25 janeiro 2015

O que fazer em Nápoles - 10 razões para amar a cidade


Piazza Plebiscito em Nápoles na Itália

Piazza Plebiscito, no Centro Histórico de Nápoles. No alto, o Castel Sant'Elmo, no bairro do Vomero, tremendo mirante para a cidade


Nápoles é uma das cidades mais lindas que já vi — e talvez a mais injustiçada. Muita gente associa a cidade ao seu trânsito infernal, à falta de segurança e à desordem. Uma versão urbana do filme de Ettore Scola Feios, Sujos e Malvados. Pois eu digo que esses detratores não olharam Nápoles direito 😊.

Tem muito o que fazer em Nápoles — atrações de primeiríssima linha.  A cidade tem uma beleza arrebatadora, personalidade forte (herança de um passado cheio de aventuras), culinária deliciosa e o sotaque mais sedutor que já escutei.

Nápoles e o Vesúvio vistos do Monte Vomero
Nápoles vista do Vomero, com o Vesúvio ao fundo


Quando alguém diz que Nápoles é "feia", "suja" e "perigosa" sou capaz de partir para a briga.

Mas meu melhor desagravo a Nápoles é contar os motivos da minha paixão por ela. Veja o que fazer em Nápoles, aproveite a cidade e depois me diga se não tenho razão:

O que fazer em Nápoles


1 - Encontrar uma cidade bela, viva e pulsante

Nápoles tem beleza de sobra. O que ela não tem é vocação para cidade cenográfica. Não é certinha, arrumadinha, pintadinha nas cores do arco-íris, nem enfeitadinha para as câmeras que passam no segundo andar dos ônibus de excursão.

Casarões do Centro Histórico de Nápoles
Casarões do Centro Histórico de Nápoles
Casarões do Centro Histórico de Nápoles

Casarões do Centro Histórico de Nápoles, uma cidade de cores e emoções fortes


Os vicos (becos) estreitíssimos do Centro Storico de Nápoles, as ladeiras e escadarias dos Quartieri Spagnoli, as piazettas misteriosas, perdidas entre fachadas seculares (e que a gente nunca mais encontra, quando tenta voltar) estão lá de cara lavada.

Por toda parte a gente vê as marcas do tempo, da fuligem dos escapamentos e do uso cotidiano. Não estão no formol, fazem parte da vida da cidade.

Casarões da Via Toledo em Nápoles
Casarões da Via Toledo em Nápoles
Casarões da Via Toledo em Nápoles
Os casarões e palácios da Via Toledo são uma herança da dominação espanhola e aragonesa em Nápoles


Se você conseguir enxergar além da pintura descascada das fachadas, da eventual pilha de lixo deixada pela última greve do serviço de limpeza e do trânsito infernal de Nápoles, vai ganhar uma paixão de cidade para toda a vida.

Comece deixando para alugar carro, se for o caso, na hora de ir embora de Nápoles.

Quanto à segurança, só posso dizer que sempre fui a Nápoles sozinha, andei a pé por toda parte (inclusive tarde da noite) e jamais me senti ameaçada ou desconfortável.

Baía de Nápoles
Vulcão Vesúvio visto de Nápoles
Da ladeira que desce do Monte Posillipo a gente descortina Nápoles inteira. Na foto do alto, à esquerda, o bairro do Vomero. Na parte baixa, a Riviera de Chiaia. Ao centro, a região de Partenope, com o Castel dell'Ovo no canto direito. Acima, o Vesúvio, uma visão poderosa


2 - Deixar a alma voar diante da Baía de Nápoles e do Vesúvio

Acho que nunca vou esquecer a emoção de ver o Vesúvio pela primeira vez, na descida da longa ladeira que leva ao Monte Posillipo.

A imponência do vulcão e o azul profundo da Baía de Nápoles compõem uma cena extasiante e só mesmo a cidade que a lenda garante ter sido fundada por Ulisses, o herói da Odisseia, poderia entrar nesse quadro sem destoar.

Castel dell'Ovo em Nápoles
Castel dell'Ovo em Nápoles
O Castel dell'Ovo foi construído sobre um banco de areia em Partenope, onde Nápoles teria sido fundada por Ulisses (sim, o da Odisseia). Até o Século 16, serviu como palácio real. Acima, o Monte Posillipo visto do castelo


Nápoles, vista do alto, faz a alma da gente flutuar.  Outro ponto de observação espetacular é o bairro do Vomero, especialmente no mirante que fica em frente às muralhas do Castel Sant'Elmo. 

