Minha vizinhança em Bolonha era linda |
Adorei a minha escolha de hospedagem em Bolonha: fiquei no coração do Centro Histórico, na área do Ghetto, a dois passos da universidade e das principais atrações da cidade.
O antigo bairro judeu bolonhês tem ruazinhas tortuosas, restaurantes bacanas e é bastante seguro.
Fiquei Hotel Corona D’Oro, um antigo palazzo com ambientes elegantes e quartos aconchegantes na Via Oberdan. Uma "casa longe de casa" com excelente atendimento e preços atraentes.
Veja como foi minha experiência no Hotel Corona d'Oro de Bolonha:
Hospedagem em Bolonha
O pátio interno do hotel, convertido em sala de estar |
⭐Hotel Corona D'Oro
Via Oberdan nº 12 - Centro Histórico
Em funcionamento desde 1890, o Hotel Corona d’Oro é impecável. Daqueles lugares onde a gente se sente em casa do primeiro ao último minuto.
O hotel está instalado em um palazzo histórico com origem no Século 14. O edifício passou por muitas reformas ao longo dos séculos, mas não perdeu a elegância de sua origem, quando era a casa senhorial da família Azzoguidi, que também construiu a segunda torre mais alta ainda de pé na Bolonha.
Olha a minha malinha diante do balcão da recepção |
O maior charme do hotel é seu pátio interno, coberto e convertido numa bela sala de estar. É neste ambiente que, todos os dias, no final da tarde, o Hotel Corona d'Oro convida os hóspedes a bebericar e aproveitar o bufê de aperitivos servidos por conta da casa (só os drinques são cobrados).
Essa happy hour é providencial para uma relaxadinha básica entre os passeios e o jantar.
A origem do edifício é do Século 14, mas hoje predomina o Liberty como estilo decorativo |
O hotel oferece conexão de internet gratuita, a cabo e por WiFi, e empresta bicicletas aos hóspedes. Tem 40 apartamentos.
O atendimento é cordialíssimo e os funcionários fazem questão de ajudar com dicas da cidade, checando horários de trens e atrações e reservando restaurantes.
O quarto é aconchegante e elegante |
Adorei meu apartamento no Corona D'Oro: amplo, iluminado, confortável e com um balcão debruçado para a rua.
Fiquei em um quarto single, com cama de solteiro, mesa de trabalho, poltroninha e armário amplo, com cofre, além da TV, telefone e ar-condicionado/calefação.
A Via Oberdan vista do balcão do meu quarto. O banheiro é amplo e bem equipado |
O kit de toalete oferece produtos de qualidade, à base de óleo de argan (o hidratante foi eficientíssimo. Com o frio seco do inverno em Bolonha, minha pele estava craquelando).
Fui atacada por uma inusual gulodice matinal por causa do café da manhã do hotel |
O café da manhã do hotel é incluído na diária, coisa não muito frequente na Itália. E é uma refeição de ótima qualidade.
Todas as manhãs eu era tentada por uma montanha de frutas, grande variedade de pães, bolos e salgados, frios, queijos e geleias.
Eu sou bem chata pra comer de manhã (geralmente, fico nos baldes de café preto e me forço a encarar um pãozinho), mas virei uma comilona nos desjejuns em Bolonha por causa do bufê de café da manhã do hotel.
Salão de refeições do Hotel Corona d'Oro, onde é servido o café da manhã |
Em um país caro como a Itália, pagar diárias de € 100 em uma acomodação com o padrão do Hotel Corona d'Oro é uma pechincha. No verão, eu possivelmente escolheria uma hospedagem em Bolonha mais simplezinha e mais barata.
Mas no frio cortante do inverno, é bom gastar um pouco mais para ficar em um hotel aconchegante e confortável.
A vizinhança do hotel e o acesso às atrações
O melhor da cidade estava a minutos de caminhada do meu hotel. As famosas Duas Torres de Bolonha, a Universidade mais antiga do Ocidente, igrejas lindas, a Fontana di Netuno (de Giambologna), na Piazza Maggiore, a feirinha de antiguidades de Santo Stefano, o Mercado del Mezzo (hummm) e o Eataly...
No Século 16, a Via Oberdan era um dos limites do Ghetto Ebraico, bairro onde os judeus foram obrigados a viver, até serem expulsos de Bolonha, em 1593.
Um dos portões do gueto ficava bem em frente ao local onde hoje está o Hotel Corona d’Oro.
