se você gosta de teatros, de música e de história, não pode perder essa visita em Nashville.
Preste atenção às vitrines que exibem lembranças das grandes estrelas que passaram pelo palco do Ryman Auditorium — como o Coldplay, Ringo Starr, BB King, Elvis Presley, Kris Kristofferson, The Band, The Who, Willie Nelson — e ajudaram a construir sua história.
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Museu Johnny Cash, apontado como um dos melhores do mundo sobre música |
Diariamente, das 9h às 19h
Ingressos: US$ 19.95
Pra início de conversa, vamos lembrar que Johnny Cash é um dos ídolos de Bob Dylan.
Segundo: Cash foi gênio. Terceiro: seu acervo de memórias, fonogramas, gravações de shows e programa de TV está organizado em um dos melhores museus do mundo dedicados à música.
Acho que não preciso citar mais motivos pra justificar minha enfática recomendação da visita ao Johnny Cash Museum, né?
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Johnny Cash lançou nada menos que 81 álbuns, entre originais, coletâneas e trilhas sonoras |
O museu dedicado a Johnny Cash, aberto em 2013, está localizado no meio do burburinho de Downtown — sem desculpas no quesito deslocamento, viu? — e é uma imersão profunda e prazerosa no universo do mais roqueiro dos expoentes da música Country.
O Johnny Cash Museum é super interativo, um lugar para ouvir música — as gravações do artista e uma imensa coleção de covers de suas canções feitas por praticamente todos os grandes artistas do universo roqueiro.
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Um documentário sobre a vida atribulada de Cash ajuda o visitante a entrar no universo do Homem de Preto |
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A primeira fase da carreira: Johnny Cash and The Tennessee Two, com Luther Perkins (guitarra) e Marshall Grant (contrabaixo) |
Também há uma sala de projeção onde é exibido um breve documentário sobre a vida do músico, bem ilustrativo.
Telas dispostas pelo museu mostram trechos do megassucesso The Johnny Cash Show, exibido semanalmente na TV americana entre 1969 1971.
O programa de TV de Cash era transmitido ao vivo do Ryman Auditorium e reunia convidados do calibre de Carl Perkins, Bob Dylan, Joni Mitchell, Kris Kristofferson, Neil Young, Louis Armstrong e James Taylor — além da presença frequente da estrela contry June Carter, companheira e grande amor de Cash.
Telas dispostas pelo museu mostram trechos do megassucesso The Johnny Cash Show, exibido semanalmente na TV americana entre 1969 1971.
O programa de TV de Cash era transmitido ao vivo do Ryman Auditorium e reunia convidados do calibre de Carl Perkins, Bob Dylan, Joni Mitchell, Kris Kristofferson, Neil Young, Louis Armstrong e James Taylor — além da presença frequente da estrela contry June Carter, companheira e grande amor de Cash.
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Johnny Cash se mudou para Nashville em 1954, quando iniciou a carreira musical que duraria até sua morte, em 2003 |
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Uma das motos de Cash decora a tentadora lojinha do museu |
Essa história de amor está contada no filme Johnny e June (Walk the Line, 2006), estrelado por Joaquin Phoenix (Cash) e Reese Witherspoon (June), que também ganhou uma ala no museu.
Além disso, há uma sessão dedicada às memórias de Johnny Cash no exército, uma coleção de roupas usada pelo “Homem de Preto” nos palcos, instrumentos musicais e objetos que vieram diretamente da casa onde ele viveu com June Carter.
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Os maiores hits e a guitarra personalizada de Cash |
O museu também abriga um café que serve café da manhã, sanduíches – além do chili preparado de acordo com a receita de Johnny Cash — e outras comidinhas a preços razoáveis (para padrões de Nashville).
A loja do museu é tentadora, cheia de lembrancinhas maneiras pra roqueiros.
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Imã de geladeira do Quarteto de 1 Milhão de Dólares |
Entre os muitos produtos à venda, tente resistir às bugigangas da série “O quarteto de 1 Milhão de Dólares”.
