21 de setembro de 2014

Um passeio pela história da França em quatro museus de Paris

Museu da Idade Média (Museu de Cluny), Paris
Os jardins do Hôtel de Cluny são mais um encanto do Museu da Idade Média. Como a entrada é independente, você nem precisa pagar ingresso para mergulhar nesse sossego

Uma cidade que tem o Louvre, com seus 14 quilômetros de corredores cobertos de maravilhas, talvez não precisasse de mais nenhuma instituição do tipo para ficar no topo da lista de destinos para quem gosta de museus. Mas Paris, abusada que só ela, esbanja opções bacanas nesse quesito.

A lista de museus de Paris é grande - e muitos deles são de primeiríssima linha. Muitos deles, por serem centrados em um tema (e, geralmente, mais vazios), permitem a contemplação mais prazerosa de acervos espetaculares do que os blockbusters tipo o Louvre.

Museu Les Invalides, Paris
A Catedral de Saint-Louis de Les Invalides, no museu que conta a história militar da França e guarda o túmulo de Napoleão. Abaixo, Paris vista do Museu D'Orsay, o grande "arquivo da Belle Époque

Museu D'Orsay, Paris


Nesta visita mais recente, escolhi quarto museus de Paris com temas bem diversos, passando por quatro épocas e estilos artísticos fascinantes.

O Museu Nacional da Idade Média, Les Invalides, o Museu D’Orsay e o Beaubourg me proporcionaram deliciosos mergulhos em seus acervos, que acabaram sendo também uma viagem por 500 anos de história da França.

Centro Georges Pompidou, Beaubourg, Paris
O Beabourg é irresistível pelo acervo, pela arquitetura e pela vista de Paris
Veja como foi esse passeio pela beleza e pela história da França nesses museus maravilhosos:

4 Museus de Paris



Hôtel de Cluny, sede do Museu Nacional da Idade Média, Paris
A arquitetura do Hôtel de Cluny, sede do Museu da Idade Média, é tão linda quanto o acervo

Museu Nacional da Idade Média, Paris



Para ver a Idade Média em Paris:
Museu de Cluny (Museu Nacional da Idade Média)
Place Paul Painlevé nº6 (Metrô Cluny-La Sorbonne). 

🕒 Das 9:15h às 17:45h, fecha às terças-feiras.

💲 A entrada custa €8, mas não é cobrada no primeiro domingo de cada mês. Menores de 26 anos entram de graça todos os dias.

O Museu de Cluny é sensacional, o meu favorito em Paris. E lá você dificilmente enfrentará fila para entrar ou terá que se acotovelar com uma multidão nas salas de exposição. Vá, ame e não espalhe, que eu quero que ele continue assim 😊.

Museu da Idade Média (Museu de Cluny), Paris
O Museu da Idade Média é o meu grande xodó entre os museus de Paris

O Museu Nacional da Idade Média virou meu xodó desde minha primeira vista a Paris. Desde então, tem sido uma visita obrigatória pra mim, a cada passagem pela cidade.

O lugar é lindo, o acervo é lindo e o sossego de abadia medieval que impera em cada cantinho do museu faz um bem enorme para minha alma.

Tapeçarias da série "A Dama e o Unicórnio", Museu da Idade Média, Paris
As tapeçarias da série A Dama e o Unicórnio são simplesmente acachapantes. A iluminação da sala não favorece as fotos. Sugiro que você vá vê-las ao vivo 😉

O museu está instalado em um dos últimos palácios medievais ainda de pé em Paris, o Hôtel de Cluny. Esse palácio foi construído sobre as ruínas de banhos romanos, no final do Século 15, como residência do então abade de Cluny, Jacques d'Amboise.

A sobrevivência do Hôtel de Cluny é devida, em grande parte, à inspiração romântica que permeou a mentalidade do Século 19, quando a Idade Média foi cultuada como um tempo mítico, puro e heroico.

