11 de maio de 2016

Aeroporto de Bogotá: cuidado com o golpe da nota falsa

Golpe da nota falsa no Aeroporto de Bogotá
Olhando com atenção, dá pra ver que é uma cópia mal feita.
Mas com sono, depois de 12 horas de viagem...
Uma das maiores preocupações dos viajantes é a hora de fazer câmbio em países cujo dinheiro não é tão, digamos, famoso, como o dólar, o euro e a libra.

Além de ser mais difícil fazer a cotação de cabeça, de maneira automática, as cédulas e moedas costumam ser ilustres desconhecidas — mesmo com pesquisa na internet, demora para a gente “associar o nome à pessoa”. Essa falta de intimidade com a aparência das notas aumenta muito o risco de receber dinheiro falso como troco ou quando se faz câmbio em lugares pouco sérios.

Eu já tinha sido alertada sobre os riscos de receber uma nota falsa na Colômbia, mas não escapei do golpe.

Logo na chegada a Bogotá, recebi uma nota falsa de 50 mil pesos (aproximadamente R$ 60) de troco  — pasmem — em uma loja do Free Shop do Aeroporto de El Dorado.


Imagine a cena: depois de mais de 12 horas entre voos e esperas em aeroportos, cheguei a Bogotá no final da manhã, mortinha de sono.

Ao atravessar o Free Shop, no desembarque, lembrei que tinha esquecido de levar uma provisão decente de cigarros para a viagem. Aproveitei para comprar um pacote de uma marca “confiável” e trocar uma nota de US$ 50 – eu ia fazer isso em um casa de câmbio, para pagar o táxi, mas resolvi matar os dois coelhos numa tacada só.

Só não imaginava que ia cair no golpe da nota falsa na Colômbia.

Golpe da nota falsa no Aeroporto de Bogotá
A última coisa que a gente imagina é receber uma nota falsa em loja de Free Shop
Faço questão de contar essa história exatamente porque ela aconteceu num local e em circunstâncias que muito dificilmente levantariam suspeitas. Não foi no meio da rua. Foi no free shop do aeroporto.

Fiz uma compra de US$ 11, paguei com a nota de US$ 50 e o funcionário do Free Shop me perguntou se eu queria o troco em dólares ou em COP (pesos colombianos).

A cotação que ele oferecia estava igualzinha à oficial, que eu tinha conferido na internet, poucas horas antes (3.100 COP por dólar). Aceitei o troco em moeda local  e o cara aproveitou para me passar 50 mil COP falsos.

Se eu estivesse mais alerta, teria notado a falsificação grosseira, sem marca d'água, em papel grosso demais. Mas talvez por isso o cara tenha tido a pachorra de aplicar o golpe: inevitavelmente, quem está em um free shop da área de desembarque no meio da manhã é alguém que dormiu pouco na véspera, seja a bordo de um avião, seja porque levantou de madrugada para embarcar.

Tentei dar queixa à Polícia Turística de Bogotá quando descobri o golpe — por sorte, foi um senhorzinho bem gracinha a pessoa a quem tentei passar a nota, pagando por um delicioso ajiaco num restaurante popular do Centro de Bogotá. 

Fui orientada a registrar a ocorrência no próprio aeroporto, na hora de voltar para casa, mas cheguei em cima da hora para o embarque e não deu tempo.

Sou sempre muito cuidadosa pra fazer câmbio. Prefiro usar o cartão pré-pago e sacar o dinheiro local em caixas eletrônicos. Se viajar com dinheiro em espécie (dólares ou euros), só troco em bancos ou, no máximo, em casas de câmbio com referências.

Não é só para evitar levar golpe: é que em muitos países — o Brasil, inclusive — o simples fato de tentar passar uma nota falsa já pode resultar em prisão.

Até explicar que berimbau não é fole, que você agiu de boa fé e foi a vítima da armação, já corre o risco de visitar uma delegacia, lugar de onde não vai querer mandar postal pra ninguém.

Agora que você já está avisada, fique esperta quando for à Colômbia e não caia nessa. No mais, aproveite muito esse país maravilhoso, exatamente como eu fiz. Afinal, não ia ser um tropecinho desses que ia estragar minha viagem.

Todas as dicas da Colômbia: post-índice com mapa Bogotá, Cartagena, Ilhas do Rosário e Villa de Leyva



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2 comentários:

  1. Ola! Voce so esqueceu de explicar como identificar uma nota falsa e o que caracteriza a foto da nota falsa como falsa.

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