São camisetas, chaveiros, carteiras, imãs de geladeira e o escambau, sempre estampados com a mitológica fotografia da jam session que reuniu Johnny Cash, Elvis Presley, Carl Perkins e Jerry Lee Lewis no estúdio da Sun Records, em Memphis, no mágico 4 de dezembro de 1956 — eu dava um rim pra estar presente…
⭐ Country Music Hall of Fame
222 5th Avenue South
Diariamente, das 9h às 17h
Ingressos: para ver só o museu, US$ $25.95. O bilhete casado com o Studio B (transporte incluído) custa US$ 40.95
Country não é mesmo a minha praia, mas tenho muito respeito pelo estilo musical que deu uma contribuição decisiva à gênese do Rock’n’Roll.
Como eu poderia rejeitar a escola que formou Carl Perkins, Johnny Cash e Buddy Holly? (Sem contar que Patsy Cline é o máximo!).
O Country Music Hall of Fame é o mais completo museu, centro de pesquisa e documentação sobre esse estilo musical em todo o planeta.
222 5th Avenue South
Diariamente, das 9h às 17h
Ingressos: para ver só o museu, US$ $25.95. O bilhete casado com o Studio B (transporte incluído) custa US$ 40.95
Country não é mesmo a minha praia, mas tenho muito respeito pelo estilo musical que deu uma contribuição decisiva à gênese do Rock’n’Roll.
Como eu poderia rejeitar a escola que formou Carl Perkins, Johnny Cash e Buddy Holly? (Sem contar que Patsy Cline é o máximo!).
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Salão do Hall da Fama do Country |
O Country Music Hall of Fame é o mais completo museu, centro de pesquisa e documentação sobre esse estilo musical em todo o planeta.
São mais de 30 mil metros quadrados de espaço expositivo, arquivos, sala de concertos, lojas, cafeteria e áreas para cursos e oficinas.
A organização do acervo do museu do Country Music Hall of Fame — super interativo, com muitos vídeos, fotos, fonogramas e painéis explicativos bastante didáticos — permite um mergulho que vai muito além da viagem sonora.
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Mais do que um museu, um enorme centro de pesquisas e documentação sobre a Música Country |
Uma música que originalmente expressava o universo simples e provinciano de camponeses pobres acossados pelas dificuldades decorrentes da Grande Depressão.
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O hall de entrada do Country Music Hall of Fame. Além dos espaços expositivos, o museu tem café, restaurante, uma loja enorme e auditório para apresentações musicais |
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Os sapatos de camurça azul de Perkins, descorados pelo tempo, e a homenagem à canção Me and Bobby Magee, grande sucesso do Country escrito por Kris Kristofferson (e imortalizada por Janis Joplin) |
O grande chamariz do Country Music Hall of Fame são as
vitrines que exibem lembranças dos principais artistas associados ao estilo
musical.
Algumas peças expostas são mitológicas, como os famosos
sapatos azuis de camurça de Carl Perkins, imortalizados em Blue Suede Shoes — descorados
pelo tempo, eles agora estão marrons —, ou um Cadillac de Elvis e
instrumentos musicais usados por lendas como Bill Monroe (pai do Bluegrass) e
Johnny Cash.
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Johnny Cash no Hall da Fama do Country. À direita, livro de recordações e jaqueta do uniforme do artista quando estava no Exército |
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Homenageados no Hall da Fama da Country Music. Elvis, The Pelvis, também está lá |
A Country Music Association, que administra o Museu e Hall da Fama, está para esse estilo musical como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está para o cinema de Hollywood — a CMA até distribui um prêmio anual que é o Oscar da Música Country.
Em um enorme salão com teto envidraçado, fica o Hall da
Fama, onde estão as placas alusivas a cada um dos homenageados.
A inscrição "Will the Circle Be Unbroken" ("Que o círculo não se quebre") que decora o espaço foi retirada de uma canção religiosa tradicional que fala de reencontros na vida eterna.
A inscrição "Will the Circle Be Unbroken" ("Que o círculo não se quebre") que decora o espaço foi retirada de uma canção religiosa tradicional que fala de reencontros na vida eterna.