Um colecionador chamado Alexandre du Sommerard restaurou o Hôtel de Cluny para morar e abrigar sua coleção de arte medieval.

A tranquilidade dos Jardins de Cluny
A sobrevivência do Hôtel de Cluny é devida, em grande parte, à inspiração romântica que permeou a mentalidade do Século 19, quando a Idade Média foi cultuada como um tempo mítico, puro e heroico.

Um colecionador chamado Alexandre du Sommerard restaurou o Hôtel de Cluny para morar e abrigar sua coleção de arte medieval. Esse foi o embrião do Museu da Idade Média, que hoje reúne objetos sacros, tapeçarias, vitrais e esculturas trazidas de várias partes da França.

Não fosse isso, talvez o Hôtel de Cluny não tivesse escapado às grandes reformas feitas pelo Barão Haussmann em Paris, na segunda metade do Século 19, quando muito do patrimônio medieval foi posto abaixo para a abertura dos famosos bulevares.

Peças do acervo e a entrada do Museu de Cluny
O prazer da visita ao Museu de Cluny começa nos deliciosos jardins do antigo palácio, uma ilha de sossego muito verde encravada no Quartier Latin.

Um trabalho muito cuidadoso resgatou o paisagismo medieval dos Jardim de Cluny, que é aberto ao público (a entrada é independente do museu e não é preciso pagar ingresso).

Um oratório do Museu da Idade Média
O prazer da visita ao Museu de Cluny começa nos deliciosos jardins do antigo palácio, uma ilha de sossego muito verde encravada no Quartier Latin.

Um trabalho muito cuidadoso resgatou o paisagismo medieval dos Jardim de Cluny, que é aberto ao público (a entrada é independente do museu e não é preciso pagar ingresso).

Em uma temporada mais longa que passei em Paris, gostava de bater o ponto no Jardim de Cluny, de manhã cedo, com meu copo de café, um croissant e um jornal. Até hoje, não conheci um jeito mais gostoso de começar o dia.

Cluny tem uma bela coleção de vitrais
Mas nem só de jardins e arquitetura vive o Museu da Idade Média. O acervo é maravilhoso. O carro chefe é a série de seis tapeçarias conhecidas como A Dama e o Unicórnio.

Cinco dessas tapeçarias são alegorias dos cinco sentidos, onde a presença do mítico unicórnio dá um toque onírico a cenas prosaicas, como a escolha de uma joia ou a mirada em um espelho.

A sexta cena retratadas nas tapeçarias de A Dama e O Unicórnio, chamada de À mon seul désir ("meu único desejo") é mais enigmática e suscita diversas interpretações.

Para alguns, seria a expressão da renúncia às sensações terrenas (simbolizadas pelos cinco sentidos). Para outros, seria a rendição às paixões. Pela sensualidade sutil que percebo nas imagens, eu fico com a segunda explicação. O que vocês acham?

Les Invalides, antigo abrigo de veteranos de guerra e hospital militar. Abaixo, estandartes capturados em batalha na Catedral de Saint-Louis e o túmulo de Napoleão

Museu Les Invalides, Paris, Catedral de Saint-Louis e túmulo de Napoleão


Para ver a história militar da França e a Era Napoleônica:
Les Invalides
Entradas pela Esplanade des Invalides (na altura do nº 129 da Rue de Grenelle - Metrô Varenne) e pela Place Vauban (Metrô Saint-François-Xavier). 

💲Ingresso: €9,50.

🕒 O Museu do Exército de Les Invalides pode ser visto das 10h às 18h, de abril a outubro. De novembro a março, fecha às 17h. As áreas externas do Hôtel National des Invalides são abertas ao público das 7:30h às 19 horas (no verão, até às 21h).

Les Invalides, Paris
Les Invalides foi criado no Século 17 para amparar feridos nas guerras

Les Invalides, Paris


Quando a gente pensa na França, lembra logo de arte, de gastronomia, moda, cinema e bem viver. Nem sempre foi assim, porém. Essa terra, herdeira do Império de Carlos Magno, viveu séculos de batalhas, cercos e conquistas.

