Todos os dias de manhã, a Avenida do Cabo Branco, em João Pessoa, é exclusiva para pedestres |
Esqueça o relógio, o noticiário e a previsão do tempo. Em João Pessoa, a única informação essencial à plena felicidade está na tábua das marés. A primeira coisa que a gente nota nos pessoenses é que todos (mesmo os mais insuspeitos) parecem saber exatamente a hora da preamar e da baixamar.
Primeiro, por motivos práticos: os passeios aos recifes de corais do Picãozinho e ao banco de Areia Vermelha só podem ser feitos na maré baixa.
Segundo, por puro deleite: João Pessoa, bonita até debaixo de chuva, ganha um encanto todo especial quando o mar recua e ganha aquele tom de verde cristalino que só é possível no Litoral do Nordeste. Na maré baixa, o mergulho dá de dez em qualquer Caribe.
João Pessoa tem as melhores praias urbanas do Nordeste |
Mais bonita, limpa, bem cuidada, com a orla muito preservada, livre daqueles pequenos horrores que se costuma plantar à beira mar em nome do progresso, João Pessoa é um senhor destino turístico, ate porque ela é dona das melhores praias urbanas do Brasil.
Veja minhas como aproveitar a cidade:
Dicas de João Pessoa
➡️ Uma temporada de praia em João Pessoa
Bastam uma calçada, coqueiros, muita vegetação nativa e meia dúzia de quiosques: João Pessoa parece obstinada em provar que, quando o assunto é praia, menos será sempre muito mais.
Há duas décadas, o debate sobre a verticalização da orla de João Pessoa, suposta saída para “atrair investimentos”, já mobilizava a capital paraibana.
O conceito de cidade para se viver contrapunha-se ao de cidade para inglês ver (que matou Salvador, por exemplo) e vem ganhando a parada, desde então — afinal, os turistas vêm e vão, como as marés.
A cidade está colhendo os frutos de não ter embarcado na euforia da massificação do turismo, tentação que tirou metade da graça de lugares como Salvador, Maceió e Natal.
Com seus pouco mais de 700 mil habitantes, “Jampa” tem toda a infraestrutura para quem não pode ou não quer abrir mão dos confortos urbanos, aliada à cordialidade e ao sossego dos destinos de praia que requerem deslocamentos mais longos e trabalhosos.
Com seus pouco mais de 700 mil habitantes, “Jampa” tem toda a infraestrutura para quem não pode ou não quer abrir mão dos confortos urbanos, aliada à cordialidade e ao sossego dos destinos de praia que requerem deslocamentos mais longos e trabalhosos.
A Avenida Cabo Branco, à sombra da falésia, leva até a Ponta do Seixas, o ponto mais oriental do Brasil |
De mansinho, com seu jeito de beira mar de antigamente, a pouco badalada João Pessoa vai virando o “Nordeste do futuro”: destino perfeito para o viajante mais relaxado, sem o apego aos programas-clichê que fazem de cada jornada uma gincana — apesar do esforço das agências em badalar o tal pôr do sol no Jacaré, ao som do Bolero de Ravel...
O cuidado em ser “um lugar para se viver” está por toda parte — os arranha-céus estão proibidos na orla, a avenida à beira mar é fechada aos carros, todos os dias das 5 às 8 da manhã.
O que Jampa talvez não soubesse é que essa opção acabou sendo muito generosa também com os de fora. Sem as afetações que desgastam os destinos turísticos, esse é um lugar para se voltar sempre — aliás, como as marés...
O que Jampa talvez não soubesse é que essa opção acabou sendo muito generosa também com os de fora. Sem as afetações que desgastam os destinos turísticos, esse é um lugar para se voltar sempre — aliás, como as marés...
Quando me hospedei no Hotel Nord Class Cabo Branco ele estava recém inaugurado |
Hospedagem em João Pessoa
Hotel Nord Class Cabo Branco
Avenida Cabo Branco n° 4560. Diárias na suíte dupla, com varanda, a partir de R$ 390
Localizado no finalzinho da avenida, no caminho para a Ponta do Seixas, o Hotel Nord Class Cabo Branco fica em um trecho bem sossegado da orla, em frente a um praião de babar.
Fiquei num apartamento com varanda, de frente para o mar, com uma vista espetacular da cidade: dá para contemplar toda a orla, até Cabedelo.
O calçadão para passear à tardinha |
A suíte com varanda que escolhi é bem grande, com um sofá cama na saleta, frigobar, TV LCD, ar condicionado geladinho... Mas eu nem liguei muito para qualquer coisa que não fosse o visual maravilhoso para o mar verdinho.
A piscina, no terraço do hotel, tem uma senhora vista para a cidade.
Meu apartamento tinha quarto, varanda e saleta |
O que fazer em João Pessoa
Como já disse, João Pessoa tem as melhores praias urbanas do Brasil. Bonitas, gostosas, em boas condições de balneabilidade e com uma infraestrutura que não ofende a natureza, mas garante o mínimo de conforto ao banhista.
Muito mais que em qualquer outra capital do Nordeste, ir à praia em João Pessoa é a coisa mais fácil do mundo. Não precisa ficar escolhendo, preocupada se tem boca de esgoto, muvuca ou algum trecho de mar violento.
Da Ponta do Seixas a Camboinha, já no município de Cabedelo, são cerca de 30 quilômetros, margeando um mar muito verde e manso, graças às barreiras de coral que protegem esse trecho de litoral. Dá a sensação de que basta atravessar a rua (qualquer rua) e cair no reino de Netuno.
Tambaú, Bessa e Cabo Branco são as melhores, na cara do gol e acessíveis com transporte público, com o mar morno e cristalino sempre ao alcance da mão.
A praia do Cabo Branco é a mais bonita, pelo efeito dramático da falésia (o cabo), mas acho que no quesito banho de mar o Bessa é mais bacana. No Bessa, também, a infra das barracas é mais sofisticada, até pela oferta de barracas e pelo climão caribenho.
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