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Barcelona vista das escadarias do Palau Nacional, em Montjuïc |
Cheia de museus e atrações ao ar livre, Montjuïc é uma área de Barcelona que merece ser explorada com atenção. Nas viagens anteriores, não tinha dedicado muito tempo ela, mas corrigi essa lacuna nesta visita de setembro/outubro e gostei muito do que vi.
Tem muito o que fazer em Montjuïc e o passeio por lá pode preencher um dia inteiro, facinho — ou até mais, como foi o meu caso.
No meu roteiro de cinco dias em Barcelona, fui duas vezes a Montjuïc — pelo apelo verde da área, pela vista para a cidade e, principalmente, para ver os maravilhosos Museu Nacional de Arte de Catalunha e a Fundação Joan Miró.
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Afresco de uma igreja românica e escultura sacra do Museu Nacional de Arte da Catalunha |
Interessante e fácil de chegar, Montjuïc me deixou à vontade para ver cada um desses museus em um dia, bem do jeito que eu gosto.
Mas nada impede que você combine as duas visitas em um único dia, pois o Museu Nacional de Arte de Catalunha e a Fundação Joan Miró estão a apenas 800 metros de distância um do outro.
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Uma sala da adorável Fundação Joan Miró |
O Museu Nacional de Arte da Catalunha já ganhou um post só pra ele. Veja agora as dicas para aproveitar outros encantos de Montjuïc e a Fundação Miró:
O que fazer em Montjuïc
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Miró: Mulher rodeada por pássaros na noite (1968) |
⭐Fundação Joan Miró
Avinguda Miramar, Parque de Montjuïc, a 300 metros da estação do Funicular
➡️ Horário: De terça a sábado, das 10 às 18h, no inverno (novembro a março) e até as 20 horas no resto do ano. Domingos, das 10 às 15 (inverno) e até as 18 de abril a outubro.
➡️ Ingresso: € 13
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Casal de namorados (no alto, à esquerda), de 1975, é a maquete para um conjunto de esculturas feitas para La Défense, em Paris |
Como é que eu demorei tanto pra ir visitar a Fundação Joan Miró? Logo eu, fã de carteirinha do artista, um dos mais interessantes do Século 20 — talvez a demora se explique pela possibilidade de encontrar obras de Miró em qualquer museu de primeira linha do planeta, o que me deixou mal acostumada.
Mas não importa quantos Mirós lindos eu já tenha visto por aí, visitar a fundação idealizada e organizada pelo próprio artista é daqueles momentos de “educação estética e paparico da visão” que todo merece viver.
A Fundação Joan Miró é um testamento vivo do artista. Lá estão “217 pinturas, 178 esculturas, 9 tapeçarias, 4 cerâmicas, cerca de 8 mil desenhos e praticamente todas as gravuras” do dono da casa, como orgulhosamente anuncia o site da instituição.
A maioria dessas peças foi doada pelo próprio Miró, que fez em vida a curadoria de seu acervo para a posteridade. Um luxo — pra ele, sim. Mas muito mais pra quem vai visitar esse museu pulsante, muito mais um centro de reflexão e criação do que apenas um espaço expositivo.
Além das obras de Miró, o acervo da fundação também exibe peças de outros grandes artistas, como meu xodó Alexander Calder, Marcel Duchamp, Max Ernst e Fernand Léger, só pra citar alguns do timaço reunido na casa.
A sede da Fundação Joan Miró é um show à parte, um edifício cheio de luz que faz a visita fluir de maneira sempre muito prazerosa. O projeto é do arquiteto Josep Lluís Sert, amigo de Miró e entusiasta da instituição.
⭐Montjuïc – um belo mirante para Barcelona
Mas não importa quantos Mirós lindos eu já tenha visto por aí, visitar a fundação idealizada e organizada pelo próprio artista é daqueles momentos de “educação estética e paparico da visão” que todo merece viver.