Conflitos como a Guerra dos Cem Anos (no qual Joana D'Arc surgiu como heroína da Nação Francesa) e as Guerras Napoleônicas marcaram profundamente a história da França.

Museu Les Invalides, Paris
Em torno do fosso de Les Invalides, os canhões ainda lembram que a França do Cinema, da moda e da gastronomia tem também uma longa história de conflitos militares

Museu Les Invalides, Paris

A memória dessa França guerreira pode ser vista em Les Invalides, um antigo albergue militar do Século 17.

O espaço hoje abriga o Museu do Exército (Musée de la Armée), a tumba de Napoleão e uma infinidade de estandartes conquistados em batalhas, que adornam a Catedral de Saint-Louis-des-Invalides.

Museu Les Invalides, Paris
Sob a famosa cúpula dourada de Les Invalides está a tumba de Napoleão (abaixo)

Túmulo de Napoleão, Les Invalides, Paris


cúpula sobre o túmulo de Napoleão, Les Invalides, Paris
O interior da cúpula da Catedral de Saint-Louis de Les Invalides. O túmulo de Napoleão fica em uma cripta no subsolo da igreja que pode ser vista dessa balaustrada (abaixo) 

Cripta com o túmulo de Napoleão, Les Invalides, Paris


Nas minhas visitas anteriores a Paris, eu tinha me contentando em admirar de longe a bela cúpula dourada da Catedral de Saint Louis e a longa esplanada que leva ao Hôtel des Invalides, em frente à Ponte Alexandre III. Desta vez, resolvi visitar os museus e adorei.

O Museu do Exército de Les Invalides tem uma coleção impressionante de armas, escudos e armaduras de diversas épocas (desde a Idade Média) e países, um rico painel histórico sobre as guerras travadas pela França.

O conjunto arquitetônico de Les Invalides tem elementos dos séculos 17 ao 19. Sua construção foi determinada por Luís 14 para abrigar soldados mutilados nas guerras e também como um hospital (que ainda funciona em uma das alas do conjunto).

Catedral de Saint-Louis de Les Invalides, Paris
Interior da Catedral de Saint-Louis. Abaixo, peças expostas no Museu do Exército

Museu do Exército, Les Invalides, Paris


Armadura do Rei Francisco I no Museu do Exército, Les Invalides, Paris
Coleção de armaduras do Museu do Exército. O conjunto acima pertenceu a Francisco I, que reinou no Século 16 e entrou para a história como "o rei-cavaleiro" e mecenas do Renascimento

Museu do Exército, Les Invalides, Paris


A bela cúpula dourada de Les Invalides, uma das marcas da paisagem de Paris, pertence à catedral e é sob ela que está a tumba de Napoleão, uma urna de mármore vermelho que fica no no subsolo do edifício. Esta área da cripta abriga sepulturas de outros militares franceses.

Mesmo que você não goste de guerras (eu também não!) e de história militar, Les Invalides rende uma visita muito interessante por um aspecto fundamental da história da França.

Museu do Exército é bem tranquilo de visitar, sem filas e sem multidõesA grande afluência em Les Invalides é ao túmulo de Napoleão, mas a muvuca não chega a assustar.


Museu D'Orsay, Paris
Museu D'Orsay: a bela estação de trem convertida em uma atração imperdível

Para ver uma revolução nas artes:
Museu D'Orsay
Quai D'Orsay. Entrada pela Rue de Lille nº 62 (Metrô Solférino ou Estação Musée D'Orsay do RER C). 

🕒 De terça a domingo, das 9:30h às 18h (às quintas, fecha 21:45h).

💲 Entrada €11.

Permanentemente sitiado por uma fila quilométrica, o Museu D'Orsay vale cada pisão no pé que você possa levar nas aglomerações diante das telas mais famosas.

