O Peloponeso é terra de muitos encantos, como Nafplio, Epidauros e Olímpia |
Sou fã de carteirinha do Peloponeso, a península que a gente pode chamar de berço daquela Grécia que instiga nossa imaginação.
O Peloponeso tem montanhas, vales bucólicos e praias maravilhosas. Tem balneários que rivalizam com qualquer Riviera badalada, vilarejos pesqueiros tão gostosos quanto os que a gente encontra nas ilhas gregas e um patrimônio que percorre toda a história da Grécia, do Período Neolítico aos dias de hoje.
(No mapa acima, o meu Peloponeso. Clicando nos ícones você encontra os links com as dicas específicas de cada localidade. Os pontos marcados em azul claro são os lugares que vou visitar na próxima viagem à Grécia).
Lindo, fácil de explorar e com preços muito em conta, o Peloponeso merece toda a atenção dos viajantes. Neste post, reuni dicas práticas do Peloponeso pra ajudar no seu planejamento de viagem: quanto tempo ficar, como distribuir seu roteiro pela península, como chegar e se deslocar por lá (de carro ou de ônibus) e como combinar o Peloponeso com ilhas gregas.
O Canal de Corinto é a porta de entrada do Peloponeso, pra quem vem de Atenas |
Essas são meu jeito de incentivar vocês a descobrirem essa porção mágica da Grécia. Garanto que todo mundo vai ficar tão apaixonado quanto eu.
Veja as dicas:
Dicas práticas do Peloponeso
Como chegar ao Peloponeso
Peloponeso de carro
A apenas 80 km de Atenas está o Istmo de Corinto, a porta de
entrada do Peloponeso para quem vem da Ática, onde fica a capital — tecnicamente,
o istmo não existe mais, porque foi transformado em um canal navegável e muita
gente para ali para fazer fotos, torcendo pra ver alguma embarcação
atravessando a passagem marítima.
A rodovia que liga Atenas ao Peloponeso é duplicada, muito
bem sinalizada e está em excelente estado de conservação (dirigi por ela em
maio/2024).
Quase chegando em Mavravouni, na Península de Mani: mesmo as estradas menores do Peloponeso são bem conservadas |
As demais estradas do Peloponeso por onde circulei me pareceram bem conservadas — só dava zebra quando a gente errava o caminho e ia parar em estradinhas perdidas no mapa. Foram poucas vezes e sempre foi divertido.
A distância de Atenas a Archaia Corinto é de 87 km. Até Nafplio são 140 km. Githio, na Península de Mani, está a 280 km da capital e Monemvasia fica a 320 km. Olímpia fica a 290 km de Atenas.
Mais informações: Como viajar de carro na Grécia
Onde ficar: Hospedagem no Peloponeso
Como chegar ao Peloponeso de transporte público
As principais linhas da KTEL Argolidas conectam Atenas, Argos, Nafplio, Trípoli e Corinto |
Os ônibus de Atenas para o Peloponeso partem do Terminal A
(Terminal Rodoviário de Kifissou). A empresa KTEL tem diversas frequências
diárias para Nafplio (2h10 de viagem e passagem na casa dos € 15). A viagem até
Githio leva 5h10, com baldeação no Istmo de Corinto (passagem na casa dos € 30).
Quando procurar passagens de ônibus na internet, fique atenta que a KTEL, responsável por cerca de 80% das linhas de ônibus intermunicipais na Grécia, é, na verdade, um conglomerado de 60 empresas regionais, com sites diferentes.
Uma viagem de ônibus de pouco mais de 2h leva você de Atenas
a Nafplio |
No Peloponeso, operam a KTEL Argolidas (na Argólida), a KTEL Laconia (na Lacônia) e por aí vai. (Pra entender as subdivisões regionais da península, leia este post: 7 razões pra visitar o Peloponeso).
Para chegar a Monemvasia de ônibus, saindo de Atenas, é um
esticão de estrada de 6h30, com baldeação em Esparta (passagem na casa dos € 20).
Para chegar a Olímpia, também são 6h30, com baldeação em Pirgos ou no Istmo de
Corinto (passagem na casa dos € 30).
O serviço de trens na Grécia é muito limitado, mas é possível chegar ao Norte do Peloponeso por via férrea |
A empresa ferroviária Hellenic Trains tem uma linha ligando Atenas ao Norte do Peloponeso. As partidas da capital são da Estação Larissa, conectada ao metrô. O trem faz uma parada em Corinto (a cidade nova, não Archaia Corinto, onde está o sítio arqueológico). A viagem até lá leva 1h05 e a passagem custa a partir de € 4.