Como chegar ao Vomero e ao Posilipo

Além de oferecerem vistas magníficas para a cidade, o Posillipo e o Vomero, áreas residenciais elegantes, rendem passeios bacanas.

Há um ônibus (o 140), que vai da Via Santa Lucia até o Posillipo e que eu usei bastante, na minha primeira estada na cidade.

Para chegar ao Vomero, o jeito mais fácil é usar o funicular, meio de transporte bem popular e útil em Nápoles, a partir do Centro Storico.

Castel Sant'Elmo em Nápoles
Castel Sant'Elmo, no Monte Vomero

(Funicular parece um bondinho puxado a cabo, para o transporte em encostas, que é chamado de plano inclinado no Brasil.)

Giulia, dona do hostel onde me hospedei, me falou do ônibus C31, que liga o Vomero ao Posillipo, mas eu não experimentei o serviço.

Funicular Centrale em Nápoles
Da estação do Funicular Centrale, no Vomero, as placas de sinalização para pedestres indicam direitinho o caminho até o Castel Sant'Elmo

Castel Sant'Elmo
Via Tito Angelini nº 22, Vomero

É bem fácil de chegar ao Castel Sant'Elmo. Basta seguir as placas indicativas que marcam o caminho, a partir das duas estações de funicular do Vomero. Abre diariamente, das 8:30h às 19:30h e a entrada custa  €5.

No castelo funciona o Museo del Novecento, dedicado à arte napolitana no Século 20.

Babà, doce típico de Nápoles
Confeitaria na Galeria Umberto I em Nápoles
Confeitaria na Galeria Umberto I em Nápoles

Vitrine hipnótica da confeitaria Anna Bellavista, na Galeria Umberto I. O babà é esse douradinho aqui na direita. A sfogliatella está na prateleira do alto


3 - Em Nápoles, come-se divinamente
Ragù, babà, pizza... Essas palavrinhas de duas sílabas representam a essência da cozinha napolitana: o celestial não precisa ser rebuscado.

E é assim que a gente, sem perceber, acaba enredada em uma teia de sabores magníficos, com consequências catastróficas para a cintura, mas uma sublime experiência para a alma.

Ter uma cidade aos pés de um vulcão não serve só para acrescentar pitadas de drama ao dia a dia. A terra fértil dos arredores do Vesúvio provê a mesa napolitana de frutas e hortaliças suculentas.

Babà, doce típico de Nápoles
Babà, esse gostoso

Mal deixei a bagagem no hostel, já saí voando para comer babà, doce que pra mim é a cara de Nápoles.

Não vou cometer a heresia de dizer que babà é um bolinho, mas a massa é similar. Só que ele vem completamente embebido em calda de açúcar, especiarias e rum, com resultados absolutamente sedutores.

No capítulo doce, outra tentação irresistível em Nápoles é a sfogliatella, delicado capricho de mil folhas finíssimas de massa, recheadas de creme à base de amêndoas.

Espaguete ao vôngole, prato típico de Nápoles

O espaguete ao vôngole também é típico de Nápoles


A melhor parte salgada da festa em Nápoles é o ragù, molho para massa espesso, feito de carne e tomate, com uma cara muito caseira (as receitas variam de acordo com algumas sobrinhas disponíveis, como cenouras, embutidos e legumes).

Sabe quando um molho à bolonhesa (que, na verdade, não existe) está divino? Pois então não é bolonhesa, é ragù.

Outras delícias napolitanas são o espaguete ao vôngole e as berinjelas, geralmente servidas empanadas, com molho de tomate e queijo.

Caffè Gambrinus em Nápoles, Itália
Caffè Gambrinus, a cara da outra Nápoles

4 - Tomar chocolate no Caffè Gambrinus

Por falar em comer, nenhuma visita a Nápoles é completa sem uma passada no Caffè Gambrinus, um patrimônio da cidade.

Ele destoa completamente do clichê napolitano da roupa secando nas janelas e aquela desordem urbana que faz parte do charme da cidade.

Caffè Gambrinus em Nápoles
O serviço no balcão do Caffè Gambrinus é concorridíssimo e mais barato, mas eu gosto de tomar meu chocolate sentadinha e bem relaxada

O Caffè Gambrinus fica no coração da Nápoles elegante, a dois passos do Palácio Real e do Teatro San Carlo, onde o corso de carruagens que descia a Via de Toledo costumava desaguar.