Respire fundo, abstraia a muvuca e cuidado pra não levitar durante a visita ao um dos melhores acervos dessa Paris tão cheia de acervos espetaculares.

Museu D'Orsay, Paris
Nós pegamos fila com chuva para entrar no Museu D'Orsey. E valeu a pena

Se você me perguntar por que eu gosto tanto do Impressionismo, não vou ter palavras para explicar com exatidão toda a beleza que eu enxergo naquelas telas cheias de luz.

E acho tudo tão bonito que até esqueço o quanto aquelas imagens um dia foram revolucionárias e transgressoras, rompendo com cânones que aprisionavam a pintura à obrigação de reproduzir o real — função que hoje a gente não cobra nem da fotografia.

Museu D'Orsay, Paris
Não é permitido fotografar o acervo do Museu D'Orsay, mas das galerias da antiga estação de trens (abaixo, à esquerda) é possível registrar um pouquinho da beleza do lugar



Não tem fila, nem muvuca nem barulho que me impeçam de bater ponto no Museu D'Orsay todas as vezes que vou a Paris, para ver a maior e talvez a melhor coleção de obras impressionistas do planeta. É um lugar que faz a gente sentir um genuíno prazer por pertencer à raça humana.

E o D'Orsay não brinca em serviço. Não bastasse o acervo (que não pode ser fotografado), o edifício onde está instalado o museu é um espetáculo à parte.

Tela de Renoir "O Baile no Moulin de la Galette", no Museu D'Orsay, Paris
A muvuca diante de O Baile no Moulin de la Galette, a tela de Renoir que é considerada a "inauguração" do Impressionismo. Abaixo O Quarto em Arles, de Van Gogh, uma pintura que eu amo 

Tela de Van Gogh "O quarto em Arles", no Museu D'Orsay, Paris


A antiga Gare d’Orléans, às margens do Sena, é talvez a mais emblemática das estações de trem do alvorecer da Belle Èpoque — marcada pela euforia com as inovações tecnológicas e pelas transformações cotidianas resultantes do uso em larga escala da máquina a vapor.

Sou completamente encantada pelos relógios enormes da antiga gare (expressão de um "domínio sobre o tempo" que a cultura da época acreditava estar adquirindo?), os relevos em estuque de seu teto curvo e a delicada renda de ferro e vidro de sua cobertura.

antiga Gare D'Orleans, sede do Museu D'Orsay, Paris
A antiga Gare D'Orleans, sede do Museu D'Orsay

Do acervo do D'Orsay é até difícil falar, de tão maravilhoso. O lugar é quase uma enciclopédia do Impressionismo — essa revolução que ousou pintar além do que os olhos veem, levando para a tela uma emoção que transborda e gruda pra sempre em quem a contempla.

Lá estão Gaugin, Van Gogh, Monet, Manet, Toulouse-Lautrec, Renoir, Seurrat, Cézanne, Corrot, Courbet...

A lista é enorme, e é essencial estar com os sentidos bem aguçados para descobrir nomes menos célebres, mas igualmente fantásticos, também representados lá.

Cafeteria do Museu D'Orsay, Paris
A cafeteria do Museu D'Orsay e seu famoso relógio com vista para Paris - disputadíssimo para fotos. Abaixo, a bonita decoração Belle Époque do restaurante

Decoração Belle Époque do restaurante do Museu D'Orsay, Paris


Ouso dizer que nada é mais parisiense, no melhor sentido da palavra, que o Museu D'Orsay — e não me pergunte qual a minha obra preferida, porque assim este post corre o risco de não ficar pronto nunca mais 😊.

Relógio do Museu D'Orsay, Paris
O tempo e a cidade: ao longe, a Basílica de Sacre Coeur 

Quando você for ao D'Orsay, reserve o dia inteiro para a visita (o museu tem um café, uma lanchonete e um restaurante — lindo, por sinal), para ver tudo com calma.

