Monumento a Antonio Maceo na Praça da Revolução, em Santiago de Cuba |
Um sujeito que parecia a réplica em tamanho natural de Teófilo Stevenson sentou-se ao meu lado, na poltrona do meio da estreita fileira do avião. O cara certamente estava muito mais espremido que eu, que só tenho um metro e sessenta de altura.
Mas ele não se apertou: repousou tranquilamente o cotovelo esquerdo sobre o meu rim direito, enquanto eu me virava para olhar a chuva pela janelinha do avião
Minha passagem para Cuba. Com Varig, Cubana e tudo, acabei voando em um avião da Gol |
- "Moço, meu rim tá lhe incomodando?", perguntei, com cara de anjo. "Né por nada, não, mas se o senhor amassar, pode estragar. Vou precisar dele, mais tarde".
Bem vinda a Cuba, ou melhor, bem vinda a uma viagem cheia de turbulências à Ilha idílica, que eu sonhei conhecer a vida inteira.
Minha viagem a Cuba
O avião era da Gol, porque deu pane no da Cubana de Aviación. Por conta disso, anteciparam o horário da viagem. Tive que pagar a diferença de tarifa do vôo que me traria de Brasília a tempo. A Cubana fez que não era com ela e não me ressarciu. Morri em R$ 190.
Esses cartões de embarque têm história |
Nada de Tupolev, Yliushin ou seja lá que exemplar de equipamento soviético a Cubana de Aviación usa para transportar passageiros. Em vez disso, vamos num Boeing, com os assentos dispostos para um voo doméstico, grudados na poltrona da frente.
Em nove horas de voo, vou começar a gangrenar por falta de circulação sanguínea. Imagina o coitado do Teófilo, aí ao lado...
Na poltrona atrás da minha está um rapaz muito alto, que deve sofrer de claustrofobia: toda vez que começo a cochilar ele espanca o encosto do meu assento, como numa convulsão. Ai, Havana, chegue logo!!!
O visto de entrada em Cuba é emitido em um cédula avulsa, carimbada na entrada e recolhida na saída do país. Eu, porém, fiz questão de receber o carimbo também no meu passaporte |
Mas, verde mesmo, o claustrofóbico ficou quando paramos em Manaus e a aeromoça avisou que era só "uma escala para abastecimento e para embarcar os botes salva-vidas".
Ah, pra quem não lembra: Teófilo Stevenson foi um dos maiores lutadores de boxe da história. Três vezes campeão olímpico peso-pesado (Munique 72, Montreal 76 e Moscou 80). Jamais se profissionalizou. Preferiu viver em Cuba e competir pelo país como amador.
Cheguei em Cuba em uma manhã brumosa de março, bastante zonza pela noite mal dormida e cheia de empolgação. A Ilha de Fidel, Che e Camilo me encantou muito mais do que eu esperava (e eu esperava muito). Siga os links abaixo para ver como foram as etapas dessa viagem.
Santiago de Cuba
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