"There are loved ones in the glory
Whose dear forms you often miss.
When you close your earthly story,
No processo de nomeação para a galeria da fama, um comitê aponta um grupo de candidatos e todos os membros da associação votam para definir os homenageados.
A lista de homenageados no Hall da Fama Country, porém, tem um certo ecletismo.
Contempla desde o estritamente convencional (Kenny Rogers, Garth Brooks, Dolly Parton, Loretta Lynn, Patsy Cline, The Carter Family, Bill Monroe) aos “rebeldes” Elvis Presley e Johnny Cash e até expoentes progressistas e identificados com a música de protesto, como Willie Nelson.
Contempla desde o estritamente convencional (Kenny Rogers, Garth Brooks, Dolly Parton, Loretta Lynn, Patsy Cline, The Carter Family, Bill Monroe) aos “rebeldes” Elvis Presley e Johnny Cash e até expoentes progressistas e identificados com a música de protesto, como Willie Nelson.
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E não esqueçamos do Southern Rock, esse filhote genial do Country |
A galeria da fama não inclui apenas estrelas que brilham sob os holofotes. Os produtores musicais Chet Atkins (do RCA Studio B de Nashville) e Sam Phillips (Sin Records, de Memphis), duas figuras essenciais do Rock’n’Roll, e os casal de compositores Felice and Boudleaux Bryant (autores de incontáveis sucessos gravados pelos Everly Brothers, Buddy Holly e Roy Orbison, por exemplo).
A visita ao Country Music Hall of Fame é programa para muitas horas. Combinada com a visita ao Studio B, é atividade que consome, facinho, os dois turnos do dia.
⭐ Historic RCA Studio B
O ingresso para a visita ao Studio B é obrigatoriamente casado com a compra do ingresso para o Contry Music Hall of Fame (CMHF). O pacote custa US$ 40.95
Os tours ao estúdio partem de hora em hora (das 10:30h às 14:30h) do CMHF.
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Elvis gravou pelo menos 250 canções no Studio B. Esta galeria lembra as canções que alcançaram os primeiros lugares nas paradas de sucessos |
São apenas 100 metros quadrados — 426,4 metros cúbicos — de espaço mágico, onde pelo menos 100 hits musicais de primeira linha foram gravados e entregues ao universo pelas ondas do rádio.
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Memória dos discos gravados no Studio B e, à direita, o famoso piano Steinway, muitas vezes tocado por Elvis |
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O Estúdio B vai além das memórias: ele ainda está em atividade |
Os microfones do Studio B também captaram a voz de Skeeter Davis em seu megahit The End of the World, dos Everly Brothers arrasando em All I have to do is dream e de Roy Orbison entrando para a história com Only the Lonely, entre muitos outros.
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Um pequeno museu relembra os grandes artistas que gravaram no Studio B |
Embora fique um pouco afastado do centro, é muito fácil chegar ao Studio B. Ele só pode visitado nos tours organizados pelo Country Music Hall of Fame, que já incluem o transporte e guia.
Os tours são oferecidos apenas em inglês.
Desde o embarque nos micro-ônibus, que partem de hora em hora do Country Music Hall of Fame, os visitantes já vão entrando no clima, ouvindo trechos de sucessos gravados no estúdio e um pouco da história, contada pelo guia. O tour dura cerca de 50 minutos.
Eu, claro, delirei com as histórias, com as lembranças de grandes ídolos expostas nas vitrines de um mini museu (bem mini mesmo) e, principalmente, com o prazer de estar no mesmo espaço onde foram gravadas várias das minhas canções favoritas.
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O trajeto de ida e volta ao Studio B é feito em um micro-ônibus, com passagem já incluída no preço do ingresso |
O grande filão, claro, é o Country, mas se produz, grava-se e escuta-se de tudo por lá, com destaque para meus amados Southern Rock e Rockabilly.
