Dois programas adoráveis em Madri aos domingos: passeio de
barco no Parque do Retiro (no alto) e garimpagem de quinquilharias, pechinchas
e até antiguidades na Feira do Rastro |
Mesmo viajando, costumo sucumbir à preguiça dominical, mas nem me atrevo a fazer isso em Madri, para não perder esses dois programas que adoro.
É tanta oferta na Feira do Rastro que eu até fico tonta. Se
a sua ideia é fazer compras, vá com tempo e pesquise direitinho |
O Rastro e o Retiro são duas atrações de Madri ao ar livre, gratuitas e divertidas que todo mundo devia experimentar.
Passear no Parque do Retiro é muito agradável e está na moda desde o Século 17 |
Depois, foi só emendar com um almoço tardio no Mercado de San Antón e estava pronta a minha receita de perfeito domingão em Madri.
Veja as dicas do post e aproveite:
O que fazer em Madri em um domingo
E tem música na Feira do Rastro! |
⭐Feira do Rastro (El Rastro)
Como chegar a El Rastro: a melhor estação de metrô é La Latina (Linha 5), mas Puerta de Toledo (também na 5), Tirso de Molina (Linha 1) e Emabajadores (Linha 3) ficam bem próximas.
Saindo do metrô La Latina, tome a Calle de las Maldonadas na Plaza de la Cebada; Na quadra seguinte você estará na Plaza del Cascorro, onde começa a feira.
Da Plaza Mayor, dá para ir a pé: desça a Calle de Toledo até a Calle de Las Maldonadas.
Quinquilharias, artesanato, roupas novas e usadas, tem de
tudo na Feira do Rastro |
Tem de tudo na Feira do Rastro: das meias soquete a € 1 o pacote (as que comprei em 2006, na minha primeira visita, ainda estão vivas) a câmeras fotográficas, passando por cartazes de cinema, artesanato marroquino em couro (ótimas bolsas e carteiras) e lanternas tibetanas.
No quesito segurança, basta um pouquinho de atenção pra a
gente se divertir na Feira do Rastro |
Não foi um conselho ocioso. Naquela muvuca da Feira do Rastro, é bom mesmo tomar cuidado com a bolsa.
Se você estiver com mais alguém, preste atenção pra não se perder de sua companhia ao se espremer contra a multidão para atravessar um trecho de rua mais, digamos, povoado. Mas vá sem medo, porque o clima de El Rastro é cordial.
O Rastro é muvuca meeesmo, até pra fotografar. É
difícil um clique que não venha com o nariz de alguém 😁 |
O que significa dizer que o mercado continua divertidíssimo e uma ótima chance de encontrar tranqueiras antiguinhas pra decorar a estante ou até mesmo peças de artesanato de qualidade.
Todos os domingos e feriados, El Rastro ocupa vários quarteirões
do bairro de La Latina. Os bares e restaurantes do entorno ficam abarrotados e tem até lugar pra ver o futuro no tarô 😊 |
A Feira do Rastro é sediada no Bairro de La Latina, um dos
mais tradicionais de Madri, e suas origens remontam ao Século 15 |
Curte feiras e mercados? Dá uma olhada no monte de lugares legais mundo afora já comentados na Fragata: Feiras e Mercados - Índice
Depois de se esbaldar na Feira do Rastro, não deixe de
voltar a La Latina em um dia normal, para aproveitar a boemia do
bairro |
Com a fixação da capital em Madri por Filipe II, no Século 16, La Latina se tornou o endereço do povo pobre da cidade, espremido nos cortiços que caracterizaram a área ao longo dos tempos.
Fisicamente muito próximo de esplendores como o Alcázar (antigo Palácio Real) e a Plaza Mayor, mas um mundo a parte. Hoje, La Latina é reduto de boemia.
Há muitos restaurantes, cafés e tabernas na região da Feira do Rastro, mas costumam estar tão lotados quanto as ruas, nos dias da feira. Para sua sorte, o que não falta em La Latina são lugares interessantes para comer.
Uma alameda do Parque do Retiro, a área de lazer queridinha
dos madrilenhos |
⭐Parque do Retiro
Horário: diariamente, das 6h às 24h, de maio a outubro, De novembro a abril, só até as 22 horas.
Vantagem inquestionável: no Parque do Retiro é permitido
deitar (e rolar) na grama 😉 |
O Retiro — bonito, seguro, grátis e fácil de chegar — é uma aposta sem erro para quem procura um programa relaxado nos fins de semana ou feriados na capital espanhola.
O Parque do Retiro nasceu chique, exclusivo para a corte, mas foi
aberto ao público no Século 18 |
No Século 17, a vasta área verde foi povoada por fontes, estátuas e pavilhões para deleite do rei Filipe IV de Habsburgo e sua corte, uma espécie de “quintal” majestático do Palácio do Bom Retiro.
Como só um Quarto Real não seria suficiente, Filipe IV encomendou um conjunto de palácios, bosques e jardins para o local de seu retiro — a meditação, claro, foi substituída por folguedos mais cortesões.
O muy romántico Palácio de Cristal é a estrutura
mais famosa do Parque do Retiro |
O Palácio de Cristal foi inaugurado em 1887, para uma
exposição. Atualmente, também é administrado pelo Centro de Artes Reina Sofia e
recebe mostras de arte contemporânea |
A residência de recreio real deu o nome ao parque, mas não sobreviveu para contar a história: o Palácio do Bom Retiro foi demolido no Século 19.
Mas a área verde já tinha se consagrado como área de lazer. Primeiro, como espaço real privado, exclusivo da corte. Depois, como parque público: o Retiro foi aberto à população em geral no Século 18.
O Palácio Velázquez também recebe exposições temporárias de arte |
Hoje, o Parque do Retiro, com seu 1,18 milhão de metros quadrados (118 hectares), reúne alguns monumentos famosos, como o Palácio de Cristal e o Palácio Velázquez — hoje incorporados como espaços de exposição do Centro de Artes Reina Sofia — e o Real Observatório Astronômico.
Talvez o programa mais popular do Parque do Retiro seja remar um barquinho no lago artificial que fica aos pés do monumento ao rei Alfonso XII.
Só a beleza do Palácio de Cristal cercado pelo verde já vale
a visita ao Parque do Retiro |
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