Copiada, reproduzida, estampada em camisetas, posteres, cadernos e quinquilharias várias pelo mundo a fora, a arte de Frida Kahlo é consumida e facilmente reconhecível por qualquer pessoa em contato com a cultura pop.
Mas só vendo a arte de Frida Kahlo ao vivo, cara a cara, pra se ter uma ideia do quão genial foi essa mulher, o maior ícone das artes plásticas do México, um país que não economiza gênios, especialmente a partir do período Modernista.
A vida tem sido boa comigo: além de vez por outra me encontrar com trabalhos de Frida Kahlo em museus (os melhores do mundo fazem questão de ter exemplares de sua arte), já visitei a Casa Azul, na Cidade do México, onde ele viveu e trabalhou (a casa é uma obra que saiu da imaginação da pintora) e pude ver algumas exposições especiais destacando o gênio de Frida.
Mas só vendo a arte de Frida Kahlo ao vivo, cara a cara, pra se ter uma ideia do quão genial foi essa mulher, o maior ícone das artes plásticas do México, um país que não economiza gênios, especialmente a partir do período Modernista.
A vida tem sido boa comigo: além de vez por outra me encontrar com trabalhos de Frida Kahlo em museus (os melhores do mundo fazem questão de ter exemplares de sua arte), já visitei a Casa Azul, na Cidade do México, onde ele viveu e trabalhou (a casa é uma obra que saiu da imaginação da pintora) e pude ver algumas exposições especiais destacando o gênio de Frida.
Diego e Frida pintados pela artista |
Autorretrato com Macacos e Autorretrato como Tehuana (também conhecida como Diego em Meu Pensamento), ambos de 1943 |
Uma dessas grandes oportunidades foi a exposição Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México, que passou por Brasília em abril de 2016.
A mostra reuniu obras de 15 artistas, 15 mulheres engajadas, inspiradas e talentosas que se encontraram na expressão surrealista, na investigação e na experimentação artística, sempre sorvendo os sopros que vinham da luz cores e tradições do México.
Frida Kahlo era o elo que interligava essas artistas — algumas delas realmente fantásticas, como as pintoras Maria Izquierdo, Leonora Carrington e a fotógrafa Kati Horna (as duas últimas, mexicanas “adotivas”, pois uma era inglesa e a outra, húngara).
Uma esquina da arte imitando a vida: o famoso Autorretrato com Macacos, de Frida, encontra uma obra de Leonora Carrington |
Frida: Autorretrato com Trança (1941) e Retrato
de uma Mulher de Branco (1929) |
A mostra trouxe a Brasília cerca de 100 obras, entre elas 20 telas de Frida — além de trabalhos em outras técnicas — que dificilmente a gente vai ter a chance de ver reunidas outra vez, já que pertencem a colecionadores privados e instituições espalhadas pelo mundo.
Além do prazer de ficar cara a cara com o trabalho de Frida Kalo, adorei a chance de conhecer a arte de suas contemporâneas surrealistas, de quem fiquei fã.
Naturezas mortas: no alto, Coração Egoísta, de Olga
Costa. Acima, A Noiva que se Espanta ao Ver a Vida Aberta, de Frida |
Frida Kahlo tinha tudo para ser uma figura trágica, por sua luta para reconstruir e superar seu corpo dilacerado por um acidente de bonde, sofrido na juventude.
A dor é uma presença concreta na vida e na arte de Frida Kahlo, mas ela foi fundamentalmente uma artista cheia de paixão. Uma militante, uma revolucionária e uma feminista.
Frida: Autorretrato com Cama - a representação da maternidade impossível? À direita, Colagem com Duas Moscas |
Leia também: A Casa Azul - o Museu Frida Kahlo, na Cidade do México
Sobre outra grande mostra da arte de Frida Kahlo e seus contemporâneos modernistas mexicanos:
Palácio Nacional de Bellas Artes - a magia da arte mexicana
Trajes tradicionais mexicanos usados por Frida Kahlo |
Nesses tempos difíceis, é alentador contemplar a pequena revolução que Frida e suas contemporâneas construíram no século passado.
Obras de mulheres livres, expostas a pouco mais de 2 km da Câmara dos Deputados, onde, ainda na véspera da minha visita à mostra, um deputado fundamentalista afirmava que “mulheres de verdade não querem ser empoderadas, mas amadas”.
No alto, Autorretrato, de Rosa Rolanda. Acima, fotos de
Kati Horna e a tela Três Mulheres e Corvos, de Leonora Carrington |
Brasília na Fragata Surprise
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