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Pintura (1949, à esquerda) e O céu meio aberto nos dá esperança (1954, ao centro) destaques de uma das salas de exposição |
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Eu amo os nomes que Miró dava a seus quadros. Ao centro, A asa de cotovia azul-dourada atinge o coração da papoula sonolenta no prado enfeitado de diamantes, de 1967 |
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A escultura Personagem (1970) recebe os visitantes na porta da Fundação Miró. À direita, eu vejo um monte de cachorrinhos em Pintura (1933) |
A Fundação Joan Miró é um testamento vivo do artista. Lá estão “217 pinturas, 178 esculturas, 9 tapeçarias, 4 cerâmicas, cerca de 8 mil desenhos e praticamente todas as gravuras” do dono da casa, como orgulhosamente anuncia o site da instituição.
A maioria dessas peças foi doada pelo próprio Miró, que fez em vida a curadoria de seu acervo para a posteridade. Um luxo — pra ele, sim. Mas muito mais pra quem vai visitar esse museu pulsante, muito mais um centro de reflexão e criação do que apenas um espaço expositivo.
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Sobreteixim com oito guarda-chuvas, tapeçaria de 1973. Em catalão, sobreteixim significa "remendo" |
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Lua, sol e estrela, de 1968 |
Além das obras de Miró, o acervo da fundação também exibe peças de outros grandes artistas, como meu xodó Alexander Calder, Marcel Duchamp, Max Ernst e Fernand Léger, só pra citar alguns do timaço reunido na casa.
A sede da Fundação Joan Miró é um show à parte, um edifício cheio de luz que faz a visita fluir de maneira sempre muito prazerosa. O projeto é do arquiteto Josep Lluís Sert, amigo de Miró e entusiasta da instituição.
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O Edifício Sert, sede da fundação Miró, é uma recriação moderna da tradição mediterrânea |
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A vila e a igreja de Monte Roig (1919) e Mulher e pássaros na noite (1974) |
A cerca de 180 metros de altitude, a montanha de Montjuïc é um excelente camarote para admirar Barcelona do alto.
Além de uma bela vista e esses dois excelentes museus, Montjuïc tem muitos outros atrativos. A começar pela extensa área verde que oferece muitos recantos com banquinhos para as indispensáveis pausas no passeio.
Montjuïc foi uma área eminentemente rural até o início das obras dos pavilhões que abrigaram a Exposição Internacional de 1929.
O Palau Nacional, hoje sede do Museu Nacional de Arte da Catalunha é uma dessas construções, assim como o Poble Espanyol (um epcot-centerzinho reproduzindo cidades da Espanha que eu nunca tive curiosidade de visitar).
Também estão em Montjuïc o Estádio Olímpico (construído em 1929, reformado para a Olimpíada de 1992), o Castelo de Montjuïc, o Jardim Botânico, os museus de Etnologia e de Arqueologia e o Museu Olímpico.
O Museu de história de Barcelona (MUHBA) também tem uma seção em Montjuïc, o Refúgio 307, um abrigo anti-aéreo da época da Guerra Civil Espanhola, na base da da montanha.
No topo da montanha, bem ao lado da estação do funicular, fica uma estação do Teleférico de Montjuïc, que circula leva a um mirante e ao castelo. O ingresso de ida e volta neste passeio custa € 12,50.
Como chegar a Montjuïc
Eu continuo achando que o jeito mais prático de chegar a Montjuïc é pegar o metrô (linhas 1 ou 3) até a Plaça d'Espanya e seguir a pé.
➡️ Funicular de Montjuïc
Mas se você quiser economizar quase 1 km de caminhada e subida de escadarias, o Funicular de Montjuic, interligado à Estação Paral-lel do metrô (linhas 1 e 2), é uma boa pedida.
Se você chegar de metrô à Estação Paral-lel, é só fazer a baldeação, sem necessidade de pagar outra passagem, pois o Funicular de Montjuïc é interligado à rede. Caso contrário, o bilhete custa o mesmo que uma viagem de metrô: € 2,20.
