A cidade de Mariana é um dos grandes encantos de qualquer roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais. Na foto, a Igreja do Carmo, do Século 18 |
Quando eu criança, achava que Minas era um lugar azul, envolto numa bruma suave e meio dourada. Não adiantava passar por lá todos os janeiros, descendo a Rio-Bahia com a família, a caminho das férias em Amparo (SP), na fazenda dos meus tios.
Na viagem sem pressa, nós sempre cumpríamos um roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais, sempre muito aguardado.
Santuário do Caraça, um antigo colégio interno aninhado
entre as montanhas de Minas Gerais |
Cara a cara, o casario colonial cercado por montanhas das cidades históricas de Minas tinha tanto encanto quanto a visão mágica que se tinha do terreiro da Fazenda Campineiro: quando o sol começava a cair, a gente podia esticar a vista e a imaginação e enxergar um contorno de serra. Era quando alguém dizia: “Lá longe é Minas Gerais”.
Eu revivi esse encantamento repetindo o roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais que costumava fazer com a família, nas férias da infância. E voltei com a alma flutuando.
Veja as dicas:
Cidades históricas: roteiro em Minas Gerais
Minha "fantasia de Minas" aprendida na infância sempre me acompanhou e jamais foi desmentida.
Ela alimenta meu prazer de contemplar o relevo exuberante de Minas Gerais, as janelas dos sobrados e os calçamentos de pedra que ainda me fazem ouvir o cling-clang das rodas das carruagens.
A caminho de Amparo, era lei parar em Ouro Preto, Congonhas ou Mariana, a materialização das fantasias inspiradas por aquela montanha azul e desfocada que eu via no horizonte.
"Oi, Ouro Preto, que saudade!" Olha só a cara de felicidade |
Minas me ensinou a paixão incondicional pelas cidades coloniais, parte essencial da beleza desse nosso continente.
Neste feriadão de Primeiro de Maio, fui rever suas preciosidades setecentistas. Baseada em Belo Horizonte, visitei Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Sabará e o Santuário do Caraça.
Foi uma jornada de reencontro, de ótimas surpresas (BH, por exemplo, está muito bacana) e de certa preocupação com o crescimento desordenado que sufoca o patrimônio histórico de algumas cidades.
Neste feriadão de Primeiro de Maio, fui rever suas preciosidades setecentistas. Baseada em Belo Horizonte, visitei Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Sabará e o Santuário do Caraça.
Foi uma jornada de reencontro, de ótimas surpresas (BH, por exemplo, está muito bacana) e de certa preocupação com o crescimento desordenado que sufoca o patrimônio histórico de algumas cidades.
Fiquei cinco noites em Belo Horizonte, com direito a visitar algumas das minhas atrações favoritas na cidade, como o Mercado Municipal, um autêntico armazém de delícias, e a genial arquitetura da Pampulha, bairro onde Oscar Niemeyer fez seu ensaio geral antes de conceber Brasília. De BH, fiz todos o bate e volta às cidades históricas de Minas.
Se eu tivesse mais tempo, teria programado pelo menos um pernoite em Ouro Preto e outro no Santuário do Caraça. Mas é perfeitamente possível organizar um roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais baseada em Belo Horizonte.
Mas o esquema de passeios bate e volta é fácil e descomplicado para quem quer explorar o belo patrimônio colonial mineiro, se você tem pouco tempo e não quer dirigir sozinha nas estradas cheias de curvas, subidas e descidas.
A viagem de trem de BH a Barão de Cocais, a caminho do caraça, foi um dos grandes momentos do meu roteiro pelas cidades históricas de Minas Gerais |
Minha primeira escapada em bate e volta foi para o Santuário do Caraça, de trem em uma parte do percurso. Viajei no trem Belo Horizonte-Vitória até Barão de Cocais e depois segui de carro para o Caraça, um patrimônio histórico cercado por uma rica reserva florestal.
O Caraça estava na minha lista de desejos há décadas e correspondeu demais às expectativas.
Os 12 profetas esculpidos por Aleijadinho adornam o adro da
Basílica do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas. O conjunto é considerado uma
das obras-primas do Barroco no Brasil |
Meu segundo bate e volta foi feito por conta conta própria: de ônibus, fui ver os Profetas de Aleijadinho em Congonhas do Campo. É uma viagem curta e fácil. Dá pra fazer até em uma manhã ou tarde e vale a pena demais.
Para a terceira escapada, contratei um tour privado com uma agência e fiz bate e volta a Ouro Preto e Mariana e achei. O esquema é bem redondinho. É verdade que fiquei com aquele gostinho de quero mais, porque as duas cidades são lindas e o reencontro com elas foi bem prazeroso. Mas em um dia dá pra ver o essencial.
Dá pra ver o essencial de Ouro Preto em um passeio bate e volta. Mas, se puder, programe um pernoite na cidade |
Veja os posts:
Duas preciosidades de Sabará: o Teatro Municipal (no alto), casa de
ópera de 1819, e a capela barroca de Nossa Senhora do Ó |
Por fim, aproveitei o dia de ir embora de Minas para ver a pequenina Sabará, que fica coladinha a Belo Horizonte e já no caminho para o Aeroporto de Confins. A cidade é preciosa e rende um lindo dia de passeios, com direito a provar a excelente culinária tradicional de Minas Gerais.
As construções da Rua Direita, em Sabará, foram todas decoradas em azul para agradar D. Pedro II. Essa era a cor favorita do imperador, que visitou a cidade em 1881 |
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