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Music Row, onde fica o Studio B, é a área de Nashville que concentra os escritórios de gravadoras e estúdios |
O mago do Estúdio B era um cara chamado Chet Atkins — que não satisfeito em ser o produtor musical responsável por incontáveis sucessos de terceiros, também foi um guitarrista respeitadíssimo por grandes, como George Harrison.
O Studio B de Nashville foi o local eleito para a primeira gravação de Elvis no seu retorno do serviço militar. Apesar das dúvidas da gravadora RCA se a canção escolhida casava com o perfil do ídolo, Are You Lonesome Tonight foi um sucesso instantâneo e ainda hoje é um dos maiores standards do Rei do Rock.
919 Broadway (entre 9ª e 10ª avenidas)
De segunda a quarta, das 10h às 17:30. Quintas e sextas, das 10h às 21h. Sábados, das 10h às 17:30h. Domingos, das 13h às 17:30h.
Ingressos: US$ 12
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A fachada traseira do museu, que dá para um jardim público |
O primeiro motivo pra você visitar o Frist Art Museum é o edifício onde ele está instalado, um primor da arquitetura e do estilo decorativo art-déco — quem ainda não sabe dessa minha paixão?
O prédio, todo revestido em mármore e decorado com grades em ferro batido, foi inaugurado em 1934, originalmente como sede central dos Correios em Nashville.
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O Frist Museum está instalado na antiga sede central dos Correios, um belo edifício art-déco |
O correio foi transferido de lá na década de 80 e o prédio passou um tempo fechado. Nos anos 90, a gorda doação de uma fundação privada e investimentos públicos bancaram a requalificação do edifício para sediar um museu.
Foi assim que Nashville virou dona de um belo espaço destinado a exibir coleções artísticas de todas as partes do mundo e das mais diversas épocas.
Sim, porque o Frist não tem acervo próprio. Ele recebe mostras temporárias da melhor qualidade e é sempre um museu novo, mesmo para os moradores da cidade e frequentadores mais assíduos.
Quando estive em Nashville, a mostra em cartaz não poderia ser mais atraente: Paris 1900 — um painel da Belle Époque, das inovações produtivas e da euforia econômica proporcionadas pelo advento da máquina a vapor, o esplendor do Impressionismo e o alvorecer da Art Nouveau.
Imagina me convidar pra ver um acervo art nouveau em um edifício art-déco... Super fui e amei 😄.
As peças em exposição no Frist vieram principalmente das coleções do Museu Carnavalet e do Petit Palais, ambos em Paris.
Além de contar com belas instalações, o Frist parece ter uma excelente curadoria. Basta ver as exposições já anunciadas para 2019: uma delas apresentará uma coletânea de Frida Kahlo, Diego Rivera e o Modernismo Mexicano e outra sobre “Van Gogh, Monet, Degas e seu tempo”.
➡️ Para quem viaja com crianças, uma dica: o Frist Museum tem um ateliê para os pequenos, onde são realizadas atividades artísticas monitoradas, com muita brincadeira e diversão (a meninada estava a mil, no dia da minha vista).
O Frist Museum também tem um café muito charmoso, que funciona no foyer. Não é preciso pagar ingresso pra ter acesso ao café.
O point descoladinho de Nashville destoa (relativamente) do astral Bible Belt que predomina na cidade e rende um passeio interessante.
Até os primeiros dias deste século, The Gulch (literalmente, “o barranco”) era uma área meio abandonada, perigosa e decadente, a típica vizinhança “do outro lado dos trilhos do trem” — de verdade, pois o traçado do bairro acompanha a linha férrea que o separa de Downtown.
Ao contrário da maioria dos “bairros descolados” do planeta, porém, não houve muita espontaneidade na origem de The Gulch como vizinhança trendy.
Lá não houve a velha fórmula de aluguéis baratos atraindo artistas, estudantes e alternativos em geral para forjar uma comunidade menos convencional.
The Gulch é resultado de um calculado investimento da indústria imobiliária de Nashville, que plantou vários empreendimentos na área nas duas últimas décadas.