O funicular funciona de segunda a sexta, das 7:30h às 20h (horário de outono/ inverno) ou até as 22h (primavera/ verão). Aos sábados e domingos, o serviço é iniciado às 9h e encerra nos mesmos horários dos dias de semana.
O percurso da Estação Paral-lel até o topo da montanha é curtinho: são 750 metros, cobertos pelo teleférico em menos de 5 minutos. Para subir ou para descer, as partidas dos bondinhos são a cada 10 minutos.
Não espere uma vista espetacular no trajeto do funicular. A maior parte do percurso é por dentro de um túnel e mesmo o trecho ao ar livre não oferece propriamente uma paisagem.
A Espanha na Fragata Surprise
A Europa na Fragata Surprise
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A escadaria do Palau Nacional, sede do MNAC |
Um parêntese: eu preferia ver a cidade flutuando no Teleférico do Porto, na companhia de Jack Nicholson, em uma das grandes cenas de Profissão: Repórter (1975) 😊.
Esse baita filme de Michelangelo Antonioni valeu como meu primeiro city tour em Barcelona, décadas antes que eu colocasse os pés lá, e até hoje me acompanha nos passeios pela cidade.
Mas já que entrar no filme está além das minhas possibilidades, é sempre bom olhar Barcelona da escadaria que leva ao Palau Nacional, sede do Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), descortinando a área do Porto e os bairros históricos.
Esse baita filme de Michelangelo Antonioni valeu como meu primeiro city tour em Barcelona, décadas antes que eu colocasse os pés lá, e até hoje me acompanha nos passeios pela cidade.
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Um parque público em Montjuïc |
Mas já que entrar no filme está além das minhas possibilidades, é sempre bom olhar Barcelona da escadaria que leva ao Palau Nacional, sede do Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC), descortinando a área do Porto e os bairros históricos.
Montjuïc tem vários outros mirantes, apontados pelas placas da boa sinalização que guia os turistas no alto da montanha. O mais famoso deles é o Mirador del Migdia.
⭐Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC)
Palau Nacional, Parc de Montjuïc, s/n, Metrô Plaça d’Espanya (linhas 1 e 3) ou Funicular de Montjuïc.
➡️ Horários: de outubro a abril, o MNAC abre de terça a sábado das 10h às 18h. Domingos e feriados, das 10h às 15h. De maio a setembro, o horário do domingo é o mesmo, mas o encerramento é às 20 horas, de terça a sábado.
➡️ Ingresso: €12. A entrada é válida para dois dias, ao longo de um mês, a partir da data da compra.
O Museu Nacional de Arte da Catalunha é tão bacana que ganhou um post só pra ele (siga o link pra ver). O Palau Nacional, onde ele está instalado, é um edifício imponente, construído para a Exposição Mundial de 1929.
Mas o show do MNAC está mesmo no acervo, começando pela deslumbrante coleção de Arte Românica (séculos 11 ao 13), que inclui afrescos e pinturas murais trazido de diversas igrejas catalãs de uma beleza que deixa a gente muda.
Outro show é a Coleção Modernista do MNAC, que reúne pintura, mobiliário, artes decorativas e artes gráficas.
O acervo fotográfico do MNAC também é mais um grande motivo para você colocar esse museu de primeira na sua lista de o que fazer em Montjuïc (e em Barcelona, porque ele está à altura das melhores atrações da cidade.
Mais atrações em Montjuïc
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Peças das lindíssimas coleções Românica e Gótica do MNAC |
⭐Museu Nacional de Arte da Catalunha (MNAC)
Palau Nacional, Parc de Montjuïc, s/n, Metrô Plaça d’Espanya (linhas 1 e 3) ou Funicular de Montjuïc.
➡️ Horários: de outubro a abril, o MNAC abre de terça a sábado das 10h às 18h. Domingos e feriados, das 10h às 15h. De maio a setembro, o horário do domingo é o mesmo, mas o encerramento é às 20 horas, de terça a sábado.
➡️ Ingresso: €12. A entrada é válida para dois dias, ao longo de um mês, a partir da data da compra.
