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Catedral de La Giralda: "Para que achem que somos loucos" |
O símbolo maior de Sevilha é a Catedral de La Giralda, uma maravilha com seis séculos de idade e uma baita história pra contar.
A Catedral de Sevilha é mais conhecida por sua espetacular Torre de La Giralda, um antigo minarete de mesquita que parece pairar sobre todo o centro antigo da cidade — eu quase não precisava de mapa para me orientar, bastava olhar para cima e localizá-la.
Quando a Catedral de la Giralda começou a ser construída no comecinho do Século 15, dizem que o deão que comandou o projeto queria “um templo tal que os que o virem achem que somos loucos”. Loucos, não sei. Opulentos, com certeza.
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O interior da Catedral: ruptura radical com a escala humana |
Por fora, a Catedral de La Giralda é linda, mas não chega a impactar tanto — talvez culpa da vizinhança, repleta de espetáculos, como o Real Alcázar.
É no interior da Catedral de Sevilha que a gente tem a dimensão de seu efeito acachapante.
Veja como organizar sua visita à Catedral de Sevilha:
Visita à Catedral de La Giralda
A Catedral de Sevilha começou a ser construída no Século 15 e ocupa o mesmo terreno da antiga Mesquita da Alfama. Por qualquer ângulo que se olhe para ela, a construção derrama beleza em todas as direções.O interior da Catedral de La Giralda, por exemplo, é uma vertigem — que resulta muito mais da ruptura radical com a escala humana de sua construção do que de seus adornos.
E olha que o que não falta são detalhes riquíssimos na Catedral. Basta ver as capelas, o Coro monumental e no arrebatador Altar-Mor, um labirinto de entalhes cobertos de ouro.
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A Porta do Perdão é o acesso ao Patio de los Naranjos e um tremendo cartão de visitas da catedral. Abaixo, detalhes da decoração da porta |
Na Catedral de la Giralda esse peso de Deus parece desabar sobre o visitante na forma de uma vastíssimo espaço e colunas que parecem que vão tocar as nuvens. Lindo de dar palpitação.
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Quando digo que a Catedral de Sevilha é muito mais espetacular por dentro, isso não significa que ela seja basiquinha por fora 😊 |
A Torre de la Giralda é o antigo minarete da Mesquita da Alfama, datado do Século 12, convertido em campanário da Catedral de Sevilha.
O topo da Torre da Giralda paira 105 metros acima de Sevilha. Para alcançá-lo, sobem-se 35 rampas e 17 degraus (sim, eu contei).
A subida até que é camarada para o turista, mas eu fico imaginando como era para o muezim, obrigado a fazer o percurso cinco vezes por dia e ainda chegar lá em cima com fôlego para chamar os fiéis para as orações...
O Pátio de Los Naranjos da Catedral de la Giralda é apaixonante. Uma placidez pontuada por fontes e laranjeiras carregadas de frutos.
Era lá que os frequentadores da antiga mesquita se lavavam antes das orações. Hoje, o Patio de los Naranjos é acessível apenas a quem paga ingresso para ver a Catedral (de fora, dá para dar uma espiadinha pela linda Porta dos Perdões).
No Século 17, época de ouro de Sevilha, o Pátio de los Naranjos era uma área das mais profanas da cidade, atraindo um enxame de batedores de carteira, espadachins de aluguel e outros profissionais do escuso, que aproveitavam a localização central para fazer negócios, sem risco de cair nas mãos das forças da lei — naquela época, ninguém era preso em solo sagrado.
Aliás, a imponência da Catedral de la Giralda jamais intimidou os sevilhanos daqueles tempos. O templo era parte da vida cotidiana, espaço em constante ebulição e sede de atividades que nada tinham a ver com o divino.
Era na Catedral que a cidade fechava negócios, selava alianças e se inteirava das notícias que chegavam com as embarcações.
As escadas que cercam a Catedral foram, por alguns séculos, o Mentidero de Sevilha, essa típica instituição espanhola, um ponto de encontro aonde acorriam as pessoas atrás de novidades e mexericos.
Nos dias em que estive na cidade, a Catedral de Sevilha parecia estar permanentemente sitiada pelos turistas.
No horário de inverno, as visitas começam às 11 horas, mas desde as 10 a fila já se espichava bem além da Puerta del Príncipe (construída na última grande reforma da Catedral, na segunda metade do Século 19), onde funcionam a bilheteria e a entrada de visitantes.
Confesso que contemplar aquela multidão me fez adiar por alguns dias a visita à Catedral de la Giralda. Mas, acredite, a multidão parece que some, lá dentro, na imensidão das naves da igreja.