E não deixe de conferir as salas dedicadas ao mobiliário e à arquitetura Art Nouveau, um espetáculo que acaba passando batido diante das maravilhas expostas lá, mas que, sozinho, já renderia um senhor museu.

Centro Georges Pompidou ou Beaubourg, Paris
A provocativa arquitetura do Centro Georges Pompidou. Abaixo, a Basílica de Sacre Coeur, em Montmartre, vista do terraço do museu

Basílica de Sacre Coeur vista do terraço do Centro Georges Pompidou ou Beaubourg, Paris


Para ver o Modernismo:
Centre Georges Pompidou (Beaubourg)
Place Georges Pompidou ou Rue Renard (Metrô Rambuteau)

Ingresso para o Beaubourg, Centro Georges Pompidou, Paris

🕒 Fecha às terças-feiras. O Museu Nacional de Arte Moderna e as exposições temporárias podem ser vistos das 11h às 21 horas. As galerias do primeiro e segundo andares fecham às 23 horas, nas quintas-feiras. O Atelier Brancusi é aberto ao público das 14h às 18 horas.

💲 O bilhete custa €13, mas se você quiser apenas admirar a vista de Paris, é possível pagar €3 para subir direto ao 6º andar, sem acesso ao acervo do Beaubourg.


Entrada do Centre Georges Pompidou, ou Beaubourg, Paris
A entrada do museu e, abaixo, a escultura Horizontal (1974), de meu xodó Alexander Calder, que recebe os visitantes na porta do Beaubourg

escultura Horizontal (1974), de meu xodó Alexander Calder, no Beaubourg, Paris


escultura Horizontal (1974), de meu xodó Alexander Calder, no Beaubourg, Paris

Sou uma fã descabelada das linhas do Centro Georges Pompidou, aquele edifício despudorado que desnuda suas entranhas ao público sem a menor cerimônia, na concepção high-tech dos arquitetos Richard Rogers e Renzo Piano.

Inaugurado em 1977, o colosso de vidro com toda a sua tubulação aparente faz uma senhora figura (e um senhor contraste) nas cercanias do Marais, um dos bairros mais antigos de Paris e, de quebra, tem uma vista linda para os horizontes da cidade.

Obras de Joaquín Torres-García no Centro Georges Pompidou, em Paris
Você já está careca de ler aqui na Fragata que eu divido os museus em duas categorias: os que têm e os que não têm obras de Joaquín Torres García no acervo. O Beaubourg tem várias ❤️

Obras de Joaquín Torres-García no Centro Georges Pompidou, em Paris


Essa paixão pela arquitetura pós-moderna do Beaubourg sempre me fez negligenciar o belíssimo acervo de seu Museu Nacional de Arte Moderna, a maior coleção de toda a Europa.

A exposição do acervo permanente do Centro Georges Pompidou segue um roteiro que destaca as Múltiplas Modernidades, com cerca de 1.000 obras oriundas de todos os continentes, cobrindo um período que vai de 1905 a 1970.

A Grande Odalisca (1964), obra de Martial Raysse no Centro Georges Pompidou, Paris
Em primeiro plano, A Grande Odalisca (1964), de Martial Raysse. Abaixo, A Forja (1913), de Wladimir Baranoff-Rossiné

A Forja (1913), obra de Wladimir Baranoff-Rossiné, no Centro Georges Pompidou, Paris

Esse “Louvre do modernismo” abriga vários dos meus queridinhos, como Alexander Calder, Jesús Soto e Joaquín Torres Garcia

Pra você ter uma ideia: só de obras de Pablo Picasso, a coleção do Beaubourg tem “apenas” 185, entre desenhos, pinturas e esculturas.