Como circular pelo Peloponeso com transporte público
Na minha primeira visita ao Peloponeso, fiz todos os deslocamentos com transporte público. A empresa KTEL serve a diversos destinos na península, inclusive sítios arqueológicos como Micenas e Epidauros.
O serviço da KTEL me pareceu confiável. Os ônibus eram
confortáveis, com ar-condicionado funcionando direitinho (isso é fundamental),
saindo e chegando pontualmente e com preços bem moderados.
É muito fácil ir de Nafplio a Micenas (foto) e Epidauros com transporte público |
Dentro de uma mesma região — por exemplo na Argólida, onde estão Nafplio, Micenas e Epidauros — é fácil contar com linhas diretas interligando as localidades. O máximo que pode acontecer é o ônibus fazer paradas pelo caminho, mas não é comum que você precise trocar de veículo.
Mas para se deslocar entre cidades que fiquem em diferentes
regiões do Peloponeso, prepare-se para encarar as baldeações.
Por exemplo, no meu deslocamento entre Nafplio e Monemvasia
(que fica na Lacônia). Na ida, troquei de ônibus em Trípoli. Na volta a Atenas,
a baldeação foi em Esparta.
Pra viajantes mais seguras de si, uma baldeação em uma
rodoviária sonolenta no interior da Grécia só tem o perrengue da perda de
tempo.
Voltando de Monemvasia pra Atenas, precisei fazer baldeação na Rodoviária de Esparta. Esta foto é de Macrolepis para Wikimedia Commons/Panoramio |
Pra uma pessoa mais titubeante, porém, pode ser meio assustador estar em um lugar desconhecido, onde a chance de alguém falar outra coisa que não seja grego é quase nula e todos os letreiros estão escritos no alfabeto local.
Eu tirei tudo de letra, porque já estava apaixonada pelo
jeito grego de ser — e os gregos, em geral, são reservados, mas muito gentis.
Mas é bom estar preparada pra essa situação que não tem nada
de arriscada ou complicada, mas pode dar aquele friozinho na barriga. Numa hora
dessas, lembre-se que a Grécia é um dos países campeões em segurança na Europa.
Vale a pena decorar esses desenhos |
E pra desvendar o ônibus que você precisa pegar pra continuar viagem, faça como eu: memorize o desenho do nome da localidade pra onde você vai no alfabeto grego.
Se não bastar pra lhe tranquilizar, pergunte. Na pequena
rodoviária de Trípoli (e todas as estações vão ser pequenas), eu parava na
porta de cada ônibus, sacudia a passagem e indagava: “Monemvasia?”. Até um
motorista começar a berrar “Ναί!” (pronuncia-se né-é e quer dizer “sim”) e
sinalizar pra eu embarcar.
Quanto tempo dedicar ao Peloponeso
Pra nós, acostumados com o tamanho do Brasil, a Grécia inteira já é pequenininha – seu território caberia com folgas dentro dos limites do Amapá ou do Ceará. Imagine, então, o Peloponeso, que tem apenas 21,5 km² de área, o equivalente ao estado de Sergipe.
Só que o pequeno notável tem tanta história e diversidade que, sozinho, já renderia mais de uma viagem. Dá pra passar as férias inteirinhas por lá, curtindo praias deliciosas, batendo pernas por balneários charmosos, como Nafplio, ou vilas pesqueiras pitorescas, como Githio.
Além disso, o Peloponeso guarda magníficos sítios históricos da Antiguidade — como Micenas, Epidauros e Olímpia, com seus excelentes museus. Sem falar das lindas vilas bizantinas em plena vida real — como Monemvasia e Areópolis —, ou transformadas em museus a céu aberto — como Mistras e Vathia.
Não dá pra ver tudo em uma só viagem. Mas se você reservar uma semana para ver um mix das
maravilhas do Peloponeso, já dá pra montar um roteiro muito redondinho.
Na primeira vez que visitei o Pelopoponeso, fiquei 7 dias
(seis noites) e concentrei meus passeios na Argólida, região mais próxima de
Atenas, e estiquei um pouquinho mais ao Sul, até a Lacônia.
Um grande prazer, nesta viagem mais recente, era relaxar com vista para o horizonte da Argólida na varanda da pousada em Tirinto, depois dos passeios pela região |
Foram 5 noites hospedada em Nafplio, de onde fiz passeios bate e volta a Micenas, Epidauros, Tirinto, Argos e ainda deu pra uma escapada às ilhas de Hidra e Spéteses, no Arquipélago Argo-Sarônico.