O único ponto onde se percebe maior aglomeração no interior da Catedral é em torno do túmulo de Colombo, onde uma alegoria onde quatro "gigantes" (representação dos reinos de Castela, Leão, Aragão e Navarra) carregam o ataúde do navegador.
Há uma certa controvérsia sobre esse túmulo de Colombo. Há muitos estudiosos que põe em dúvida se os restos que repousam na Catedral de la Giralda são mesmo do descobridor das Américas.
Mas o público não quer saber: todo mundo se acotovela diante dos quatro gigantes em busca da melhor posição para posar para as fotos. Para encontrar o túmulo de Colombo na Catedral de Sevilha, chegar até lá, basta seguir os flashes que insistem em pipocar, apesar de proibidos.
A subida até que é camarada para o turista, mas eu fico imaginando como era para o muezim, obrigado a fazer o percurso cinco vezes por dia e ainda chegar lá em cima com fôlego para chamar os fiéis para as orações...
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O Patio de Los Naranjos (esq) e a cidade vistos do alto da Torre da Giralda |
Era lá que os frequentadores da antiga mesquita se lavavam antes das orações. Hoje, o Patio de los Naranjos é acessível apenas a quem paga ingresso para ver a Catedral (de fora, dá para dar uma espiadinha pela linda Porta dos Perdões).
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A sombra da Torre da Giralda sobre Sevilha |
Aliás, a imponência da Catedral de la Giralda jamais intimidou os sevilhanos daqueles tempos. O templo era parte da vida cotidiana, espaço em constante ebulição e sede de atividades que nada tinham a ver com o divino.
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Quando subir a Torre da Giralda, preste atenção aos detalhes que vão aparecendo pelo caminho |
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A vista do alto da Giralda é inesquecível |
As escadas que cercam a Catedral foram, por alguns séculos, o Mentidero de Sevilha, essa típica instituição espanhola, um ponto de encontro aonde acorriam as pessoas atrás de novidades e mexericos.
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O túmulo de Colombo e, abaixo, um altar da catedral |
Nos dias em que estive na cidade, a Catedral de Sevilha parecia estar permanentemente sitiada pelos turistas.
No horário de inverno, as visitas começam às 11 horas, mas desde as 10 a fila já se espichava bem além da Puerta del Príncipe (construída na última grande reforma da Catedral, na segunda metade do Século 19), onde funcionam a bilheteria e a entrada de visitantes.
O único ponto onde se percebe maior aglomeração no interior da Catedral é em torno do túmulo de Colombo, onde uma alegoria onde quatro "gigantes" (representação dos reinos de Castela, Leão, Aragão e Navarra) carregam o ataúde do navegador.
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Detalhes da decoração interior da Catedral de Sevilha |
Mas o público não quer saber: todo mundo se acotovela diante dos quatro gigantes em busca da melhor posição para posar para as fotos. Para encontrar o túmulo de Colombo na Catedral de Sevilha, chegar até lá, basta seguir os flashes que insistem em pipocar, apesar de proibidos.
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A entrada da Catedral de Sevilha para a visita turística é pela Porta do Príncipe (Também chamada de Porta de San Cristóbal). Não se assuste com a fila para entrar. Ela anda rapidinho |
Catedral de la Giralda, Sevilha
🏠 Plaza del Triunfo. Segundas, das 11h às 15:30h.
🕚 De terça a sábado, das 11h às 17h. Domingos, das 14:30h às 18h. Em julho e agosto, os horários mudam: segundas, das 09:30h às 14:30h, de terça a sábado, das 9:30h às 16h e domingos das 14:30h às 18h.
💲 Entrada: 8 €. A subida à Torre da Giralda está incluída da entrada. Nas temporadas mais fervidas, evite a fila da bilheteria comprando seu ingresso pela internet.
🏠 Plaza del Triunfo. Segundas, das 11h às 15:30h.
🕚 De terça a sábado, das 11h às 17h. Domingos, das 14:30h às 18h. Em julho e agosto, os horários mudam: segundas, das 09:30h às 14:30h, de terça a sábado, das 9:30h às 16h e domingos das 14:30h às 18h.
💲 Entrada: 8 €. A subida à Torre da Giralda está incluída da entrada. Nas temporadas mais fervidas, evite a fila da bilheteria comprando seu ingresso pela internet.
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A Espanha na Fragata Surprise - post-índice
Madri
Andaluzia: Cádis, Córdoba, Granada, Ronda e Sevilha
Castela e La Mancha: Toledo
Castela e Leão: SegóviaCatalunha: Barcelona, Girona e Tarragona
Comunidade Valenciana: Valência
Galícia: Santiago de Compostela, Caminho de Santiago e cidades da rota
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A Torre de la Giralda é a marca mais reconhecível de Sevilha |
Madri
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