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Mangue Seco não precisa de legenda |
Mangue Seco era um segredo bem guardado (como já foram Arembepe, Porto Seguro e Itacaré) até virar cenário da telenovela "Tieta", exibida em 1989. Depois disso, hordas de turistas passaram a desembarcar por aqui, todos os fins de semana, para reviver cenas da campeã de audiência. Na partida, deixavam para trás toneladas de garrafas pet, latas de cerveja e outros recuerdos. Mas os locais também tinham culpa no cartório: até um sofá eu vi boiando nas águas do Rio Real.
Voltei de lá com a sensação de que tinha visto um paraíso perdido para sempre, ferido de morte pelo turismo predatório e pela falta de consciência ambiental. Pois querem uma boa notícia? Paraísos ressuscitam!
A travessia das dunas |
A chegada à vila... |
... e a torre de telefonia espetada na duna |
Pousadinhas rústicas e simpáticas (nem conto como era o moquifo onde dormi, na primeira visita...), poucas lojinhas de artesanato e bares discretos. E silêncio, merecido refresco para a péssima trilha sonora que rolou desde Aracaju, na van e na escuna.
A Vila de Mangue Seco, cujo nome oficial é Santa Cruz da Bela Vista: ruas sem calçamento, silêncio e simplicidade
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Embarcamos no bugre para atravessar as dunas e até a praia. O visual é alucinógeno: a imensidão de areia, pontilhada por coqueiros, e o mar lá longe, sob o céu mais azul do mundo. E nem sinal de lixo nas dunas ou no coqueiral!
Convém proteger-se com algumas camadas de protetor solar: a brancura das dunas reflete o sol inclemente, potencializando seu efeito.
É divertido constatar que os pouco mais de 200 moradores da vila ainda vivem da memória de Tieta do Agreste. Durante a travessia, eles fazem algumas paradas para mostrar o lugar onde a personagem fulana "assistia o por do sol" ou onde a personagem beltrana "pastoreava as cabras"...
No caminho, passamos por uma "estação de esquibunda": uma palhoça no topo de uma duna, onde alguns garotos alugam pranchas toscas de madeira para quem quiser deslizar areia abaixo. Um "teleférico" rudimentar e às avessas.
Estação de "esquibunda" |
O Rio Real visto do alto das dunas |
A maré é batida, como em toda praia de mar aberto, mas não é preciso se intimidar com as ondas. A praia é rasa, de água morninha (viva o Nordeste!) e, na maré vazante, forma espelhinhos d'água, com cerca de um palmo de fundura, onde é possível deitar e esquecer do mundo (com muito protetor solar, viu?!). Quando bate a fome, são muitas as opções de petiscos e refeições. Mas isso eu conto no próximo post.
Dicas práticas de Mangue Seco
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Por um praião desses, vale ir ao fim do mundo... |
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