Centro Georges Pompidou ou Beaubourg, Paris
O edifício do Pompidou (ou Beaubourg, como dizem os parisienses) é tão legal que a gente corre o risco de negligenciar o acervo

Centro Georges Pompidou ou Beaubourg, Paris


O Centre Pompidou abriga uma respeitada biblioteca pública, sessões de cinema, concertos e exposições temporárias (como a de Man Ray e Picabia, que estava em cartaz em agosto, e a de Martial Raysse, que ficou até este fim de semana).

No sexto andar do Beaubourg funciona um restaurante bem recomendado, com uma senhora vista para Paris.

O museu oferece diversas atividades, com entradas a preços variáveis. Acesse o site para mais informações. Nunca peguei fila para entrar, apesar de o museu ser bem concorrido. Os espaços amplos, porém, diluem a muvuca.

Não vai ser por falta de atividades que você vai deixar de ir ao Beaubourg, né?

Praça Igor Stravinski, Paris
A Praça Igor Stravinski, ao lado do Pompidou, com sua famosa fonte de esculturas

Praça Igor Stravinski, Paris


Passe dos museus de Paris
Se você conseguir se organizar para ver esses (ou outros) quatro museus em dois dias, já vale pensar em comprar o Paris Museum Pass.

O passe dá acesso ilimitado e sem filas a 60 museus e monumentos de Paris e arredores (como o Louvre, o Arco do Triunfo, as Torres de Notre Dame e a Sainte Chapelle).

Os preços são de €42 (para dois dias), €56 (quatro dias)69 (seis dias). Somadas, as entradas dos quatro museus citados neste post já empatam com o valor do passe de dois dias, com a vantagem de escapar da fila.

Ateliê Brancusi, Centro Georges Pompidou, Beaubourg
O Ateliê Brancusi, no Beaubourg

Não canso de repetir: muita informação visual, por mais linda que seja, satura o olhar. Chega uma hora em que a gente está percorrendo corredores cobertos de maravilhas apenas para cumprir tabela.

Já usei o passe, na minha primeira vista a Paris, e gostei muito de não pegar fila. Como tinha apenas cinco dias para ver a cidade, essa comodidade foi fundamental para organizar minha programação. Eu, porém, jamais fui fã de maratonas museológicas.

Passe dos Museus de Paris
Na minha primeira visita a Paris, usei o Paris Museum Pass

Museu do Louvre, Paris
O Museu do Louvre está incluído no Paris Museum Pass

Hoje, prefiro ver um museu por dia, com toda a calma do mundo, e com tempo de sobra para "ruminar" as informações e encantamentos.

Por isso, os passes de museus, atualmente, não são compensadores pra mim.

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5 comentários:

  1. Muito legal! Boas dicas de museus! Só é uma pena que Paris demoliu grande parde de suas construções da idade média.

    http://ariquezadeviajar.blogspot.com/

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    1. Também morro de pena, Antonio. Só de ver o pouquinho que sobrou, no Quartier Latin, por exemplo, eu já fico encantada. Em algumas ruazinhas da área, dá para ter uma ideia do traçado e até ainda resta algum "sotaque medieval" nas fachadas. Eu adoro fazer essa garimpagem :)

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  2. Cyntia, e o Museu Carnavalet? Achei sem querer andando sem rumo no Marais. É muito interessante pois conta a história de Paris.

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    1. Verinha, boa lembrança! Não citei o Carnavalet porque não o visitei, desta vez.
      Visitei o Museu Carnavalet faz um tempinho. Estava hospedada pertinho dele, lá no Marais. É um lugar muito legal: gratuito, dedicado à história de Paris. Só as instalações já valem a visita (o magnífico Hôtel Carnavalet, do Século 17). Vi pouco do acervo permanente, pois quando fui estava tendo uma mostra temporária maravilhosa, dedicada a Picasso, no período de seu casamento com a fotógrafa Dora Maar (foi ela quem clicou todas as etapas do trabalho de concepção, composição e execução da Guernica). O endereço do Carnavalet: Rue des Francs-Bourgeois nº 16, pertinho da Place des Vosges.

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