Atenção à sustentabilidade ambiental e energética e à mobilidade fazem parte do lado bom da coisa. O lado não muito bom é que esse é um “bairro alternativo” que já nasceu gentrificado.
O caminho das pedras para The Gulch é a 12ª Avenida Sul (para quem vem de Downtown, é o trecho à esquerda da Broadway). Restaurantes interessantes, lojinhas simpáticas e bons bares para ouvir música — longe do clima de autêntica micareta cowboy da Lower Broadway — são as atrações do bairro.
Passei uma tarde bem agradável no Gulch, batendo pernas e fazendo hora pra assistir a uma apresentação de Bluegrass (música caipiríssima, com banjo e rabeca), em The Station Inn, que fica no bairro. Mas a música em Nashville é assunto para outro post 😉.
⭐ Two Old Hippies
401 12th Avenue South, The Gulch
De segunda a quinta, das 10h às 19h. Sextas e sábados, das 10hàs 20h. Domingos, das 11h às 18h.
Um clássico em The Gulch é a loja Two Old Hippies, que vende roupas (da bata florida ao casaco de couro), acessórios e objetos de decoração com um pezinho nos anos 60 e promove apresentações musicais cinco noites por semana.
Achei os preços meio inflacionados, mas me diverti um bocado fuçando araras e prateleiras da Two Old Hippies.
Tem peças bem bonitas e usáveis, camisetas com estampas “irreverentes” e muitas coisinhas fofas que podem virar um presente bacaninha ou um detalhe charmoso em um cantinho da casa.
4th Avenue South, esquina com Demonbreun Street. Visite o site para ver o calendário de apresentações.
Vocês já sabem que eu não resisto a um teatro bonito, né? Pois Nashville tem uma casa de concertos lindíssima.
Inaugurado em 2006, o Schermerhorn Symphony Center, o lar da Orquestra Sinfônica da cidade, entrou para a minha lista de visitas na cidade quando vi fotos de seu interior.
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Detalhes do foyer e da fachada do Frist Art Museum |
Quando estive em Nashville, a mostra em cartaz não poderia ser mais atraente: Paris 1900 — um painel da Belle Époque, das inovações produtivas e da euforia econômica proporcionadas pelo advento da máquina a vapor, o esplendor do Impressionismo e o alvorecer da Art Nouveau.
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Vestido de noite muito Belle Époque e o Retrato de uma Jovem, tela da mais proeminente representante feminina no time dos Impressionistas, Berthe Morisot |
As peças em exposição no Frist vieram principalmente das coleções do Museu Carnavalet e do Petit Palais, ambos em Paris.
Além de contar com belas instalações, o Frist parece ter uma excelente curadoria. Basta ver as exposições já anunciadas para 2019: uma delas apresentará uma coletânea de Frida Kahlo, Diego Rivera e o Modernismo Mexicano e outra sobre “Van Gogh, Monet, Degas e seu tempo”.
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Peças da exposição Paris 1900: baixo relevo representando os trabalhadores no tempo da Revolução Industrial e, abaixo, conjunto de móveis Art Nouveau |
O Frist Museum também tem um café muito charmoso, que funciona no foyer. Não é preciso pagar ingresso pra ter acesso ao café.
O point descoladinho de Nashville destoa (relativamente) do astral Bible Belt que predomina na cidade e rende um passeio interessante.
Até os primeiros dias deste século, The Gulch (literalmente, “o barranco”) era uma área meio abandonada, perigosa e decadente, a típica vizinhança “do outro lado dos trilhos do trem” — de verdade, pois o traçado do bairro acompanha a linha férrea que o separa de Downtown.
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The Station Inn, o grande point musical de The Gulch |
Ao contrário da maioria dos “bairros descolados” do planeta, porém, não houve muita espontaneidade na origem de The Gulch como vizinhança trendy.
Lá não houve a velha fórmula de aluguéis baratos atraindo artistas, estudantes e alternativos em geral para forjar uma comunidade menos convencional.
The Gulch é resultado de um calculado investimento da indústria imobiliária de Nashville, que plantou vários empreendimentos na área nas duas últimas décadas.
