24 janeiro 2013

Brasília: precisa de táxi de madrugada? Esqueça...


Táxi de madrugada? Nem com promessa...
(Catedral de Brasília, outubro de 2011)
Estou me preparando psicologicamente para seis horas de purgatório no caminho para um paraíso. Lá pelas 22 horas, vou iniciar um sofrido acampamento no Aeroporto de Brasília, à espera de um voo que sai às 5 da manhã desta sexta-feira, a primeira das quatro etapas que me levarão a Rapa Nui (Ilha de Páscoa).

Lista de espera? Masoquismo? Caos aéreo? Nada disso. É amadorismo, mesmo: na capital do País, a gente só tem certeza de conseguir um táxi em horário administrativo — se não estiver chovendo.

Já passei muito desespero tentando voltar para casa (e nem tão de madrugada), ligando para todas as centrais de táxi da cidade, sem sucesso. Na saída do show de Bob Dylan, em abril do ano passado, por exemplo. Mais de 15 mil pessoas foram ver Mr. Zimmermann, uma parcela significativa delas deixou o carro em casa (como deve ser em grandes eventos, pelo menos em cidades civilizadas), mas nem essa imensa demanda conseguiu convencer os taxistas da Capital Federal a abandonar seus hábitos metódicos, como trabalhar só das 8h às 19h e olhe lá...

O sufoco se repetiu na saída do show de Robert Plant, em outubro (já repararam que eu só ando na night por motivos especiais? agora, perguntem o motivo...), só que, dessa vez, sem a carona salvadora que rolou no episódio anterior. E eu lá, no meio da horda de desesperados que literalmente se atiravam sobre os poucos táxis que passavam pelo Eixo Monumental.

A essa altura, vocês devem estar pensando que os taxistas de Brasília não gostam de Rock. Que nada, já passei o mesmo sufoco dezenas de vezes, tentando voltar para casa depois de cometer a imperdoável imprudência de esticar o papo um pouquinho além da meia noite, em visitas a amigos ou depois de jantar.

Ah, tá, a culpa deve ser minha, que encasquetei de não usar mais automóvel. Mas aí, me expliquem como é que eu faria para deixar o carro no Aeroporto por 10 dias, como é o caso desta viagem? A conta do estacionamento ia ficar tão cara quanto uma passagem aérea.

Já liguei para todas as centrais de táxi listadas na internet para tentar agendar uma corrida para esta madrugada ("A senhora terá que estar vendo isso conosco na hora em que a senhora vai estar querendo o serviço, senhora"). Também pesquisei e constatei que não há oferta de transfers para o Aeroporto (só do Aeroporto para os hotéis). A gata escaldada, então, resolveu não correr riscos desnecessários. Vou para o aeroporto antes da hora que os taxistas de Brasília viram abóbora. Morrendo de saudade do Rio, onde nunca tive a menor dificuldade de conseguir táxi, nem quando precisei estar no Galeão às 4 da matina, em pleno 1º de Janeiro, com aquele Révellion e tudo...

Brasília na Fragata Surprise


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