O café está lá desde 1860 e se orgulha de ter sido fornecedor da família real e ponto de encontro de artistas, escritores e intelectuais.

O Caffè Gambrinus tem uma exuberante decoração Belle Époque, salões requintados, porcelana delicada e faz questão de manter um certo narizinho empinado de quem testemunhou o vai e vem da elite napolitana no Século 19, às vezes acompanhada por reis e pela nobreza.

Caffè Gambrinus em Nápoles
Caffè Gambrinus em Nápoles

Lustres de cristal, porcelanas... o Caffè Gambrinus é muito elegante


Apesar da pose, o Gambrinus foi um notório local de reuniões de antifascistas, nos anos 30, e quase foi fechado pela polícia de Mussolini.

Sentar em uma de suas mesas para provar o chocolate espesso e cheiroso servido lá é o jeito perfeito de terminar uma tarde em Nápoles. O serviço é que está um pouquinho desatento, mas a gente perdoa, pelo charme do Caffè Gambrinus.

Salão de chá do Caffè Gambrinus em Nápoles
Detalhe do salão de chá do Caffè Gambrinus em Nápoles
Salão de chá do Caffè Gambrinus

Caffè Gambrinus 
Piazza Trieste e Trento (no final da Via Toledo, em frente ao Teatro San Carlo). Diariamente, das 7h à 1h da madrugada.

Como é costume na Itália, os produtos do Caffé Gambrinus têm preços diferentes, se servidos no balcão ou à mesa. Não tenha dúvidas: sente, relaxe e curta o belo ambiente.

Na mesa, a xícara de chocolate custa € 5 e o babà custa € 4. Você vai ver que é uma graninha muito da bem gasta 😋.

Forno da tradicional Pizzeria Brandi em Nápoles

O legendário forno de Brandi em ação 


5 - Pizzaria Brandi, berço da pizza margherita

Outra instituição napolitana que você não pode deixar de conhecer é a Pizzaria Brandi, cujo forno a lenha está em ação desde 1780.

A casa é famosa por ter criado, no final do Século 19, a pizza margherita, assim batizada em homenagem à rainha Margarida de Saboia, consorte do Rei Umberto I.

Conta a lenda que o casal dono da Pizzaria Brandi foi convocado ao palácio de Capodimonte para preparar algumas redondas para o casal real e resolveu inovar: usaram tomate, muçarela de búfala e manjericão para cobrir a pizza, repetindo as cores da bandeira da Itália.

Seja lá como for, mereciam o Nobel da Culinária por criarem algo tão delicioso com ingredientes tão simples. Dizem que a rainha adorou.

Pizza Margherita é a minha favorita. Embora eu prefira a massa mais fininha, gostei demais da pizza do Brandi.

Pizza margherita da Pizzeria Brandi em Nápoles
Mariscos fritos da Pizzeria Brandi em Nápoles
Dona Margherita (no alto) e minha entrada de mariscos fritos 


Pizzeria Brandi 
Salita Santa Anna di Palazzo nº 1 (travessa da Via Chiaia, que começa na Piazza Trieste e Trento). Diariamente, das 12:30h às 15:30h e das 19:30h às 23:30h. 

Até deu para ir à Pizzaria Brandi sem reserva, mas tive que ter paciência, pois esperei 40 minutos por uma mesa.

O melhor é passar por lá logo cedo, reservar uma mesa e ir passear nas redondezas (o Palácio Real, o Teatro San Carlo, a Piazza Plebiscito e o Basílica de San Francesco di Paola ficam bem pertinho da Pizzaria Brandi).

Ou então ligue e marque a hora. O número é (39) 081 416928. A pizza margherita (individual) custa €7.

"O Martírio de Santa Úrsula" última obra der Caravaggio
O Martírio de Santa Úrsula, de Caravaggio, a obra que me deixou boba


6 - Ver o último trabalho de Caravaggio

Sou tão caravaggiomaníaca que já me despenquei de Paris para Amsterdã só para ver uma exposição desse gênio do barroco (era uma mostra comparada dos trabalhos de Caravaggio com os de Rembrandt, uma festa para os olhos).

O quadro O martírio de Santa Úrsula, de 1610, é apontado como a última obra pintada por Caravaggio e está exposto no Palazzo Zevallos-Stigliano, que integra uma rede de galerias de arte em Nápoles.

"O Martírio de Santa Úrsula" última obra de Caravaggio,
Acredita-se que O Martírio de Santa Úrsula tenha sido o último quadro pintado por Caravaggio


A tela, magnífica, fica em uma sala exclusiva, com um estratégico banquinho para a gente sentar bem quietinha e admirá-la em silêncio, na penumbra... Uma experiência inesquecível.