Atenção à sustentabilidade ambiental e energética e à mobilidade fazem parte do lado bom da coisa. O lado não muito bom é que esse é um “bairro alternativo” que já nasceu gentrificado.
O caminho das pedras para The Gulch é a 12ª Avenida Sul (para quem vem de Downtown, é o trecho à esquerda da Broadway). Restaurantes interessantes, lojinhas simpáticas e bons bares para ouvir música — longe do clima de autêntica micareta cowboy da Lower Broadway — são as atrações do bairro.
Passei uma tarde bem agradável no Gulch, batendo pernas e fazendo hora pra assistir a uma apresentação de Bluegrass (música caipiríssima, com banjo e rabeca), em The Station Inn, que fica no bairro. Mas a música em Nashville é assunto para outro post 😉.
⭐ Two Old Hippies
401 12th Avenue South, The Gulch
De segunda a quinta, das 10h às 19h. Sextas e sábados, das 10hàs 20h. Domingos, das 11h às 18h.
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Two Old Hippies: roupas e objetos com um pezinho nos anos 60 |
Achei os preços meio inflacionados, mas me diverti um bocado fuçando araras e prateleiras da Two Old Hippies.
Tem peças bem bonitas e usáveis, camisetas com estampas “irreverentes” e muitas coisinhas fofas que podem virar um presente bacaninha ou um detalhe charmoso em um cantinho da casa.
4th Avenue South, esquina com Demonbreun Street. Visite o site para ver o calendário de apresentações.
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Schermerhorn Symphony Center, a bela casa da Sinfônica de Nashville |
Inaugurado em 2006, o Schermerhorn Symphony Center, o lar da Orquestra Sinfônica da cidade, entrou para a minha lista de visitas na cidade quando vi fotos de seu interior.
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Nashville parece gostar da arquitetura clássica grega. Além da réplica do Parthenon, o estilo também está presente na fachada do Schermerhorn |
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O foyer do Schermerhorn Simphony Center |
O problema é que o Schermerhorn não recebe visitas guiadas. Para vê-lo ao vivo, eu teria que assistir a um espetáculo lá — sacrifício nenhum, né?
Bastou acompanhar o calendário de eventos musicais de Nashville e encontrar um show dos Mavericks — banda meio tex-mex que eu acho cafona, mas que não dói ouvir — com a Orquestra Sinfônica e comprar o ingresso pela internet.
Se você assistiu ao seriado de TV Nashville, já viu o Schermerhorn Simphony Center, pois ele serve de locação para diversas cenas.
A sala de concertos é deslumbrante, mas o foyer, os corredores, as salas de espera e até os banheiros do teatro também são um escândalo.
Além de sediar os concertos eruditos da Sinfônica de Nashville e outros intérpretes, o Schermerhorn também apresenta balés, shows de música popular e outras atrações.
Uma modalidade interessante dos concertos do Schermerhorn são as versões sinfônicas da orquestra para a obra de grandes ícones como Jimmi Hendrix e os Rolling Stones.
Na margem Oeste, ao longo da First Avenue, o Riverfront Park se estende por cerca de 1,3 km.
Do outro lado do rio estão Cumberland Park e o Nissan Stadium, estádio com capacidade para 69 mil espectadores e onde o time de futebol americano Tennessee Titans manda seus jogos.
O Riverfront Park fica aberto todos os dias, das 6h às 23h. Além de oferecer caminhadas e corridas com vista para o Rio Cumberland, passeios de bicicleta ou mera contemplação da paisagem, a área verde também é ponto de partida de passeios de barco.
O Cumberland Park é aberto ao público do amanhecer às 23 horas. Uma das atrações dessa área é uma espécie de playground molhado, o Sprayground, um espelho d'água com conjunto de fontes que "espirram" do fundo e prometem uma farra nos meses de calor (só funciona de maio a setembro).
O Ascend Amphitheater também fica no Cumberland Park. Com capacidade para 6.900 pessoas, o local é palco de apresentações artísticas ao ar livre.
