27 de maio de 2015

Hospedagem no Rio de Janeiro - Copacabana

Bairro de Copacabana, Rio de Janeiro
Hospedagem em Copacabana: o dia começa e termina com muita beleza
Atualizado em agosto de 2019

Música deste post: Copacabana, Dick Farney

Quando se fala de hospedagem no Rio de Janeiro, Copacabana é um clássico. Mas um clássico com prós e contras.

A favor do bairro mais cantado do Rio estão as ofertas de serviços, entretenimento, transporte (o bairro tem nada menos que três estações de metrô) e, claro, a Praia de Copacabana, uma verdadeira universidade do hedonismo.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
4 quilômetros de praia e fragatas no céu: 2x0 pra Copacabana
Na coluna do contra estão os preços das diárias dos hotéis de Copacabana — tem muita acomodação mambembe cobrando caro pela localização — e a pegada excessivamente turística do bairro, que pode resvalar para o clichê e também atrai os predadores de turistas.

Minha relação com Copacabana é meio dúbia: adoro as memórias do bairro onde morei na infância e tenho imensa simpatia pela cultura de beira-mar cultivada naquele pedaço de litoral, mas não voltaria a morar lá. Como turista, porém, guardo ótimas experiências como hóspede de Copa.

Veja minhas dicas para aproveitar o melhor da hospedagem no Rio de Janeiro em Copacabana:


Hospedagem no Rio de Janeiro - Copacabana

Terraço do Hotel Regente Copacabana, Rio de Janeiro
Terraço do Hotel Regente, na Avenida Atlântica: em maio, dá pra cacifar essa vista. Já no verão...
➡️ O preço da hospedagem em Copacabana
O Rio de Janeiro tem a hotelaria mais cara do Brasil. Copacabana, bairro menos chique, é mais em conta do que Ipanema ou o Leblon. Mas se você fizer questão de ficar à beira-mar, é bom saber que os hotéis da Avenida Atlântica também cobram diárias salgadas.

Na hora de escolher hospedagem no Rio de Janeiro, lembre-se: de março a setembro o preço das diárias dos hotéis do Rio ficam muito mais pagáveis, comparados aos caminhões de dinheiro cobrados pelos hotéis nos meses de verão.

Calçadão da Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro
Calçadão de Copacabana: um programa para qualquer dia do ano
As viagens na baixa temporada permitem apostar em acomodações mais confortáveis em Copacabana, na beira da praia e com o grande bônus que é acordar com vista para o mar, de cara para as montanhas e as curvas do litoral mais bonito do Brasil.

Em uma viagem feita em maio/2015, por exemplo, aproveitei a baixa no preço das diárias para ficar em um hotel tradicional da Avenida Atlântica, o Hotel Regente Copacabana (que agora se chama Grand Mercure Rio de Janeiro Regente), no Posto 5, que tem um terraço com inenarrável vista para o mar.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Os hotéis da Avenida Atlântica costumam manter uma estrutura de praia para os hóspedes. Os guarda-sóis branquinhos que você vê na foto, por exemplo, são do Hotel Regente
Nas viagens ao Rio no verão, porém, minhas eventuais estadias no bairro ficam mais distantes da orla marítima. 

Tive uma boa experiência de hospedagem em Copacabana no Hotel Atlântico Rio, com preços razoáveis (R$ 300 a diária para ocupação single ou double) quando fui ver o show dos Rolling Stones, em fevereiro/2016. 

fachada e o apartamento do Hotel Atlântico Copacabana
A fachada e o apartamento do Hotel Atlântico Copacabana
Esse hotel fica na Rua Xavier da Silveira, no Posto 5, a cinco quadras da praia, a menos de 50 metros da Estação do Metrô Cantagalo.

Em geral, porém, quando a viagem é no verão eu escolho hospedagem no Rio de Janeiro em bairros menos turísticos, para fugir das diárias inflacionadas.

O pedaço mais legal de Copacabana é o Posto 6. É onde a maré é mais mansa, graças à curva da praia onde está o Forte de Copacabana, e o clima é mais charmoso.

Também conta pontos para o Posto 6 a distância curta da Praia do Arpoador, que é a minha favorita no Rio — junto com o Bessa, em João Pessoa, e o Porto da Barra, em Salvador, o Arpoador é a rainha das praias urbanas do Brasil, na modesta opinião desta blogueira criada à beira-mar.

A hospedagem no Rio de Janeiro em Copacabana é sempre mais legal no trecho do Posto 6 ao Posto 5. Mas não deixe de examinar as opções mais ao Norte, na direção do Leme.

Posto 5, Avenida Atlântica, Copacabana, Rio de Janeiro
Os postos de salva-vidas servem de referência e oferecem vários serviços aos banhistas. O Posto 5, por exemplo, tem lockers pra quem quiser guardar a bolsa antes do mergulho
➡️ Os postos de Copacabana
Se tem uma coisa que denuncia de cara a cidadania carioca de alguém é dar um endereço citando os postos de Copacabana. Eu, por exemplo, morei nas ruas Xavier da Silveira e na Santa Clara, mas sempre digo que morei no Posto 5 e no Posto 4.