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O Modernismo Catalão dá show no MNAC |
O Museu Nacional de Arte da Catalunha é tão bacana que ganhou um post só pra ele (siga o link pra ver). O Palau Nacional, onde ele está instalado, é um edifício imponente, construído para a Exposição Mundial de 1929.
Mas o show do MNAC está mesmo no acervo, começando pela deslumbrante coleção de Arte Românica (séculos 11 ao 13), que inclui afrescos e pinturas murais trazido de diversas igrejas catalãs de uma beleza que deixa a gente muda.
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Lembranças da Guerra Civil Espanhola no Museu Nacional de Arte da Catalunha |
Outro show é a Coleção Modernista do MNAC, que reúne pintura, mobiliário, artes decorativas e artes gráficas.
O acervo fotográfico do MNAC também é mais um grande motivo para você colocar esse museu de primeira na sua lista de o que fazer em Montjuïc (e em Barcelona, porque ele está à altura das melhores atrações da cidade.
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O teleférico de Montjuïc tem três estações e pode ser um jeito divertido de explorar a área |
Além de uma bela vista e esses dois excelentes museus, Montjuïc tem muitos outros atrativos. A começar pela extensa área verde que oferece muitos recantos com banquinhos para as indispensáveis pausas no passeio.
Montjuïc foi uma área eminentemente rural até o início das obras dos pavilhões que abrigaram a Exposição Internacional de 1929.
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Estação do Teleférico de Montjüic, bem ao lado da chegada do funicular |
O Palau Nacional, hoje sede do Museu Nacional de Arte da Catalunha é uma dessas construções, assim como o Poble Espanyol (um epcot-centerzinho reproduzindo cidades da Espanha que eu nunca tive curiosidade de visitar).
Também estão em Montjuïc o Estádio Olímpico (construído em 1929, reformado para a Olimpíada de 1992), o Castelo de Montjuïc, o Jardim Botânico, os museus de Etnologia e de Arqueologia e o Museu Olímpico.
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O verde de Montjuïc visto do terraço da Fundação Joan Miró |
O Museu de história de Barcelona (MUHBA) também tem uma seção em Montjuïc, o Refúgio 307, um abrigo anti-aéreo da época da Guerra Civil Espanhola, na base da da montanha.
No topo da montanha, bem ao lado da estação do funicular, fica uma estação do Teleférico de Montjuïc, que circula leva a um mirante e ao castelo. O ingresso de ida e volta neste passeio custa € 12,50.
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Bondinho do Funicular de Montjuïc |
Como chegar a Montjuïc
Eu continuo achando que o jeito mais prático de chegar a Montjuïc é pegar o metrô (linhas 1 ou 3) até a Plaça d'Espanya e seguir a pé.
➡️ Funicular de Montjuïc
Mas se você quiser economizar quase 1 km de caminhada e subida de escadarias, o Funicular de Montjuic, interligado à Estação Paral-lel do metrô (linhas 1 e 2), é uma boa pedida.
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Estação do Funicular em Montjuïc |
Se você chegar de metrô à Estação Paral-lel, é só fazer a baldeação, sem necessidade de pagar outra passagem, pois o Funicular de Montjuïc é interligado à rede. Caso contrário, o bilhete custa o mesmo que uma viagem de metrô: € 2,20.
O funicular funciona de segunda a sexta, das 7:30h às 20h (horário de outono/ inverno) ou até as 22h (primavera/ verão). Aos sábados e domingos, o serviço é iniciado às 9h e encerra nos mesmos horários dos dias de semana.
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Acesso ao Funicular de Montjuïc na Estação Paral-lel do metrô |
O percurso da Estação Paral-lel até o topo da montanha é curtinho: são 750 metros, cobertos pelo teleférico em menos de 5 minutos. Para subir ou para descer, as partidas dos bondinhos são a cada 10 minutos.
Não espere uma vista espetacular no trajeto do funicular. A maior parte do percurso é por dentro de um túnel e mesmo o trecho ao ar livre não oferece propriamente uma paisagem.
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A Europa na Fragata Surprise
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