A cerca de 5 km de Downtown, o Shelby Park, também às margens do Rio Cumberland, é uma área verde bem maior e bastante diversificada em atividades, com campos de beisebol e de golfe.
Uma das grande atrações do Shelby Park são os passeios de SUP (stand up paddle) e caiaque oferecidos por empresas locais nos meses mais quentes.
A origem de Nashville é o forte construído às margens do Rio Cumberland, em 1779, por caçadores de peles que exploravam a região.
Assim como a High Line, a velha Ponte Sparkman Street, seu nome original, também estava destinada à demolição.
Construída no início do Século 20, ela chegou aos anos 90 cansada de guerra. Com a estrutura condenada para o tráfego de automóveis, a ponte foi fechada em 1998.
Mas, do mesmo modo que a High Line foi salva para por pressão da população, Nashville decidiu resgatar a ponte como uma área de lazer.
O resultado é muito bonito, não só pela paisagem que se descortina do alto da John Seigenthaler Bridge, mas pela ponte em si.
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O acesso às galerias e uma sala de espera do teatro |
Se você assistiu ao seriado de TV Nashville, já viu o Schermerhorn Simphony Center, pois ele serve de locação para diversas cenas.
A sala de concertos é deslumbrante, mas o foyer, os corredores, as salas de espera e até os banheiros do teatro também são um escândalo.
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Show dos Mavericks com participação especial da Orquestra Sinfônica de Nashville |
Uma modalidade interessante dos concertos do Schermerhorn são as versões sinfônicas da orquestra para a obra de grandes ícones como Jimmi Hendrix e os Rolling Stones.
Quanto ao show dos Mavericks... Well... deu até vontade de
dançar, em vários momentos. E o público estava tão empolgado — eles se apresentaram
na cidade três noites seguidas, com casa superlotada — que a farra valeu também
como observação antropológica.
Ingressos nos Estados Unidos: como organizei meu roteiro musical
⭐ Margens do Rio Cumberland
Ingressos nos Estados Unidos: como organizei meu roteiro musical
⭐ Margens do Rio Cumberland
Do outro lado do rio estão Cumberland Park e o Nissan Stadium, estádio com capacidade para 69 mil espectadores e onde o time de futebol americano Tennessee Titans manda seus jogos.
O Riverfront Park fica aberto todos os dias, das 6h às 23h. Além de oferecer caminhadas e corridas com vista para o Rio Cumberland, passeios de bicicleta ou mera contemplação da paisagem, a área verde também é ponto de partida de passeios de barco.
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O Nissan Stadium, casa dos Tennessee Titans |
O Ascend Amphitheater também fica no Cumberland Park. Com capacidade para 6.900 pessoas, o local é palco de apresentações artísticas ao ar livre.
A cerca de 5 km de Downtown, o Shelby Park, também às margens do Rio Cumberland, é uma área verde bem maior e bastante diversificada em atividades, com campos de beisebol e de golfe.
Uma das grande atrações do Shelby Park são os passeios de SUP (stand up paddle) e caiaque oferecidos por empresas locais nos meses mais quentes.
⭐ Fort Nashborough
170 1st Avenue North
Entrada gratuitaA origem de Nashville é o forte construído às margens do Rio Cumberland, em 1779, por caçadores de peles que exploravam a região.
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A réplica do Nashborough Fort foi construída na década de 30 |
É claro que a construção de madeira não resistiu ao tempo. Nos anos 30 do século passado, foi construída essa réplica do Fort Nashborough, numa localização bem próxima do sítio original.
O “novo” forte fica no trechinho do Riverfront Park chamado de Bicentennial Park.
O “novo” forte fica no trechinho do Riverfront Park chamado de Bicentennial Park.
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O encontro entre indígenas e europeus é romantizado neste monumento na área do Fort Nashborough |
A visitinha ao Fort Nashborough é rápida e placas informativas lembram um pouco da história da cidade.
O forte também dá uma ideia de como eram essa construções do início da colonização europeia nos EUA.
Para conhecer melhor a história do forte e da fundação de Nashville, vale contratar uma visita guiada.