A esticada à Lacônia foi para ver Monemvasia, a vila bizantina com 405 moradores encravada em um rochedo que brota do Mar Egeu. Fiquei só uma noite e até hoje me chicoteio por não ter ficado mais.
Veja esse itinerário: Roteiro pela Grécia, o país azul
Na segunda visita, foram 8 dias inteiros, começando em Nafplio (com hospedagem em Tirinto e esticadas a Epidauros, Néa Epidavros, Micenas e Argos), seguindo para a Península de Mani (Githio e Areópolis) e encerrando o passeio em Olímpia.
Veja os detalhes: Roteiro de carro na Grécia
E sempre lembre de parar pra olhar o horizonte. Esse barzinho no calçadão de Githio foi perfeito pra isso |
Como distribuir seu roteiro pelo Peloponeso
Como você já viu, o Peloponeso não tem um território muito vasto, mas isso não quer dizer que seja um lugar pra a gente estabelece uma única base e explorá-lo em passeios bate e volta — mesmo com um carro alugado pra facilitar os deslocamentos.
O melhor é distribuir o roteiro em mais de uma base, de
acordo com as atividades que lhe interessam e com o que você quer visitar.
Nem preciso dizer que as bases que sugiro a seguir não são obrigatórias. Mas são localidades cômodas para planejar os pernoites, facilitando a exploração das atrações em seus arredores.
1º base: Nafplio
Nafplio é um sonho de cidade. Agora lembre que ela fica do ladinho de atrações como Micenas e Epidauros e faça a matemática pra decidir quanto tempo você quer ficar lá |
Que me desculpem todas as outras maravilhas (e bota maravilha nisso) do Peloponeso, mas se tem um lugar inescapável, imperdível e inimitável é Nafplio.
Programando quatro ou cinco noites em Nafplio (já que não dá pra ficar o resto da vida), dá pra ver muito do Peloponeso e curtir uma cidade deslumbrante. Pra quem tem pouco tempo para explorar o resto da península, a estadia em Nafplio, a apenas 2 horas de Atenas, já será um senhor cartão de visitas da Terra dos Pelópidas (sim, este é o significado de Peloponeso).
Tenho muitas paixões na Grécia, mas Nafplio é a maior de todas |
Nafplio é um balneário muito aconchegante e charmoso com 20 mil habitantes, aninhado no ângulo mais agudo do Golfo da Argólida. Pra mim, é a síntese da Grécia: tem muita história, paisagens acachapantes e uma praia que não fica devendo às das melhores ilhas, Arvanitia.
É também uma excelente base pra visitar sítios imperdíveis como Micenas (a 25 km) e o Santuário de Asclépio/ Teatro de Epidauros (a 27 km). Ainda do ladinho de Nafplio estão Argos (12 km), com seu Castelo de Larissa e bodegas, Tirinto (4 km), Neméa (45 km), centro de uma prestigiada região vinícola, e algumas das praias mais elogiadas do Peloponeso, como Karathona (5 km).
O que fazer em Nafplio e arredores:
O melhor de Nafplio
Fortaleza de Palamidi em Nafplio
Micenas, terra de gigantes
Epidauros, espetacular
Argos e Tirinto
Praia de Arvanitia e "Atlântida da Argólida"
2º base: Esparta
Não espere muito de Esparta como atração turística. A
cidade, com cerca de 20 mil habitantes, preserva alguns vestígios da
Antiguidade e tem um Museu Arqueológico bem reputado, mas é só.
Mas dormir uma noite em Esparta pode ser a melhor maneira de
visitar um tesouro do Peloponeso, a vila bizantina de Mistras, a 8 km de
distância. Se você quer Mistras no seu roteiro, considere essa opção.
Eu cheguei a estacionar diante da portaria do sítio arqueológico de Mistras, mas a chuva e o tempo apertado (erro de planejamento) me fizeram desistir da visita. Ficou para a próxima. A foto é de https://joyofmuseums.com/ para Wikimedia Commons |
Em tese, dá pra sair de Nafplio de manhã cedinho, vencer os
150 km de estrada até Mistras, fazer a visita ao sítio Arqueológico e seguir
para a próxima base de hospedagem.
Pra mim, porém, esse planejamento não deu certo e, se eu soubesse o que sei agora, teria planejado o pernoite em Esparta. Mas, se Mistras não está nos seu planos, pode pular essa etapa.
