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As torres da Catedral de São Vito, no Castelo de
Praga, lá no alto, estão sempre ao alcance da vista |
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A Catedral de São Vito e a Torre Daliborka, no Castelo de
Praga |
Veja as dicas para aproveitar todas as belezas do Castelo de Praga e Hradcany:
Visita ao Castelo de Praga
Como chegar ao Castelo de PragaO prazer da visita ao Castelo de Praga começa bem antes da gente chegar lá: é muito bacana admirá-lo de longe, de diversos ângulos (praticamente de qualquer lugar, à beira do Rio Vltava e de Mala Strána, coração do Centro Histórico).
Depois, é mais bacana ir chegando ao Castelo de Praga aos pouquinhos. Esqueça o bonde e vá a pé, subindo a histórica Rua Nerudova. A ladeira vai cobrar bastante do seu fôlego, mas a beleza do casario vale o esforço.
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Numeração pra quê, né? 😉 |
Os endereços eram mais ou menos assim: “Rua tal, na casa do carneirinho”, ou “Rua Y, na casa dos dois sóis” — tem jeito mais lindo do que esse?
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A decoração das fachadas substituía a numeração. Eu queria
ter um endereço assim: Rua tal, Casa do Carneirinho |
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A Casas dos Violinos e a Casa da Medusa, na Rua Nerudova, atraem
filas de turistas para as fotos |
Se subidas íngremes não forem a sua praia, você pode chegar ao Castelo de Praga com o Tram (bonde) 22, que sobe de Mala Strana para o Bairro do Castelo. A maioria das pessoas desce do bonde na parada Pražský hrad ("Castelo de Praga"), a mais cômoda.
Entretanto, sugiro que você siga um pouco mais com o bonde e desça parada Pohořelec. Caminhe, ladeira abaixo, passando por Loretánská (Igreja e Convento de Loreto), para admirar seu campanário barroco, e por belos palácios, entre eles os famosos Martinicky e o Toscano.
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A Igreja de Loreto, no Bairro do Castelo. Abaixo, o Palácio
Toscano, um dos encantos de Hradčanské náměstí, a praça do Bairro do Castelo |

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A Hradčanské náměstí está cercada por belíssimas construções.
Vale a pena dar uma voltinha por lá |


O terceiro trajeto que você pode fazer para chegar ao Castelo de Praga é pegar o caminho que margeia as antigas fortificações e que começa em Malostranské náměstí (a praça principal de Mala Strána).
O charme dessa rota acompanhando a muralha são os exuberantes jardins de diversos palácios que se descortinam ao longo da trilha. Talvez por isso, esse é o caminho mais usado pelos turistas que vão ao castelo.
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O acesso mais concorrido ao Castelo de Praga é este caminho
que parte de Mala Strána e acompanha o traçado da muralha |
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Super recomendo descer do Castelo pelo caminho da muralha. Acima, o portão de acesso à trilha. Abaixo, a vista para Mala Strána durante o percurso |
Há dois tipos de ingresso para o Castelo de Praga. Recomendo fortemente que você compre o mais caro (350 CZK) para fazer o roteiro completo, com acesso a todas as áreas.
Os visitantes recebem um mapa explicativo para transitar entre os muitos pátios e pavilhões internos do castelo.
Recomendo, ainda, o aluguel do áudio-guia, para compreender melhor a história, a arquitetura e as muitas obras de arte expostas — pena que não tenha o roteiro em português.
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Não se assuste com esses brutamontes de pedra na entrada do
Castelo de Praga. Tirando as estátuas, todo o resto é bem cordial |
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O edifício à direita é a sede do governo da República Tcheca |
O Castelo de Praga é imenso (72 mil metros quadrados) e suas origens remontam ao Século 9, quando a área começou a ser fortificada pela dinastia fundadora do reino da Boêmia.
O edifício mais famoso nas dependências do castelo é a Catedral de São Vito, construção gótica do Século 14.
Um detalhe interessante é que a Catedral de São Vito sofreu diversas alterações ao longo dos séculos, o que coloca, lado a lado, vitrais medievais e outros desenhados por Alfons Mucha, o maior expoente tcheco do Jugendstil (vertente da Art Nouveau característica das regiões do antigo Império Austro-Húngaro).
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A Catedral de São Vito é o edifício mais conhecido do Castelo de Praga |
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A catedral é o edifício gótico mais importante de Praga. Sua construção foi iniciada no Século 14 |

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A Catedral de São Vito tem vitrais de diversas épocas.
Abaixo, vitral de Alfons Mucha, expoente da Art Nouveau |
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As casinhas fofas da Viela Dourada, uma rua que já teve
Franz Kafka como morador |

A lenda do príncipe na torre
O que mais me encantou no Castelo de Praga foi a Torre Daliborka, que funcionou como prisão até o Século 18.
Não que ela seja mais bonita que as atrações que já citei, mas não há como resistir à lenda que cerca seu ocupante mais ilustre, Dalibor de Kozojedy, nobre do Século 15 condenado à morte por proteger servos rebeldes.
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A Torre Daliborka é cenário de uma lenda que virou ópera |
Conta-se que durante todo o tempo em que esteve preso na torre, Dalibor dedicava-se a tocar violino e a tristeza das notas comovia o povo de Praga que, em retribuição, lhe trazia comida — certamente escassa nas mesas dos pobres da cidade — que ele içava numa cesta atada a uma corda.
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Guarde um tempo para explorar as ruas no interior do Castelo
de Praga. Abaixo, a Basílica de São Jorge |
Alguns historiadores sugerem que Dalibor teria comovido o povo de Praga não com música, mas com gritos de agonia, submetido a sessões de tortura com o tal "violino"... Mas eu prefiro imaginar a melodia escapando pelas janelas da torre.
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Palácio Belvedere, antiga residência de verão da realeza.
Uma trilha nos Jardins Reais liga o edifício à parte mais conhecida do Castelo
de Praga |
Eu fui ao Castelo de Praga duas vezes. No segundo dia, cheguei lá de outro jeito muito legal: desci do bonde em frente aos Kralovska Zahrada (Jardins Reais), que atravessei para chegar ao Castelo.
É um passeio inacreditável de bonito, com uma vista para Praga de rasgar a roupa (levei quase a manhã inteira por lá).
Também é imperdível dar uma parada no Palácio Belvedere, construído no Século 16 como residência de verão da realeza.
Os jardins do Belvedere são lindíssimos e dá para a gente se perder por lá. O perigo é a gente desistir de achar a trilha para o Castelo e ficar o resto do dia morgando naquele sossego verde.
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Chegada ao castelo por Hradčanské náměstí |
Na saída dos jardins do Palácio Belverede, aproveite para dar uma paradinha no Espresso Kajetánka, um bonito café em Hradčanské náměstí (a Praça do Castelo), ao lado das muralhas. Tem uma vista linda para a cidade.
Eu tomei uma sopa de cebola para espantar o frio, com uma taça de vinho. Paguei 120 CZK (4 euros).
Como organizar a visita ao Castelo de Praga
As áreas externas do Castelo de Praga abrem diariamente, das 5h à meia-noite, no verão (abril a outubro) e das 6h às 23h, no inverno. Você pode passear à vontade por elas, sem pagar ingresso.
Para ter aceso às principais construções no interior do castelo, é preciso comprar entrada. Essas áreas podem ser vistas a partir das 10 até às 18h, no inverno, e até às 21h, no verão.
Todos os dias, ao meio-dia, é realizada a cerimônia de troca da guarda no pátio principal do castelo. De hora em hora, também há a troca da guarda no portão principal. Os jardins do Castelo são abertos ao público de abril a outubro.
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