⭐Ponte de Pedestres John Seigenthaler
Além de ter sua própria Broadway, Nashville também tem a sua versão do High Line Park, uma das novas atrações queridinhas de Nova York.
Na capital do Country, esse “parque suspenso” é a John Seigenthaler Pedestrian Bridge, com quase um quilômetro de extensão (960 metros, para assegurar a precisão jornalística 😀), mirantes, banquinhos, vista privilegiadíssima para Downtown e o Rio Cumberland e um visual muito fotogênico, especialmente à noite, com sua iluminação colorida.
O forte também dá uma ideia de como eram essa construções do início da colonização europeia nos EUA.
Para conhecer melhor a história do forte e da fundação de Nashville, vale contratar uma visita guiada.
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A "High Line de Nashville" |
Além de ter sua própria Broadway, Nashville também tem a sua versão do High Line Park, uma das novas atrações queridinhas de Nova York.
Na capital do Country, esse “parque suspenso” é a John Seigenthaler Pedestrian Bridge, com quase um quilômetro de extensão (960 metros, para assegurar a precisão jornalística 😀), mirantes, banquinhos, vista privilegiadíssima para Downtown e o Rio Cumberland e um visual muito fotogênico, especialmente à noite, com sua iluminação colorida.
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Os mirantes com banquinhos ao longo da ponte são ótimos para pausas contemplativas |
Construída no início do Século 20, ela chegou aos anos 90 cansada de guerra. Com a estrutura condenada para o tráfego de automóveis, a ponte foi fechada em 1998.
Mas, do mesmo modo que a High Line foi salva para por pressão da população, Nashville decidiu resgatar a ponte como uma área de lazer.
O resultado é muito bonito, não só pela paisagem que se descortina do alto da John Seigenthaler Bridge, mas pela ponte em si.
Ao salvar a ponte, Nashville consolidou seu maior cartão postal.
Além de bonita demais, a bichinha é super acessível: conta com elevadores, rampas e escadarias — dá para economizar as canelas do percurso das cabeceiras da ponte até seu vão central, onde ficam os melhores mirantes, acomodados em “varandas” com banquinhos confortáveis.
A John Seigenthaler Bridge tem também uma faixa para bicicletas.
Em Downtown, a cabeceira da ponte fica na altura de Simphony Place (em frente ao Schermerhorn Simphony Center).
Na outra ponta, na margem Oeste do Rio Cumberland, a ponte chega a uma pracinha bem simpática e verde.
John Seigenthaler, que batiza a ponte reformada, foi um jornalista de Nashville com participação ativa no Movimento pelos Direitos Civis, nos anos 60, e incansável nas denúncias sobre as atividades criminosas da organização racista Ku Klux Klan.
➡️ Meu roteiro musical nos EUA
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A ponte é um grande lugar para fotografar Nashville |
A John Seigenthaler Bridge tem também uma faixa para bicicletas.
Em Downtown, a cabeceira da ponte fica na altura de Simphony Place (em frente ao Schermerhorn Simphony Center).
Na outra ponta, na margem Oeste do Rio Cumberland, a ponte chega a uma pracinha bem simpática e verde.
John Seigenthaler, que batiza a ponte reformada, foi um jornalista de Nashville com participação ativa no Movimento pelos Direitos Civis, nos anos 60, e incansável nas denúncias sobre as atividades criminosas da organização racista Ku Klux Klan.
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Ótimo post! Parabéns!
ResponderExcluirNashville também nunca esteve no meu roteiro dos sonhos, mas o country de lá (e sua influência) sempre me chamaram atenção
Agora, com essas dicas, tenho mesmo q dar uma passada em Nashville rs
Obrigada, Rodolfo :)
ExcluirNashville é uma cidade pra a gente se esbaldar com todo tipo de música. Acho que vc vai curtir :)
Oi, Cyntia. Tudo bem? :)
ResponderExcluirSeu post foi selecionado para o #linkódromo, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Bóia – Natalie
Massa, Natalie, obrigada :)
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