3º base: Monemvasia
Monemvasia não é pra ser vista em um bate e volta. Fique
alguns dias — correndo o risco de querer ficar pra o resto da vida |
Monemvasia não é propriamente uma base para explorar os arredores. Ela é a própria atração (e que atração, querid@s leior@s!!).
Localizada a 230 km de Nafplio e a 90 km de Esparta,
Monemvasia não é lugar pra ser visto em um bate e volta. Programe duas ou três
noites pra curtir esse lugar deslumbrante e sossegado onde o tempo parou.
Com banhos de mar deliciosos, frutos do mar saboreados com o
pé literalmente na areia e a alma leve de vagar por ruelas mágicas, essa etapa
da viagem tem tudo pra ser inesquecível.
4º base: Península de Mani
Githio é a "metrópole" da Península de Mani. Tem 7 mil habitantes |
A meio misteriosa Península de Mani é o ponto mais ao Sul da
Grécia e da Europa continentais, cortada por montanhas e com muitas estradinhas
projetadas mais para cabritos do que para automóveis.
A grande atração de Mani são suas pequenas vilas, tanto à
beira mar quanto encravadas nas montanhas, onde se encontram construções
bizantinas, memórias dos domínios veneziano e otomano, histórias de piratas e o
orgulho de ter gerado a faísca que acendeu a luta pela Independência da Grécia,
no Século 19.
Saiba mais: O que ver na Península de Mani
A “metrópole” da Península de Mani é a vila pesqueira de Githio, com população de 7 mil pessoas. Areópolis, no alto de um morro, é outra povoação destacada, com 1.000 habitantes.
Outras atrações de Mani são as vilas à beira-mar de Kardamyli (400 moradores) e Limeni (20 habitantes), Kastania, encarapitada numa encosta, com 55 moradores, e a outrora poderosa Vathia, com sua casas de pedra e torres (à prova de piratas" onde ainda vivem 78 pessoas).
Como você percebeu, a Península de Mani é pra quem procura sossego e um encontro com a "Grécia profunda". Pra quem quer experimentar frutos do mar pescados na prainha em frente, preparados com o famoso azeite de oliva local. Ou quer bebericar na companhia de uma porção de siglino, a carne porco curada e defumada que é carro chefe da gastronomia local.
Na próxima viagem à Grécia, Vathia está muuuuuuuito na minha lista. A foto é de Wladyslaw para Wikimedia Commons |
Eu programei duas noites na Península de Mani, uma na Praia de Mavravouni (a 3,5 km de Githio) e outra em Areópolis. Sabendo o que sei hoje, teria ficado 4 noites em Githio ou Mavravouni pra explorar com muita calma os encantos maniotas.
Montaria três passeios bate e volta:
1- Bate e volta a Areópolis (a 26 km) e Limeni (5 km adiante, à beira-mar).
2 - Bate e volta a Vathia (a 60 km)
3 - Bate e volta a a Kastania (30 km) pra ver os afrescos da Igreja bizantina de São Pedro (Ágios Pétros).
Por fim, no caminho para Olímpia, teria feito um desvio até Kardamyli (a 60 km de Githio e 150 km antes de Olímpia).
Só o Museu Arqueológico de Olímpia já valeria a viagem todinha |
5º base: Olímpia
Olímpia (ou Archaia Olympia, como ela aparece nos mapas,
Google Maps e Waze) é hoje uma cidade de 11 mil habitantes que continua a viver
me torno de seu Santuário de Zeus.
Na Antiguidade, devotos vinham de todas as partes do universo
helênico prestar homenagem e oferecer sacrifício ao “maior dos deuses” — a estátua
de Zeus Olímpico, em ouro e mármore, é considerada uma das Sete Maravilhas do
Mundo Antigo.
As ruínas do Santuário de Zeus em Olímpia são muito comoventes |
Nos dias atuais, Olímpia recebe visitantes de todo o planeta para ver o santuário onde, durante 1.200 anos, os gregos se encontravam, quadrienalmente, para disputar os Jogos Olímpicos em honra de Zeus.
Fiquei duas noites na cidade, pra ver com calma o sítio
arqueológico e o seu excelente museu. Esse é um programa que não chega a
consumir um dia inteiro. Quem consegue chegar à cidade logo cedo, pode fazer a
visita, pernoitar apenas uma noite e seguir viagem.