Essa referência remete aos cinco postos de salva-vidas da Praia de Copacabana (do Posto 2 ao Posto 6. O Posto 1 fica no Leme).

A lista de postos de salva-vidas prossegue pela Orla do Rio na direção do Leblon, mas fora o Posto 9, em Ipanema, que marca um trecho badaladíssimo de praia, eles perdem a força como referência geográfica.  

Os postos das praias da Zona Sul do Rio são muito mais do que base para os salva-vidas. Suas instalações contam com banheiros públicos, armários para aluguel, caixas eletrônicos e outros serviços. Saiba mais: Praia de Copacabana - o mergulho democrático.

Vista da praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Copacabana nasceu como bairro quando o banho de mar entrou na moda
➡️Segurança em Copacabana
Sim, Copacabana é uma área que exige atenção à segurança. Sempre fervilhando de turistas—coisa que atrai malandros em qualquer quadrante do mundo — Copa é um bairro onde todas as bobeiras devem ser evitadas.

Siga as regras básicas de segurança: não descuide de seus pertences, evite exibir chamarizes para trombadões e trombadinhas — joias, relógios caros, celulares — e não se arrisque por ruas desertas à noite, especialmente se estiver viajando sozinha.

Eu frequento Copacabana desde que me entendo por gente e jamais tive qualquer problema de segurança no bairro. Até porque Copa tem uma vantagem: o frenético movimento, a qualquer hora do dia e da noite — gente na rua é sempre a proteção mais eficaz.

Orla de Copacabana vista do Forte de Copacabana
Uma das grandes cenas do Rio de Janeiro é Copacabana começando a acender as luzes, ao cair da noite. O Forte de Copacabana é o camarote perfeito pra ver esse show diário 
➡️Dicas de segurança em Copacabana
Evite sempre exibir o kit turista – câmera fotográfica pendurada no pescoço, mapas e guias de viagem à mostra, camiseta tipo I love Rio, chapéus e bonés temáticos e outros adereços que denunciem sua condição de visitante...

➡️ Uma bolsa tipo carteiro, carregada na frente do corpo e com a alça traspassada funciona muito melhor que uma mochila tipo day pack.

➡️ À noite, prefira circular de táxi ou de Uber — e não fique de bobeira na calçada, com o celular na mão, esperando a condução.

➡️ De dia e no início da noite, prefira usar o metrô (ou VLT, onde possível). Na minha última temporada morando no Rio de Janeiro (dois anos, entre 2009 e 2011), só peguei ônibus umas quatro vezes. Morro de medo de andar de ônibus na cidade, por causa dos assaltos.

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Só leve para a praia o mínimo indispensável
➡️ Na praia, prefira usar uma bolsa tipo “saco”, daquelas que você puxa as cordinhas para fechar, e deixe-a sempre amarrada à cadeirinha de praia ou ao guarda-sol. 

➡️ Leve para as areias apenas o indispensável. Se não tiver jeito, tranque tudo o que não vai precisar usar na areia em um locker de um posto de salva-vida.

➡️ Eu costumo levar para praia (qualquer praia, em qualquer lugar do mundo) apenas algum dinheiro e um documento, guardados numa espécie de carteira à prova d’água (compre em lojas ou sites especializados em equipamentos de mergulho, é baratinha) que me acompanha no banho de mar. O mesmo acontece com o celular, que tem capinha à prova d’água e mergulha comigo. 

Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Areias de Copacabana: sucesso desde o Século 19
➡️ Copacabana, um clássico de praia
Copacabana pode até ser difícil de pronunciar, mas é uma das primeiras palavras que vêm à boca dos estrangeiros quando o assunto é Brasil. 

Não é pra menos: a Princesinha do Mar é um clássico de praia, quase sinônimo de vida despreocupada à beira-mar — com o lado real e o lado ilusório de todo clichê.

A antiga Praia de Sacopenapã mudou de nome em homenagem à Copacabana da Bolívia, quando ganhou uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Copacabana, santa veneradíssima na região do Lago Titicaca. A igrejinha do Século 17 não existe mais: foi demolida para dar lugar ao Forte de Copacabana.

Quiosque na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Cansou da areia? A Orla de Copacabana tem quiosques onde dá pra bebericar, petiscar e até fazer uma refeição completa 
Afastada do núcleo original da povoação do Rio de Janeiro, em torno do Morro do Castelo (que também foi demolido e corresponde à área do Centro do Rio, no entorno da Cinelândia), Copacabana começou a entrar no mapa dos cariocas exatamente quando entraram em moda os banhos de mar, no final do Século 19.

O bom clima, a chegada dos bondes e a inauguração da Avenida Atlântica, em 1906, começaram a atrair moradores para Copacabana, que até os anos 50 era o endereço mais cobiçado do Rio.

Calçadão de Copacabana, Rio de Janeiro

Em décadas mais recentes, o bairro deu uma declinada sensível, mas nada tira o charme de Copacabana — nem o movimento dia e noite, a vastíssima oferta de serviços, nem a praia, claro, seu eterno trunfo.


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