Também na rua do hotel fica uma das raras aberturas para os “canais secretos” da cidade — Bolonha tem cerca de 60 km de canais, os mais antigos abertos no Século 12.
Hoje, esses canais estão cobertos, mas há pelo menos três pontos onde você pode observar essa “paisagem veneziana” e um deles era quase meu “vizinho de porta”.
E depois de muito passear e me encantar com a beleza de Bolonha, eu ainda estava cercada de ótimos restaurantes, pois a Rua Oberdan é generosíssima neste quesito.
Acesso ao transporte
Com tanta coisa bonita tão pertinho do meu hotel, nem lembrei que existem ônibus, automóveis e assemelhados em Bolonha: fiz todos os deslocamentos pela cidade a pé, exceto o trajeto entre a estação de trens e o hotel, na chegada e na partida.
Bolonha não é grande, tem menos de 400 mil habitantes, e seu Centro Histórico plano e de perímetro enxuto é perfeito para ser explorado em caminhadas.
A Estação Ferroviária Bologna Centrale fica a 1,5 km do Hotel Corona d'Oro.
Na chegada e na partida usei o táxi (€ 8), por causa da bagagem. Mas dá pra cobrir a distância caminhando, confortavelmente.
Eu sei, porque foi o que fiz no dia que fiz o bate e volta a Ravena.
Segurança no Centro Histórico de Bolonha
Bolonha é uma cidade muito segura. Andei pra baixo e pra cima, sempre me sentindo confortável e tranquila. Saí para jantar todas as noites a pé, andei por ruazinhas estreitas e pouco movimentadas sem qualquer incidente.
A cidade me pareceu cordialíssima com mulheres que viajam sozinhas.
A vizinhança do Hotel Corona d'Oro é movimentada até tarde da noite, com o público dos restaurantes e bares da área e muitos moradores — quando eu saía ao balcão do quarto para fumar, ficava impressionada de ver tanta gente levando o cachorro para passear depois da meia noite, com a temperatura de sete graus negativos.
A Piazza Maggiore, a principal do Centro Histórico, fica a menos de 300 metros do hotel. Ao fundo, a Torre Asinellli |
O melhor da cidade estava a minutos de caminhada do meu hotel. As famosas Duas Torres de Bolonha, a Universidade mais antiga do Ocidente, igrejas lindas, a Fontana di Netuno (de Giambologna), na Piazza Maggiore, a feirinha de antiguidades de Santo Stefano, o Mercado del Mezzo (hummm) e o Eataly...
A Via Oberdan, a rua do hotel, tem bastante movimento à noite. Durante minha estadia em Bolonha, ainda estava com a decoração de Natal |
Um dos portões do gueto ficava bem em frente ao local onde hoje está o Hotel Corona d’Oro.
Também na rua do hotel fica uma das raras aberturas para os “canais secretos” da cidade — Bolonha tem cerca de 60 km de canais, os mais antigos abertos no Século 12.
Hoje, esses canais estão cobertos, mas há pelo menos três pontos onde você pode observar essa “paisagem veneziana” e um deles era quase meu “vizinho de porta”.
As grandes atrações de Bolonha ficam do ladinho do hotel. Abaixo, um vizinho interessantíssimo, um dos "canais secretos" da cidade |
E depois de muito passear e me encantar com a beleza de Bolonha, eu ainda estava cercada de ótimos restaurantes, pois a Rua Oberdan é generosíssima neste quesito.
Acesso ao transporte
Com tanta coisa bonita tão pertinho do meu hotel, nem lembrei que existem ônibus, automóveis e assemelhados em Bolonha: fiz todos os deslocamentos pela cidade a pé, exceto o trajeto entre a estação de trens e o hotel, na chegada e na partida.
Bolonha não é grande, tem menos de 400 mil habitantes, e seu Centro Histórico plano e de perímetro enxuto é perfeito para ser explorado em caminhadas.
A Estação Ferroviária Bologna Centrale fica a 1,5 km do Hotel Corona d'Oro.
Na chegada e na partida usei o táxi (€ 8), por causa da bagagem. Mas dá pra cobrir a distância caminhando, confortavelmente.
Eu sei, porque foi o que fiz no dia que fiz o bate e volta a Ravena.
Um edifício da Universidade de Bolonha, outra vizinha ilustre do hotel |
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Que hotel maravilhoso, Cyntia! E quantos detalhes na história - que texto incrível! Obrigado por compartilhar com a gente.
ResponderExcluirObrigada, João :) Bolonha é uma surpresa atrás da outra :)
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