Caravaggio viveu um período em Nápoles e deixou obras importantes na cidade.

Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles

O Palazzo Zevallos-Stigliano fica na movimentada Via Toledo, uma espécie de 5ª Avenida de Nápoles


Uma dica preciosa de Magê, que escreve o ótimo blog Milão nas Mãos é ir ver as Sete obras da caridade, outra tela famosíssima doe Caravaggio, exposta no Pio Monte della Misericordia (Via dei Tribunali nº 253, a dois passos do Duomo). Já está anotado para a minha próxima visita a Nápoles.

Se você curte Caravaggio, também vai amar ver as telas O Chamado de São Mateus, São Mateus e o Anjo e O Martírio de São Mateus, na igreja de San Luigi dei Francesi, em Roma

Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles

A visita ao Palazzo Zevallos-Stigliano vale pelo acervo e também pela beleza do edifício


7 - Descobrir a ótima escola de arte napolitana

Só o palácio Zevallos-Stigliano, construído no Século 17, já valeria a visita. Ele é um dos impressionantes edifícios erguidos pela nobreza espanhola na Via Toledo, a rua que expressava o poderio castelhano/aragonês sobre Nápoles.

Foi a poderosa família Colonna quem deu ao palácio as feições que tem hoje, com interiores ricamente decorados.

Mecenas aplicados, os Colonna promoviam saraus legendários em casa, chegando a empregar compositores como Scarlatti e Pergolese.

Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles

A galeria exibe obras do Século 16 ao início do Século 20. Acima, a sala dedicada ao napolitano Gemito

Obras do pintor Tanzio da Varallo
Obras de Tanzio da Varallo, contemporâneo de Caravaggio

Hoje, a galeria do Palácio Zevallos-Stigliano expõe artistas importantes, como Luca Giordano. Mais fascinante é descobrir uma infinidade de representantes das escolas napolitanas, muitos deles discípulos ou influenciados por Caravaggio.

Logo no térreo, babei com a mostra dedicada ao pintor Tanzio da Varallo, contemporâneo de Caravaggio. Entre os artistas mais recentes, não perca a sala dedicada às esculturas e desenhos do napolitano Vincenzo Gemito, da virada dos séculos 19/20.

Vitrais do Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Vitrais do Palazzo Zevallos-Stigliano em Nápoles
Vitrais do Palazzo Zevallos-Stigliano 


Galleria Palazzo Zevallos-Stigliano
Via Toledo 185 (Metrô Toledo). De terça a sexta, das 10h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 20h. Ingresso €5.

Índice: todos os posts sobre museus e sítios arqueológicos aqui na Fragata 

8 - Visitar a Catedral de Nápoles e a Capela de San Gennaro

O Duomo (catedral) de Nápoles é um imponente edifício do Século 14, uma das marcas deixadas pelo domínio francês na cidade.

Guarda as relíquias do padroeiro da cidade, San Gennaro. Na Capela Real repousam a cabeça do santo e um pouco do seu sangue coagulado.

Catedral de Nápoles

O Duomo (Catedral) é o centro da vida espiritual napolitana e guarda as relíquias de San Gennaro 


Conta a lenda que o sangue de San Gennaro se liquefaz três vezes por ano, prenunciando bom tempo para a cidade. Quando isso não acontece, a crença é que Nápoles será assolada por catástrofes.

Uma visita à Catedral de Nápoles é um pequeno mergulho na alma napolitana. É comovente ver a devoção do povo da cidade a seu padroeiro.

A primeira vez que fui ao Duomo de Nápoles era domingo e a igreja estava muito cheia. Era impressionante ver as preces dilaceradas dedicadas ao santo.

Uma tremenda experiência antropológica para uma baiana, acostumada com a relação lúdica, de proximidade e camaradagem do povo da minha terra ao Senhor do Bonfim...

Catedral de Nápoles (Duomo di Napoli)
Via Duomo nº 149 (Metrô Cavour). De segunda a sábado, das 8:30h às 13:30h e das 14:30h às 19:30h. Aos domingos e feriados, das 8h às 13h e das 16:30h às 19:30h. Entrada gratuita.


Cristo Velato", escultura de Giuseppe Sanmartino, na Capela Sansevero, em Nápoles
O Cristo Velato, de Giuseppe Sanmartino

9 - Ver o Cristo Velato, na Capela de Sansevero
Bastaria a contemplação da escultura do Cristo Velato, realizada por Giuseppe Sanmartino no Século 18, pra justificar a viagem a Nápoles.

