![]() |
O Corneteiro Lopes em Ipanema: sem pedestal |
Hoje é dia de baiano estar em Salvador, acompanhando os carros do Caboclo e da Cabocla desde a Lapinha, no Cortejo do Dois de Julho.
Eu, que estou no Rio, fui confraternizar com o meu favorito entre os heróis da Independência. Encontrei-o na esquina da Visconde de Pirajá com a Garcia D'Ávila, de tocaia atrás de um poste, o joelho quase no chão.
É assim, sem pedestal, que Ipanema homenageia o Corneteiro Lopes, personagem decisivo na vitória dos baianos contra os portugueses na Guerra de Independência.
![]() |
Uma esquina baiana no coração de Ipanema |
Do metrô até a estátua do Corneteiro Lopes a gente ainda cruza as ruas Joana Angélica e Maria Quitéria, também heroínas da Independência da Bahia. Só em Ipanema, mesmo...
![]() |
O Corneteiro Lopes foi fundamental na vitória final dos baianos sobre os portugueses, na Guerra de Independência |
Sobre o Dois de Julho, já contei aqui na Fragata, embora não tenha louvado adequadamente o Corneteiro Lopes, o cara que adotei como meu padroeiro há muitos e muitos anos.
Aprendi criança sua história: combate duro contra os portugueses, os baianos em desvantagem, o comandante ordenou o toque de “Retirada”.
O Corneteiro Lopes, apavorado com o calor da batalha, teria errado e tocado “Avançar e Degolar”, levando os portugueses a crer na chegada de reforços brasileiros e batendo, eles sim, em retirada.
Aprendi criança sua história: combate duro contra os portugueses, os baianos em desvantagem, o comandante ordenou o toque de “Retirada”.
O Corneteiro Lopes, apavorado com o calor da batalha, teria errado e tocado “Avançar e Degolar”, levando os portugueses a crer na chegada de reforços brasileiros e batendo, eles sim, em retirada.
O Brasil não aprende isso na escola, mas foi só após a vitória na Batalha de Pirajá, em 2 de julho de 1823, que Portugal aceitou a declaração de independência |
Se o corneteiro fosse gringo (ou paulista), a ordem de tocar a retirada seria aquela hora que sobe o som no cinema e o herói toma a decisão de mudar a história, recusando-se a por a tropa em fuga.
Como o Corneteiro Lopes era baiano (de adoção, pois nasceu português), acho que ele errou mesmo e, no fim, deu tudo certo, ganhamos a guerra.
Mas não tentem fazer isso em casa: escorregar no acaso e aterrissar na glória é privilégio exclusivo dos filhos do Recôncavo 😉.
Mas não tentem fazer isso em casa: escorregar no acaso e aterrissar na glória é privilégio exclusivo dos filhos do Recôncavo 😉.
Curtiu este post? Deixe seu comentário na caixinha abaixo. Sua participação ajuda a melhorar e a dar vida ao blog. Se tiver alguma dúvida, eu respondo rapidinho. Por favor, não poste propaganda ou links, pois esse tipo de publicação vai direto para a caixa de spam.
Fotos excelentes, obrigado pela partilha :)
ResponderExcluirParabéns pelo blog, Cyntia, muito bom. Sobre o Corneteiro Lopes, me lembrei que aqui na Câmara de Salvador tem o único quadro que retrata a importância do Corneteiro Lopes para as lutas da nossa independência.
ResponderExcluirMas esse Corneteiro de Ipanema é o máximo. beijos
E aí, amiga a Fragata vai ficar ancorada? Solte as amarras, singrar é impreciso e necessário. O lago é tão misterioso quanto o rio. Basta abrir as velas que a brisa sopra.
ResponderExcluirA Fragata está concluindo alguns reparos e voltará a singrar os mares em breve...
ResponderExcluir