Atualizado em agosto de 2019
Londres me deixa saltitante de felicidade só de pensar nela. Bonita, animada, plural e sempre vanguardeira, essa cidade irresistível é muito mais fácil do que os preços, o clima enfarruscado e a aparente formalidade britânica sugerem.
Chegando aos 9 milhões de habitantes — gente de todos os cantos do planeta —, Londres tem rigorosamente tudo que a gente busca em um destino turístico. E é muito mais fácil de explorar do que parece, à primeira vista.
Adoro os contrastes arquitetônicos de Londres. Na imagem, um
edifício georgiano e as linhas modernas do City of London Information Centre,
no Jardim de Carter Lane |
As dicas práticas de Londres que reuni aqui vão ajudar a sua aproximação com a cidade.
Como ir do Aeroporto de Heathrow ao Centro de Londres, como usar o ótimo transporte público da capital britânica, qual a melhor região para hospedagem em Londres, onde e como comprar chip de internet e o clima a cada estação são algumas das dicas práticas de Londres que você vai encontrar neste post.
Assim, fica mais fácil aproveitar a a vibração londrina, seus mais de mil anos de história, museus fantásticos (e os melhores são gratuitos!), passeios bucólicos em meio ao burburinho urbano, gastronomia, espetáculos teatrais e tribos várias...
Inaugurada no 1º dia do ano 2000, a Roda Gigante London Eye
virou um cartão postal instantâneo de Londres. Desde então, é um ponto
turístico concorridíssimo |
Dicas práticas de Londres
Como ir do Aeroporto de Heathrow ao Centro de Londres
Chegar de avião a Londres é sempre sinônimo de um deslocamento longo até a cidade, mas também não é nada desesperador.
O Aeroporto de Heathrow está a cerca de 30 km do Centro de Londres. O Aeroporto de Gatwick fica a quase 50 km de distância da cidade. O trajeto do Aeroporto de Luton até a área central de Londres é de 54 km e o Aeroporto de Stansted fica ainda mais longe: 61 km.
Chegar de avião a Londres é sempre sinônimo de um deslocamento longo até a cidade, mas também não é nada desesperador.
O Aeroporto de Heathrow está a cerca de 30 km do Centro de Londres. O Aeroporto de Gatwick fica a quase 50 km de distância da cidade. O trajeto do Aeroporto de Luton até a área central de Londres é de 54 km e o Aeroporto de Stansted fica ainda mais longe: 61 km.
A Torre de Londres começou a ser construída pelos normandos,
que conquistaram a Inglaterra no Século 11 |
Geralmente, os voos do Brasil para Londres pousam no Aeroporto de Heathrow, super bem conectado com a cidade por trem, metrô e ônibus.
Muita gente que está indo a Londres pela primeira vez se preocupa se vai “acertar” chegar ao centro da cidade de transporte público. Mas quem consegue ir de Cumbica ao Centro de São Paulo tira qualquer outro desafio de letra 😊.
Picadilly Circus, porta de entrada do bairro dos teatros de
Londres |
Esse é o jeito mais rápido de ir do aeroporto ao Centro de Londres. O Heathrow Express é um trem expresso (sem paradas) que cobre o trajeto do aeroporto à Estação de Paddington em 15 minutos.
Paddington fica a uma distância muito confortável de bairros como Kensington e Bayswater, áreas meio favoritas quando se trata de hospedagem em Londres. A estação de Padington está conectada ao Metrô de Londres, o que facilita muito seu deslocamento de lá até seu alojamento.
A passagem do Heathrow Express custa ₤25. Comprando o bilhete ida e volta, o pacote fica em £37.
➡️ Trens comuns do Aeroporto de Heathrow para o Centro de Londres
Paddington fica a uma distância muito confortável de bairros como Kensington e Bayswater, áreas meio favoritas quando se trata de hospedagem em Londres. A estação de Padington está conectada ao Metrô de Londres, o que facilita muito seu deslocamento de lá até seu alojamento.
A passagem do Heathrow Express custa ₤25. Comprando o bilhete ida e volta, o pacote fica em £37.
➡️ Trens comuns do Aeroporto de Heathrow para o Centro de Londres
Se quiser economizar (quem não quer, ainda mais em libra 😀) pegue um trem comum. O tempo de viagem vai dobrar, mas a tarifa fica entre ₤10 e ₤15. Consulte o site Trainline para ver preços, horários e comprar o bilhete com antecedência.
Estação de Metrô de Lancaster Gate, do lado do meu hotel |
É sempre melhor escolher hospedagem em Londres perto de uma estação de metrô. O Tube, portanto, costuma ser minha opção para ir do Aeroporto até meu hotel.
Pra você ter uma ideia, a viagem de metrô entre o Aeroporto de Heathrow e o bairro de Kensington (estação Kensington High Street), por exemplo, leva cerca de 45 minutos.