É uma obra soberba, a imagem do Cristo morto, coberto por um véu diáfano (esculpido no mesmo bloco de mármore!!), com a dor do suplício ainda impressa no rosto.

A perfeição do Cristo Velato é tanta que deu origem a uma lenda, segundo a qual um príncipe alquimista teria ensinado ao escultor a arte de “petrificar tecidos” para a execução magistral do véu que cobre a imagem.

Ingresso para a Capela de Sansevero em Nápoles
Taí um ingresso que vale a pena pagar


A Capela de Sansevero, do Século 16, é pequeninha e foi construída para abrigar os túmulos de uma família nobre, os príncipes de Sangro di Sansevero.

Um desses príncipes é o alquimista da lenda. Ele também é autor da bizarra mumificação de dois corpos, expostos no subsolo da capela, que exibem todo o sistema circulatório do corpo humano. O príncipe acabou excomungado por suas experiências.

Praça de San Domenico Maggiore em Nápoles

Piazza San Domenico Maggiore. Quando você enxergar essa coluna, já sabe que está do ladinho da Capela de Sansevero


Museo Cappella Sansevero 
Via Francesco de Sanctis nº 19 (Metrô Dante).

A ruazinha onde está a Capela de Sansevero é meio escondida, mas tome como referência a Igreja de San Domenico Maggiore, na praça com o mesmo nome (procure a coluna da foto acima, com a imagem do santo no topo), que é onde começa a Rua (Via) Francesco de Sanctis.

A Capela de Sansevero pode ser visitada diariamente. De segunda a sábado, das 9:30h às 18:30h. Aos domingos e feriados, fecha às 14 horas. Em 2015, a entrada custa €7 (€5, para quem tem de 10 a 25 anos. Menores de 10 anos não pagam).

Galeria Umberto I em Nápoles
Galeria Umberto I em Nápoles

A Galeria Umberto I impressiona pela rica decoração. É a irmã caçula da famosa Galeria Vittorio Emanuele, de Milão


10 - Passear na Galleria Umberto I

Outra testemunha da Nápoles elegante que floresceu sob o reinado da Casa de Saboia na Itália, a Galleria Umberto I é uma das irmãs caçulas das grandes passagens cobertas erguidas nas cidades europeias no Século 19, precursoras dos shopping centers de hoje.

Inaugurada em 1891, a Galleria Umberto I é a cara da Belle Époque, com seu teto envidraçado sustentado por intrincada estrutura de ferro, e a rebuscada decoração das paredes.

O que me encanta mais na galeria, porém, é seu piso, luxuosamente recoberto de mosaicos em mármore.

Galeria Umberto I em Nápoles
Uma rosa dos ventos no piso da Galeria Umberto I


A Galleria Umberto I tem quatro entradas (uma delas na Via Toledo) e é um ótimo lugar para escapar do frio (ou do calor, no verão), fazendo uma pausa para um café ou olhando as vitrines.

Galleria Umberto I 
Acesso pela Via Toledo (na altura do nº 256), Via Santa Brigida (altura do nº 57), Via Giuseppe Verdi e pela Via San Carlo, na altura do Teatro.

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4 comentários:

  1. Genial, Cyntia!
    Seus posts são maravilhoso, com fotos, informações e dicas preciosas!!
    Vc acredita que não conhecia o Cristo de Giuseppe Sanmartino?
    Visito sempre que posso!!
    Beijão,
    Acco

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    Respostas
    1. Valeu, Acco!!
      Esse Cristo Velato é daquelas obras que valem a viagem. Mas o melhor é que ele fica em Nápoles, meu xodó :)

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  2. Cyntia! Obrigada pelo post. Estou indo para Posilipo amanhã, eu vou pegar a linha 140, desço aonde? devo subir andando? é facil achar o mirante? gente não estou entendendo :(

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    Respostas
    1. Stephanie, o 140 faz ponto final no alto do Cabo Posillipo. Ele faz um passeio meio panorâmico pela Riviera de Chiaia e sobe. Confira o trajeto no googlemaps e no rome2rio, porque essas coisas pode mudar. Se o tempo estiver bom, vá até o ponto final e depois desça caminhando. Essa foto, como diz a legenda, foi feita na ladeira. No Vomero e no Posillipo tem vários lugares para contemplar a vista da Baía de Nápoles.

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