O Forte dos Remédios é o grande point para assistir ao pôr do sol em Fernando de Noronha |
Um dia perfeito (e qual deles não é?) em Fernando de Noronha tem hora e lugar para terminar. Quando o sol começa a cair, o melhor lugar para se estar é no Forte dos Remédios, o mais belo camarote da ilha pra se ver o pôr do sol.
O Forte dos Remédios de Fernando de Noronha foi construído no Século 18, ainda no tempo da Colônia, como a principal estrutura de defesa do arquipélago.
A Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, ao longe, enquadrada pelo portal de acesso ao forte |
Dizer que uma fortaleza tem uma tremenda vista para a paisagem é sempre ocioso — ainda que por necessidade estratégica, e não por desejo de contemplação, esse tipo de construção precisa dominar visualmente uma grande porção do território que se destina a defender.
Agora, imagine, um camarote desses voltado para a beleza de Noronha e me diga se eu posso estar exagerando.
Veja as dicas desse mirante para a beleza de Noronha, um passeio imperdível:
Forte dos Remédios, Fernando de Noronha
As praias do Cachorro e da Conceição e o Morro do Pico vistos do Forte dos
Remédios. Lá longe, os Dois Irmãos |
A história do Forte dos Remédios em Fernando de Noronha
O arquipélago de Fernando de Noronha não se contentou em ser bonito. Ele tratou de ter uma história que é puro enredo de filme da Sessão da Tarde (a do meu tempo, pelo, menos).
Aventuras marítimas, corsários, piratas e conquistadores eram figurinhas fáceis naquelas praias onde hoje a gente nada acompanhada por peixinhos e tartarugas.
O primeiro registro do Arquipélago de Fernando de Noronha foi feito pelo geógrafo e navegador Américo Vespúcio em uma expedição pela costa brasileira, realizada entre 1503 e 1504.
O rei de Portugal, senhor daquele pedaço de mundo, parece ter esnobado a porção de terra e rocha vulcânica perdida no Atlântico, a 350 quilômetros do continente.
Talvez porque Fernando de Noronha não disponha de qualquer fonte perene de água potável. Isso tornava o arquipélago pouco útil para um pit stop de reabastecimento das naus que cruzavam o oceano, entre a metrópole e as terras recém descobertas.
Aventuras marítimas, corsários, piratas e conquistadores eram figurinhas fáceis naquelas praias onde hoje a gente nada acompanhada por peixinhos e tartarugas.
O primeiro registro do Arquipélago de Fernando de Noronha foi feito pelo geógrafo e navegador Américo Vespúcio em uma expedição pela costa brasileira, realizada entre 1503 e 1504.
O Forte dos Remédios tinha como função primordial a defesa da Baía de Santo Antônio, principal porto de Fernando de Noronha |
O rei de Portugal, senhor daquele pedaço de mundo, parece ter esnobado a porção de terra e rocha vulcânica perdida no Atlântico, a 350 quilômetros do continente.
Talvez porque Fernando de Noronha não disponha de qualquer fonte perene de água potável. Isso tornava o arquipélago pouco útil para um pit stop de reabastecimento das naus que cruzavam o oceano, entre a metrópole e as terras recém descobertas.
A vila vista do forte: no canto esquerdo, a igrejinha de N.
Sra dos Remédios. Mais ao centro, o Palácio São Miguel, antiga sede do governo
de Fernando de Noronha |
O fato é que Sua Majestade, El Rei D. Manuel, doou o arquipélago ao asturiano Fernão de Loroña, cristão-novo que servia à Coroa Portuguesa. Loroña acabou se transformando em um dos principais exploradores de pau-brasil, no Século 16.
Esse tipo de generosidade estava ao alcance de Portugal e Espanha, senhores do Novo Mundo.
Mas ingleses, franceses e holandeses, que ficaram a ver navios no Tratado de Tordesilhas, não estavam dispensando nem raspas e restos de territórios.
