Catedral La Matriz de Cotacachi, Equador. A cidade tem um centrinho histórico interessante, mas o que atrai os turistas são os produtos de couro, principal atividade econômica da cidade |
A apenas 20 quilômetros do famoso Mercado Indígena de Otavalo, a pequenina Cotacachi, Equador, tem como grande trunfo turístico sua forte indústria de artigos de couro, que atrai muita gente para umas comprinhas.
Com pouco mais de 8 mil habitantes e plantada a 2,4 mil metros de altitude, a cidade vive desse comércio. A rua principal de Cotacachi é um corredor de lojas que se acotovelam e disputam a atenção dos visitantes com vistosas ofertas nas vitrines. Tudo isso em silêncio, felizmente.
Casacos, bolsas, sapatos e carteiras feitos pelas pequenas fábricas de couro da Província de Imbabura são vendidos no atacado ou no varejo, com preços bastante atraentes.
Com pouco mais de 8 mil habitantes e plantada a 2,4 mil metros de altitude, a cidade vive desse comércio. A rua principal de Cotacachi é um corredor de lojas que se acotovelam e disputam a atenção dos visitantes com vistosas ofertas nas vitrines. Tudo isso em silêncio, felizmente.
Casacos, bolsas, sapatos e carteiras feitos pelas pequenas fábricas de couro da Província de Imbabura são vendidos no atacado ou no varejo, com preços bastante atraentes.
Cotacachi preserva seus sobrados antigos |
É preciso alguma paciência para garimpar boas peças, não pela natureza da matéria prima (o couro de Cotacachi é famoso pela qualidade), mas pelo design e cores, às vezes bastante over.
Eu, porém, consegui um sobretudo de couro, cor de tabaco, por US$ 120. Bastou avisar à moça que atendia na loja que não queria nada com frufrus e enfeites para ela me mostrar as peças mais clássicas, sem tentar me empurrar nada — isso, pra mim, é o supra sumo do bom atendimento.
Veja como foi a minha experiência:
Namorinho de portão: será que o casalzinho se inspirou no uniforme escolar retrô para compor esta cena? |
Gostei muito das minhas compras em Cotacachi. Além, do sobretudo de couro, também comprei uma bolsa de camurça, por US$ 30.
A bolsa é daquelas que parecem pequenas, mas onde cabe o universo (pelo menos, o meu: duas câmeras fotográficas, bloco de notas, celular, carteira, passaporte...).
O desenho da bolsa, tipo carteiro, com alças longas, para ser usada traspassada, é perfeito para viagens, dá de dez em qualquer mochila daypack.
A maioria dos artigos à venda em Cotacachi é em couro bovino, mas algumas lojas oferecem estoques em pelica e couro de cabra, mais delicados.
A qualidade do acabamento das peças varia. É bom olhar com calma, escolher com atenção. E sempre cabe alguma pechincha.
Acredito que o pessoal que chega a Cotacachi em grupo — a parada na cidade costuma fazer parte do programa das excursões a Otavalo — leve uma senhora vantagem na pechincha, pelo volume das compras. Mas não me queixo dos descontos que consegui.
Ah, e se for preciso algum ajuste nas peças (como nas mangas do meu sobretudo que tiveram que ser encurtadas), as lojas providenciam rapidinho. No meu caso, o ajuste demorou cerca de 30 minutos para ser concluído.
A bolsa é daquelas que parecem pequenas, mas onde cabe o universo (pelo menos, o meu: duas câmeras fotográficas, bloco de notas, celular, carteira, passaporte...).
O desenho da bolsa, tipo carteiro, com alças longas, para ser usada traspassada, é perfeito para viagens, dá de dez em qualquer mochila daypack.
Um encanto da cidade é ver as meninas indo para a escola com o traje tradicional da região de Imbabura (à esquerda) ou usando esses uniformes bem retrô |
A qualidade do acabamento das peças varia. É bom olhar com calma, escolher com atenção. E sempre cabe alguma pechincha.
Acredito que o pessoal que chega a Cotacachi em grupo — a parada na cidade costuma fazer parte do programa das excursões a Otavalo — leve uma senhora vantagem na pechincha, pelo volume das compras. Mas não me queixo dos descontos que consegui.
Ah, e se for preciso algum ajuste nas peças (como nas mangas do meu sobretudo que tiveram que ser encurtadas), as lojas providenciam rapidinho. No meu caso, o ajuste demorou cerca de 30 minutos para ser concluído.
O que ver em Cotacachi, Equador
Se as excursões podem levar vantagem na hora da pechincha, aposto que levei vantagem em ser dona do meu tempo, pela chance de ver Cotacachi além das vitrines e araras das lojas.
Eu fui até lá com motorista particular (Don Iván Guamani, um taxista bem senhorzinho, super gente boa) e pude definir meu próprio roteiro em Cotacachi.
Foi legal ter tempo para ver o patrimônio histórico da cidade, muito interessante, uma mescla de influências espanholas e indígenas que, se não chega nem perto de esplendores como os de Quito e de Cusco, tem o encanto de preservar a escala humana e um certo ar caseiro, onde a monumentalidade dá lugar a uma integração bem natural à vida cotidiana.
Se as excursões podem levar vantagem na hora da pechincha, aposto que levei vantagem em ser dona do meu tempo, pela chance de ver Cotacachi além das vitrines e araras das lojas.
Eu fui até lá com motorista particular (Don Iván Guamani, um taxista bem senhorzinho, super gente boa) e pude definir meu próprio roteiro em Cotacachi.
O traje tradicional é usado por mulheres de todas as idades |
Isso fica bem claro quando a gente vê as menininhas voltando das aulas em seu traje tradicional, completado pelo casaquinho com o escudo da escola.
Os ônibus enfeitadíssimos, outra característica das ruas de Cotacachi. Abaixo, o Parque Central, a praça principal da cidade |
Festa do Sol em Cotacachi
Cotacachi também é famosa pela celebração do Inti Raymi, a Festa do Sol, herança inca.
Em Cotacachi, a festa é realizada no dia de São Pedro e São Paulo (29 de junho), padroeiros católicos da Província de Imbabura — o Inti Raymi mais famoso, o de Cusco, é celebrado em 24 de Junho, dia de São João, data do Solstício de Inverno no Hemisfério Sul.
Já assisti a festa do Inti Raymi, em Cusco, e contei tudinho aqui n'A Fragata.
Painel de rua usa elementos indígenas para representar a Paixão de Cristo. Abaixo, o Museu Histórico de Cotacachi |
Segundo moradores de Cotacachi, o Inti-Raymi local é tremendamente animado. Ao contrário da comemoração em Cusco, que ganhou pompas de celebração cívica e enredo bem processional (= com jeitão de procissão 😊), a festa em Cotacachi tem uma batida mais popular, com os participantes divididos em grupos para encenar a retomada da cidade de invasores (os espanhóis?).
O movimento nas ruas de comércio de Cotacachi, com ou sem turistas, tem a marca da vida real |
Durante o "sítio" e as "batalhas", o bicho pega e o que era para ser uma representação acaba virando pancadaria de verdade. Fiquei morrendo de vontade de voltar lá para assistir.
Para ver os contatos de Don Iván, que me levou a Cotacachi, confira o post sobre Otavalo.
O Equador na Fragata Surprise
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Muito legal, acompanhando os post's de sua viagem. Abraços,
ResponderExcluirPaula
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirO Equador é bem interessante, Paula. Bacana que nós, brasileiros, estamos descobrindo o país. E espero voltar lá em breve, para ir a Cuenca e às Ilhas Galápagos.
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