Caso você faça o desvio até Kardamyli, ou decida fazer outra
visita que me deixou louca de vontade — o Templo de Apolo Epicúrio, a 133 km de
Githio e 70 km antes de Olímpia — programe-se para chegar à noitinha, pernoite, acorde
cedo, veja o sítio arqueológico e o museu e já pode voltar pra a estrada, caso
seu destino seja próximo (não vale a pena pegar estrada à noite voltando pra
Atenas, por exemplo).
No nosso caso, seguimos de Olímpia após a segunda noite na cidade. Nosso destino foi o Porto de Kyllini (a 70 km), pra embarcar no ferry pra a Ilha de Cefalônia. Teria dado pra dormir já em Kyllini e pegar um ferry mais cedo (o nosso foi o do meio-dia).
Como combinar o Peloponeso com ilhas gregas
Escolher o Peloponeso não significa que você tenha que abrir mão da magia das ilhas gregas, ou que precise retornar a Atenas para chegar a algum desses paraísos tão desejados — ainda que as praias e atrações da península já deixem qualquer coração exigente muito satisfeito.
Do Porto de Kyllini, pertinho de Olímpia, partem ferries para as Ilhas Jônicas de Cefalônia, Zaquintos e Ítaca |
É verdade que o Peloponeso é meio contramão pra quem sonha com as quase-chavões Mikonos ou Santorini (tecnicamente, até dá pra voar de Calamata a Santorini, mas é uma viagem demorada e cara).
A península tem a felicidade de ser banhado pelo Mar Egeu, a Leste, e pelo Mar Jônico, a Oeste. Então, fica muito fácil seguir viagem do Peloponeso para ilhas gregas lindas e deliciosas.
Partindo da Argólida, onde está Nafplio, aposte no Arquipélago Argo-Sarônico, onde está a legendária Hidra, a badalada Poros e a menos conhecida, mas dona das melhores praias, Spétses.
Em Nafplio é fácil comprar passeios de um dia às ilhas de Hidra ou Spétses. Já as linhas regulares para o Arquipélago Argo-Sarônico operam de Ermioni e Porto Heli |
A empresa Blue Star Ferries opera duas linhas do Peloponeso para a Ilha de Hidra. De Ermioni, a 70 km de Nafplio, a viagem dura 25 minutos e o custo de cada trecho é de € 11,50 por passageiro. De Porto Heli (a 80 km de Nafplio), a viagem a Hidra dura 1h20 e o preço da ida ou volta é de € 23,50.
De Ermioni para Spétses também são 25 minutos de viagem e o
preço da passagem é de € 11,50. Já de Porto Heli, a travessia em lancha rápida
dura 10 minutos e o bilhete custa € 8,50.
Se a ideia é seguir para Poros, a viagem de Ermioni até lá
leva 1h15 e a passagem custa € 23,50. Para saídas de Porto Heli, o tempo de
viagem até a ilha é de 2h05 e o preço por passageiro é de € 30 cada trecho.
Foi muito fácil e valeu muito a pena atravessar do Peloponeso para a Ilha de Cefalônia |
Para as Ilhas Jônicas, o porto do Peloponeso é Kyllini, onde opera a empresa Levante Ferries com várias frequências diárias para a queridinha da hora Zaquintos (1h15 de viagem, € 12,95 por passageiro e cerca de € 40 pelo carro, ida ou volta), para o Porto de Poros em Cefalônia (1h30, € 13,95 por passageiro e € 40 pelo automóvel) e para Ítaca.
Do Porto de Patras também há ferries conectando o Peloponeso
a Cefalônia e Ítaca. Se sua ideia é seguir para o Norte da Grécia no retorno ao
continente, fazer a travessia de Cefalônia direto para Patras vai lhe
economizar 75 km de estrada.
Na volta de Cefalônia ao continente, haveria a opção de navegar direto para Patras, mas demoraria mais tempo do que fazer o trajeto pela estrada, que é muito boa |
Mas não achei vantagem. O ferry de Cefalônia para Patras sai do Porto de Sami e leva 3h30 na travessia, 2 horas a mais do que a viagem do Porto de Poros a Kyllini. Pela estrada, demoramos bem menos do que essas duas horas para vencer a distância Kyllini-Patras numa estrada sem muitas curvas ou sobe e desce.
10 atrações históricas do Peloponeso
7 razões pra visitar o Peloponeso
Praias do Peloponeso
Roteiro de carro na Grécia
Como viajar de carro na Grécia
Roteiro na Europa - Espanha, Portugal e Grécia
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