Doação de rei à parte, eles se revezaram em tentativas de conquista do arquipélago de Fernando de Noronha com disciplinada regularidade.
Esse tipo de generosidade estava ao alcance de Portugal e Espanha, senhores do Novo Mundo.
Mas ingleses, franceses e holandeses, que ficaram a ver navios no Tratado de Tordesilhas, não estavam dispensando nem raspas e restos de territórios.
Doação de rei à parte, eles se revezaram em tentativas de conquista do arquipélago de Fernando de Noronha com disciplinada regularidade.
O único acesso ao Forte dos Remédios é por essa trilha
íngreme |
Foi só no Século 18 que os portugueses resolveram acabar de vez com essa dança das cadeiras entre invasores, construindo o imponente Forte de Nossa Senhora dos Remédios e dotando-o de uma guarnição militar permanente para a defesa do arquipélago.
O que ver no Forte dos Remédios
Como baluarte de defesa, o Forte dos Remédios é, possivelmente, o grande responsável por hoje podermos visitar Noronha sem passaporte 😉.
Uma caminhada de 200 metros, ladeira acima, leva o visitante
à entrada do Forte dos Remédios |
A 45 metros de altura, olhar Fernando de Noronha das muralhas do Forte dos Remédios é ter a sensação é de que a alma está voando. Ainda mais ao cair da tarde, quando a gente vê, lá longe, as silhuetas dos morros Dois Irmãos recortadas contra o sol poente.
O bastião principal do Forte dos Remédios |
O Forte dos Remédios é administrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e está aberto ao público, sem limite de horário para a visitação e com entrada gratuita. É uma das belas atrações de Fernando de Noronha e não pode ficar de fora de seu roteiro na ilha.
Como chegar ao Forte dos Remédios
Como chegar ao Forte dos Remédios
No canto direito da parte baixa do largo em frente à Igreja de Nossa Senhora dos Remédios começa a trilha que sobe até o Forte dos Remédios.
Você vai reconhecer o início da trilha pelo corrimão de metal que protege esse trecho da estradinha.
O acesso ao Forte dos Remédios é feito exclusivamente a pé. Prepare as panturrilhas para a caminhada íngreme, sobre o calçamento antigo e bastante irregular.
São apenas 200 metros de subida. Nada que um pouquinho de força não dê conta.
Quando ir ao Forte dos Remédios
Você vai reconhecer o início da trilha pelo corrimão de metal que protege esse trecho da estradinha.
Praça de Armas do Forte dos Remédios está debruçada sobre o
mar |
São apenas 200 metros de subida. Nada que um pouquinho de força não dê conta.
O horário de visita mais concorrido no Forte dos Remédios é o final da tarde, porque a visão do pôr do sol lá no alto é realmente de rasgar a roupa.
As bandeiras do Brasil, de Pernambuco e do Arquipélago
tremulando no bastião principal da fortaleza |
Antiga Casa da Guarda e a rampa de acesso ao bastião |
No final da tarde, você vai ver a Vila dos Remédios, o Morro do Pico e os Dois Irmãos no contraluz. Já as fotos da Baía de Santo Antônio ficarão mais bonitas.
Se tiver tempo, vá ao Forte dos Remédios também de manhãzinha, para fotografar a porção Oeste do Mar de Dentro com uma luz mais favorável.
O que levar na visita ao Forte dos Remédios
Se tiver tempo, vá ao Forte dos Remédios também de manhãzinha, para fotografar a porção Oeste do Mar de Dentro com uma luz mais favorável.
No fim da tarde, você vai encontrar a porção Oeste do Mar de Dentro na contraluz. O ângulo do sol, nesse horário, favorece as fotos da Baía de Santo Antônio (abaixo) |
Quando você for ao Forte dos Remédios, não esqueça o repelente.
Lembre-se, também, que a trilha de acesso não é iluminada. Se for ficar por lá depois do pôr do sol, leve uma lanterna para caminhar com mais segurança na volta.
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