Tradicionalmente, os táxis de Londres eram pretos. Agora,
ganharam as cores dos adesivos publicitários e ficaram menos circunspectos |
Com o Oyster Card, a tarifa fica em £5,10 nos horários de pico (das 6:30h às 9:30h nos dias de semana) ou em £3,10 no resto do dia.
A parte chata de usar o metrô do aeroporto para o Centro de Londres é carregar a malas, pois nem todas as estações de metrô de Londres têm escadas rolantes. A Estação de Kensington High Street (minha estação, em 2013), por exemplo, não tem. Como eu viajo leve, isso não chega a ser um drama.
A parte chata de usar o metrô do aeroporto para o Centro de Londres é carregar a malas, pois nem todas as estações de metrô de Londres têm escadas rolantes. A Estação de Kensington High Street (minha estação, em 2013), por exemplo, não tem. Como eu viajo leve, isso não chega a ser um drama.
Em Londres, prefiro usar o metrô (no alto), mas reconheço
que os vermelhinhos são mais fotogênicos. Acima, a Ponte de Londres (em primeiro plano) e a Ponte de Southwark, mais ao fundo |
Em Londres, se não der para ir a pé, eu vou de metrô. O Tube (como os londrinos chamam o metrô) é a melhor maneira de circular pela cidade para quem é visitante: basta olhar o mapa e definir o trajeto.
Os ônibus vermelhos de Londres, geralmente com dois andares, são super eficientes — além de serem um cartão postal da cidade, como o Big Ben e as cabines telefônicas.
Mas usar o metrô é muito mais fácil do que ficar tentando decifrar o itinerário das linhas de ônibus.
O Oyster Card é seu amigo... |
➡️ Faça um Oyster Card. Depois que você desvenda os mistérios cabalísticos do cartão de transporte público de Londres, vai entender que ele é seu grande amigo.
Você compra o Oyster Card em qualquer guichê de transporte público por £5 e carrega com o valor que quiser.
Eu adorei usar o transporte aquático em Londres. No alto,
um ancoradouro no Tâmisa bem na porta do Teatro de Shakespeare, The Globe.
Acima, um barco singra o Regent's Canal, entre Little Venice e
Camden Town |
Seu Oyster Card precisa ser lido pelas catracas na entrada e na saída das estações de metrô.
O sistema é inteligente e se encarrega de calcular a menor tarifa, de modo que seu gasto diário nunca ultrapasse o valor do passe para um dia de uso.
➡️ Nem pense em não ter o seu Oyster Card: o bilhete unitário para circular pelas áreas centrais de Londres, se você for pagar na bilheteria, vai custar £4,90.
Com o cartão, essa mesma viagem sai por £2.40, fora da hora do rush. Nos horários de pico (de segunda a sexta, das 6:30h às 9:30h e das 16h às 19h), a tarifa do Tube, com o Oyster Card, é de £2.9.
➡️ O Oyster Card é aceito em todo o transporte público de Londres e assegura descontos nos barcos regulares do Tâmisa. Leia mais sobre o Oyster Card aqui neste post.
O relevo de Londres é bem amigável ao pedal |
➡️Aluguel de bicicletas em Londres
Londres é uma cidade (quase) plana e convidativa aos passeios de bicicleta.
Recentemente, a capital britânica passou a contar com um sistema público de aluguel de magrelas no esquema que faz sucesso em um monte de cidade: você retira a bike em uma estação e devolve em outra, pagando pelo tempo de utilização.
O sistema de bicicletas compartilhadas de Londres funciona 24 horas e tem 750 estações. Para usá-lo, é preciso ter um cartão de crédito e baixar o aplicativo.
O sistema de bicicletas compartilhadas de Londres funciona 24 horas e tem 750 estações. Para usá-lo, é preciso ter um cartão de crédito e baixar o aplicativo.
Em alguns parques de Londres, como os Kensington Gardens, há apenas algumas áreas delimitadas para o uso de bicicletas. Fique atenta à sinalização |
➡️ Só uma dica: em várias áreas dos parques de Londres é proibido pedalar.
O clima em Londres
Toró em Picadilly Circus (no alto) e nos Kensington Gardens: Londres é mais chegada à garoa do que ao temporal, mas é bom ter sempre um guarda-chuva quando estiver por lá |
O clima em Londres
Até hoje, só estive em Londres no verão. Nas duas últimas visitas (agosto de 2013 e agosto de 2014), encontrei duas cidades completamente diferentes.
Em 2013, os dias estavam lindíssimos, com um céu azul que nunca imaginei que desse as caras por lá e temperaturas que chegavam aos 26°C.
Em 2013, os dias estavam lindíssimos, com um céu azul que nunca imaginei que desse as caras por lá e temperaturas que chegavam aos 26°C.
Não é lenda urbana: eu vi e registrei céus muito azuis em
Londres. No alto, Tower Bridge. Acima, a Millenium Bridge e a galeria Tate
Modern |
À noite, esfriava um pouquinho e cheguei a usar casaquinhos leves.
Em 2014, o verão de Londres ficou devendo: choveu uma barbaridade e as temperaturas máximas mal encostavam nos 20°C.
Dois agostos em Londres: muita chuva em 2014, dias lindos em
2013. Nas imagens, a cidade vista de uma gaiolinha do London Eye e a estátua de
Winston Churchill próxima ao Parlamento |
➡️ As temperaturas médias do verão londrino ficam na casa dos 20°C — fora as ondas de calor, como a registrada agora, em 2019.
Em qualquer época do ano, é uma boa ideia levar uma capa de chuva na bagagem, assim como um calçado que não fique encharcado na primeira poça d’água que você pisar e um bom agasalho.
Internet em Londres
Por £20, comprei um chip de celular da Vodafone, com 1 Giga no pacote de dados (tinha franquia de chamadas, também, mas eu já sou uma negação para telefonar para as pessoas na vida normal, imaginem viajando...).
Em uma cidade instigante como Londres, a tentação do Instagram é permanente |
Combinando com o WiFi do hotel e dos pubs e restaurantes, a carga do meu chip Vodafone deu para toda a minha estada no Reino Unido.
Foi o suficiente para acessar as redes, postar fotos — numa bela velocidade — e usar mapas e aplicativos úteis em viagens. Além de Londres e Liverpool, também estivemos na Irlanda do Norte.
Gostei muito mais do serviço da Vodafone que do da Lebara, que usei em 2013 (£25 por um pacote similar), que toda hora caía e me obrigava a reconfigurar a rede.
Mesmo que você seja do tipo (saudável) que esquece as redes sociais quando está de férias, eu super recomendo a compra de chips locais quando for ficar um tempinho maior em um país.
A internet oferece recursos fantásticos para os viajantes (dica de transporte, de restaurantes, mapas, sugestões de passeios) e é ótimo poder se conectar a qualquer momento, sem depender de lugares que ofereçam WiFi.
Hospedagem em Londres
Se eu puder escolher o bairro onde mais me agrada ficar hospedada em Londres, meu voto vai para Kensington.
Adorei ser vizinha dos Kensington Gardens e da charmosa arquitetura do bairro |
Kensington é central, muito bem servido de transporte público, restaurantes e atrações (museus, parques), é um bairro seguro e tem hotéis nas mais diversas faixas de preço.
Não espere nada baraaaaaaato em Kensignton (não espere nada barato em Londres). Mas, com uma boa pesquisa, dá para achar opções de hospedagem pagáveis.
Na viagem de 2013, com o câmbio bem favorável, fiquei em um super hotel em Kensington, o tradicional Royal Garden Hotel.
Um cantinho sossegado do Hyde Park |
Desta vez, porém, a libra estava pela hora da morte e eu mudei a minha vizinhança para Bayswater Road, que é uma área mais em conta, cheia de hotéis e muito procurada pelos turistas que visitam Londres.
Meu hotel era em frente ao Hyde Park, uma boa localização, porque é perto de tudo que interessa. Mas a minha dica é que, se você for se hospedar nessa área, jante antes de ir para o hotel, pois as opções de restaurantes não são nenhuma Brastemp...
Chorus Hotel Hyde Park: quarto feio e sem graça |
➡️ Corus Hotel Hyde Park
1-7 Lancaster Gate (Metrô Lancaster Gate)Sabe quando um hotel promete muito e fica aquém da expectativa? Essa foi a minha sensação com o Corus Hyde Park.
Ele fica a cerca de 100 metros de uma estação do metrô e de uma parada do ônibus para a estação de Euston, naquele trecho da Bayswater Road lotado de hotéis.
Apesar de muito turística, Bayswater "morre" cedo e não é muito fácil conseguir um lugar para jantar nas redondezas, depois da 21 horas.
O Corus Hotel Hyde Park fica em um edifício antigo, mas bem conservado. O atendimento é cortês, embora impessoal. O problema foi o quarto, que parecia muito mais atraente nas imagens postadas na internet.
O verde do Hyde Park é um bom vizinho, mas a região tem poucas opções à noite |
Ao vivo e a cores, porém, o apartamento do Chorus Hotel Hide Park era espartano demais para uma diária de £133.
O quarto tinha duas camas de solteiro, uma arara para roupas e uma mesinha de trabalho. Só.
O banheiro também era bem econômico em espaço (era uma dificuldade encontrar um lugar para as necessaires), embora bem equipado com banheira, secador de cabelos e luzes de maquiagem.
O melhor do hotel era a máquina ATM no lobby de entrada, excelente para sacar dinheiro com segurança. Morri de saudade do Royal Garden, em Kensington, cinco estrelas onde paguei £154 a diária do single, no ano passado (pena que, desta vez, os preços dele estivessem muito mais salgados).
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